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O cinema de ação e a cultura pop se despedem de um de seus nomes mais marcantes. Cary-Hiroyuki Tagawa, ator e produtor nipo-americano conhecido mundialmente por dar vida ao inesquecível “Shang Tsung” na adaptação de Mortal Kombat, morreu na última quinta-feira (4), aos 75 anos, em decorrência de complicações de um AVC.
A confirmação veio por meio de um comunicado publicado em seu perfil oficial, que também revelou que o artista faleceu em casa, em Santa Bárbara, Califórnia, cercado pela família.
Artista multifacetado e querido pelo público
Nascido em 1950, Tagawa construiu uma carreira sólida em Hollywood, sempre transitando entre produções de ação, dramas históricos e histórias que exigiam presença cênica e domínio corporal, marcas que ele dominava com naturalidade. Entre seus trabalhos mais lembrados, além de Mortal Kombat, estão “A Última Imperatriz”, “Operação Presente” e “A Rebelião”. Sua voz grave e seu olhar penetrante o transformaram em um dos antagonistas mais cultuados da década de 1990, um daqueles atores que faziam do vilão uma figura tão fascinante quanto temida.
Publicação sobre o falecimento de Cary-Hiroyuki Tagawa (Foto: reprodução/Instagram/@caryhiroyukitagawaofficial)
No comunicado oficial, familiares e representantes destacaram o carinho que o ator recebia dos fãs: “É com o coração pesado que nos despedimos de uma das pessoas mais maravilhosas com quem já trabalhamos. Graças a vocês, nossos queridos fãs, sua alma viverá para sempre através das memórias e do apoio que dedicam a ele.”
Tagawa já havia sofrido um derrame anteriormente, mas seguia em recuperação. Sua morte mobilizou fãs e profissionais do cinema, que prestaram homenagens nas redes sociais.
Legado e influência no cinema e na cultura pop
Além de ator, Tagawa também atuou como produtor e coreógrafo de cenas de luta, ajudando a traduzir a estética das artes marciais orientais para um público ocidental cada vez mais ávido por histórias que misturassem tradição e ação. Sua interpretação de Shang Tsung continua sendo referência definitiva, ecoando nos games, nas redes sociais e no imaginário coletivo.
Com mais de quatro décadas de carreira, Cary-Hiroyuki Tagawa deixa um legado que transcende telas e épocas, e permanece vivo na memória de todos que, de alguma forma, foram tocados por seu talento.
As gravadoras Som Livre e Sony lançam, nesta terça-feira (18), nas plataformas digitais e em vídeo, o clipe inédito de Exagerado para celebrar os 40 anos do álbum de Cazuza, revisitá-lo com nova mixagem e aproximar sua obra de uma nova geração.
A nova versão foi construída a partir das fitas originais, com mixagem atualizada e sonoridade remasterizada, enquanto o videoclipe dirigido por Guilherme Brehm reúne imagens simbólicas e participações que dialogam com diferentes fases da trajetória do artista. A proposta é revisitar a força estética e emocional da canção, reafirmando o impacto de Cazuza quatro décadas após o lançamento e reforçando sua presença para o público contemporâneo.
O clipe especial que celebra 40 anos de Exagerado
Além do álbum com som restaurado já disponível, a música Exagerado ganha um clipe comemorativo gravado nas ruas do Rio de Janeiro, cenário que acompanhou tantas fases da vida de Cazuza. A nova versão da música foi reconstruída a partir das fitas originais, com mixagem revisada por Guto Graça Mello em parceria com Anderson Trindade e masterização em Dolby Atmos, dando ao clássico uma roupagem mais atual.
Sob o olhar emocionado de Lucinha Araújo e Fabiana Araújo, guardiãs do legado do artista e presenças especiais no vídeo, o clipe percorre pontos emblemáticos da cidade, como a Pizzaria Guanabara e outros espaços que ainda carregam sua energia. Dirigido por Guilherme Brehm, o vídeo combina memória, afeto e simbologia ao reunir familiares e atores contemporâneos em uma narrativa que resgata a rebeldia e a intensidade de Cazuza, reforçando a permanência de sua arte quarenta anos depois.
Clipe comemorativo de Exagerado, lançado para marcar quatro décadas da obra (Vídeo: reprodução/Instagram/@cazuza.oficial)
A permanência do legado de Cazuza
Quatro décadas após sua estreia solo, Cazuza permanece como uma das vozes mais potentes e inquietas da música brasileira. Sua obra, marcada por poesia afiada, coragem política e sensibilidade rara, continua sendo referência para artistas que buscam autenticidade e intensidade. Cada verso que deixou registrado carrega a força de um tempo, mas também a liberdade de atravessar gerações, mantendo viva a chama de um artista que enxergava o mundo com irreverência, vulnerabilidade e profundidade.
Para os fãs que acompanharam sua trajetória, o reencontro com suas canções é sempre um mergulho afetivo, uma memória que se renova a cada nova leitura. Já para quem descobre Cazuza agora, seu repertório se apresenta com a mesma urgência e verdade de antes, provando que sua arte permanece atual e acessível. O clipe comemorativo de Exagerado reforça essa ponte entre passado e presente, apresentando o poeta a novos ouvintes e mostrando que, mesmo após tantos anos, seu legado continua vivo, inquieto e inspirador. Mesmo após tanto tempo, Exagerado reafirma a força de Cazuza e mostra que sua obra continua encontrando novos caminhos, novos públicos e novos significados.
Nesta quarta-feira (5), completam-se quatro anos da morte de Marília Mendonça, vítima de um acidente aéreo em Caratinga (MG) em 2021. A cantora, considerada um dos maiores nomes da música sertaneja da última década, deixou uma trajetória marcada por sucessos e letras que abordavam, com autenticidade, a força feminina e as relações cotidianas.
Em entrevista ao portal Leo Dias, a mãe da artista, Ruth Dias, afirmou que segue firme na missão de preservar a memória e o trabalho da filha. “Eu continuo forte lutando pelo legado dela”, declarou. Ruth também contou que, apesar da saudade constante, o apoio dos fãs e o amor do neto, filho de Marília, são fontes de força e motivação.
Mantendo viva a presença artística de Marília
Desde a tragédia, a família e a equipe da cantora têm trabalhado na organização de projetos que mantêm viva a presença da artista, incluindo lançamentos de gravações inéditas, um filme e um documentário sobre sua carreira. A administração do acervo musical busca garantir que todo o material de Marília seja tratado com respeito à sua identidade artística e à qualidade das produções originais.
Sendo assim, a memória da “rainha da sofrência” segue sendo celebrada em eventos e homenagens em todo o país. Para os fãs, a data reforça o impacto cultural da cantora e compositora, que ajudou a redefinir o espaço das mulheres no sertanejo moderno.
Cantora segue sendo a eterna rainha da sofrência
No dia 23 de outubro de 2025, foi lançada uma faixa inédita intitulada “Segundo amor da sua vida”, escrita por Marília em parceria com Juliano Tchula, compositor brasileiro com relevância no sertanejo. A produção da música foi conduzida por Eduardo Pepato, responsável por diversos trabalhos da artista. O áudio original foi extraído de uma guia vocal gravada por Marília em 2018 e restaurado com técnicas de masterização avançadas, sem uso de inteligência artificial.
Marília Mendonça faz homenagem à mãe, Ruth Dias, horas antes de falecer (Foto: reprodução/Instagram/@mariliamendoncacantora)
Os arranjos preservam a instrumentação característica de seu estilo com violas, sanfona e percussão suave ressaltando a autenticidade de sua voz. Desde o lançamento, a canção ultrapassou um milhão de reproduções nas primeiras 24 horas e recebeu ampla repercussão nas redes sociais, com fãs destacando a emoção de ouvir novamente a voz inédita da cantora.
Anúncio do lançamento de música inédita de Marília Mendonça, 4 anos após sua morte (Vídeo: reprodução/Instagram/@mariliamendoncacantora)
Mesmo após sua morte, o nome de Marília Mendonça continua entre os mais ouvidos do país. Plataformas de streaming registram milhões de acessos mensais às suas músicas, além de que o repertório da artista permanece em alta em rádios e playlists sertanejas.
Olivier Rousteing anunciou sua saída como diretor criativo da Balmain, após 14 anos à frente da casa parisiense, cargo que assumiu em abril de 2011, aos 25 anos. Sua entrada havia marcado dois marcos: ele era o diretor criativo mais jovem de uma grande maison francesa desde Yves Saint Laurent na Dior, e o primeiro homem negro a ocupar esse posto em uma casa tradicional francesa em todas as categorias de design.
No comunicado oficial, Rousteing expressou: “Estou profundamente orgulhoso de tudo o que conquistei e infinitamente agradecido à minha equipe excepcional na Balmain, minha família escolhida, em um lugar que foi meu lar durante os últimos 14 anos.” A proprietária da marca, a firma de investimentos Gatari Mayhoola for Investments, disse que esta era uma decisão mútua e que em breve anunciará sua nova estrutura criativa.
A era que se encerra
Durante sua gestão, Rousteing revitalizou o legado de Pierre Balmain, combinando luxo clássico com referências urbanas, cultura pop e estética digital. Sua visão levou a marca de um público restrito à cultura global, transformando a Balmain em sinônimo de glamour, poder e juventude. A propriedade da marca, o grupo Gatari Mayhoola for Investments, classificou a decisão como “mútua” e anunciou que um novo modelo criativo será divulgado em breve.
O designer também consolidou a Balmain como um fenômeno da mídia. Criou o conceito de “Balmain Army”, um coletivo de celebridades e influenciadores entre eles Kim Kardashian, Rihanna, Beyoncé e Kendall Jenner que ajudaram a moldar a imagem moderna da marca nas redes sociais. Essa estratégia transformou a maison em um ícone digital e o próprio Rousteing em uma celebridade global, aproximando a moda de um público mais diverso e conectado.
A saída acontece em meio a um movimento de renovação no mercado de luxo, com várias maisons revisando suas lideranças criativas. O desafio agora será manter a relevância e o impacto conquistados, enquanto a Balmain busca um novo caminho após mais de uma década marcada por ousadia, identidade e espetáculo.
Comunicado oficial postado no perfil de Oliver Rousteing (Foto: reprodução/Instagram/@oliver_rousteing)
Legado de Olivier Rousteing
Rousteing deixa para trás um legado que transcende o design: ele reposicionou a Balmain como um símbolo de diversidade, inclusão e reinvenção. Sua estética, marcada por bordados exuberantes, couro, brilho e ombros estruturados, mesclou o glamour parisiense com o vigor das ruas. Ele redefiniu o luxo, tornando-o mais acessível culturalmente e mais conectado ao espírito de seu tempo.
Além da inovação estética, sua trajetória foi uma afirmação política e pessoal. Como o primeiro homem negro e abertamente gay à frente de uma maison francesa, Rousteing se tornou uma figura de resistência e representatividade. Usou sua voz para debater temas como racismo, elitismo e identidade, inspirando jovens criadores em todo o mundo e expandindo as fronteiras da moda tradicional.
Ele também foi pioneiro na criação de desfiles-espetáculo que aproximaram o público do universo da moda. Eventos como o realizado no Stade Jean-Bouin, em 2021, uniram performance, música e tecnologia, antecipando o modelo híbrido que dominaria as passarelas após a pandemia.
Ultimo desfile do diretor criativo pela Balmain no Paris Fashion Week (Foto: reprodução/ Peter White/Getty Imagens Embed)
O que vem a seguir
A saída ocorre em um momento de renovação acelerada no mundo da moda, com diversas maisons revisitando suas estratégias criativas e de liderança. A marca enfrenta o desafio de manter o impulso global conquistado, enquanto se prepara para um “novo capítulo”, como já sugerido pela Mayhoola. Outro ponto é que, embora 14 anos pareçam longos para os parâmetros atuais, manter-se relevante e inovador por tanto tempo em moda de luxo representa tanto um sucesso quanto um desgaste natural da trajetória criativa.
A Balmain agora terá que definir quem será o próximo a assumir o papel ou qual será o novo modelo de direção criativa, se centralizado ou com uma equipe coletiva. Os próximos desfiles e coleção serão fundamentais para sinalizar a nova direção. Para Rousteing, esta saída abre espaço para novos projetos, seja extensão de sua marca pessoal, colaborações, ou mesmo incursões além da moda tradicional e muitos vão acompanhar o que ele fará no “próximo capítulo”.
A cantora Angela Ro Ro conquistou espaço na música brasileira com canções intensas e memoráveis, entre elas “Amor, Meu Grande Amor” e “Simples Carinho”, que atravessaram décadas. Com sua voz única, Angela construiu uma trajetória que misturava elementos do rock com a delicadeza da MPB, sempre marcada pela intensidade de suas interpretações.
Da formação clássica ao início nos palcos
Nascida no Rio de Janeiro, Angela Maria Diniz Gonçalves iniciou os estudos em piano clássico ainda na infância. Sua voz rouca e grave lhe rendeu o apelido que a acompanharia por toda a carreira. Antes de ganhar notoriedade no Brasil, ela viveu em Londres durante o regime militar, sustentando-se com pequenos trabalhos enquanto se apresentava em bares e espaços alternativos.
Primeiros discos e grandes sucessos
Quando retornou ao Brasil, em 1979, lançou o álbum de estreia que apresentou ao público canções que logo se tornaram atemporais, entre elas “Amor, Meu Grande Amor”, “A Mim e a Mais Ninguém” e “Tola Foi Você”. No ano seguinte, o LP “Só Nos Resta Viver” reforçou seu estilo intenso, com canções que se tornaram emblemáticas, como a faixa-título e “Tango da Bronquite”.
Nos anos seguintes, vieram obras que ampliaram sua relevância na MPB, como “Escândalo” (1981), inspirada no fim de seu relacionamento com Zizi Possi, e o sucesso “Simples Carinho”, presente no álbum de 1983. Além do próprio repertório, suas letras também ganharam vida na voz de outros intérpretes consagrados, provando a força de sua obra e o alcance de sua criatividade. Maria Bethânia, por exemplo, regravou “Fogueira”, reforçando o peso de Angela como uma artista que influenciou toda uma geração.
Fafá de Belém usou as redes sociais para homenagear a artista (Foto: reprodução/Instagram/@fafadbelem)
Reconhecimento e legado artístico
Ao longo das décadas, Angela Ro Ro construiu uma carreira marcada pela dramaticidade de suas interpretações e pela autenticidade de sua obra. Seu último disco de estúdio, Selvagem (2017), trouxe 11 faixas inéditas e reafirmou sua vitalidade artística mesmo em fase madura. No Spotify, continua presente no repertório de milhares de ouvintes, com destaques como “Na Cama”, “Balada da Arrasada” e “Cheirando a Amor”.
Mais do que sucessos, Angela deixou um estilo único, sem medo de expor fragilidades e paixões. Sua contribuição para o rock e a MPB é celebrada não apenas nas canções gravadas, mas também na influência que exerceu sobre outras intérpretes e compositores. Autêntica, intensa e livre, Ro Ro permanece como uma das vozes mais marcantes da música brasileira.
Giorgio Armani, um dos maiores ícones da história da moda, faleceu nesta quinta-feira (4), aos 91 anos. A notícia foi divulgada através de um comunicado oficial nas redes sociais de sua marca, impactando o mundo da moda. Giorgio revolucionou a moda masculina e fundou uma das marcas mais respeitadas no mundo inteiro, deixando para trás um legado de inovação e elegância minimalista.
A despedida de Giorgio acontecerá em Milão, cidade perto de onde nasceu. O velório está marcado para iniciar neste sábado (6), estendendo-se até domingo (7), de acordo com o Grupo Armani. O funeral deve acontecer de forma privativa e íntima, a pedidos do próprio Armani antes de falecer.
Conhecido como “il re Giorgio” (“Rei Giorgio”), Armani foi o criador de um império na indústria de luxo, com destaque para a alta-costura, prêt-à-porter, acessórios e joias, além de também se envolver com arquitetura de interiores e hotéis de luxos, que se estendiam pelas maiores cidades do mundo, como Milão, Paris e Nova York. O estilista combinava sua visão minimalista e rigorosa com seu talento de designer, criando assim uma das maiores marcas mundiais.
Os primeiros passos de Giorgio Armani
Muito antes de ser reconhecido como um dos maiores nomes da indústria de moda, Giorgio Armani trilhou diferentes caminhos antes de se encontrar no amor pelo cinema, que veio a influenciar sua carreira mais para a frente. Nascido na cidade Piacenza em 1934, no norte da Itália e próximo a Milão, Giorgio era filho de Ugo Armani e Maria Raimondi, sendo um dos três filhos. Ugo era um integrante da sede do partido fascista local antes de virar um contador de uma empresa de transportes e sua mãe, Maria, era dona de casa.
Armani e sua família se mudaram para Milão após a Segunda Guerra Mundial, onde contou em sua autobiografia “Per Amore”, as dificuldades que passou junto a seus irmãos. Ele chegou a ingressar no curso de medicina, mas não escolheu seguir nessa carreira, abandonando a universidade após dois anos. Em seguida, ele serviu ao exército, mas foi somente quando lhe ofereceram um emprego na La Rinascente, uma renomada loja de departamentos da época, que Giorgio deu seus primeiros passos na moda, trabalhando na decoração das vitrines.
O passo seguinte foi ainda mais importante em sua carreira. Giorgio foi convidado por Nino Cerruti, um fabricante italiano, para trabalhar como designer. Foi nesse período que ele começou a criar uma experiência direta com a alfaiataria, mergulhando na desconstrução de jaquetas.
Giorgio Armani nos bastidores de um de seus desfiles (Foto: reprodução/X/@jacquemusx)
Criação de seu império
Em 1975, Armani deu o salto definitivo para sua carreira, estreando sua primeira coleção de roupas masculinas, que virou um sucesso na Europa. Ele revolucionou a alfaiataria masculina ao criar jaquetas com cortes desestruturados, o que possibilitaram formas mais naturais e fluídas – e que também vieram a ser aplicados na moda feminina por Giorgio -, dando a ele o apelido “King of the Blazer”.
Os anos 80 marcaram a expansão de seu império, quando ele co-fundou sua grife em 1981 junto a seu amigo e arquiteto Sergio Galeotti, que veio a falecer quatro anos após a criação da marca. Desde então, Armani revolucionou o que era conhecido no mundo da moda da alta sociedade, através da alfaiataria fluída, minimalista e desconstruída.
Sua visão logo veio a chamar a atenção de Hollywood nos anos 80, ao vestir Richard Gere para o filme “Gigolô Americano”. Nos anos seguintes, Giorgio manteve uma longa associação com Hollywood, expandindo cada vez mais seu nome. Ele conta em sua autobiografia, que “queria acabar com as roupas austeras, mantendo o aspecto ético. Eu pensava nas mulheres inteligentes e cosmopolitas com estas roupas. Eu gosto de moda que não se vê”, reforçando mais uma vez uma visão autêntica e revolucionária.
Richard Gere no filme “Gigoglô Americano” (Foto: reprodução/X/@wengelll)
Em 2005, Armani se tornou a primeira grife a transmitir um desfile online, através do lançamento de sua coleção de alta-costura. Já em 2012, ele passou a ser responsável pela produção dos uniformes do time italiano nas Olimpíadas. Além de revolucionar a indústria com esses feitos, Armani já vestiu nomes como Julia Roberts, Jodie Foster e Beyoncé, e em 2006 foi o criador do vestido e do terno usados por Katie Holmes e Tom Cruise no casamento dos dois.
O famoso terno usado por Julia Roberts no Globo de Ouro de 1990 (Foto: reprodução/X/@wengelll)
Nos últimos anos, mesmo não participando de alguns de seus desfiles enquanto enfrentava problemas de saúde, Giorgio se manteve ativo em sua marca, acompanhando todos os momentos e etapas de desfiles. Giorgio Armani não nos deixa com a sua morte, eternizando toda a sua vida em suas peças e momentos, que marcaram e continuarão a marcar toda a história da moda contemporânea.
Com o coração apertado, a família de Arlindo Cruz anunciou, através das redes sociais, seu falecimento nesta sexta-feira (8), aos 66 anos, destacando não apenas sua carreira brilhante no samba, mas também a força, o afeto e o cuidado que marcaram o convívio íntimo durante os últimos anos de sua vida.
O apoio incondicional da família
Desde o derrame cerebral hemorrágico em março de 2017, que interrompeu sua trajetória artística e deixou sequelas severas, a família permaneceu incansável ao lado de Arlindo Cruz. Foram 14 cirurgias — cinco delas na cabeça — diversas hospitalizações e incontáveis momentos de recuperação acompanhados de perto por seus entes mais queridos.
Em 2018, ele recebeu alta e voltou para casa, onde o carinho e a dedicação da família foram essenciais para sua recuperação. Os familiares estiveram ao seu lado em cada etapa, desde a primeira internação até seu falecimento, vítima de pneumonia no Hospital Barra D’Or, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (8).
Família Cruz homenageia o sambista nas redes sociais (Foto: reprodução/Instagram/@arlindocruzobem)
Breve biografia e legado artístico
Natural do Rio de Janeiro, Arlindo Domingos de Cruz Filho nasceu em 1958 e destacou-se inicialmente como compositor. Suas músicas — como “Bagaço de Laranja”, “Casal Sem Vergonha”, “Dor de Amor” e “Quando eu te vi Chorando” (gravadas por Zeca Pagodinho), “Jiló com Pimenta”, “Partido Alto Mora no meu Coração” e “A Sete Chaves” (Beth Carvalho), além de “Pra ser Minha Musa” e “Onde Está” (Reinaldo) — marcaram gerações.
Ele ganhou ainda mais visibilidade como cantor ao integrar o grupo Fundo de Quintal, do qual fez parte até 1993, e depois seguiu carreira solo. Em 2023, com as sequelas do AVC, foi homenageado pela escola de samba Império Serrano, desfilando em carro aberto sentado em um trono ornamentado — símbolo de reconhecimento e amor do povo pelo artista.
Legado de fé, alegria e música
Arlindo Cruz construiu um legado inestimável: um artista que foi poeta, músico, pagodeiro, flamenguista, marido, pai e exemplo de humildade. Sua família, sempre ao seu lado, representa esse compromisso permanente com o amor e a dignidade humana. Sua voz, suas composições e seu sorriso viverão eternamente nos corações de milhões.
Mais do que lamentar a partida de Arlindo Cruz, celebramos a jornada de um homem que enfrentou adversidades com coragem, sempre com a família como esteio. Seu legado musical e humano fica para as futuras gerações, inspirando-nos a seguir com fé, generosidade e paixão pela arte.
Após uma semana do falecimento de sua melhor amiga, Preta Gil, Gominho compartilhou nesta terça-feira (29) com seus seguidores que, aos poucos, está recomeçando a vida, ainda sofrendo o luto da despedida da cantora. O influenciador curtiu a natureza em uma trilha no Parque Nacional de Itatiaia, no Rio de Janeiro, e compartilhou com seus seguidores os caminhos que irá trilhar mantendo o amor e a perseverança sempre viva e presente.
Em um pequeno verso, ele descreveu a importância do silêncio:
“2.460 metros de silêncio e vento Formaram a sinfonia perfeita do meu toque de despertar! Sem medo e com candura Pois vento que venta cá Venta lá No cume eu cochilei”
E deixou registrado um aviso aos seus seguidores e ao tempo estará sempre ao lado do amor:
“Pros carregos a pedra levar E de pedras sempre saltei Então nada vai me derrubar Ao tempo aviso que estarei Sempre aonde o amor está E para tudo que sei Deixo o vento levar E o que aprenderei O som do silêncio guardará”
Amizade
Gominho e Preta se conheceram em 2011, nos bastidores do mundo artístico e da música. Preta arrastava multidões com sua seus shows por todo o Brasil; nos bastidores, de lá para cá, não pararam mais de dividir a vida um com o outro. Na luta da cantora contra o câncer, Gominho saiu de casa, foi morar com Preta e foi seu fiel companheiro durante todo o processo contra a doença. Em um post em suas redes sociais, Preta destacou o que Gominho representava para ela:
“Ele é meu filho, meu irmão, meu amigo, meu anjo da guarda”, declarou a cantora.
Gominho em trilha no Parque Nacional de Itatiaia, no Rio de Janeiro (Foto: reprodução/Instagram/@gominho)
Recomeços
Assim como Gominho, amigo de Preta, que abriu mão de sua carreira para estar ao lado da cantora e vive um momento de recomeço, amigos e familiares também estão seguindo a vida. O filho de Preta, durante a missa de 7 dias da mãe no Rio de Janeiro, revelou que o legado da mãe é eterno:
“O legado está aí. O que ela já vinha fazendo com conhecimento maior com relação à doença, às prevenções, a tudo com relação à informação… mais uma vez sendo um instrumento de poder, de amplificar aquilo que ela acreditava, e, neste caso, com relação à doença”, revelou o filho de Preta Gil.
O vazio ficou, mas as homenagens não param nas redes sociais, e as músicas de Preta estão entre as mais tocadas.
O lendário cantor de heavy metal e eterno frontman/fundador do Black Sabbath, Ozzy Osbourne, faleceu na tarde desta terça-feira (22), e a notícia emocionou o mundo da música, principalmente pela triste coincidência de sua passagem ter ocorrido apenas algumas semanas desde seu show de despedida, no último dia 5 de julho.
Apesar da comoção de milhões de fãs do gênero e desta figura eternizada — não só no período em que atuou na banda de Birmingham, mas também por tudo o que construiu em sua carreira solo — o sentimento que predomina é o de serenidade, já que o artista parte deixando um grandioso legado na história do rock e da música em geral.
Trajetória do príncipe
John Michael Osbourne nasceu na grande cidade de Birmingham, localizada na região de West Midlands, na Inglaterra. Devido a problemas na adolescência com um Transtorno do Déficit de Atenção (TDA) não diagnosticado, Ozzy acabou abandonando a escola aos 15 anos, e prosseguiu sua jovem vida trabalhando em diversas áreas.
Já na segunda metade dos anos 60, época marcada pelo surgimento de grandes nomes no meio do rock, como Jimi Hendrix, The Doors e Led Zeppelin, o ‘príncipe’ tocou pela primeira vez no ano de 1967, quando Geezer Butler o convidou para ser o vocalista de sua banda, Rare Breed. Após dois shows, o grupo se desfez, e ambos começaram com o projeto que viria a ser o Black Sabbath (referência ao título original do filme “As Três Máscaras do Terror”), em 1969.
O sucesso do grupo se manifestou desde seus primeiros álbuns (“Black Sabbath” e “Paranoid”), ambos lançados em 1970. E hits, como: “Iron Man” e “War Pigs” colocaram a banda em altas posições da Billboard 200 durante aquele ano.
Clipe oficial de “Iron Man” (Vídeo: reprodução/YouTube/Beat-Club)
Entretanto, os anos seguintes foram marcados por diversos conflitos nos bastidores do Sabbath, por conta de problemas na vida de seu vocalista, sobretudo envolvendo um vício em drogas. Em virtude dessas ocasiões, Osbourne acabou demitido da banda em 1979 e em sequência foi substituído por Ronnie James Dio, que havia recentemente deixado a banda Rainbow.
Assim, Ozzy seguiu o restante de sua trajetória em carreira solo, em que novamente pôde testemunhar a glória surgindo desde seu primeiro trabalho. O álbum “Blizzard of Ozz”, lançado em 1980, trouxe sucessos marcantes na carreira do cantor, como “Mr. Crowley” e “Crazy Train”, esta última encerrando o ano alcançando a 9ª posição nas tabelas da Billboard.
Dentre os demais trabalhos solo de destaque do artista, temos discos como “Diary of a Madman”, com mais de 3 milhões de cópias vendidas, além do clássico “No More Tears”, de 1991, que apresentou o hit “Mama, I’m Coming Home”, que agora se torna a trilha sonora de sua despedida, em virtude do significado da letra.
Seu legado na história do rock
Diante de todo o impacto que sua presença e sua arte geraram no meio artístico e no mundo em geral, Ozzy recebeu diversas honrarias ao longo da vida. Dentre as mais notórias: Ter sua própria estrela na Calçada da Fama de Hollywood em 2002, e entrar para o Rock & Roll Hall of Fame em 2006, com 57 anos de idade.
Um dos episódios mais marcantes de sua carreira ocorreu durante um show feito em 1982, quando o astro acidentalmente mordeu a cabeça de um morcego vivo de verdade, atirado no palco por um fã, e acabou repleto de sangue do animal. Na ocasião, Osbourne fez o que fez por pensar que era apenas um boneco de pelúcia ou algo do gênero. Ele detalhou a história em entrevista no documentário “As Nove Vidas de Ozzy Osbourne”, lançado em 2020.
Peguei, coloquei na boca, mastiguei, mordi, sendo o palhaço que sou. Depois fui parar no hospital e passei a tomar injeções contra raiva, uma em cada traseiro. Tive que passar por isso todas as noites por um tempo.”
Ozzy Osbourne
Com seu estilo ousado e espírito rebelde, se tornou símbolo da resistência artística e da autenticidade no rock, ao ter uma contribuição de peso no movimento que revolucionou o estilo ao longo dos anos 70. Além disso, também se destacou fora dos palcos, muito graças à sua personalidade carismática e irreverente, bem retratada no reallity show “The Osbournes”, produzido pela MTV, e que demonstrava o estilo de vida pessoal da família do artista.
Ademais, vale destacar que esse carisma todo se manteve até os seus últimos dias, quando organizou um evento beneficiente para doar 190 milhões de dólares para hospitais infantis.
Black Sabbath durante o show “Back to the Beginning” (Foto: reprodução/Instagram/@blacksabbath)
Recentemente, enfrentando graves problemas de saúde, com um caso severo de Mal de Parkinson, Ozzy organizou um show de despedida, após anos estando em hiato dos palcos, tocando junto com os demais membros do Black Sabbath ainda vivos. A apresentação, como parte do evento “Back to the Beginning”, foi marcada para o dia 5 de julho, e realizada na cidade natal do cantor e da banda, com milhares de fãs emocionados acompanhando o último ato do príncipe em vida.
Com um grandioso legado deixado na gloriosa história do rock’n’roll e do heavy metal (subgênero que ajudou a criar), Osbourne encerra sua jornada neste plano com a certeza de ter entrado para a eternidade ao marcar a vida de milhões de apaixonados pela música em diversas gerações ao longo das décadas.
Gisele Bündchen conquistou o mundo com seu estilo inconfundível. Mesmo depois de quase meio século, ela segue relevante e inspiradora. Como? Ela combina tendências atuais com peças clássicas, criando looks que atravessam gerações. Gisele não é só uma modelo, é uma referência que vive a moda com autenticidade e atitude.
Sua versatilidade impressiona porque vai além do visual. Aos 45 anos, Gisele dita regras com elegância e consciência. Ela prova que estilo é sobre se reinventar e se conectar com o tempo. Agora, convidamos você a conhecer os looks atemporais que definem essa Übermodel e seu legado fashion.
A consagração da Bündchen
Em 1996, Gisele Bündchen ainda dava seus primeiros passos nas passarelas internacionais quando brilhou no desfile de Oscar de la Renta para a coleção Outono/Inverno. Esse momento foi decisivo para sua carreira, pois marcou sua entrada oficial na alta-costura nova-iorquina, uma das principais vitrines da moda mundial.
Gisele Bündchen no Oscar de la Renta – Outono/Inverno 1996 (Foto: reprodução/Pinterest/@lagaviotagabriela)
Um dos destaques foi um vestido estruturado com cintura marcada, que ressaltava a silhueta esguia de Gisele. Detalhes como decotes discretos traziam feminilidade sem excessos, equilibrando minimalismo e luxo.
A tendência do vestido preto estruturado, como o que Gisele Bündchen usou no desfile, segue muito presente e atual em 2025. Essa peça icônica continua simbolizando elegância e sofisticação, adaptando-se às novas propostas da moda contemporânea.
Vermelho Valentino
Em 1999, Gisele Bündchen encerrou o desfile da coleção Outono/Inverno de Valentino, em Paris, usando um vestido vermelho vibrante que se tornaria um marco na história recente da moda.
O vestido, de modelagem longa e fluida, tinha estrutura refinada e caimento impecável, com silhueta ajustada na cintura, alças finas e um decote levemente arqueado, que valorizava o colo com sensualidade sutil. O vermelho escolhido não era qualquer tom: era um “Valentino red” — cor patenteada pelo próprio estilista como assinatura da marca — que traduzia poder, paixão e feminilidade. A leveza do tecido contrastava com a intensidade da cor, criando um movimento etéreo à medida que Gisele caminhava pela passarela.
Gisele Bündchen desfila para a coleção Valentino Haute Couture Outono/Inverno 1999-2000 (Foto: reprodução/Victor Virgile/Getty Images Embed)
Até hoje, o look é lembrado como uma síntese perfeita entre modelo e vestido. Um encontro entre talento, estética e momento histórico que só a alta-costura é capaz de proporcionar e que, nas mãos de Gisele, se transforma em eternidade.
Anjo com atitude
No ano 2000, Gisele Bündchen subiu pela primeira vez na passarela do Victoria’s Secret Fashion Show e nada seria como antes. Até aquele momento, o evento já era famoso, mas ainda carregava um ar quase teatral, distante do sex appeal natural e do carisma moderno que incorporaria com perfeição. Sua entrada marcou uma virada estética e comercial para a marca, inaugurando a chamada “Era Gisele”, com apelo global, milhões em audiência e o status definitivo de supermodelo.
Gisele Bündchen usa biquíni dourado e penas douradas durante desfile da Victoria’s Secret (Foto: reprodução/Hulton Archive/ Getty Images Embed)
Vestindo lingeries luxuosas, acompanhadas por asas douradas e saltos altíssimos, Gisele trouxe uma presença inédita: dominava a passarela com olhar firme, sorriso leve e uma sensualidade descomplicada.
A imprensa da época creditou a ela a modernização da imagem da Victoria’s Secret. Sua participação em 2000 foi tão marcante que, nos anos seguintes, ela se tornaria uma das Angels mais bem pagas e desejadas da indústria.
Em 2005, já consagrada como rosto da marca, Gisele desfilaria com o icônico “Sexy Splendor Fantasy Bra”, avaliado em 12,5 milhões de dólares.
A garota de Ipanema vestiu a história
Em 2016, diante de bilhões de espectadores ao redor do mundo, Gisele Bündchen transformou o Maracanã em sua passarela definitiva. A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro foi o palco escolhido para um dos desfiles mais emblemáticos da história da moda brasileira e a Übermodel era a protagonista absoluta.
Gisele Bündchen desfila como Garota de Ipanema durante a Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016 (Foto: reprodução/Jamie Squire/Getty Images Embed)
Vestindo um deslumbrante vestido assinado por Alexandre Herchcovitch, Gisele atravessou sozinha todo o campo do estádio, ao som de “Garota de Ipanema”, em versão instrumental tocada por Daniel Jobim, neto de Tom. A silhueta fluida, o brilho sutil e a fenda generosa da peça criaram uma imagem hipnotizante, que refletia o pôr do sol carioca e a exuberância natural da mulher brasileira.
Plumas e legado
Em maio de 2023, Gisele Bündchen fez sua aguardada reestreia no Met Gala durante o tema “Karl Lagerfeld: A Line of Beauty”.
Gisele Bündchen comparece ao Met Gala 2023 em comemoração a “Karl Lagerfeld: A Line Of Beauty” (Foto: reprodução/Theo Wargo/ Getty Images Embed)
O design apresentava listras verticais de lantejoulas e uma capa longa de plumas e camélias, que conferiu movimento dramático à sua presença. Gisele escolheu o look não apenas por sua estética, mas por carregar memórias profundas do relacionamento criativo com Lagerfeld.
Gisele Bündchen é mais que uma figura da moda, é uma verdadeira força da natureza que moldou uma era com sua beleza, carisma e autenticidade. Cada look contado aqui é um fragmento da sua essência, que continua viva e pulsante na indústria até hoje. A jornada dela nos mostra que estilo é mais que roupa, é atitude, história e alma. Mesmo com tudo que já conquistou, Gisele segue desafiando limites e nos deixando ansiosos pelo que ainda vem pela frente.