Lula tem reunião com Alckmin para ajustar plano de contingência contra tarifaço

Nesta segunda-feira (11) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) terá uma reunião com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. O encontro deve servir para ajustar os pontos finais do plano de contingência destinado a reduzir os efeitos das tarifas de 50% aplicadas pelos Estados Unidos sobre produtos do Brasil. 

A expectativa é que as ações sejam divulgadas ainda nesta segunda-feira. Antes, a estimativa era de que o anúncio acontecesse até na terça-feira.

Encontro de hoje

Entre as medidas estudadas estão a oferta de linhas de crédito para empresas afetadas pelas sanções dos Estados Unidos, destinadas a financiar investimentos e capital de giro. A prorrogação por até dois meses do prazo para pagamento de tributos e contribuições federais, iniciativa semelhante a do Planalto durante a pandemia, além da realização de compras públicas de produtos perecíveis. O problema é especialmente sobre estoques de alimentos como peixes, frutas e mel, que estão parados desde o anúncio feito pelo presidente americano, Donald Trump.


Reunião marcada hoje deve finalizar o plano contra as tarifas de Trump (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

O encontro no Palácio do Planalto está previsto para às 17h. Integrantes do governo informaram que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e outros ministros também devem participar.

Segundo Geraldo Alckmin, alguns setores geram maior preocupação, como o de café, carne e, principalmente, o de máquinas, incluindo motores e equipamentos. Ele destacou que enquanto produtos considerados commodities podem ser direcionados com mais facilidade para outros mercados, a indústria possui características mais específicas, o que torna esse redirecionamento mais difícil.

Cancelamento de compromissos

No fim de semana, Alckmin cumpriu compromissos em São Paulo, mas decidiu cancelar a agenda que teria nesta segunda-feira na capital paulista e antecipou o retorno a Brasília.

Pela manhã, ele estava previsto para participar do 24º Congresso Brasileiro do Agronegócio. Já à tarde, compareceria ao lançamento do Programa de Qualificação para Exportação, iniciativa da Agência Brasileira de Promoção de Exportações.

Lula discute guerra na Ucrânia e economia global por ligação com Putin

Neste sábado (9), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu uma ligação do presidente da Rússia, Vladimir Putin. A conversa, que durou em torno de 40 minutos, girou em torno de assuntos internacionais, incluindo a guerra na Ucrânia, a situação econômica global e o trabalho conjunto no Brics.

Segundo informações do Palácio do Planalto, a ligação partiu de Putin. Durante o diálogo, Lula reforçou que o Brasil mantém a posição de buscar uma saída pacífica para o conflito, apostando no entendimento entre as partes envolvidas. Ele também lembrou que o país está disposto a ajudar, inclusive por meio do Grupo de Amigos da Paz, criado em parceria com a China para apoiar iniciativas de negociação.

Conflito na Ucrânia e novas tentativas de acordo

A guerra entre Rússia e Ucrânia, que já ultrapassa três anos, continua sendo um dos principais temas da diplomacia mundial. Lula e Putin já haviam tratado do assunto pessoalmente em maio, quando o presidente brasileiro esteve em Moscou.

Durante a ligação, Putin falou sobre os movimentos mais recentes nas tentativas de encerrar o conflito, mencionando que deve se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na próxima semana, no Alasca. A expectativa é que discutam uma proposta russa envolvendo mudanças territoriais no leste da Ucrânia em troca do fim das hostilidades.


Lula e Putin em registro de 2010, anos antes das atuais discussões sobre guerra e economia (Foto: Reprodução/AFP/Getty Images Embed)


Lula, por sua vez, defende que o diálogo seja conduzido com apoio de outros países e organismos internacionais, como a ONU, para chegar a um cessar-fogo viável para todos os lados.

Brics e cooperação bilateral

Além da guerra, os dois presidentes falaram sobre a atuação conjunta no Brics, que reúne economias emergentes como Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Putin elogiou o Brasil pela organização da última cúpula do grupo, realizada em julho no Rio de Janeiro.

Também ficou acertado que a próxima reunião da Comissão de Alto Nível de Cooperação Brasil-Rússia deve ocorrer ainda este ano. A conversa ocorreu em meio a mudanças recentes na política comercial dos Estados Unidos, que aumentaram tarifas para produtos brasileiros, e a críticas de Trump ao papel do Brics no cenário econômico internacional.

Em meio à crise, Lula não cede a Trump e descarta telefonema: “Não vou me humilhar”

A relação diplomática entre Brasil e Estados Unidos se encontra em um momento de tensão, evidenciado pelas recentes declarações do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e do líder norte-americano, Donald Trump. Em uma entrevista à agência de notícias Reuters, Lula expressou sua posição firme sobre a falta de comunicação direta entre os dois chefes de Estado. Ele declarou que não vê motivos para ligar para Trump, pois, nas comunicações enviadas e nas decisões tomadas, o presidente estadunidense não demonstra interesse em negociações, mas sim em fazer “novas ameaças”. A frase “Não vou me humilhar” resume a postura de Lula, que se recusa a tomar a iniciativa de uma conversa que, segundo ele, não seria produtiva.

Tensão cresce após tarifas dos EUA e críticas de Trump ao Brasil

A situação escalou após Trump anunciar a imposição de uma tarifa de 50% sobre uma variedade de produtos brasileiros, medida que entrou em vigor recentemente. Em meio a essa tensão, Trump afirmou publicamente que Lula poderia ligar para ele “a qualquer momento” para discutir a questão. No entanto, o tom de sua declaração foi acompanhado de críticas, onde ele afirmou que “as pessoas que governam o Brasil fizeram a coisa errada”. O governo americano justificou as tarifas como uma “emergência nacional”, citando políticas e ações brasileiras que consideram “incomuns” e “extraordinárias”.


Lula declara em coletiva que não vai entrar em contato com Trump (Vídeo: reprodução/YouTube/Band Jornalismo)

Brasil adota cautela diante de críticas de Trump e tensões bilaterais

As críticas de Trump ao Brasil vão além das questões comerciais. Elas incluem a alegação de práticas comerciais “desleais” mencionando especificamente o sistema de pagamentos Pix, decisões do judiciário brasileiro que impactam plataformas e redes sociais americanas, e a situação jurídico-política do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Diante desse cenário de atrito, o governo brasileiro optou por uma abordagem mais cautelosa. Lula designou o vice-presidente, Geraldo Alckmin, para liderar o diálogo com os Estados Unidos. Alckmin, juntamente com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, já estabeleceram conversas com seus homólogos norte-americanos. Essas negociações de bastidores servem como uma preparação para uma eventual comunicação direta entre Lula e Trump, demonstrando que, apesar da postura firme de Lula, o Brasil busca uma solução diplomática para a crise. A estratégia do governo brasileiro parece ser a de preparar o terreno para um futuro diálogo mais construtivo, evitando uma confrontação direta que poderia piorar a situação.

Organização da COP 30 se preocupa com alta nos preços de hotéis

O embaixador André Corrêa do Lago, reconheceu nesta quarta-feira (06) a alta exorbitante nos valores das diárias dos hotéis em Belém, no Pará, com valores até 15 vezes maiores em comparação com outras conferências, Corrêa confirmou que o governo busca uma solução para o caso e descarta a possibilidade de transferir o evento.

Preços exorbitantes

Nas últimas semanas, o aumento de 10 a 15 vezes nas diárias dos hotéis, vem sendo fortemente criticado internacionalmente, delegações estrangeiras pedem que a sede do evento seja mudada de lugar por conta dos altos valores cobrados.

André Corrêa do Lago, explica que a questão dos preços é de responsabilidade da Secretária Extraordinária para a COP 30 do Governo Federal. E embora a legislação brasileira permita que o setor hoteleiro defina os próprios preços, o embaixador alega que a discussão gira em torno dos valores e não da oferta de acomodações.

Nesta semana, representantes do governo do Pará e do setor hoteleiro se reuniram para discutir a construção de mais leitos na cidade e os valores cobrados nas diárias.


Placas de sinalização de sistema de esgoto construído para COP 30 em Belém (Foto: reprodução/ Carlos Fabal/ Getty Imagens Embed)


Diplomacia no Evento

A COP 30 tem o objetivo de discutir as mudanças climáticas no planeta e o cumprimento do Acordo de Paris, acordo este que vários países concordaram em reduzir as emissões de gases do efeito estufa e contribuir para o não superaquecimento do planeta.

Entretanto, além de discutir a questão climática, o evento chama a atenção também pela diplomacia, visto que diversos líderes mundiais estarão presentes no evento. O presidente Lula afirmou que ligará para alguns presidentes como Donald Trump, dos Estados Unidos, e Xi Jinping, da China. 

Lula ainda afirmou: “Eu não vou ligar para o Trump para comercializar, porque ele não quer falar. Mas eu vou ligar para o Trump para convidá-lo para a COP, porque quero saber o que ele pensa da questão climática.” Após a posse do presidente americano, ele tirou os Estados Unidos do Acordo de Paris, sob o argumento de que esse acordo atrapalha o desenvolvimento do país.

Itamaraty diz que governo Lula acionou OMC contra tarifaço de Trump

Nesta quarta-feira (6), o Ministério das Relações Exteriores informou que o governo brasileiro acionou a Organização Mundial do Comércio (OMC), por ser contra a sobretaxa de 50% imposta por Donald Trump em relação aos produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos.

O governo brasileiro entrou com um pedido de formalização chamado “pedido de consulta” na OMC, a qual se situa em Genebra, na Suíça.

A entidade possui um mecanismo de julgamento, utilizado na eventualidade da abertura de um painel. A consulta é precedente a tais etapas.

O que a medida prevê

Aproximadamente 35,9% das exportações brasileiras aos EUA poderão ser afetadas, a estimativa foi feita pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).


Organização Mundial do Comércio (OMC), deve avaliar o caso (Foto: reprodução/Instagram/@portalg1)


A lista é longa, mas a medida prevê exceções, tais quais suco de laranja, aeronaves civis, petróleo, veículos e peças, fertilizantes e produtos energéticos. Todavia, a carne e o café fazem parte dos produtos afetados.


O que esperar da OMC

O que se sabe é que o processo de avaliação pode ser longo e demorado, e sem garantia de sucesso. A organização tem tido sua atuação esvaziada, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entende que a entidade precisa ser fortalecida de modo a poder voltar a mediar divergências entre nações.


Governo brasileiro aciona OMC contra sobretaxa de Trump, mas não há garantias de sucesso (Foto: reprodução/Instagram/@lulaoficial)


O governo brasileiro publicou na última terça-feira resolução no “Diário Oficial da União” que permitia que o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) acionasse o mecanismo de solução de controvérsias (SSC) da OMC.

O objetivo do mecanismo utilizado pela OMC visa assegurar que as nações cumpram os acordos comerciais, para que as medidas consideradas incompatíveis possam ser contestadas. Ao agir dessa maneira, o governo brasileiro tem como objetivo se posicionar a favor do multilateralismo.

Tarifaço de Trump ao Brasil começa a valer 

Entram em vigor nesta quarta-feira (6) as tarifas de 50% impostas pelos EUA sobre produtos brasileiros. O decreto assinado na quarta-feira (30), pelo presidente Donald Trump, implementa uma taxa adicional de 40% sobre o Brasil, chegando ao total de 50%. A ordem tem um grande número de exceções como aeronaves civis, fertilizantes, petróleo e suco de laranja.

Justificativas do Governo Trump  

Na quarta-feira (30), Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos, assinou uma Ordem Executiva (OE), que considera o Brasil uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA. 

Em comunicado, o governo estadunidense justifica a medida como forma de defesa do presidente Trump contra a extorsão das empresas americanas e perseguição política de seus cidadãos, a favor da liberdade de expressão e pela salvação da economia dos EUA “de ficar sujeita aos decretos arbitrários de um juiz estrangeiro tirânico.


Bolsonaro e Donald Trump na Casa Branca (Foto: reprodução/Alex Wong/Getty Images Embed)


A Casa Branca reproduz a versão do ex-presidente Jair Bolsonaro, preso nesta segunda-feira (04), que afirma ser perseguido no processo que o acusa de liderar uma tentativa de golpe de Estado no Brasil. 

O texto que anuncia as tarifas assume que as decisões em processos que envolvam Bolsonaro e seus apoiadores são fruto de perseguição política, assédio e censura e constituem graves abusos de direitos humanos que arruinam o Estado Democrático de Direito brasileiro.

As exceções do tarifaço

Iniciada nesta quarta-feira, a alíquota de 50% impacta ⅓ dos produtos brasileiros e prevê uma lista de exceção de quase 700 produtos. Os principais itens não sobretaxados são:

  • Artigos de Aeronaves Civis 
  • Veículos e peças específicas 
  • Eletrônicos 
  • Produtos de ferro, aço, alumínio e cobre 
  • Fertilizantes 
  • Produtos agrícolas e de madeira
  • Alguns metais e minerais 
  • Produtos energéticos 

O Governo Lula prepara plano de contingência para diminuir o impacto das tarifas à economia nacional. A negociação com os EUA para diminuir ou isentar a taxa de produtos, a abertura de novos mercados que tenham interesse nos setores mais afetados, o oferecimento de crédito para exportadores mais prejudicados, além da utilização temporária de programas de renúncia fiscal são caminhos analisados pelo governo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fará uma reunião com secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, no dia 13 de agosto para tratar da imposição das tarifas unilaterais.

Lula convidará Trump para a COP30 através de ligação

Nesta terça-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comunicou que convidará Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, para a COP30. O convite para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas ocorrerá durante um evento no Palácio Itamaraty.

A COP30 reunirá diversos países para discutir ações de enfrentamento à crise climática, e tem previsão para acontecer em novembro, na capital do Pará, em Belém.

Contato de Lula com Trump

O presidente do Brasil informou que não ligará para Trump com fins de comércio, pois não é algo que o presidente dos EUA deseja. Todavia, irá entrar em contato com ele para formalizar um pedido para a COP, pois deseja saber o que pensa sobre a questão climática que afeta o mundo inteiro.

As ligações ocorrerão para inúmeros presidentes, como Xi Jiping, presidente da China, e Narendra Modi, presidente da Índia, assim como muitos outros. O único que não será convidado é o Vladmir Putin, presidente da Rússia, devido sua impossibilidade de viajar.

Tarifas de Trump contra o Brasil

A respeito da taxa de 50% imposta em produtos brasileiros pelos Estados Unidos, Lula enfatizou novamente que o Brasil está presente para negociar, mas Donald Trump não respondeu a respeito de maneira política e negociável.


Lula explica o porquê de Trump temer o PIX (Vídeo: reprodução/X/@sputnik_brasil)

Lula disse ainda que o povo brasileiro não pode ser punido, e que as ações de Trump não devem ser aceitas; assim, o compromisso do governo brasileiro deve ser sempre para e com os brasileiros. A fim de suavizar o tarifaço, um “ataque injusto” nas palavras do presidente, e diminuir os prejuízos econômicos e sociais, está sendo planejado colocar em prática um plano de contingência.

O foco do governo é inteiramente proteger e assegurar os trabalhadores e as empresas brasileiras, algo que será feito mediante todas as medidas possíveis e cabíveis, como ter acionado a OMC (Organização Mundial do Comércio), para defender os interesses do País mediante o tarifaço estadunidense.

Lula pede paciência para diálogo com Donald Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconheceu, neste domingo (3), que as tratativas com os Estados Unidos sobre o aumento de tarifas decretado por Donald Trump precisam ser conduzidas com paciência, já que há limites para o enfrentamento.

De acordo com Lula, a diplomacia impõe restrições sobre o que pode ser dito, ou seja, não se trata de falar tudo o que se pensa, e sim aquilo que é viável dizer. A fala ocorre em meio ao crescimento das tensões entre Brasil e EUA, depois que Trump anunciou uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Além disso, a Casa Branca sancionou o ministro Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky, que permite punir estrangeiros acusados de violar direitos humanos.

Conduta de Lula

Até o momento, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump ainda não mantiveram contato direto, mesmo após a decisão do governo dos Estados Unidos de impor uma sobretaxa sobre produtos brasileiros.

Durante o encerramento de um encontro nacional do PT, neste domingo, em Brasília, Lula afirmou que a postura firme do Brasil na defesa de sua soberania causa incômodo a líderes que se consideram dominantes no cenário internacional, embora não tenha citado nomes. O presidente também explicou que sua conduta nas relações exteriores se baseia na ideia de tratar todos os países com igualdade, sem se submeter a nações mais poderosas nem ser arrogante diante de países vizinhos. 

Lula afirmou que o governo está empenhado em apoiar as empresas brasileiras e proteger os trabalhadores do país. Segundo ele, o Brasil está aberto ao diálogo e pronto para negociar, ressaltando que propostas concretas já foram apresentadas anteriormente por Geraldo Alckmin e Mauro Vieira.

Nova liderança do PT

Desde a última sexta-feira (1º), integrantes do PT estiveram reunidos para debater os rumos do partido e aprovaram o documento que vai nortear a nova direção sob a liderança de Edinho Silva. Ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho foi escolhido em julho para comandar pelos próximos quatro anos e tomou posse oficialmente neste domingo, em um ato que contou com a presença do presidente Lula.


Edinho foi eleito presidente do PT e teve a oficialização neste domingo (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

A última aprovação do encontro defende a manutenção de alianças com outras siglas e destaca a necessidade de aprimorar a comunicação do governo, especialmente com públicos religiosos, como os evangélicos. O documento também sugere que o partido amplie o diálogo com setores da sociedade que não se identificam necessariamente com a esquerda, além de incentivar que a militância mantenha vínculos com comunidades católicas e aprofunde o relacionamento com lideranças evangélicas.

Longa-metragem sobre Jair Bolsonaro estaria em produção nos EUA com previsão para 2026

Conforme foi apurado pelo portal do Leo Dias, um filme sobre a vida de Jair Bolsonaro está no momento produzindo nos EUA, e esta com estreia prevista para 2026. Michael Davis fica a cargo e com a direção de Cyrus Nowrasteh, a produção irá minimizar as polêmicas e controvérsias do então ex-presidente do Brasil, na sinopse divulgada descrevem ele como um homem de coragem e com determinação. O longa se encontra ainda na fase inicial, no momento em que estão testando atores para concluírem a seleção de elenco.

Jair Bolsonaro

Em 1986, Jair Bolsonaro tornou-se conhecido, quando escreveu um artigo para a revista veja com críticas aos baixos salários dos militares, texto que inclusive o levou a ser preso na época, já em 1987 ele foi acusado pela veja, por inserir bombas em unidades militares. A partir de 1990 sua vida política se iniciou ao se tornar deputado federal, cargo que ele trabalhou por 6 mandatos. Em 2018 se tornou presidente do Brasil, com uma campanha anti-sistema pelo PSL, durante um mandato de 4 anos até em 2022 ser derrotado pelo presidente atual Lula.

Em meio a uma série de controvérsias, a sua administração durante a pandemia da COVID19 foi reprovada, em todo o espectro político. Atualmente ele está inelegível, acusado de abuso de poder, com investigações da polícia federal por crimes de patrimônio público e ainda esquemas de corrupção no ministério da educação, réu no supremo tribunal federal, foi também o 1° presidente a não conseguir se reeleger em terras tupiniquins.


Jair Bolsonaro no dia 29 de junho de 2025 (Foto: reprodução/Miguel Schincariol/Getty Images Embed)


Sobre o filme “Dark Horse”

No momento, não se sabe muitos detalhes a respeito de como será este filme, até aqui só se sabe que estão m busca de atores e atrizes para interpretarem os filhos de Jair Bolsonaro e também Michelle Bolsonaro, mais por enquanto não se sabe ainda quem serão ainda os artistas que irão se envolver nesse projeto para atuarem como as pessoas em questão. As filmagens provavelmente vão começar este ano em outubro, um dos maiores destaques que estará presente na trama é a facada que atingiu o ex-presidente.

O roteiro ira mostrar como foi os desdobramentos do ataque que quase acometeu sua vida, mostrara momentos importantes da sua vida, e ira abordar, as coisas que ocorreram enquanto ele estava internado. As locações tera filmagens aqui no Brasil,e na Argentina. A ideia é inserir algumas questões envolvendo a carreira dele

Trump diz estar “aberto a negociações” com Lula enquanto impõe tarifaço de 50% ao Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou a repórteres no jardim da Casa Branca, nesta sexta-feira (1), que está aberto a negociações com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Ele pode falar comigo quando quiser”, disse Trump, acrescentando ainda que ama o Brasil. A fala acontece no mesmo dia em que entrou em vigor o chamado “tarifaço” sobre produtos brasileiros, com alíquotas que chegam a 50%.

Interesses diplomáticos e possibilidade de diálogo

Trump respondeu a uma pergunta de uma repórter da TV Globo sobre um possível diálogo com Lula e aproveitou para criticar a condução atual do governo brasileiro. “As pessoas que estão comandando o Brasil fizeram a coisa errada”, afirmou o presidente norte-americano. A declaração foi interpretada como uma possível interferência nos assuntos internos do Brasil, embora o tom de abertura para o diálogo com o presidente Lula sugira uma tentativa de manter canais diplomáticos ativos.

Impactos globais e o “tarifaço” no Brasil

Também nesta sexta-feira, os Estados Unidos oficializaram a aplicação de tarifas adicionais que impactam diretamente a economia brasileira. Com o novo pacote, produtos brasileiros passaram a ser taxados em até 50% na entrada do mercado americano. A medida é parte de um movimento mais amplo do governo Trump, que aumentou tarifas de importação sobre mais de 60 países, sob o argumento de proteger a indústria nacional e reequilibrar a balança comercial.

No caso do Brasil, itens como café, carne e aço estão entre os mais afetados. Algumas exceções foram mantidas, como aeronaves, suco de laranja e fontes de energia, que ficaram isentos da sobretaxa. Ainda assim, o impacto sobre a economia brasileira deve ser significativo, especialmente no setor agroindustrial.

Reações brasileiras e cenário político

O governo brasileiro já encaminhou uma queixa formal à Organização Mundial do Comércio (OMC) e estuda medidas de retaliação com base na Lei de Reciprocidade Comercial. Internamente, a notícia provocou protestos nas ruas e nas redes sociais, impulsionando manifestações digitais conhecidas como “vampetaço”, meme que se tornou viral feito em alusão à insatisfação com a postura americana. Analistas indicam que o Brasil precisará agir com firmeza, mas também com diplomacia, para evitar o agravamento das tensões bilaterais.


Manifestantes com máscaras de Trump e Bolsonaro protestam na rua 25 de Março contra o tarifaço dos EUA (Foto: reprodução/Nelson Almeida/AFP/Getty Images Embed)


Contradições

A fala de Trump, embora cordial em tom, ocorre em um momento de forte tensão econômica entre os dois países. O convite ao diálogo com Lula contrasta com a imposição de tarifas severas, e aparentemente arbitrárias, revelando uma diplomacia contraditória. Resta ao Brasil equilibrar firmeza e diplomacia para proteger seus interesses e buscar soluções multilaterais diante da nova política comercial dos Estados Unidos.