Kamala Harris ataca Trump e declara: “Sei lidar com criminosos”

No seu primeiro comício eleitoral em Wilmington, Delaware, nesta segunda-feira (22), a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, atacou Donald Trump. Kamala disse que sabe quem é o candidato republicano e que “sabe lidar com criminosos”.

No seu discurso, Kamala Harris disse: “enfrentei criminosos de todos os tipos: predadores que abusaram de mulheres, fraudadores que enganaram consumidores, trapaceiros que quebraram as regras para seu próprio benefício. Então, ouçam-me quando digo: eu conheço o tipo de Donald Trump.”

Kamala na disputa

Após a desistência de Joe Biden de concorrer nas eleições dos EUA no domingo (21) e seu apoio à indicação da vice-presidente Kamala Harris. Assim, vários políticos do Partido Democrata declararam apoio público à vice-presidente, inclusive nomes do partido que poderiam disputar a indicação com ela.

Kamala é atualmente a favorita para assumir a candidatura democrata. No entanto, ela ainda precisa conquistar a quantidade necessária de delegados democratas para se tornar a líder da chapa nas eleições. A candidatura de Kamala ainda não foi oficializada.


 Joe Biden apoia candidatura Kamala Harris (Foto: reprodução/Instagram/@kamalaharris)

Apoio de Biden

Joe Biden, presidente dos EUA, participou do comício por telefone e fez um breve discurso antes de Kamala falar. Biden elogiou a vice-presidente e disse que “tomou a decisão certa” ao desistir da corrida eleitoral. Kamala agradeceu a Joe Biden pelo apoio e elogiou seu legado como presidente, dizendo que “o legado de Biden é incomparável”.

A campanha tomou um novo rumo e ela se esforça para agir rapidamente para os eleitores democratas. “Este é o primeiro dia completo da nossa campanha, então estou indo para Wilmington, Delaware, mais tarde para dizer ‘olá’ à nossa equipe na sede. Um dia se passou. Faltam 105. Juntos, vamos vencer isso”, disse a vice-presidente.

No comício, Kamala tocou em assuntos que pretende implementar caso seja eleita. A vice-presidente falou sobre o polêmico tema do aborto e prometeu colocar o direito ao aborto na lei dos EUA. Ela também prometeu fortalecer a classe média dos EUA.

Donald Trump ironizou Joe Biden após a desistência do candidato democrata

Após o anúncio da desistência de Joe Biden, Donald Trump se pronunciou na Truth Social, rede social onde o ex-presidente é mais ativo. Para contextualizar, Joe Biden desistiu da candidatura de reeleição, algo que não acontecia no país desde 1968, tendo indicado para a chapa, a sua vice-presidente,  Kamala Harris.

A decisão deve ocorrer na Convenção Nacional Democrata, que está marcada para 19 de agosto.


Desistência de Joe Biden (Vídeo: reprodução: Vídeo/Youtube/G1)

Veja o que Trump falou

Donald Trump realizou duas postagens na Truth Social, ironizando Joe Biden e a escolha de abri mão da campanha de reeleição. Outro ponto citado pelo republicano, foi sobre uma suposta ameaça à democracia, por parte do Partido Democrata.

“É um novo dia e Joe Biden não se lembra de ter abandonado a disputa ontem! Ele está pedindo sua agenda de campanha e marcando conversas com os presidentes Xi, da China, e Putin, da Rússia, sobre o possível começo da Terceira Guerra Mundial. Biden está ‘afiado, decisivo, enérgico e pronto pra luta’!”

Donald Trump, no Truth Social

“Os democratas escolhem um candidato, o Desonesto Joe Biden, ele perde feio o debate, depois entra em pânico, e comete erro atrás de erro, é avisado de que não poderá vencer, e decidem que eles vão escolher outro candidato, provavelmente [Kamala] Harris — Inédito! Essas pessoas são a verdadeira AMEAÇA PARA A DEMOCRACIA”

Donald Trump, no Truth Social

Indicação de Biden

Biden indicou, para a vaga deixada, a vice-presidente Kamala Harris. O atual presidente emitiu um comunicado no seu perfil no X, falando sobre a honra de ter sido presidente e que acredita que o afastamento será o melhor para o país e para o partido, mas salientando que cumprirá seu mandato até o final. O candidato democrata será decidido em 19 de agosto, na Convenção Nacional Democrata.

Veja como será escolhido o candidato democrata que irá substituir Joe Biden

No último domingo (21), o atual presidente Joe Biden comunicou a sua desistência da sua campanha de reeleição, como candidato democrata. A decisão foi exposta um mês antes da data da Convenção Nacional Democrata, quando a chapa é oficializada para a eleição, que ocorrerá em 5 de novembro.

A vice-presidente, Kamala Harris, foi indicada ao cargo por Biden, que mesmo com a desistência, cumprirá seu mandato vigente como presidente dos Estados Unidos.


Vídeo sobre a desistência de Joe Biden (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

A Desistência

Desde 1968, com Lyndon Baines Johnson, os Estados Unidos não viam uma desistência da campanha de reeleição. Biden já possuía o apoio do partido, tendo conquistado um alto número de delegados, que o possibilitava ter a indicação do partido democrata.

Mesmo com a indicação do atual presidente, não há garantia de que Kamala Harris seja a escolhida para a vaga deixada por Joe Biden, apesar de ser a decisão provável. A chapa e a candidatura final devem ser definidas na Convenção Nacional Democrata, que acontece em 19 de agosto.

Como será a convenção?

Caso não haja consenso entre o partido, em relação a um candidato, a convenção pode ser aberta, algo que também não é visto desde 1968, na última vez que ocorreu uma desistência de tentativa de reeleição.

Para garantir a candidatura para a chapa, o mínimo de votos dos delegados que um candidato precisa, são 300, tendo em vista que não podem ser mais que 50 de apenas um único Estado. É realizado um primeiro turno com os delegados e eleitores chamados de “leais” ao Partido Democrata.

Se não tiver um candidato com mais de 50% dos votos neste primeiro turno, as rodadas de votação seguem, até que um candidato seja o escolhido, precisando de, pelo menos, 1976 votos para que seja o escolhido.

Kamala Harris: saiba quem é a vice de Biden e a favorita para candidatura à presidência

Com a renúncia de Joe Biden à candidatura e reeleição para presidente dos Estados Unidos neste domingo (21), a sua vice, Kamala Harris, é um dos nomes favoritos para a assumir a vaga pelos democratas. A corrida eleitoral americana acontecerá daqui a quatro meses e, se escolhida, Kamala irá enfrentar Donald Trump nas urnas. Biden já declarou o seu apoio a Kamala após ter anunciado sua desistência.

Biden desiste de concorrer

Biden anunciou sua renúncia após dias de pressão. O atual presidente passou por uma crise no final de junho, quando seu desempenho no debate contra Donald Trump levantou dúvidas sobre as suas capacidades cognitivas. A vice-presidente também divulgou um comunicado agradecendo o apoio de Biden e dizendo que pretende “conquistar e ganhar a indicação” do Partido Democrata.

Segundo o instituto de pesquisa Morning Consult, 30% dos democratas apoiam o nome de Kamala para substituir Biden. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, vem logo em seguida com 20%. A vice-presidente passou a maior parte do seu mandato tentando se destacar. Porém, sua popularidade é relativamente baixa, com índice de aprovação muito próximo ao de Biden.

Conheça Kamala Harris

Kamala, de 59 anos, é a primeira mulher a se tornar vice-presidente dos Estados Unidos. Ela é formada em Direito e Ciências Políticas e já atuou como advogada em São Francisco, e também exerceu o cargo de senadora na Califórnia de 2017 e 2020.

Kamala também já se apresentou como pré-candidata à Casa Branca para as eleições de 2020 e liderou diversas pesquisas dentro do Partido Democrata. Porém, perdeu apoio e desistiu da disputa por falta de recursos financeiros.

Filha de pai jamaicano e mãe indiana, Kamala foi escolhida para ingressar na chapa democrata para as ajudar a angariar os votos das minorias por ser mulher, negra e filha de imigrantes. A escolha de Harris foi crucial para a eleição de Biden, pois funcionou como um atrativo para convencer os eleitores negros a votar durante o pleito de 2020.


Kamala Harris e Joe Biden (Reprodução/Instagram/@kamalaharris)

Popularidade baixa e suas atuações recentes

Kamala sempre foi considerada a sucessora natural de Joe Biden para as eleições de 2024, mas seu desempenho foi considerado abaixo do esperado. Com as pesquisas indicando sua fraca popularidade, ela é considerada a vice-presidente mais impopular da história americana em 50 anos.

Foram poucos os momentos em que Kamala conseguiu chamar atenção para si. Em 2021, a vice-presidente foi convocada para liderar a diplomacia com o México e países da América Central, em um esforço que visava encontrar uma solução para o problema migratório na fronteira. Em sua primeira viagem à região, em um encontro com o presidente da Guatemala, ela pediu para que os migrantes não fossem aos Estados Unidos de maneira ilegal. Tal performance foi vista como um fracasso.

Mesmo com sua impopularidade, Kamala conseguiu conquistar alguns de seus críticos. Em 2022, ela se tornou a principal voz dentro da Casa Branca em defesa do direito ao aborto. No ano passado, ela participou da Conferência de Segurança de Munique, se posicionando contra a Rússia na guerra da Ucrânia.
Em maio deste ano, a vice-presidente fez as declarações criticando o governo israelense, dirigindo seu discurso ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para pedir um cessar-fogo e evitar uma “catástrofe humanitária”.

Desistência de Joe Biden a reeleição repercute entre celebridades

Neste domingo (21), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou em suas redes sociais a renúncia à sua candidatura à reeleição presidencial.

Horas depois da publicação, Biden declarou apoio à sua atual vice-presidente, Kamala Harris, como candidata à presidência. A notícia gerou grande repercussão entre as celebridades.


Ariana Grande (Foto: reprodução/Taylor Hill/Getty Images Embed)


Ariana Grande

A cantora Ariana Grande compartilhou nos stories do Instagram a postagem de Biden apoiando Kamala Harris, junto com um link para registro de voto. Nos Estados Unidos, o voto não é obrigatório, e os cidadãos devem se inscrever para votar.

Spike Lee

O cineasta Spike Lee postou uma foto de Kamala Harris em seu Instagram com a legenda: “MAIS UMA VEZ UMA IRMÃ VEM NOS RESGATAR!”

Demi Lovato

Demi Lovato também utilizou os stories do Instagram para repostar o anúncio de Biden, acrescentando: “Vamos fazer isso!”. A cantora também compartilhou uma foto dela com Kamala.

Cardi B

A rapper Cardi B relembrou um vídeo postado em 30 de junho, onde sugeria que Kamala deveria ser a candidata. Na legenda, Cardi comentou: “PAREM DE BRINCAR COMIGO!!!! Verifique a data… disse isso em 30 DE JUNHO!”

Barbra Streisand

A cantora, atriz e cineasta Barbra Streisand postou em sua rede social “X” que Joe Biden entrará para a história pelas suas conquistas significativas em seu mandato de 4 anos. Barbra enfatizou a sua gratidão pelo atual presidente defender a democracia do país.

Lil Nas X

Lil Nas X, também no “X”, despediu-se de Biden e manifestou seu apoio a Kamala Harris, dizendo que o assento presidencial está pronto para ela.


Publicação de Joe Biden em seu Instagram (Foto: reprodução/Instagram/@joebiden)

Carta de Joe Biden

Na carta, Biden destacou os avanços dos últimos três anos e meio, como a consolidação da economia, a redução dos custos de medicamentos, a ampliação do acesso à assistência médica e a aprovação de legislações de segurança de armas e climática. Ele decidiu renunciar à candidatura para focar em cumprir seus deveres como presidente até o fim do mandato.


Kamala Harris (Foto: reprodução/Chris duMond/Getty Images Embed)


Kamala Harris será a candidata dos Democratas

Após a renúncia, Biden anunciou seu apoio à candidatura de Kamala Harris. Nascida em Oakland, Califórnia, Harris se formou em Ciências Políticas, Economia e Direito. Foi procuradora-geral de São Francisco e a primeira mulher negra e de descendência indiana eleita para o cargo. Em 2016, venceu a eleição para o Senado da Califórnia, tornando-se a segunda mulher negra no Senado. 

Com a eleição de Joe Biden como presidente em 2020, Kamala se tornou a primeira pessoa negra e de origem indiana a tomar posse como vice-presidente dos EUA.

Joe Biden desiste da reeleição e declara apoio a Kamala Harris para presidência

Neste domingo (21), em rede social, o candidato à presidência Joe Biden anuncia que abre mão da candidatura para presidente dos EUA. Ele afirma posteriormente o nome da atual vice-presidente Kamala Harris para concorrer em seu lugar.

A causa por trás da desistência do candidato foi a pressão sofrida pelos democratas, nisso o candidato veio em suas redes sociais para anunciar que não iria mais concorrer contra o adversário Donald Trump. Ele inclusive agradece aos que lhe apoiaram e trabalharam para que houvesse sua reeleição.


Vídeo falando sobre a desistência de Biden para reeleição (Vídeo: reprodução/Band Jornalismo/Youtube)


Pronunciamento

Em suas redes sociais, ele deixa claro que vai se posicionar sobre a desistência no decorrer da semana e afirma que falará com a nação para dar a notícia de sua desistência e enfatizou que foi uma grande honra ser presidente dos Estados Unidos. Ele afirmou que sua intenção era fazer a disputa pela Casa Branca, mas ressaltou que a decisão foi tomada para fossar melhor para seu partido. Ele, inclusive, agradece aos colaboradores que fizeram parte com ele não só da reeleição, mas também aos que estavam com ele em seu mandato durante a pandemia da Covid-19, ele relembra inclusive situações vividas. E deixa claro a sua desistência e declara seu apoio à vice-presidente Kamala Harris.

Quem é Kamala Harris 

Ela é vice-presidente dos Estados Unidos e é filha de imigrantes da Jamaica e Índia. Depois de dois mandatos como promotora de justiça em San Francisco (2004-2011), foi também eleita a promotora da Califórnia (2011-2017), sendo a primeira mulher negra a chefiar serviços jurídicos de um estado tão populoso e rico do país. Em 2017, foi para o Senado em Washington e foi considerada a primeira mulher negra com raízes do Sul da Ásia a chegar à Câmara Alta dos Estados Unidos e a segunda mulher negra do Senado americano. 

Ela cresceu em Oakland, na Califórnia progressista dos anos de 1960, e sente orgulhosa pelos direitos de seus países. Ela foi bem próxima de Biden e seu filho, que morreu de câncer. Mesmo sendo próximos, os dois já tiveram vários conflitos, inclusive ela batia de frente e questionava como ele iria acabar com a segregação na década de 1970. Em dezembro de 2020, ela mostrou apoiar o Biden. Em 2 de julho, uma pesquisa apontada pela CNN mostrava que ela estava em melhor posição do que Biden, mas que não chegaria a vencer Donald Trump. 

Matéria por Maykon Ferreira (Lorena r7)

FBI investiga as intenções de Crooks, atirador que feriu Trump

Após uma semana do atentado no comício de Donald Trump na Pensilvania. O FBI busca entender os reais motivos de Thomas Matthew Crooks de atirar no ex-presidente americano, as recentes investigações sugerem que o jovem não teria sido movido por ideologia política, e sim por ser o alvo de maior visibilidade próximo a ele. 

Informações sobre Thomas Crooks

O jovem nasceu em 2003 e morava em Bethel Park, uma cidade tradicionalmente republicana que ficou dívida depois da era Trump. Apesar da família politicamente mista (Mãe democrata e pai e irmã sendo libertário), Crooks era um republicano registrado, partido de Trump, embora já tenha doado 15 dólares para um causa progressista em janeiro de 2021 no dia de posse de Biden. 

Formando em engenharia desde maio, Thomas trabalhava em uma casa de repouso em Pittsburgh, em diversas entrevista ex-colegas de classe, vizinhos e professores afirmam que ele era educado e inteligente, porém distante e desajeitado, geralmente ficava sozinho e gostava de mexer com computadores e jogar videogame nos fins de semana. 


Crooks em sua formatura (Foto: reprodução/The Bethel Park School District)

Pessoas próxima ao garoto ainda não conseguiram associar a visão que tinham de Crooks com o atirador que subiu em um telhado, armado com o fuzil AR-15 e mirou no candidato durante o comício, ferindo Trump e três espectadores, um deles de forma fatal. 

Intenção do crime

Ao analisar o celular do atirador, os investigadores verificaram pesquisas de figuras políticas, incluindo Trump, Biden e o procurador-geral Merrick Garland em conjunto de datas de comício e convenções de ambos os partidos. As autoridades acreditam que Crooks buscava um evento para realizar um ataque, e o comício de do ex-presidente era o mais acessível. 

‘’O que podemos estar vendo aqui é alguém com a intenção de cometer violência em massa e, por acaso, escolheu um comício político’’. Comenta o fundador do Violence Project, James Densley. 


Donald Trump após tomar tiro em comício (Foto: reprodução/Evan Vucci/ AP)

Outra dúvida do FBI seria seu comportamento ao atirar, embora tivesse um explosivo no porta-malas de seu carro, Crooks parecia mirar somente em Trump e não na multidão em volta. Também, diferente de outros atiradores que buscam deixar mensagens para explicar suas ações, a faltas de pistas em seu quarto ou online dificultam entender sua real motivação.  

Trump dispõe de uma variedade de eleitores

A cada dia, os candidatos à presidência dos Estados Unidos passam por desafios diferentes que podem encantar ou afastar um de seus principais veículos para chegar ao comando de uma das potências mais importantes do mundo: os eleitores. Após os acontecimentos recentes, o cenário da corrida presidencial já foi mudado inúmeras vezes, e mais uma vez, agora com a recente convenção republicana, pôde-se ter um vislumbre mais vívido de como andam os eleitores de Donald Trump, candidato que cresce cada vez mais nas pesquisas.

Perfil dos eleitores de Trump

Com a convenção republicana, além de se ter uma breve do quadro de ideias apresentados pelos mais importantes políticos do Partido Republicano, a análise de outra parte do cenário foi importante, como a aparição de uma variedade de eleitores. O evento foi organizado para uma estimativa de 50 mil pessoas nos quatro dias de convenção, sendo 2,5 mil os delegados representantes do partido e todo o resto de pessoas comuns.


Eleitores usando curativo na orelha em apoio ao ex-presidente Donald Trump durante convenção (Foto: reprodução/ RNC/ BBC)

Em quatro dias de evento, foi possível observar a variedade de perfis comparecendo de forma completamente engajada, chegando até a carregar consigo objetos e imagens que reforçam a escolha do partido e o desejo de ter o ex-presidente e atual candidato Donald Trump como presidente mais uma vez. Com filas gigantes, revistas e caminhadas cansativas debaixo do sol, os eleitores ainda se sentiam enérgicos e orgulhosos do resultado de poderem chegar tão longe.

Em entrevista para os correspondentes do Jornal Nacional, Ismar Madeira e Daniel Silva, eleitores republicanos comentam suas opiniões e expõem suas ideias perante o futuro do país.

Acreditamos 100% em Trump para fazer a América grande de novo“, declara uma eleitora.

Com o recente atentado a Donald Trump, a compra de fotos do ex-presidente disparou. Antes da tentativa de assassinato, a foto mais procurada e comprada do candidato era a tirada na polícia quando havia indiciado por tentar reverter o resultado das eleições de 2020, na Geórgia. Atualmente, a fotografia mais procurada do ex-presidente é a do momento em que é retirado por seus seguranças no comício, na Pensilvânia. Em análise, eleitores acreditam que o disparate da foto se liga proporcionalmente com a imagem que o candidato quer passar para seus cidadãos.

A faixa etária dos eleitores de Trump também segue o padrão variado, passeando por jovens, adultos e idosos, apesar de ter uma maioridade entre o público mais velho.

Eu acredito em tudo que ele defende. Nós precisamos de um país mais forte“, expõe Donna, uma aposentada da cidade de Miami que estava como voluntária.

Voto em Trump porque economicamente, moralmente e socialmente, ele tem tudo que eu apoio“, comenta Ella, de 19 anos, vinda do Tennessee para a convenção republicana em Wisconsin.

Entretanto, apesar do grande número de eleitores fechados completamente com os ideais perpetuados por Trump, determinada parcela admite não concordar com várias das suas propostas, mas ainda achá-lo o candidato mais adequado no momento.

Eleições Americanas

A atual eleição para a presidência dos Estados Unidos já pode ser considerada uma das mais importantes para a história do país e do mundo. Com a mudança drástica de cenário nas pesquisas de forma constante para os dois candidatos, mesmo que um penda mais para o lado positivo e outro para o negativo, com certeza se torna uma das eleições mais engajadas da história dos Estados Unidos depois de 2020.

Após o atentado de Donald Trump, a intenção de voto dos americanos sofreu mudança e já chega a ser 58% voltada para Trump, enquanto a indecisão do atual presidente quanto a sua posição final a respeito da candidatura enfraquece a opinião sobre si.

Joe Biden se mostra mais flexível sobre a possibilidade de desistir de candidatura

Segundo o jornal The New York Times, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, estaria mais “receptivo” sobre a possibilidade de desistir de sua candidatura à Casa Branca. Fontes afirmam que o americano está ouvindo conselhos de outros membros do partido democrata e tem se mostrado compreensivo sobre a situação atual e delicada da sua campanha eleitoral. 

Conversas com democratas 

Biden se encontrou com líderes do partido na quarta-feira (17) e discutiram sobre os próximos passos que devem tomar nas eleições. O presidente teria ouvido dados de algumas pesquisas realizadas entre os eleitores e também, perguntado sobre a possibilidade e chances que sua vice, Kamala Harris, teria de vencer se fosse a candidata oficial do partido. 

Mas, apesar da maior flexibilidade, o presidente não teria demonstrado nenhuma pista de que irá desistir da candidatura. A fonte do jornal informou também que ele não está sendo coagido a desistir da presidência, mas que está disposto a ouvir os argumentos dos colegas democratas. 


Joe Biden, presidente dos Estados Unidos (Foto: reprodução/ Erin Schaff-Pool/Getty Images Embed)


Essa postura adotada pelo candidato difere das declarações que ele realizou na semana passada, quando enviou uma carta aos deputados criticando-os pela pressão, afirmando que continuaria na disputa.

 A mudança de atitude de Biden na reunião aconteceu após o senador Chuck Schumer e o líder democrata da Câmara, Hakeem Jeffries, informarem que os integrantes do partido estavam apreensivos com as eleições e com o futuro do Congresso, caso a campanha dele continuasse. 

Em nota, a Casa Branca declarou que Joe Biden será o nomeado do partido e que ele está animado para continuar com sua campanha. 

Nomeação e declarações recentes

 O partido democrata planeja adiantar a nomeação de Biden como candidato em uma votação virtual que deve acontecer na primeira semana de agosto. A nomeação aconteceria durante a Convenção Nacional Democrata marcada para 19 de agosto, mas a nomeação de Donald Trump como o candidato do partido republicano fez com que os democratas optassem por uma escolha rápida. 


Chuck Schumer, senador dos Estados Unidos (Foto: reprodução/Alex Wong/Getty Images Embed)


Porém, segundo as fontes do The New York Times, Jeffries e Schumer estariam tentando adiar a votação novamente para que Biden possa refletir se realmente é capaz de conduzir a campanha até o final. Seu desempenho tem gerado preocupações entre os eleitores e doadores da campanha que expressam que o presidente não possui capacidade mental para lidar com mais um mandato de quatro anos. 

Apesar do momento delicado que enfrenta com o partido, Joe Biden, em entrevista ao BET News, declarou que desistirá da presidência em três condições: se o partido afirmar que ele não pode vencer, sob intervenção divina e se os médicos indicarem que ele não está apto por conta de alguma condição de saúde. Ainda nesta quarta-feira, o presidente foi diagnosticado com COVID-19, em um momento em que ele planejava intensificar sua campanha para diminuir as críticas e pressões internas do partido. 


Homem é preso nos EUA após realizar ameaças de morte contra Joe Biden 

Nesta quarta-feira (17), o Departamento de Justiça dos Estados Unidos entrou com um pedido de acusação contra um homem residente da Flórida, suspeita-se que ele esteja fazendo ameaças de morte ao atual presidente do país, Joe Biden. As ameaças teriam acontecido alguns dias antes da tentativa de assassinato contra Donald Trump, porém, a Justiça acredita que não haja uma relação direta entre os dois casos.

Investigações sobre o suspeito

O suspeito se trata de Jason Patrick Alday, americano de 39 anos, que teria realizado a primeira ameaça enquanto se internava num centro de saúde mental. O homem teria comentado no local que iria “cortar” a garganta de Biden quando tivesse uma chance. 

O Serviço Secreto dos Estados Unidos receberam a denúncia e no começo de julho interrogaram Jason que negou as acusações. Porém, os agentes da polícia encontraram outras diversas ameaças que Alday realizou contra Biden em suas redes sociais, em uma publicação no X, suspeita-se que ele teria publicado a frase: “Vou matar Joe Biden hoje!!”


Logo do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (Foto: reprodução/Celal GüneÅ/Anadolu Agency via Getty Images Embed)


Em outra publicação, Jason também teria escrito em tom de intimidação contra o presidente, a seguinte afirmação: “fontes: a saúde de Joe Biden está piorando rapidamente. Não está indo muito bem. Devo acabar com ele?”. Além das ameaças, os agentes também encontraram nas redes sociais, ataques racistas realizados contra o investigador que conduziu o primeiro interrogatório contra Alday no início do mês. 

Jason Patrick Alday foi indiciado na Justiça pela prática de três crimes e ficará detido até seu julgamento acontecer. Ele compareceu ao tribunal nesta quarta-feira, mas sua defesa não soltou nenhuma nota para a imprensa. 

Polícia descarta relação entre os casos de Trump e Biden

Recentemente, o FBI encontrou fotos de Joe Biden no celular de Thomas Matthew Crooks, atirador que tentou assassinar Donald Trump. Entre os registros, a polícia também acessou um histórico de pesquisa do telefone que mostrava que Thomas pesquisou a data da Convenção Nacional Democrata e de alguns eventos de Trump. 


Declaração de Joe Biden sobre o atentado contra Donald Trump (Foto: reprodução/X/@POTUS)

Outras fotos encontradas seriam do presidente da Câmara do país, Mike Johnson, e do líder democrata da Câmara, Hakeem Jeffries. As imagens não continham nenhuma mensagem ou ameaça contra os políticos republicanos e democratas. 

Apesar das informações descobertas, o FBI descarta qualquer relação entre os dois casos. Para os investigadores, o atentado contra Donald Trump e as ameaças contra Joe Biden são casos isolados, sem cúmplices e sem contato entre os dois suspeitos.