Música de Beyoncé é trilha sonora de campanha oficial da Kamala Harris

Com uma mensagem que fala sobre liberdade, a música “FREEDOM” de Beyoncé tem tudo a ver com que Kamala prega em sua campanha à presidência dos Estados Unidos.

A candidata já conseguiu apoio para sua campanha de diversas celebridades como Janelle Monáe, John Legend e Charli XCX, além de celebridades hollywoodianas como George Clooney, Viola Davis, Julia Louis-Dreyfus, Robert De Niro e Barbra Streisand. Katy Perry, cuja música “Roar” foi ouvida com frequência durante a campanha de Hillary Clinton em 2016, aproveitou para promover seu single mais recente, “Woman’s World”, enquanto manifestava apoio a Kamala. “É um mundo de mulheres e você tem a sorte de viver nele”, canta Katy.

Outra cantora que também demonstrou apoio à Kamala foi Cardi B, que usou as redes sociais para lembrar os fãs de que havia dito que Kamala deveria substituir Biden, que apoiou em 2020. Ela disse que não planejava votar, além de não deixar muito clara sua posição agora que Kamala está concorrendo à presidência.


Foto Destaque: a vice-presidente Kamala Harris fala durante um evento de campanha na Câmara Municipal (Foto: Reprodução/ Drew Hallowell/Getty Images Embed)

Sobre a candidata

Kamala Harris é a primeira mulher negra a ocupar a vice-presidência dos Estados Unidos, é filha de uma mãe indiana e um pai jamaicano, e possui uma longa trajetória no setor judiciário do país. Foi procuradora-geral na Califórnia e também foi eleita senadora em 2016. Nas eleições de 2020, era um dos postulantes à Presidência e liderou pesquisas internas dos democratas, mas desistiu após perder apoios importantes dentro do partido.
Biden viu em Harris a oportunidade de atingir o eleitorado feminino e negro, apesar das divergências da ex-senadora com essa população, e a escolheu como vice na chapa que ele liderou na disputa eleitoral pela Presidência, que acabou vencendo as eleições de 2020.

Mulheres no topo

Uma nova pesquisa de intenção de voto referente às eleições presidenciais dos Estados Unidos revelou que a vice-presidente Kamala Harris está em vantagem sobre o candidato Donald Trump. O estudo da Reuters/Ipsos, realizado após a renúncia de Joe Biden para concorrer, aponta 44% de votos para a provável candidata democrata, contra 42% para Donald Trump.


Joe Biden faz primeiro pronunciamento oficial após desistir de candidatura à reeleição

Nesta quarta-feira (24), o presidente dos Estados Unidos Joe Biden fez seu primeiro pronunciamento após desistir de concorrer às eleições do país. O discurso realizado no Salão Oval da Casa Branca englobou o apoio de Biden para a candidatura de sua vice, Kamala Harris, o motivo de ele ter desistido e a defesa da democracia. 

“A salvação da democracia”

Biden iniciou seu discurso afirmando que merecia ter um segundo mandato como presidente, mas que decidiu focar no que seria melhor para o país. “Nada pode impedir a salvação da nossa democracia, isso inclui a ambição pessoal”, em seguida, o presidente declarou que estava passando o bastão para a nova geração com o objetivo de unificar os Estados Unidos. 


Trecho do pronunciamento de Joe Biden (Foto: reprodução/Instagram/@potus)


O presidente continuou dizendo que sua decisão de desistir da eleição foi como andar entre a linha da esperança e do ódio, destacando que foi a melhor escolha a ser feita. O democrata também afirmou que seu foco agora é terminar o mandato e defender os direitos dos americanos, e que era uma honra servir ao país. 

“Eu reverencio este cargo, mas amo mais o meu país. Foi a honra da minha vida servir como seu presidente. Mas a defesa da democracia, que está em jogo, é mais importante que qualquer título. Retiro força e encontro alegria em trabalhar para o povo americano. Mas esta tarefa sagrada de aperfeiçoar a nossa União não é sobre mim. É sobre vocês. Suas famílias. Seus futuros. É sobre nós, o povo”.

Joe Biden

Ademais, Biden também pediu para que o povo americano se una em uma luta para defender o país de pensamentos extremistas. “A causa sagrada deste país, é maior do que qualquer um de nós”. Devemos nos unir para protegê-lo”, completou o democrata. 

Próximos passos e apoio a Kamala

Joe Biden prometeu que nos últimos meses de seu mandato fará de tudo para derrotar o extremismo, ódio e violência no país. Além disso, destacou que defende a reforma da Suprema Corte americana e mudanças na economia, o democrata também prometeu que continuará tentando parar as ações de Vladimir Putin na Guerra da Ucrânia e manter a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) unida e forte. 

O presidente pontua que continuará na luta para encerrar a guerra no Oriente Médio e as tensões que surgiram na Ásia. 


Kamala Harris demonstrando apoio ao presidente (Foto: reprodução/X/@KamalaHarris)

Biden encerrou o discurso mostrando seu apoio à vice-presidente Kamala Harris. O democrata afirmou que Harris tem sido uma grande parceira na liderança do país e que ela é experiente, resistente e capaz de seguir na campanha. “Em apenas alguns meses, o povo americano escolherá o rumo do futuro da América. Eu fiz minha escolha e gostaria de agradecer a nossa grande vice-presidente, Kamala Harris. Agora a escolha cabe a vocês, povo americano.”

Kamala Harris, deve ser oficializada como a candidata do partido até o dia 7 de agosto em uma votação virtual, e sua nomeação ocorrerá na Convenção Democrata que acontece entre os dias 19 a 22 de agosto.

Kamala Harris ataca Trump em seu primeiro comício de campanha

Kamala Harris realizou nesta terça-feira (23), em Wisconsin, seu primeiro comício como candidata do Partido Democrata para as eleições presidenciais de 2024. A vice-presidente de Biden conseguiu a maioria dos delegados de seu partido e foi oficialmente indicada para substituir o presidente na corrida eleitoral na noite de segunda (22). Em seu discurso, Kamala disse que escolher Trump seria uma regressão e que as eleições são “uma escolha entre a liberdade e o caos”.

Comício em Wisconsin

A vice-presidente e candidata democrata Kamala Harris discursou em Milwaukee, no Wisconsin, considerado um estado-chave para as eleições presidenciais. A candidata disse que irá vencer Trump, repetindo o feito do presidente Biden em 2020. Ela agradeceu aos delegados democratas que garantiram a sua indicação, o que ocorreu cerca de 24 horas após a desistência de Biden. Kamala Harris, recebeu o apoio de dois membros sênior do partido, os líderes Chuck Schumer e Hakeem Jeffries. Apesar de ter a maioria, Kamala ainda precisa de uma formalização por parte do comitê do partido.

Kamala voltou a atacar o candidato republicano, dizendo que durante sua época como procuradora-geral da Califórnia “lidou com muitos criminosos” e que conhecia tipos como Trump, a quem chamou de retrocesso, pois disse que o candidato está focado no passado. A frase de Kamala foi dita enquanto falava sobre o Projeto 2025, muito criticado pelos democratas e também mencionado por Biden em um evento em Las Vegas este ano. A crítica dos democratas ao Projeto atribuído à campanha de Trump é devido às mudanças no poder presidencial e às ações nele que, supostamente, prejudicariam os norte-americanos.


Kamala Harris recebeu apoio para substituir Biden na campanha presidencial (Foto: reprodução/ Loren Elliott/Getty Images embed)


A candidata lembrou ainda sobre o escândalo envolvendo a ex-atriz pornô Stormy Daniels, que recebeu pagamentos por seu silêncio como gastos de campanha de Trump em 2016. O ex-presidente foi julgado culpado por fraude e sua pena será divulgada ainda neste mês. “Prometo que coloco meu histórico à prova contra o dele em qualquer dia da semana”, comentou Kamala.
Kamala Harris também mencionou as proibições sobre o aborto, prometendo que vai voltar a colocar esse direito na Constituição americana se for eleita.“Vamos parar com as proibições contra aborto, porque acreditamos que as mulheres podem tomar decisões sobre os próprios corpos, e não ter um governo para dizer o que fazer”, disse Kamala. Atualmente, a reversão Roe versus Wade fez com que muitos estados passassem a decidir sobre o assunto.

O apoio à Kamala

Apesar de não ser considerada uma candidata muito popular, uma pesquisa da Reuters/Ipsos mostrou que a intenção de voto estava 44% para Kamala e 42% para Trump, revelando um empate técnico entre os candidatos. Um levantamento feito pela Associated Press também ouviu os delegados democratas, mostrando que Kamala alcançou a aprovação de 2.579 delegados para concorrer ao assento na Casa Branca. 

Após a desistência de Biden para a reeleição, o presidente declarou seu apoio à Kamala Harris. As lideranças democratas também falaram o mesmo. O presidente do Comitê Nacional Democrata, que coordena a estratégia para apoiar candidatos do partido em todo o país, anunciou que o nome do candidato do partido será revelado no dia 7 de agosto. Já a convenção do Partido Democrata, que oficializa quem concorrerá a eleição, está marcada para acontecer entre os dias 19 e 22 de agosto.

Hillary Clinton escreve artigo apoiando a candidatura de Kamala Harris à presidência

Nesta terça-feira (23), Hillary Clinton divulgou um artigo de opinião que escreveu para o jornal The New York Times, destacando seu apoio para a candidatura de Kamala Harris para a presidência dos Estados Unidos. A ex-secretária de Estado do país discorreu no texto sobre a importância de Kamala ser escolhida como a candidata democrata e também sobre a desistência de Joe Biden. 

Palavras de Hillary Clinton

Clinton escreveu que Harris representa uma nova visão de esperança, unificação e recomeço para os americanos, destacando sua experiência como procuradora e vice-presidente. “Kamala Harris pode vencer e fazer história”, continuou ela, afirmando que a democrata pode derrotar Donald Trump nas eleições. 

A ex-primeira dama também declarou que as próximas semanas irão gerar grandes expectativas, “serão diferentes de tudo o que este país alguma vez viveu politicamente, mas não tenha dúvidas: esta é uma corrida que os democratas podem e devem vencer”. Esse período refere-se ao tempo que o partido democrata precisa para oficializar a campanha de Kamala Harris. 

Os democratas devem confirmar a escolha de Harris para as eleições até o dia 7 de agosto em uma votação online e sua nomeação é prevista para acontecer na Convenção Democrata, evento que durará de 19 a 22 de agosto. 


Post de Hillary Clinton apoiando Harris no Instagram (Foto: reprodução/Instagram/@hillaryclinton)


Ao falar sobre a desistência de Joe Biden das eleições, Hillary destacou o ato de coragem do atual presidente. “A decisão do presidente Biden de encerrar a sua campanha foi um ato de patriotismo tão puro quanto já vi em toda a minha vida”, escreveu a ex-secretária, afirmando que vive um sentimento agridoce em relação aos acontecimentos envolvendo seu amigo e apoiador. 

Ela reitera que Biden é um homem sábio e soube liderar o país, destacando que todos sentirão falta do espírito de luta do atual presidente. Porém, Hillary continua o artigo dizendo que, com Kamala, o país ganhou um novo campeão com um propósito renovado para seguir em frente. 

Desafios a serem enfrentados 

Hillary Clinton disputou as eleições para a presidência em 2016 contra Donald Trump, na época ela perdeu a disputa contra o republicano, e durante o artigo comparou as narrativas dela e de Harris, evidenciando os desafios que a vice-presidente deve enfrentar agora.

“Eu sei algumas coisas sobre como pode ser difícil para mulheres candidatas fortes lutarem contra o sexismo e os padrões duplos da política norte-americana. Já fui chamada de ‘bruxa’, de ‘mulher desagradável’ e coisa muito pior, fui até queimada em efígie. Como candidata, às vezes evitei falar sobre fazer história. Eu não tinha certeza se os eleitores estavam preparados para isso”

Hillary Clinton

A ex-primeira dama comentou que Harris enfrentará desafios maiores por ser a primeira mulher negra e do sul da Ásia a estar no topo da chapa de um partido grande como os democratas, mas que não é impossível atingir o progresso e o sucesso da campanha. 


Kamala Harris em discurso (Foto: reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed)


Ela encerra o artigo comentando que um segundo mandado de Trump é extremamente perigoso para os Estados Unidos, afirmando que ele está mais desequilibrado e sem medo para tomar decisões prejudiciais ao povo. 

Ainda no último domingo (21), quando Joe Biden anunciou que iria desistir das eleições e demonstrou apoio para sua vice-presidente, Hillary e o marido, o ex-presidente Bill Clinton declaram apoio para a candidatura de Kamala Harris. Os governantes dos estados de Minnesota, Maryland, Kentucky e Wisconsin também declaram apoio, além de outros integrantes do partido. 

As eleições para eleger o 47º presidente dos Estados Unidos estão marcadas para o dia 5 de novembro, em uma disputa acirrada entre republicanos e democratas. 

Biden não desistiu da reeleição por problema médico, informa funcionário

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, declarou neste domingo (21) que não buscará a reeleição. Em uma publicação na rede social X. Biden expressou que, apesar de sua vontade de concorrer a um novo mandato, considera que retirar sua candidatura é melhor tanto para o Partido Democrata quanto para o país. Ele também afirmou que se dedicará a suas funções presidenciais até o término de seu mandato em janeiro de 2025.


Joe Biden (Foto: Reprodução/Justin Sullivan/Getty Images Embed)


A decisão de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, de não participar das eleições de 2024 não está relacionada a problemas médicos, conforme informou um funcionário da Casa Branca à CNN. Embora Biden tenha consultas diárias com seu médico, focadas recentemente no monitoramento de um diagnóstico de Covid-19, ele não realizou exames médicos significativos durante o período em que ponderava sobre sua carreira política, indicou a fonte.

Biden e a Casa Branca sobre a saúde do presidente

Na semana anterior, Biden havia mencionado que uma nova questão de saúde seria o único fator que o faria reconsiderar a busca por um segundo mandato, já que a pressão pública para que ele desistisse estava aumentando.

“Se eu tivesse algum problema médico que surgisse, se alguém — se os médicos viessem até mim e dissessem que você tem esse problema, aquele problema. Mas cometi um erro sério em todo o debate”, comentou Biden em entrevista a Ed Gordon, da BET News, na terça-feira. Seu último exame físico anual foi realizado em fevereiro.

A Casa Branca tem sido criticada por não liberar mais registros médicos de Biden ou por não disponibilizar seu médico para questionamentos, principalmente após seu desempenho desfavorável no debate, o que gerou preocupações sobre sua saúde.

Primeiro comício de campanha de Kamala Harris

A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, criticou o candidato republicano Donald Trump, descrevendo-o como um retrocesso. Durante seu primeiro comício de campanha em West Allis, Wisconsin, na terça-feira (23), Harris afirmou que as eleições de novembro representam “uma escolha entre a liberdade e o caos.” Wisconsin é considerado um estado crucial para a disputa presidencial.


Kamala Harris (Foto: Reprodução/Chris duMond/Getty Images Embed)


Em um discurso enérgico, Kamala Harris afirmou que vencerá as eleições contra Trump e elogiou o presidente Biden. “Vencemos em 2020 e em 2024 vamos vencer de novo”, declarou Harris.

A vice-presidente também expressou sua gratidão aos delegados democratas, que concluíram a escolha do candidato do partido apenas 24 horas após Biden retirar sua candidatura.

Beyoncé apoia Kamala Harris com música em campanha presidencial

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, fez uma entrada marcante durante sua primeira visita oficial à sede de sua campanha na última segunda-feira (22). Harris caminhou ao som da música “Freedom”, de Beyoncé, após obter a aprovação rápida da artista para usar a canção em sua corrida presidencial.

A liberação de “Freedom”, música do álbum “Lemonade” de 2016, indica um possível apoio de Beyoncé a Harris, embora ainda não tenha sido declarado oficialmente.


Kamala Harris saindo ao som de “Freedom” de Beyoncé na sede da campanha (Reprodução/Instagram/@PopCrave)

Uma fonte próxima a Harris revelou à CNN que a equipe de campanha conseguiu a permissão dos representantes de Beyoncé poucas horas antes do evento. Essa ação sugere um apoio significativo da superestrela à vice-presidente, considerando especialmente o histórico de Beyoncé em apoiar candidatos democratas.

A mãe de Beyoncé, Tina Knowles, também expressou seu apoio a Harris através das redes sociais. No domingo (21), após o anúncio de que Joe Biden não buscará a reeleição, Knowles postou uma foto ao lado de Harris, elogiando sua energia e liderança.


Tina Knowles, mãe de Beyoncé, em apoio a Harris nas redes sociais (Reprodução/Instagram/@mstinaknowles)

Impacto da música na campanha

A escolha de “Freedom” como trilha sonora da campanha de Harris é significativa. A música, que conta com a colaboração de Kendrick Lamar, tornou-se um hino das manifestações após a morte de George Floyd em 2020, representando luta e resistência. A utilização dessa faixa pode reforçar a mensagem de Harris sobre justiça e igualdade, ressoando com eleitores que buscam mudanças sociais.

Ouça “Freedom”, faixa de Beyoncé que será usada por Kamala:


“Freedom”, música de Beyoncé no álbum “Lemonade” (Vídeo: Reprodução/YouTube/@beyonce)

Embora Beyoncé ainda não tenha endossado publicamente Kamala Harris, a liberação da música já é um sinal de apoio importante. Representantes da campanha de Harris acreditam que a influência de Beyoncé pode atrair mais eleitores e aumentar o engajamento na corrida presidencial.

Histórico de Beyoncé em campanhas políticas

Beyoncé tem um histórico de envolvimento em campanhas políticas. Em 2013, ela cantou o Hino Nacional na posse do presidente Barack Obama e, em 2016, Beyoncé e Jay-Z realizaram um show pré-eleitoral para Hillary Clinton.



Além de apoiar Obama e Clinton, em 2020, ela endossou a chapa Biden-Harris via postagens em suas redes sociais, incentivando seus seguidores a votar.

A escolha de Harris para representar os democratas na eleição de 2024, após a desistência de Biden, reforça a continuidade de uma aliança progressista que Beyoncé tem apoiado consistentemente.

A campanha de Kamala Harris espera que o uso de “Freedom” inspire e mobilize os eleitores, refletindo a visão de liderança e mudança que ela representa. Com a música de Beyoncé como trilha sonora, Harris entra na disputa presidencial com um poderoso símbolo de apoio e resiliência.

Kamala Harris atualiza logotipo da Campanha Presidencial

Kamala Harris apresentou um novo logotipo para a corrida presidencial na segunda-feira, (22). O novo logotipo, com a frase “Harris for President” (Harris para presidente), foi integrado às redes sociais do presidente e da vice-presidente dos EUA.

No domingo, (21), Joe Biden anunciou a desistência nas eleições dos EUA e declarou apoio à indicação da vice-presidente Kamala Harris. No dia seguinte, os logotipos de Biden e Harris foram atualizados nas suas redes sociais, em apoio à candidatura à presidência de Kamala.


Kamala Harris estreia novo logotipo de campanha (Foto: Reprodução/x/@joebiden)


O site também apresentou atualizações em sua loja online de produtos, incluindo novos itens com a imagem de Harris.

Desistência de Biden

Biden vivia sob pressão dentro do partido democrata. Assim, alguns parlamentares apontaram que Joe Biden estava enfraquecido e acreditavam que as chances de vitória sobre o rival, Donald Trump, eram pequenas.

Parlamentares aliados pediram que ele desistisse da candidatura, por essas razões. Além disso, doadores ameaçaram retirar seu apoio financeiro ao partido. Esses dilemas internos e a pressão dos doadores descontentes desfavorecem Biden na corrida eleitoral.

Quem é Kamala Harris?

A atual vice-presidente já concorreu à presidência em 2020, mas abandonou a disputa por falta de apoio e financiamento. Apesar disso, Kamala foi fundamental na campanha presidencial de Joe Biden, para atrair jovens e minorias que não se sentiam representadas.

O fato de Kamala ser uma mulher negra com origem indiana e jamaicana aproximou eleitores negros, mulheres e imigrantes. Filha de pais imigrantes da Jamaica e da Índia, Kamala Harris cresceu em Oakland nos anos 60 e completou seus estudos de Direito e Ciências Políticas. Mais tarde, Harris foi promotora e senadora, e a primeira mulher a servir como vice-presidente nos Estados Unidos.

Kamala Harris na disputa

Kamala é atualmente a favorita para concorrer no lugar de Biden. Além do apoio de Biden, vários políticos democratas manifestaram apoio à vice-presidente. No entanto, sua candidatura ainda não foi oficializada, ela precisa conquistar a quantidade de delegados suficientes do partido para se tornar a candidata da chapa nas eleições de 2024.

Kamala Harris ataca Trump e declara: “Sei lidar com criminosos”

No seu primeiro comício eleitoral em Wilmington, Delaware, nesta segunda-feira (22), a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, atacou Donald Trump. Kamala disse que sabe quem é o candidato republicano e que “sabe lidar com criminosos”.

No seu discurso, Kamala Harris disse: “enfrentei criminosos de todos os tipos: predadores que abusaram de mulheres, fraudadores que enganaram consumidores, trapaceiros que quebraram as regras para seu próprio benefício. Então, ouçam-me quando digo: eu conheço o tipo de Donald Trump.”

Kamala na disputa

Após a desistência de Joe Biden de concorrer nas eleições dos EUA no domingo (21) e seu apoio à indicação da vice-presidente Kamala Harris. Assim, vários políticos do Partido Democrata declararam apoio público à vice-presidente, inclusive nomes do partido que poderiam disputar a indicação com ela.

Kamala é atualmente a favorita para assumir a candidatura democrata. No entanto, ela ainda precisa conquistar a quantidade necessária de delegados democratas para se tornar a líder da chapa nas eleições. A candidatura de Kamala ainda não foi oficializada.


 Joe Biden apoia candidatura Kamala Harris (Foto: reprodução/Instagram/@kamalaharris)

Apoio de Biden

Joe Biden, presidente dos EUA, participou do comício por telefone e fez um breve discurso antes de Kamala falar. Biden elogiou a vice-presidente e disse que “tomou a decisão certa” ao desistir da corrida eleitoral. Kamala agradeceu a Joe Biden pelo apoio e elogiou seu legado como presidente, dizendo que “o legado de Biden é incomparável”.

A campanha tomou um novo rumo e ela se esforça para agir rapidamente para os eleitores democratas. “Este é o primeiro dia completo da nossa campanha, então estou indo para Wilmington, Delaware, mais tarde para dizer ‘olá’ à nossa equipe na sede. Um dia se passou. Faltam 105. Juntos, vamos vencer isso”, disse a vice-presidente.

No comício, Kamala tocou em assuntos que pretende implementar caso seja eleita. A vice-presidente falou sobre o polêmico tema do aborto e prometeu colocar o direito ao aborto na lei dos EUA. Ela também prometeu fortalecer a classe média dos EUA.

Donald Trump ironizou Joe Biden após a desistência do candidato democrata

Após o anúncio da desistência de Joe Biden, Donald Trump se pronunciou na Truth Social, rede social onde o ex-presidente é mais ativo. Para contextualizar, Joe Biden desistiu da candidatura de reeleição, algo que não acontecia no país desde 1968, tendo indicado para a chapa, a sua vice-presidente,  Kamala Harris.

A decisão deve ocorrer na Convenção Nacional Democrata, que está marcada para 19 de agosto.


Desistência de Joe Biden (Vídeo: reprodução: Vídeo/Youtube/G1)

Veja o que Trump falou

Donald Trump realizou duas postagens na Truth Social, ironizando Joe Biden e a escolha de abri mão da campanha de reeleição. Outro ponto citado pelo republicano, foi sobre uma suposta ameaça à democracia, por parte do Partido Democrata.

“É um novo dia e Joe Biden não se lembra de ter abandonado a disputa ontem! Ele está pedindo sua agenda de campanha e marcando conversas com os presidentes Xi, da China, e Putin, da Rússia, sobre o possível começo da Terceira Guerra Mundial. Biden está ‘afiado, decisivo, enérgico e pronto pra luta’!”

Donald Trump, no Truth Social

“Os democratas escolhem um candidato, o Desonesto Joe Biden, ele perde feio o debate, depois entra em pânico, e comete erro atrás de erro, é avisado de que não poderá vencer, e decidem que eles vão escolher outro candidato, provavelmente [Kamala] Harris — Inédito! Essas pessoas são a verdadeira AMEAÇA PARA A DEMOCRACIA”

Donald Trump, no Truth Social

Indicação de Biden

Biden indicou, para a vaga deixada, a vice-presidente Kamala Harris. O atual presidente emitiu um comunicado no seu perfil no X, falando sobre a honra de ter sido presidente e que acredita que o afastamento será o melhor para o país e para o partido, mas salientando que cumprirá seu mandato até o final. O candidato democrata será decidido em 19 de agosto, na Convenção Nacional Democrata.

Veja como será escolhido o candidato democrata que irá substituir Joe Biden

No último domingo (21), o atual presidente Joe Biden comunicou a sua desistência da sua campanha de reeleição, como candidato democrata. A decisão foi exposta um mês antes da data da Convenção Nacional Democrata, quando a chapa é oficializada para a eleição, que ocorrerá em 5 de novembro.

A vice-presidente, Kamala Harris, foi indicada ao cargo por Biden, que mesmo com a desistência, cumprirá seu mandato vigente como presidente dos Estados Unidos.


Vídeo sobre a desistência de Joe Biden (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

A Desistência

Desde 1968, com Lyndon Baines Johnson, os Estados Unidos não viam uma desistência da campanha de reeleição. Biden já possuía o apoio do partido, tendo conquistado um alto número de delegados, que o possibilitava ter a indicação do partido democrata.

Mesmo com a indicação do atual presidente, não há garantia de que Kamala Harris seja a escolhida para a vaga deixada por Joe Biden, apesar de ser a decisão provável. A chapa e a candidatura final devem ser definidas na Convenção Nacional Democrata, que acontece em 19 de agosto.

Como será a convenção?

Caso não haja consenso entre o partido, em relação a um candidato, a convenção pode ser aberta, algo que também não é visto desde 1968, na última vez que ocorreu uma desistência de tentativa de reeleição.

Para garantir a candidatura para a chapa, o mínimo de votos dos delegados que um candidato precisa, são 300, tendo em vista que não podem ser mais que 50 de apenas um único Estado. É realizado um primeiro turno com os delegados e eleitores chamados de “leais” ao Partido Democrata.

Se não tiver um candidato com mais de 50% dos votos neste primeiro turno, as rodadas de votação seguem, até que um candidato seja o escolhido, precisando de, pelo menos, 1976 votos para que seja o escolhido.