Vítima do caso P.Diddy recua e casos contra celebridades expõem medo nos tribunais dos EUA

Segundo três fontes familiarizadas com o caso de P.Diddy, a “Vitima 3”, sob o nome de “Gina” na acusação, não deverá depor na continuação do julgamento do repper acusado de vários crimes ocorridos na década de 90. O julgamento se deu no inicio de maio deste ano e terá continuação da sua terceira e última parte nesta terça-feira, 27. A mulher referenciada com uma das “ex-namoradas” do empresário, foi citada como parte da acusação de conspiração de extorsão. As informações são da CNN

Denúncia

Segundo informações da CNN, as três fontes não identificadas, disseram que Gina foi citada nos depoimentos como uma das “ex-namoradas” do rapper durante 11 anos, enquanto Sean Combs ainda se relacionava com Cassie Ventura, a principal testemunha do caso e confirmado pela própria Ventura. De acordo com George Kaplan, ex-assistente do cantor, ele viu o acusado “jogando maçãs em Gina em sua casa em Miami”. Além disso, Kerry Morgan, melhor amiga de Cassie, confirmou no depoimento, que “Gina” era um “problema no relacionamento de Combs e Ventura”.


P.Diddy e Cassie Ventura no Met Gala 2028 (Foto: reprodução/Angela Weiss/Getty Images Embed)


Promotores do caso, antes do recolhimento dos depoimentos, disseram que seria inviável chamar a “vítima-3” para ser parte do caso como testemunha. Entretanto naquele momento, Maurene Comey, procuradora assistente dos EUA, disse que eles poderiam tentar chamá-la, já que ela é parte importante do caso, mas a comunicação com a vítima tem sido difícil.

Apesar de ter sido identificada na denúncia, na última quarta-feira, 21, a defesa de Combs deu o veredito final de que “Gina está fora do caso” e não comparecerá. No ponto de vista de Marc Agnifilo, “não é uma questão de acusação. O governo pode chamar Gina se quiser”, respondeu Agnifilo à CNN, reiterando que pode ser difícil fazer o contato com Gina e ainda informando de que se o Estado quiser, eles podem trazer Gina para o Tribunal, pois são os Estados Unidos da América.


P.Diddy e Jay-z (Foto: reprodução/Kevin Mazur/Getty Images Embed)


Situação e desistências no caso

Conhecido como Sean Combs, ou P. Diddy, ou ainda como Puff Daddy, o cantor intérprete de “Last Night”, com Alicia Keys, foi acusado por vários crimes, como agressão sexual e violência física, tráfico de drogas e sexual, e está preso desde setembro de 2024. Algumas de suas músicas foram banidas de rádios brasileiras, mostrando o impacto que as atividades realizadas pelo artista causaram na indústria. Essas acusações se referem a atos que aconteceram nas décadas de 90 e, caso o cantor seja condenado, pode pegar de 15 anos de prisão ou até mesmo ser condenado à prisão perpétua nos EUA.

Além de P. Diddy, outros artistas tiveram seus nomes envolvidos com o cantor, como, por exemplo, Jay-Z, marido de Beyoncé. No final do último ano, uma mulher acusou Jay-Z de tê-la drogado e abusado sexualmente juntamente com Sean Combs, em uma das megafestas realizadas na mansão do amigo. Jay-Z se declarou inocente e afirmou que a acusação foi feita por interesse financeiro.

Dois meses após o ocorrido, a mulher acabou retirando, mesmo com prejuízos, a denúncia voluntariamente, o que impede que a denúncia seja reapresentada no futuro. Segundo o portal NewGuardian, ela retirou o processo alegando retaliação de fãs e do próprio rapper, por ter que ser nomeada em público. No entanto, Jay-Z processou a mesma mulher, alegando “trauma” em sua esposa e filhos. Segundo ele, sua empresa, Roc Nation, perdeu mais de US$ 20 milhões.

Testemunhas de Mauro Cid depõem ao STF sobre atos antidemocráticos

A primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF), na manhã desta quinta-feira (22), colheu depoimentos das testemunhas de defesa vinculadas ao ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid. Por videoconferência, os ministros interrogaram os oito indicados sobre questões relacionadas aos atos praticados em Brasília, DF, em janeiro de 2023.

Uma das testemunhas de defesa, o general Edson Ripoli declarou Cid como um funcionário leal, correto e obediente aos seus comandantes.

 “Todas as missões que dei pra ele ele cumpriu muito bem. Naquele ano em que trabalhei com ele, ele foi leal e correto.” General Edson Ripoli

Além das alegações sobre a obediência de Cid, as testemunhas de defesa, também, negaram qualquer menção do ex-ajudante de ordens sobre ações que visassem impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais. 

O ministro Alexandre de Moraes permaneceu como  relator do caso. Os demais ministros que integram a primeira turma são: Cristiano Zanin, Carmen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino.

As testemunhas 

Conforme o rito processual, as primeiras testemunhas a serem ouvidas são as testemunhas de acusação. Fato ocorrido na última segunda-feira (19). Na data de hoje, quinta-feira (22), foram ouvidas as testemunhas de defesa de Mauro Cid. 

Os oito indicados pelos advogados de defesa, são militares com cargos que variam de sargento a general.  São eles: Adriano Alves Teperino, Edson Dieh Ripoli, Fernando Linhares Dreus, Flávio Alvarenga Filho, João Batista Bezerra, Julio Cesar de Arruda, Luís Marcos dos Reis, Raphael Maciel Monteiro. 


Publicação sobre a audiência ocorrida nesta data, quinta-feira (22), no STF (Vídeo: reprodução/X/@JovemPanNews)

Mauro Cid e mais outros sete, foram indiciados pela Procuradoria Geral da República (PGR) e tornados réus pela Primeira Turma do STF em 26 de março (2025). Entre os crimes estão:  tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Rito processual

Um dos réus na ação é o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, que poderá apresentar, também, suas testemunhas de defesa perante o STF. Ao todo, segundo consta, são 82 testemunhas relacionadas aos oito réus do núcleo 1 ou núcleo crucial. 

Nas audiências, o interrogatório é conduzido pelos advogados, porém, ministros e procuradores gerais também realizam perguntas a fim de colher o maior número de informações possíveis para a elucidação dos fatos.

Finalizado os depoimentos de todas as testemunhas, tanto de defesa quanto de acusação, os réus deverão ser ouvidos. Só então, a Primeira Turma do STF poderá optar pela absolvição ou condenação deles. 

Testemunhas apontam lado violento de P. Diddy em 7º dia de julgamento

O julgamento de Sean “Diddy” Combs por extorsão e tráfico sexual entrou no sétimo dia nesta terça-feira (20) e ouviu o depoimento de dez testemunhas até o momento.

Quatro testemunhas se destacaram e relataram com detalhes suas experiências e interações com o veterano da indústria musical.

James

David James trabalhou como assistente do rapper de 2007 a 2009 e declarou ter testemunhado Diddy usando drogas. James afirmou que nunca presenciou a violência física de que Diddy é acusado contra Cassie Ventura, no início do relacionamento dos dois.

O ex-assistente descreveu como abastecia e organizava os quartos de hotel, além de comprar suprimentos para o ex-chefe. O magnata da música o encarregava de comprar preservativos, óleo de bebê e gel lubrificante e orientava o funcionário a não pedir reembolso à empresa por serem itens de uso pessoal para os quais Combs não queria registro. 

David afirmou ter testemunhado o ex-patrão consumir drogas e oferecê-las aos amigos. James confirmou que as conseguiu para os amigos de Combs em algumas ocasiões. 

No dia em que uma das pulseiras Cartier do rapper desapareceu, a segurança revistou todos os pertences de David. Em outros episódios em que outros pertences de Diddy desapareceram, o então funcionário precisou passar por um teste no detector de mentiras, o que descreveu como uma situação muito intimidadora. 


Detectores de mentira eram usados contra funcionários de Combs (Reprodução/X/@orollingstoneBR)

James entendeu o perigo de trabalhar para Combs pela primeira vez quando foi a uma lanchonete com o segurança do rapper buscar comida para Combs e a equipe. Lá chegando, se depararam com o rival de Diddy, Marion “Suge” Knight. 

James testemunhou que, quando voltaram para a casa de Combs, o rapper determinou que James deveria voltar à lanchonete com o segurança para procurar Knight enquanto o músico permaneceria sentado no banco de trás do carro com três armas no colo. Entretanto, Knight não estava mais lá.

Logo após este incidente, James deu seu aviso prévio e deixou a empresa em maio de 2009. 


Comentaristas analisam atualizações do julgamento (Reprodução/YouTube/Canal do Paulo Mathias)

Ventura

Regina Ventura, mãe de Cassie Ventura, que foi namorada de Combs, afirmou que conheceu o então namorado da filha em 2006, quando Cassie assinou um contrato com a gravadora do empresário, a Bad Boy Records. Regina testemunhou que visitava a filha no início do namoro do casal, em Nova York, cerca de quatro vezes por ano. Contudo, quando a Cassie se mudou para a Califórnia para morar com Diddy, a mãe reduziu as visitas e passou a vê-la com mais frequência apenas nos feriados.  

Regina testemunhou que a filha enviou um e-mail para ela e outro funcionário de Combs sob um pseudônimo. No e-mail, Cassie contou para a mãe que Combs a havia ameaçado de divulgar vídeos de sexo explícito com ela. Regina afirmou não ter entendido muita coisa a princípio, mas contou que os vídeos a deixaram perplexa. Apesar de ela não conhecer Diddy, ela sabia que ele tentaria ferir a filha. 

De acordo com o testemunho, na mesma época em que Cassie contou sobre a ameaça, Combs entrou em contato com Regina e pediu US$ 20 milhões (aproximadamente R$ 110 milhões) para recuperar o dinheiro que ele havia investido em Cassie Ventura, o que a deixou muito temerosa pela segurança da filha. 

O rapper se mostrou irritado porque descobriu que Cassie estava em novo relacionamento, com Kid Cudi. A maneira que Regina e seu marido encontraram para conseguir o dinheiro foi fazer um empréstimo com garantia imobiliária. Ela transferiu o dinheiro para a conta da Bad Boy, mas, cinco dias depois, o dinheiro retornou para a sua conta. 

Todo o júri viu fotos que Regina Ventura fez de Cassie em dezembro de 2011, em sua casa em Connecticut, para registrar e provar o espancamento sofrido pela filha, após suposta agressão física de Combs. 

Ela estava machucada, e eu queria garantir que isso fosse eternizado.

Regina Ventura

Hayes

Sharay Hayes, de 51 anos, que trabalha como acompanhante masculino, conheceu Combs e Ventura quando trabalhava como dançarino exótico, em 2012. Testemunhou ter recebido uma ligação de Cassie, sob um nome diferente, querendo contratar seus serviços.

Quando Hayes chegou ao local, Cassie disse que “ela e (seu) marido gostavam de criar uma cena sexy”, que incluía a aplicação de óleo de bebê e que seu marido ficaria assistindo à interação. 

O profissional do sexo contou que, durante o encontro, o marido deu “instruções sutis”. Pelo trabalho, ele recebeu US$ 800 e, posteriormente, mais US$ 1.200. Mas até então, Hayes não sabia que se tratava de Combs. 

Foram um total de 8 a 12 interações com o casal. Certa vez, Hayes se encontrou com os dois em um hotel, onde havia uma TV dando boas-vidas ao “Sr. Sean Combs”. Só então, ele se deu conta que o marido de Cassie era Combs. 

Hayes afirmou que não percebeu nenhum sinal de desconforto por parte de Cassie Ventura, e reiterou que sempre observa o ambiente para verificar o conforto do público. Nunca percebeu filmagens ou violência durante os encontros com o casal.  


Em seu testemunho, Sharay Hayes isentou o réu de ações violentas (Reprodução/Instagram/@bannavmedia)

A testemunha assegurou que nunca fez uso de drogas com eles, apesar de terem lhe oferecido álcool e maconha. Mas nunca presenciou o uso de drogas por Diddy ou nunca o percebeu embriagado. 

Hayes confirmou que ingeriu remédios para auxiliar em sua performance sexual e citou o desconforto de uma “cena sexual com a parceira de uma mulher presente”

Sharay disse que a última sessão com o casal ocorreu em 2016. Depois disso, nunca mais foi contratado novamente. Cassie o pagou e demonstrou gratidão pela discrição do profissional. 

Gannon

Gerard Gannon, um agente especial da Homeland Security Investigations, prestou um depoimento que deve ter sido retomado nesta quarta-feira (21), às 10 horas no horário de Brasília. 

Em seu testemunho, Gannon contou que era o responsável pela busca na residência de Combs em março de 2024, em Miami Beach. Ele foi designado pela sua unidade porque o caso envolvia uma investigação de tráfico de pessoas. 

Cerca de 85 policiais participaram da busca dado o tamanho da propriedade do rapper. Por causa disso, foi preciso uma equipe de guardas armados para garantir uma resposta especial para o caso de lidar com medidas de segurança. 

Segundo Gannon, durante a busca, a equipe encontrou sapatos de salto alto, brinquedos sexuais, óleo de bebê, lubrificante pessoal e “receptores superior e inferior de AR-15”, que são peças de armas. Todo o material foi encontrado dentro do armário principal de Combs e o júri teve acesso às fotos das evidências. 

Scott Mescudi, rapper conhecido como Kid Cudi, deverá prestar seu depoimento até esta quinta-feira (22).

STF ouve testemunhas do golpe em julgamento que promete revelar bastidores da trama

O Supremo Tribunal Federal inicia, nesta segunda-feira (20), as oitivas das testemunhas do golpe no STF, em uma nova etapa do julgamento que apura a articulação de autoridades, militares e aliados políticos para tentar reverter o resultado das eleições de 2022 e manter Jair Bolsonaro (PL) no poder.

As sessões ocorrem na sede do Supremo, em Brasília, e devem se estender pelos próximos dias. Entre os convocados estão militares da ativa e da reserva, ex-assessores de parlamentares e agentes de segurança que, segundo a acusação, participaram de reuniões ou tiveram acesso a informações estratégicas sobre a tentativa de ruptura democrática.

A Procuradoria-Geral da República espera que os depoimentos ajudem a esclarecer o envolvimento de civis e militares na suposta trama golpista.

Quem são as testemunhas do golpe no STF ouvidas hoje

Entre as testemunhas do golpe no STF, estão nomes que teriam participado de encontros com o alto escalão do governo anterior e de reuniões em que supostamente foram discutidas medidas como a decretação de estado de sítio e a anulação do resultado eleitoral.

Também devem ser ouvidos militares que, de acordo com as investigações, teriam sido acionados para avaliar uma possível intervenção institucional.

Ex-assessores e aliados políticos de Bolsonaro estão na lista e devem esclarecer quais foram os passos dados nos bastidores logo após a confirmação da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em outubro de 2022.

A expectativa é que os depoimentos revelem detalhes sobre o planejamento e a coordenação do suposto golpe.


Ex-Presidente Jair Bolsonaro e General Marco Antônio Freire Gomes (Foto: reprodução/Ecaristo Sa/Getty Images Embed)


As primeiras testemunhas do golpe no STF a serem ouvidas incluem:

  • Éder Lindsay Magalhães Balbino: empresário que teria ajudado a montar um falso dossiê apontando fraude nas urnas eletrônicas.
  • Clebson Ferreira de Paula Vieira: servidor que teria feito planilhas usadas por Anderson Torres para acompanhar a movimentação de eleitores nas eleições.
  • Adiel Pereira Alcântara: ex-coordenador de Análise de Inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que teria atuado para dificultar o deslocamento de eleitores no segundo turno.
  • General Marco Antônio Freire Gomes: ex-comandante do Exército, que teria sido pressionado a aderir à suposta trama golpista.
  • Tenente-Brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior: ex-comandante da Aeronáutica, também teria sido pressionado a participar da trama.

Próximos passos do julgamento

Com a oitiva das testemunhas do golpe no STF, o julgamento avança para a fase final. Após essa etapa, os ministros do Supremo deverão avaliar as provas e apresentar seus votos.

A previsão é que a decisão final seja conhecida ainda no primeiro semestre deste ano.


Ex-Presidente Jair Bolsonaro (Foto: reprodução/Sergio Lima/Getty Images Embed)


O caso é tratado como um dos mais importantes da história recente do país, por envolver uma tentativa direta de rompimento da ordem democrática.

A sociedade aguarda a decisão que pode responsabilizar os envolvidos e definir os rumos da democracia brasileira.

Os próximos depoimentos devem aprofundar ainda mais as investigações e ajudar o Supremo a chegar a uma decisão. A sociedade acompanha de perto cada etapa, na expectativa de que a Justiça esclareça toda a verdade sobre a tentativa de golpe.

Diddy enfrenta julgamento por acusações de abuso e tráfico sexual

O julgamento do rapper e empresário Sean Diddy Combs começou recentemente em Nova York, trazendo à tona uma série de acusações graves que envolvem sua vida pessoal e profissional. Ele está sendo acusado de associação criminosa, tráfico sexual e de liderar uma rede ilegal de prostituição. Desde setembro, Diddy está preso e enfrenta a possibilidade de uma condenação que pode resultar em prisão perpétua. Ele nega todas as acusações contra ele.

Segundo a promotoria, o artista usou sua influência e prestígio por mais de vinte anos para manipular, agredir e explorar mulheres. Muitas dessas situações ocorreram em eventos conhecidos como festas “freak offs”, que eram marcadas pelo consumo de drogas, práticas sexuais forçadas e violência.

Entenda sobre as denúncias contra o cantor

As denúncias detalham abusos físicos, chantagens, subornos e até estupros. No primeiro dia de julgamento, os promotores apresentaram uma narrativa que envolve não apenas Diddy, mas também uma rede de colaboradores que ajudavam a silenciar as vítimas. Um dos relatos mais chocantes veio da cantora Cassie Ventura, ex-namorada de Diddy, que descreveu um relacionamento abusivo com agressões físicas, emocionais e sexuais.

Ela contou que era obrigada a participar de atos sexuais sob ordens dele, sentindo-se frequentemente humilhada e com medo. Cassie afirmou que Diddy a forçava a manter relações com outras pessoas enquanto ele assistia e dirigia essas situações, além de agredi-la fisicamente e usar ameaças para mantê-la submissiva.


Cassie Ventura (Foto: reprodução/x/@Veja)

Além de Cassie, outras testemunhas prestaram depoimentos. Um segurança de hotel relatou ter visto Cassie ferida após um ataque do rapper e disse que foi procurado para ser subornado e manter o caso em segredo. Outro depoimento veio de um stripper que afirmou que era pago para manter relações sexuais com Cassie a mando de Diddy. A defesa tenta desqualificar os testemunhos, mostrando mensagens antigas em que Cassie aparentava consentir ou até gostar das práticas sexuais que tinham, alegando que essas mensagens foram enviadas sob coação psicológica.

Ainda não há uma conclusão

O julgamento ainda vai continuar por vários dias e tem atraído grande atenção da mídia e do público devido à gravidade das denúncias e à discussão sobre abuso de poder e silêncio em ambientes de entretenimento. Esse caso levanta questões importantes sobre como figuras influentes podem usar sua posição para explorar outras pessoas e como essas situações podem permanecer ocultas por tanto tempo.

Vídeo revela agressão de Sean “Diddy” Combs contra Cassie Ventura em hotel

Um vídeo inédito, exibido nesta terça-feira (13) durante o julgamento federal contra o rapper Sean “Diddy” Combs, escancarou cenas de agressão física contra sua então namorada, a cantora Cassie Ventura, em um hotel da Califórnia. As imagens, gravadas por câmeras de segurança do Hotel InterContinental, em Century City, mostram Diddy perseguindo, puxando e intimidando Cassie em um episódio ocorrido em 2016.

A gravação, com cerca de 15 minutos, foi exibida durante o depoimento de Cassie no tribunal e apresenta detalhes contundentes da violência. Nas cenas, a cantora aparece descalça, vestindo um moletom escuro e carregando uma bolsa ao se dirigir aos elevadores. Poucos segundos depois, Diddy surge vestindo apenas um robe e meias coloridas, corre atrás dela e a arrasta violentamente de volta ao corredor puxando-a pelo capuz.

O vídeo também mostra o momento em que Combs retorna com os pertences da cantora e troca palavras de forma agressiva. Em seguida, um segurança do hotel, identificado como Israel Florez, entra em cena e tenta intervir na situação.

Silêncio Comprado e Novas Revelações

Israel Florez, hoje policial em Los Angeles, prestou depoimento nesta semana e declarou que, na ocasião, encontrou Cassie “assustada e deitada no chão” e foi chamado para atender uma “mulher em perigo”. Ele também afirmou que recebeu uma oferta de suborno de Diddy para não relatar o ocorrido às autoridades.

Além das imagens do circuito interno, outras provas foram apresentadas em tribunal, incluindo registros fotográficos de danos causados ao quarto onde o casal estava hospedado, feitos pela polícia de Los Angeles.

Durante seu depoimento, Cassie Ventura detalhou anos de abusos vividos ao lado do rapper. Segundo a cantora, Diddy a submeteu a festas regadas a drogas e sexo, os chamados “freak-offs”, além de forçá-la a atos humilhantes como violência sexual, banhos forçados com óleo de bebê e episódios de degradação psicológica. “Esse vídeo é apenas um fragmento de uma década de violência”, afirmou Cassie no tribunal.


Ilustração do depoimento de Cassie Ventura (Foto: reprodução/Instagram/@niaspeaksofficial)

Processos e Repercussão

Cassie moveu um processo contra Diddy em novembro de 2023, alegando estupro e múltiplas agressões. O caso foi encerrado por um acordo sigiloso no dia seguinte, mas abriu caminho para investigações federais mais amplas.

Agora, Diddy enfrenta acusações graves na Justiça dos Estados Unidos, incluindo conspiração para extorsão, tráfico sexual por meio de força, fraude ou coerção, e transporte com fins de prostituição. O rapper declarou-se inocente.


Sean “Diddy” Combs (Foto: reprodução/Paras Griffin/Getty Images Embed)


A divulgação das imagens e o testemunho do ex-segurança ampliaram a repercussão do caso, que abala a carreira e a reputação do artista. Diversas celebridades e ex-colaboradores já se manifestaram publicamente em repúdio à violência revelada.

Próximos Passos

O julgamento continua nos próximos dias, com novas testemunhas e possíveis revelações. As autoridades federais investigam se outras vítimas poderão surgir e se há uma rede mais ampla de crimes envolvendo o artista.

O caso Diddy se soma a uma crescente lista de figuras públicas enfrentando consequências legais por abuso e violência, em um cenário que reflete maior atenção e intolerância social a práticas de exploração e agressão.

Gérard Depardieu é condenado por agressão sexual em caso que envolve duas ex-colegas

Segundo uma matéria publicada pelo portal Hugo Gloss, nesta terça-feira (13), o ator francês Gérard Depardieu é sentenciado pela justiça francesa. O cineasta foi condenado a 18 meses de prisão por agressão sexual a duas ex-funcionárias e também foi colocado no cadastro de criminosos sexuais da França.

A agência de notícias Associated Press (AP), esclareceu que a justiça do país europeu determinou que Depardieu tenha dois anos de inabilitação para exercer cargos públicos e terá que indenizar as vítimas com o valor de 29 mil euros, que convertidos em real equivalem a 183 mil reais.

Gérard nega quaisquer acusações

Nesta última segunda-feira (12) o advogado do artista, Jérémie Assous, havia anunciado que o acusado estaria presente no tribunal durante a leitura do veredicto, algo que não aconteceu segundo o jornal Carta Capital.


Martine Redon e Gérard Depardieu na série “Meeting to Badenberg” realizada por Jean Michel Meurice em 1969 (Foto: reprodução/Georges Galmiche/INA/Getty Images Embed)


O caso julga as acusações feitas em 2021 ao longo das gravações do filme Les Volets Verts, de Jean Becker. As denúncias foram feitas por Amélia, uma profissional responsável pela criação dos cenários do set de 54 anos e Sarah (nome fictício) uma assistente de direção de 34 anos.

Assim, as duas ex-funcionárias o acusaram de assédio sexual e insultos sexistas. Um mês após a primeira queixa registrada, a cenógrafa desabafou para o site Mediapart sobre os comentários ofensivos do ator e descreveu como foi agarrada brutalmente. Já a segunda mulher, revelou à polícia francesa que quando foi abordada tinha 24 anos e estava na mansão do cineasta quando ele a ofendeu com palavras indecentes.

Ao decorrer da primeira audiência, Depardieu já deixa seu posicionamento claro ao defender sua inocência alegando que não perderia seu tempo apalpando as partes íntimas de uma mulher, pois não se considera um pervertido do metrô. A figura emblemática do cinema francês seguiu negando qualquer irregularidade, mas o juíz Thierry Donard, revelou que a explicação do ator sobre os eventos não foi convincente.

Organizações feministas raivosas

A figura francesa que participou de obras como “As Férias da Minha Vida” e “Asterix e Obelix contra César” foi julgado em março deste ano no espaço de quatro dias, e rejeitando as alegações, ele reconheceu que havia usado de certa forma uma linguagem ordinária e sexualizada no ambiente de trabalho e que de fato agarrou os quadris de uma vítima durante uma discussão, porém, negou que seus atos fossem de cunho sexual.


Gérard Depardieu com seu advogado Jeremie Assous no quarto dia de seu julgamento em que é acusado de agredir sexualmente duas mulheres, em 27 de março de 2025 (Foto: reprodução/Julien De Rosa/AFP/Getty Images Embed)


Após o francês não ter comparecido ao tribunal por conta da gravação de uma nova produção em Portugal com Fanny Ardant o advogado da celebridade pediu sua absolvição por uma suposta perseguição sofrida pelas vítimas do caso, que em sua visão são retratadas como contadoras de histórias que trabalham para organizações feministas raivosas.

Irmãos Menendez enfrentam audiência que pode decidir por liberdade nos EUA

Os irmãos Lyle e Erik Menendez enfrentam nesta terça-feira (13) uma audiência em Los Angeles, que pode determinar a revisão de suas sentenças de prisão perpétua pelos assassinatos de seus pais em 1989. A defesa busca uma redução da pena, o que poderia resultar na libertação imediata ou na elegibilidade para liberdade condicional.

O caso ganhou novo fôlego após a apresentação de evidências que sugerem que os irmãos foram vítimas de abuso sexual por parte do pai, um executivo da indústria do entretenimento. Essas alegações, sustentadas desde o início do processo, foram reforçadas por novas informações e registros do comportamento dos irmãos na prisão.


Irmãos Menendezes em Departamento de Correções e Reabilitação da Califórnia (Foto: Reprodução/Instagram/@circolare)

Em 2023, o então promotor de Los Angeles, George Gascón, recomendou uma nova sentença, argumentando que os irmãos já haviam cumprido tempo suficiente e deveriam ser considerados para liberdade condicional, especialmente por terem menos de 26 anos na época do crime, conforme o estatuto de delinquente juvenil da Califórnia. No entanto, seu sucessor, Nathan Hochman, se opõe à revisão, alegando que os irmãos ainda não reconheceram plenamente a responsabilidade pelos assassinatos.

Entenda o caso

Condenados em 1996 por assassinato em primeiro grau, Lyle e Erik Menendez cumprem duas penas consecutivas de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional. O crime ocorreu em 20 de agosto de 1989, quando o casal foi morto a tiros enquanto assistia à televisão na sala de sua casa.

O julgamento, o segundo após o primeiro ter terminado com um júri dividido, atraiu grande atenção da mídia, expondo os aspectos sombrios da riqueza e do privilégio da família. Inicialmente, os irmãos alegaram ter encontrado os pais mortos ao voltar do cinema, supostamente vítimas de invasores.

Durante o processo, no entanto, Lyle e Erik admitiram os assassinatos, mas afirmaram que agiram em legítima defesa, temendo que seus pais os matassem após anos de abuso sexual por parte do pai e agressão psicológica pela mãe. Na época do crime, Lyle tinha 21 anos e Erik, 18.

Já a acusação sustentou que os homicídios foram premeditados e motivados pela ganância, com o objetivo de herdar a fortuna milionária da família.

Nova audiência pode reavaliar a sentença

A atual revisão da pena, que deve durar dois dias, pode incluir novas evidências da defesa, como uma carta supostamente escrita por Erik Menendez oito meses antes do crime, na qual ele descreve os abusos sofridos. Além disso, a defesa cita o depoimento de um ex-integrante da banda Menudo, que acusou José Menendez de abuso. Essas alegações foram destacadas em documentários recentes sobre o caso, que ganhou novo destaque após séries e produções da Netflix e Peacock.


Irmãos Menendez em audiência (Foto: reprodução/X/@BeatrizFGil)

Enquanto parte da família, incluindo as irmãs de José e Kitty, apoia a libertação dos irmãos, Milton Anderson, irmão de Kitty e já falecido, sempre se opôs à soltura e contestou as acusações de abuso.

Paralelamente, o governador da Califórnia, Gavin Newsom, solicitou que o conselho de liberdade condicional avalie se Lyle e Erik representam um risco à sociedade caso fossem soltos. A decisão pode redefinir o futuro dos irmãos Menendez após mais de três décadas na prisão.

Defesa de Diddy admite histórico de violência doméstica e reconhece ações como “indefensáveis”

A defesa do influente rapper e produtor musical Sean Combs, mundialmente conhecido como Diddy, emitiu um comunicado público no qual assume o histórico de violência doméstica do artista, classificando suas ações como “indefensáveis”. A declaração ocorre após a divulgação de um vídeo chocante, obtido exclusivamente pela CNN, que mostra o magnata da música agredindo fisicamente sua ex-namorada, a cantora e modelo Cassie Ventura, em um corredor de hotel em 2016.


Vídeo flagra Diddy agredindo mulher (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

As imagens, que corroboram as denúncias feitas por Cassie em um processo judicial movido em novembro de 2023 – posteriormente encerrado em um acordo confidencial –, mostram Diddy perseguindo a artista, agarrando-a pelo cabelo, jogando-a ao chão e chutando-a enquanto ela tenta se proteger.

Teny Geragos, advogada de defesa de Sean “Diddy” Combs, admitiu publicamente parte das alegações contra o magnata da música durante os procedimentos legais. Geragos confirmou que seu cliente possui um temperamento explosivo, apresenta comportamento violento sob influência de álcool e drogas, e de fato cometeu atos de violência doméstica no passado. Em menção ao vídeo divulgado, em que mostra Diddy agredindo sua ex-namorada Cassandra Ventura, Teny disse que a violência divulgada era “desumanizadora”, “horrível” e “indefensável”.

No entanto, a defesa argumenta veementemente que essas admissões não significam que Combs seja culpado das acusações mais graves que enfrenta atualmente. “Ele será responsável, ele será responsabilizado pelas coisas que fez, mas lutaremos por sua liberdade pelas coisas que ele não fez”, acrescentou ela.

Relacionamento Cassie Ventura e Sean Combs

Cassie (Cassandra Ventura) conheceu Diddy em 2006, quando tinha apenas 19 anos e iniciava sua carreira como modelo e cantora. Ele, já uma lenda da música hip-hop com 36 anos, a contratou para sua gravadora Bad Boy Records. O relacionamento romântico começou um ano depois e se estendeu, de forma intermitente, até 2018, período em que, segundo as autoridades, Combs exerceu controle físico, emocional e profissional sobre ela.


Cassie Ventura e Puffy Diddy (Foto: reprodução/X/@ListinDiario)

Entenda o caso

O caso ganhou proporções ainda maiores por envolver uma personalidade de enorme influência na cultura pop, dono de uma fortuna estimada em centenas de milhões de dólares e com vasta rede de conexões no entretenimento.

De acordo com a promotora federal Alicia Johnson, o magnata da música Sean “Diddy” Combs teria submetido múltiplas mulheres a situações degradantes, incluindo a participação forçada em encontros sexuais conhecidos como “Freak Offs” – eventos que duravam dias e ocorriam em diferentes cidades dos EUA.

Testemunhas e documentos apresentados pelo Ministério Público afirmam que a equipe de Combs organizava logística, incluindo voos privados e hospedagens, enquanto empresas ligadas ao artista bancavam todas as despesas. Os promotores classificam essa estrutura como parte de uma “organização criminosa” voltada à exploração sexual.

Ainda segundo os promotores, Combs agredia Cassie com frequência. Em 2009, ele a derrubou dentro de um SUV e “pisou várias vezes em seu rosto”, relatou Johnson. Noutra ocasião, ao descobrir que Ventura se relacionava com outro homem, ele a teria espancado, “dando chutes violentos em suas costas e arremessando seu corpo como um objeto“, conforme descrição da promotora.

As agressões ocorriam até por motivos banais – como não atender ligações rapidamente ou demorar no banheiro. O caso mais extremo envolveu um suposto episódio de humilhação sexual: Johnson afirmou que Combs obrigou Cassie a receber urina de um profissional do sexo em sua boca, deixando-a com sensação de asfixia.

Os promotores afirmam que Sean usou de seu poder e controle para “fazer sua vontade naqueles quartos de hotel escuro“. As demais vítimas envolvidas no caso, incluindo Cassie Ventura, não se manifestaram publicamente sobre as últimas declarações da defesa.

Defesa de Zambelli tenta suspensão de julgamento, mas Moraes rejeita

Nesta segunda-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes rejeitou um pedido feito pela defesa da deputada federal Carla Zambelli, acusada de comandar a invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça, para suspensão do julgamento. Moraes afirma não existir nenhum pronunciamento da Câmara dos Deputados solicitando a suspensão.

A acusação

O STF iniciou o julgamento de Carla Zambelli e do hacker Walter Delgatti na última sexta-feira (09). Os dois são suspeitos de participar na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça para a implementação de documentos falsos. De acordo com Moraes, os crimes pelos quais a deputada está sendo indiciada foram cometidos antes de sua diplomação.

Segundo o que diz a legislação, caso um deputado seja denunciado por crime cometido após sua diplomação, o Supremo Tribunal Federal deve comunicar o Congresso, que pode decidir, por iniciativa de partido político, sustar o processo. O caso ainda não pode ter nenhuma interferência sequer da Câmara, pois o processo foi encerrado, aguardando somente a definição final da pena. 


Maioria do STF é a favor da condenação de Carla Zambelli (Vídeo: reprodução/YouTube/Terra Brasil)

O pedido de defesa

Nesta segunda-feira (12), a defesa de Zambelli entrou com pedido no STF, alegando que o Diretório Nacional do Partido Liberal (PL) enviou a Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados, um requerimento que solicita a suspensão do processo. De acordo com os advogados, o julgamento que ocorre no plenário virtual da Corte deveria ser interrompido até que o Legislativo vote o requerimento.

A maioria da Corte é a favor da condenação de Zambelli e Delgatti, onde a deputada seria sentenciada a cumprir pena de 10 anos e 6 meses de prisão, enquanto o hacker seria condenado a 8 anos. O ministro Luiz Fux foi o único que ainda não votou.