Veja as principais notícias e manchetes do Brasil e no Mundo hoje. Textos feitos por especialistas e assista a vídeos de Política, Celebridades e mais.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o Partido Democrata de pagar US$11 milhões à cantora Beyoncé. A princípio, o pagamento teve finalidade de garantir seu apoio à candidatura de Kamala Harris nas eleições presidenciais de 2024. Trump fez as declarações na rede Truth Social e afirmou que o pagamento configuraria compra de endosso político, o que, segundo ele, é ilegal.
Por outro lado, senadores democratas acusaram Trump de “abuso de poder” por adotar tarifas de 50% sobre a importação de produtos brasileiros. Nesse ínterim, o ex-presidente norte-americano Barack Obama pediu que o Partido Democrata adote uma postura mais firme. Ele também destacou a insatisfação popular e internacional com o rumo que os Estados Unidos têm seguido no novo mandato de Donald Trump, do Partido Republicano.
Acusações e contexto eleitoral
Na publicação, Trump criticou o uso da música Freedom, de Beyoncé, durante a campanha de Harris, que transformou o hit em símbolo dos eventos democratas. Poucos dias antes da eleição, Beyoncé subiu ao palco de um comício e declarou apoio a Kamala Harris com um discurso voltado à maternidade e à representatividade feminina.
Além disso, Donald Trump já havia acusado os democratas de pagarem US$3 milhões a outras celebridades, considerando o ato ilegal e parte de um “golpe eleitoral”. Trump pediu que Kamala Harris e todas as personalidades supostamente beneficiadas sejam processadas.
Beyoncé durante comício de Kamala, em 2024 (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)
Reações e rumores desmentidos
No ano passado, durante as eleições presidenciais americanas, Kamala Harris, então candidata democrata, recebeu apoio de celebridades como Oprah Winfrey, Katy Perry e Lady Gaga. Em novembro de 2024, Tina Knowles, mãe de Beyoncé, negou boatos sobre supostos pagamentos à artista. A equipe de Beyoncé também decidiu não comentar as novas acusações.
O episódio ocorre em meio a tensões entre republicanos e democratas após a vitória de Trump em 2024. Assim, permanece um cenário entre senadores democratas criticando o atual presidente por ações consideradas retaliatórias contra opositores, e, de outro lado, o presidente dos EUA pedindo processo às ilegalidades políticas.
Donald Trump fez uma série de acusações contra a ex-candidata à presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris. Por meio de publicações na rede social criada pelo próprio presidente americano, Truth Social, o republicano alegou nesta segunda-feira (19) que a cantora Beyoncé recebeu propina de US$ 11 milhões (cerca de R$ 56,6 milhões) para apoiar a campanha de Harris na corrida presidencial de 2024.
Trump alega que o suposto pagamento foi feito para garantir a participação surpresa da cantora em um comício de Kamala em Houston, no Texas, durante a campanha. Ele afirmou que Beyoncé e outras celebridades foram pagas ilegalmente no que seria parte de um “golpe eleitoral”
Beyoncé e Kamala ((Foto: reprodução/Jordan Vonderhaar/Getty Images Embed)
De acordo com reportagens, Beyoncé recebeu 11 milhões de dólares para subir ao palco, endossar rapidamente Kamala e sair sob vaias por nunca ter se apresentado, nem mesmo com uma música! Lembrem-se: os democratas e Kamala pagaram ilegalmente milhões de dólares a ela por não fazer nada além de dar um endosso entusiasmado a Kamala”, escreveu o republicano.
Embora Trump não tenha citado as supostas reportagens, continuou “ISSO É UM GOLPE ELEITORAL ILEGAL DO MAIS ALTO NÍVEL! É UMA CONTRIBUIÇÃO DE CAMPANHA ILEGAL!”. Ele também acusou outras celebridades que demonstraram apoio ao Partido Democrata além de Beyoncé
Bruce Springsteen, Oprah, Bono e, talvez, muitos outros têm muito o que explicar!”, escreveu em letras garrafais.
O ex-presidente declarou horas antes que pretende abrir uma investigação sobre ações dos “artistas antipatriotas”. “candidatos não podem pagar por ENDOSSOS, e foi exatamente isso que Kamala fez, disfarçado de pagamento por entretenimento”, escreveu, em postagens realizadas no domingo (18).
Além disso, foi um esforço muito caro e desesperado para artificialmente inflar o número reduzido de pessoas em seus eventos, isso não é legal! Foi uma forma corrupta e ilegal de se aproveitar de um sistema quebrado”, disparou.
Fake news
Tina Knowles, mãe de Beyoncé, já havia negado em novembro de 2024, rumores de que a filha teria recebido dinheiro para participar do comício. A primeira acusação veio da comentarista política conservadora Candace Owens. Na ocasião, a postagem foi marcada pelo Instagram como fake news e foi removida da plataforma.
Mãe de Beyoncé, Tina Knowles, de 71 anos (Foto: reprodução/JB Lacroix/Getty Images Embed)
“Isso se chama Informação Falsa”, escreveu Tina Knowles em postagem no Instagram.
Infelizmente, outras plataformas sem integridade ainda mantêm isso no ar. A mentira é que Beyoncé teria recebido 10 milhões de dólares para falar em um comício em Houston para a vice-presidente Kamala Harris, quando, na verdade, Beyoncé não recebeu um centavo sequer para falar no comício de Kamala Harris em Houston”, declarou.
Ataques à Biden
As acusações de Trump vieram menos de 24 horas após o fim dos ataques do político à Joe Biden e a manifestação de apoio ao democrata em meio ao diagnóstico de um câncer agressivo. Antes de mudar o foco dos ataques para Kamala, o republicano criticou duramente Joe Biden por meses.
Durante a campanha, Trump zombou da saúde do ex-presidente e questionou suas capacidades cognitivas. Ele também imitou seus gestos e o apelidou de “Joe sonolento”.
Antes de deixar o cargo como 33º presidente da República dos Estados Unidos, Harry Truman assinou sua mesa, que até então ficava no salão oval da Casa Branca. Com o passar do tempo, a mesa foi transferida para o escritório cerimonial e a assinatura tornou-se uma tradição entre os vice-presidentes americanos.
Nesta quinta-feira (16), chegou a vez de Kamala Harris cumprir o rito de passagem. A primeira mulher negra a ocupar o cargo fez questão de afirmar que “não irá embora silenciosamente” e que “continuará o trabalho até segunda-feira”.
Discurso de Kamala
Todos vocês me conhecem muito bem porque nós passamos longas horas, longos dias, meses e anos juntos e não é da minha natureza ir embora silenciosamente pela noite, então não se preocupem com isso
A fala da vice-presidente foi dirigida aos seus funcionários, reunidos minutos antes de assinar uma gaveta da mesa localizada no escritório cerimonial da Casa Branca. Além disso, Kamala também comentou acerca de uma relação de experiências semelhantes que ela teve com os outros que ocuparam o cargo.
Com a exceção de Truman e Eisenhower, eu conheci todas as pessoas que assinaram essa mesa, cada vice-presidente. E eu vou dizer que, embora muitos de nós tenhamos discordado em questões políticas, eu acho que todos nós compartilhamos uma experiência muito semelhante e uma evidência disso é essa tradição de assinar a mesa
Outro vice-presidente que cumpriu o ritual enquanto exercia o cargo foi o atual presidente Joe Biden, que assinou uma gaveta durante os últimos dias do governo Obama, em janeiro de 2017.
Vídeo: Kamala Harris faz um discurso e assina a mesa (Reprodução/Youtube/ The National Desk)
Despedida de Biden
Biden realizou seu discurso de despedida no salão oval nesta quarta-feira (15), uma semana antes de encerrar oficialmente seu mandato. Em sua fala, o presidente afirmou a importância da democracia americana, mesmo que ela possa ser frustrante:
Temos que permanecer engajados no processo. Sei que é frustrante. Uma chance justa é o que faz da América, a América
Joe Biden não será mais o presidente dos Estados Unidos nesta segunda-feira (20), quando acontece a cerimônia de posse do eleito Donald Trump.
Nesta segunda-feira (6) foi realizada a cerimônia da contagem dos votos do Colégio Eleitoral americano. Por ser realizada no Congresso dos Estados Unidos, a sessão é supervisionada pelo vice-presidente do país. No entanto, são raras as situações em que um vice é nomeado por seu partido para disputar uma eleição e, derrotado, acaba por conduzir a confirmação da própria derrota. Esse foi o caso de Kamala Harris, que precisou participar da sessão que certificou a vitória de Donald Trump para um novo mandato como novo presidente americano. Apesar de ser uma cena bastante dura na política americana, o gesto é visto como importante para uma transição pacífica de poder.
Outras situações
Além de Harris, foram outros quatro vices que se viram derrotados após disputarem a presidência, no entanto um não participou da cerimônia.
A primeira vez ocorreu em 1861, quando o vice-presidente John Breckenridge presenciou e conduziu a contagem de votos, que consagrou a vitória de Abraham Lincoln.
Campanha da disputa entre Trump e Harris foi marcada por controvérsias e polêmicas. (Foto: reprodução/ X/ @DisavowTrump20)
Em 1960 foi a vez do vice-presidente Richard Nixon, que conduziu a contagem de votos no Colégio Eleitoral que certificou a vitória de John F. Kennedy.
Em 1969 Nixon, agora eleito presidente, participou da sessão que validou a sua própria vitória, frente ao vice-presidente, Hubert Humphrey, que decidiu não participar da cerimônia.
Antes de Harris, no ano de 2001, o vice-presidente Al Gore conduziu a cerimônia que confirmou a vitória de George W. Bush. Ele havia vencido na votação popular, mas acabou perdendo no colégio eleitoral.
Presença de Harris
Harris, apesar da derrota eleitoral, afirmou reconhecer o processo como uma vitória da democracia. O mandato de Harris, como vice-presidente, segue o período da primeira presidência de Donald Trump, que tinha como vice Mike Pence, o qual supervisionou a contagem de votos que levaram Joe Biden e Kamala Harris à Casa Branca.
Mesmo sob orientação de Trump para que rejeitasse os votos dos estados-chave, onde o republicano havia perdido, Mike Pence seguiu o processo e validou a vitória dos Democratas.
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, vinha enfrentando as autoridades americanas em dois casos criminais, um de subversão eleitoral e outro sobre a posse ilegal de documentos confidenciais da Casa Branca. Nesta segunda-feira (25), o procurador especial Jack Smith anunciou que desistiu das investigações. Donald Trump se pronunciou após o anúncio.
“Esses casos, como todos os outros casos pelos quais fui forçado a passar, são vazios e sem lei, e nunca deveriam ter sido apresentados”.
– Donald Trump
Pressão para encerrar os processos
O Partido Republicano e a defesa de Donald Trump estiveram, nos últimos dias, pedindo que as acusações contra o presidente eleito fossem retiradas. O pedido foi motivado pela vitória eleitoral do ex-presidente, garantindo que ele possa assumir o cargo em janeiro de 2025.
Defesa de Donald Trump argumenta que processos não faziam sentido após a vitória (Foto: reprodução/ X/ @AlertesInfos)
Em declaração, Trump diz ter vencido todas as possibilidades, ele fez várias críticas ao processo e disse que se tratava de um sequestro político. Em comemoração, ele disse:
“Aindaassim, eu perseverei, contra todas as probabilidades, e GANHEI. FAÇA A AMÉRICA GRANDE DE NOVO!”.
– Donald Trump
As acusações contra Trump foram um recurso bastante utilizado pela campanha democrata. Kamala Harris, que foi procuradora-geral na Califórnia, sempre demonstrou opiniões fortes sobre os processos, ela defendia que o então candidato republicano deveria ser condenado.
Casos estaduais continuam
Trump também enfrenta a Justiça nas cortes estaduais da Geórgia e Nova York. No entanto, ele não pode interferir nesses processos por não fazerem parte da jurisdição federal. Porém, os responsáveis pelos processos irão enfrentar desafios relacionados à imunidade do presidente eleito, o que poderiam impedir eventuais condenações.
O juiz que supervisiona o caso criminal de suborno de Trump em Nova York adiou sua sentença de forma indeterminada. O presidente eleito também enfrenta uma condenação por 34 acusações de falsificações de registros comerciais. As falsificações podem ter sido usadas para encobrir pagamentos de suborno na campanha presidencial de 2016. Os subornos teriam sido feitos para a estrela de filmes adultos, Stormy Daniels, que afirma ter tido um caso anterior com o então candidato, porém Donald Trump nega o caso.
Já tendo sido figura conhecida no primeiro mandato de Trump, Tom Homan ficou conhecido por alguns posicionamentos polêmicos, enquanto era diretor de imigração, defendendo a separação de famílias ilegais nos Estados Unidos. Neste novo mandato de Trump, Homan será responsável por cuidar de fronteiras e ficará responsável por deportações, após ter tido outro cargo no antigo governo de Donald Trump.
Bastidores da vitória de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos (Vídeo: Reprodução/Youtube/Domingo Espetacular)
Nomeação de Tom Homan
Nomeado pelo presidente Donald Trump como “czar da fronteira” em seu próximo governo, Tom Homan ficou conhecido enquanto era diretor de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos, durante o primeiro governo de Trump. O termo “czar da fronteira” era usado por Donald Trump durante a campanha, para ironizar Kamala Harris, por conta do estado das políticas migratórias do país, que era crítico à época.
Criticado anteriormente por defender a separação de crianças de família ilegais nos Estados Unidos, Homan ficará responsável pelas fronteiras com o México e Canadá, incluindo a segurança marítima e imigração.
Trump elogiou muito Tom Homan durante a sua campanha presidencial, quem o presidente conhece há muito tempo e colocou como “a melhor pessoa para policiar e controlar as fronteiras”, encarregando-o de deportar estrangeiros ilegais, ação que foi uma das promessas de campanha de Trump, que ainda não detalhou como colocará a medida em prática.
Política de imigração dos Estados Unidos
O novo responsável pela imigração e alfândegas do país e das fronteiras, Tom Homan disse que os militares não devem ser responsáveis por localizar e prender imigrantes legais no país, defendendo uma abordagem humana.
Ele ainda completa dizendo que será uma operação planejada e bem organizada, realizada por homens do departamento de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos, do qual estará a frente, elogiando eles e dizendo que são bons nisso.
Na noite da última quarta-feira (06), o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou em seu perfil oficial no TikTok um vídeo em comemoração à vitória. Na publicação, Trump usa o hit de sucesso “Deja vu” da cantora de pop Olivia Rodrigo.
“E de repente, as palavras “Sou o Presidente” saíram da minha boca”, brinca o vitorioso no vídeo, com a música de Olivia ao fundo. Horas depois, muitos internautas perceberam que a faixa havia sido removida da plataforma. Cresceu então a especulação de que o motivo seria o uso feito por Trump.
Donald Trump em comício de campanha (Foto: reprodução/JEFF KOWALSKY/Getty Images Embed)
A suspeita então foi confirmada, quando a cantora de 21 anos usou seu perfil oficial na plataforma para comentar no vídeo: “Eca, nunca mais use minha música”. A cantora sempre se mostrou contrária a Trump e todas suas polêmicas, e, nessas eleições, havia declarado seu apoio a Kamala Harris. O vídeo em questão foi excluído da rede.
Outras celebridades se pronunciam sobre a vitória de Trump
Outros inúmeros nomes famosos do cenário artístico americano também se pronunciaram negativamente sobre a lamentável vitória de Donald Trump. Em um story postado no seu Instagram durante a apuração dos resultados, a rapper Cardi B escreveu “Odeio vocês”; a atriz Lili Reinhart, famosa por seu protagonismo na série “Riverdale”, comentou em seu perfil no X: “Não consigo entender o sentimento das mulheres que se manifestaram sobre sua agressão sexual nas mãos de Trump. Ver milhões de pessoas votando em seu agressor. Meu coração se parte completamente por essas mulheres. Eu acredito em vocês, e sinto muito” e o autor de sucesso no gênero do terror, Stephen King, fortemente democrata, também declarou: “Há uma placa que você pode ver em muitas lojas que vendem itens bonitos, mas frágeis: lindo de se ver, delicioso de segurar, mas quando você quebra, está vendido. O mesmo pode ser dito sobre a democracia”. King já havia declarado abertamente seu apoio a Kamala Harris.
O resultado das eleições
Precisando de 270 delegados para ganhar o colégio eleitoral, o republicano Donald Trump conquistou 292, assim derrotando, na madrugada de terça-feira (05), o número de 226, da democrata Kamala Harris e ganhando a eleição para presidente dos Estados Unidos. Entre suas principais promessas, o ex-presidente garantiu o fechamento das fronteiras, o corte de impostos e uma união americana, para conquistar a “era de ouro”.
Kamala Harris concedendo a vitória a seu adversário em discurso (Foto: reprodução/Justin Sullivan/Getty Images Embed)
Essa será a segunda vez que o empresário ocupará a Casa Branca. Na primeira, de 2017 a 2021, Trump se tornou figura histórica na política internacional de maneira negativa, ao se envolver em inúmeras polêmicas, principalmente durante o período do Covid-19, e chegou a sofrer dois processos de Impeachment, mas foi absolvido pelo Senado em ambas ocasiões.
Eleito presidente dos Estados Unidos pela segunda vez, nesta quarta-feira (6), com uma vitória expressiva sobre a atual vice-presidente Kamala Harris, candidata do Partido Democrata e apoiada pelo governo de Joe Biden, Donald Trump se prepara para retomar a Casa Branca em janeiro de 2025. No entanto, sua ascensão à presidência ocorre em meio a uma série de processos judiciais, tanto em nível estadual quanto federal, que o colocam sob forte pressão legal.
Presidente reeleito Donald Trump ao lado de sua esposa Melania (Reprodução/ Doug Mills/The New York Times)
A contagem dos votos populares ainda está em andamento porém Trump venceu com uma expressiva vantagem sobre Kamala Harris no Colégio Eleitoral. Além disso, ele contará com o significativo respaldo do Partido Republicano, que detém um domínio considerável no Congresso dos Estados Unidos. Essa posição de força tanto no cenário eleitoral quanto no legislativo proporciona a Trump uma plataforma sólida para implementar suas políticas e enfrentar os desafios que surgirão durante seu novo governo, tornando-o ainda mais capacitado para exercer sua liderança de forma eficaz nos próximos anos.
O presidente eleito Donald Trump enfrentará uma verdadeira montanha de processos judiciais que foram instaurados contra ele e que continuarão a seguir o trâmite regular do sistema de Justiça dos Estados Unidos, independentemente do cargo que ele ocupará a partir de janeiro de 2025. Esses litígios, que envolvem tanto questões federais quanto estaduais, não serão suspensos ou interrompidos pela sua eleição, o que significa que, mesmo enquanto se prepara para retornar à Casa Branca, ele terá que lidar com as implicações legais dessas ações, que podem afetar não apenas sua agenda política, mas também sua imagem pública e a dinâmica de seu governo.
Em maio deste ano, Donald Trump foi considerado culpado em um tribunal de Nova York em 34 acusações de suborno, um caso que gerou grande repercussão no cenário político e judicial. O ex-presidente republicano agora aguarda a sentença, que deve ser proferida ainda neste mês, e que pode ter implicações significativas em sua vida política e pessoal. Esse é um episódio sem precedentes na história dos Estados Unidos, já que nunca antes um réu criminal foi eleito para o cargo mais alto do país. Além disso, é importante destacar que, até o ano passado, nenhum ex-presidente dos Estados Unidos havia enfrentado acusações criminais, quebrando uma tradição de imunidade política que perdurou por mais de dois séculos. Esses fatos marcam um momento único e controverso na política americana, onde a figura de Trump se mistura com uma complexa realidade jurídica.
Processos em nome de Trump
Está marcada para o dia 26 de novembro uma audiência no tribunal de Nova York, onde Donald Trump foi condenado por suborno em maio deste ano. Espera-se que o presidente eleito compareça ao tribunal, onde receberá a sentença por sua condenação em 34 acusações de falsificação de registros comerciais, com o objetivo de ocultar um pagamento feito durante sua campanha presidencial de 2016. O pagamento teria sido destinado a “comprar o silêncio” da atriz pornô Stormy Daniels, que alegou ter tido um caso com Trump — uma acusação que ele sempre negou.
Além dessa condenação estadual em Nova York, Trump enfrenta uma série de processos criminais federais em Washington D.C. e na Flórida. Ambos os casos foram movidos pelo procurador especial Jack Smith e envolvem alegações de que Trump tentou anular os resultados da eleição presidencial de 2020 e manipulou ilegalmente documentos confidenciais. Ambos os processos foram instaurados em 2023 e, até agora, a principal estratégia de defesa de Trump tem sido postergar o andamento desses casos, na esperança de que, ao assumir o cargo de presidente, ele possa demitir Smith, o que resultaria no possível arquivamento das ações.
Além desses processos federais, Trump também enfrenta um caso criminal na Geórgia, onde é acusado de tentar reverter o resultado das eleições de 2020 no estado. No entanto, esse processo pode ser afetado por questões burocráticas que, potencialmente, favoreçam o ex-presidente. O andamento do caso depende, em grande parte, de uma decisão sobre a promotora Fani Willis, do condado de Fulton, que está liderando a investigação na Geórgia. Willis, alinhada ao Partido Democrata, enfrenta a possibilidade de ser afastada do caso, devido a um relacionamento amoroso mantido com um colega promotor, o que poderia comprometer sua imparcialidade. O tribunal de apelações ainda está avaliando essa questão, e uma decisão definitiva só deve ocorrer por volta de meados do próximo ano.
Esses processos, que envolvem uma série de acusações graves e que se arrastam desde 2023, têm criado um cenário jurídico complexo para Trump, que, ao mesmo tempo em que se prepara para assumir a presidência novamente, enfrenta sérias batalhas legais que podem impactar tanto sua imagem pública quanto sua governabilidade no futuro.
Ações Civis
Donald Trump também é alvo de uma série de ações civis, que envolvem diversos episódios de sua trajetória, incluindo sua possível participação na invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021, quando manifestantes aliados ao ex-presidente invadiram e depredaram o Congresso dos Estados Unidos. Essas ações civis visam apurar sua responsabilidade pelos danos causados e pelas consequências daquele ataque.
Além disso, Trump enfrenta processos por difamação e ainda é réu em um caso envolvendo uma alegada fraude civil, movido pelo procurador-geral de Nova York. Em setembro, seus advogados apresentaram defesas em tribunais estaduais e federais de apelação, buscando contestar essas acusações.
O ex-presidente também enfrenta ações civis movidas por congressistas do Partido Democrata, que o acusam de incitação à violência e de responsabilidade pelos ataques ao Capitólio, no episódio que ficou conhecido como a tentativa de golpe de 6 de janeiro. Essas ações reforçam o complexo e multifacetado cenário jurídico que Trump terá de enfrentar, com implicações significativas para sua imagem pública e para sua capacidade de governar.
Donald Trump discursou na madrugada de quarta-feira (06), em frente aos seus apoiadores em um resort de luxo em Palm Beach, Flórida. Ainda durante o processo de apuração dos votos americanos, o candidato se declarou vencedor e prometeu trazer uma nova “era de ouro” para o país e fechar as fronteiras. Dados da Associated Press confirmam que o candidato alcançou os votos que precisava para assumir o cargo, com 277 delegados a seu favor. O candidato não citou a adversária Kamala Harris.
Apuração das urnas americanas
Durante a fala de Trump, um pouco antes das 2h30 no horário local, a apuração apontava 267 delegados a favor de Trump. Nas eleições norte-americanas, é necessário ter 270 membros do Colégio Eleitoral para se garantir a vitória, e a confirmação desse número veio poucas horas após seu discurso, após a apuração do estado de Wisconsin.
A confirmação da vitória de Trump nos chamados estados-pêndulo, aqueles que a dominância da dicotomia republicano/democrata varia e o resultado é imprevisível, ajudou a confirmar a vitória de Trump antes do anúncio oficial. Trump triunfou em estados importantes, como Pensilvânia, Carolina do Norte, Nevada e Geórgia, onde também ganhou de Kamala na escolha popular. O presidente reeleito classificou a vitória como o maior movimento político de todos os tempos.
Donald Trump é eleito como o novo presidente dos Estados Unidos, com 277 delegados a seu favor (Foto: reprodução/Chip Somodevilla/Getty images embed)
“Eu não vou descansar até devolver uma América segura e próspera que merecemos. Essa vai ser a era de ouro da América”, disse Trump. Sua fala incluiu as promessas de fechar as fronteiras do país, cortar impostos e reduzir o déficit, que subiu para 6,4% do PIB, somando 1,9 trilhão de dólares. Donald Trump ainda agradeceu ao seu více, J.D. Vance, e declarou amor ao empresário Elon Musk, que foi um dos grandes patrocinadores do republicano. “Nós vamos começar a colocar a América em primeiro lugar. Juntos, podemos fazer com que a América seja grande novamente. Eu não vou decepcioná-los.”
As promessas de Trump
Donald Trump afirmou que os EUA precisam fechar as fronteiras, mas que isso não impediria que as pessoas visitassem o território, mas de forma legal. Durante seus esforços de campanha, o candidato prometeu fazer a maior deportação em massa da história americana, pois ele afirma que o aumento da criminalidade no país está relacionada com a imigração ilegal. Trump também prometeu melhorar a economia americana, melhorando os indicadores econômicos, e sugeriu que Robert Kennedy Jr, faça parte da gestão de saúde.
O republicano ainda frisou que recebeu votos de vários segmentos da população, incluindo afroamericanos, hispânicos e árabes, que normalmente votam no Partido Democrata. Trump pediu que todo o país se junte à ele em sua jornada, que era hora de unir o país. Trump também citou o atentado à sua vida, que Deus o poupou para que pudesse assumir a presidência. “Deus salvou minha vida por uma razão: para salvar nosso país e restaurar a América em sua grandeza. Vamos seguir essa missão juntos. Essa tarefa não será fácil, mas trarei toda a minha energia e minha alma para conseguir.”
Trump, juntamente com o vice JD Vance, afirma que seu slogan será “promessas serão cumpridas” (Foto: reprodução/Stephen Maturen/Getty images embed)
Trump será o 47º presidente norte-americano e deve assumir o cargo em 20 de janeiro de 2025. Ele será o segundo presidente a ter dois mandatos não consecutivos e, aos 78 anos, também será o mais velho a assumir o cargo, superando Joe Biden. Mesmo eleito, Trump ainda terá que responder à Justiça, pois é réu em três processos diferentes que possuem diversas acusações, incluindo fraude contábil e crimes sexuais.
O bilionário Elon Musk, voltou a ser o centro das atenções na corrida presidencial dos Estados Unidos ao doar milhões de dólares em sorteios direcionados a eleitores indecisos nos chamados “estados-pêndulo”. A iniciativa, promovida pelo grupo America PAC, tem sido vista como uma estratégia para atrair votos para o ex-presidente Donald Trump, de quem Musk tornou-se um apoiador neste ano, divulgando a campanha do candidato através de sua plataforma de mídia social, o “X” (anteriormente Twitter).
Doações em estados-chave incentivam eleitores indecisos
A polêmica ação foi anunciada pelo America PAC através da plataforma X, onde a entidade apoiadora de Trump agradeceu “a todos que apoiaram o direito à posse e porte de armas”. Essa assinatura na petição pró-armas foi o critério para elegibilidade ao sorteio, gerando discussões em meio a um cenário eleitoral já tenso. Desde o início da campanha, Musk já desembolsou US$ 18 milhões em prêmios para eleitores dos estados considerados cruciais para o resultado da eleição.
Elon Musk apoia Donald Trump em sua campanha eleitoral (Foto: reprodução/Instagram/@clarincom)
Biden critica estratégia de Musk
A resposta à estratégia do bilionário foi imediata. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, classificou as doações como “totalmente repugnantes”, afirmando que a prática parece uma tentativa de influenciar votos. Críticos de Trump também acusam Musk de “comprar votos” ao direcionar seus sorteios para eleitores indecisos em estados estratégicos.
A decisão judicial, que ocorreu nesta segunda-feira (04), autorizou os sorteios um dia antes do fechamento das urnas. Segundo o Departamento de Justiça, pagamentos para influenciar votos podem infringir a lei federal, mas até agora nenhuma ação formal foi tomada contra o grupo. Desde o início da campanha, Musk já investiu cerca de US$ 120 milhões (R$ 700 milhões) no America PAC, com o objetivo de mobilizar eleitores e impulsionar o apoio ao ex-presidente e candidato republicano.