Lula recebe parabéns durante visita à Malásia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi surpreendido com uma homenagem em plena visita à Malásia. Durante solenidade oficial, ele foi levado ao palco onde lhe foi entregue um bolo, enquanto foi entoado para ele “Happy Birthday to You” em meio ao público presente. O momento descontraído se destacou como um dos mais simbólicos da agenda internacional do mandatário.

Vestido com trajes típicos do país, Lula subiu ao palco acompanhado de autoridades locais e foi saudado de forma calorosa. A celebração inusitada reforça o caráter diplomático mais leve de parte da visita, ao mesmo tempo, em que permite registrar um momento humano em meio às demandas políticas e institucionais.

Contexto da viagem e repercussão

A visita à Malásia faz parte de uma série de agendas internacionais do presidente voltadas ao fortalecimento de relações bilaterais e cooperação econômica. A homenagem com o bolo e os parabéns, ainda que simbólica, foi divulgada amplamente nas redes sociais e também repercutiu entre observadores políticos. A ação remete a gestos de cordialidade que buscam suavizar o tom de negociações e gerar empatia junto aos públicos locais e global.


O presidente Lula tem ganhado prestígio internacionalmente. (Foto: reprodução/Instagram/@lulaoficial)

Simbolismos e importância diplomática

Embora não constasse da agenda oficial esse momento festivo, a celebração do aniversário presidencial em solo estrangeiro traz simbologia para a diplomacia: humaniza a figura do chefe de estado, rompe formalismos rígidos e cria imagens positivas que reverberam internacionalmente. Além disso, o episódio é também uma lembrança de que lideranças políticas muitas vezes operam em múltiplas frentes, lidar com pautas institucionais e, simultaneamente, demonstrar proximidade com o público. Este instante em Kuala Lumpur ilustra como agendas externas mesclam política, cultura e relações interpessoais.

No cenário nacional, a repercussão do momento também alimenta a narrativa de popularidade e identidade do presidente. Para apoiadores, é imagem simbólica e positiva; para críticos, pode ser vista como distração em meio a temas mais complexos. Ainda assim, foi captado e compartilhado intensamente nas mídias brasileiras.

Em suma, a celebração com bolo e canto de “Happy Birthday” durante visita oficial à Malásia acrescenta uma camada leve à missão diplomática de Lula. Mais do que gesto protocolar, simboliza que, em diplomacia como em política, os momentos humanos podem abrir janelas de conexão entre povos e lideranças.

Abertura Histórica: Japão muito perto de importar carne bovina brasileira após 25 anos

O mercado de carne bovina do Japão, reconhecido por seu alto poder aquisitivo e exigência rigorosa, está a poucos passos de receber o produto brasileiro, segundo declarações enfáticas do Ministro da Agricultura do Brasil, Carlos Fávaro. A expectativa é que o acesso, que esteve suspenso por mais de duas décadas e meia, seja concretizado ainda no decorrer deste ano, representando um significativo impulso para o agronegócio nacional.

Em entrevista concedida à Bloomberg News na Malásia, Fávaro ressaltou que o processo de abertura, que estava “paralisado há mais de 25 anos”, encontra-se na fase derradeira. A principal barreira sanitária foi superada no início deste ano, quando o Brasil obteve a certificação internacional como país livre de febre aftosa sem a necessidade de vacinação — um pré-requisito fundamental imposto pelo rigoroso sistema japonês.

Brasil prestes a conquistar mercado japonês

“Está avançando rapidamente. Algo que estava paralisado há mais de 25 anos agora está muito próximo de acontecer, restam apenas alguns detalhes”, afirmou o Ministro, indicando que a conclusão do protocolo sanitário final é o último obstáculo antes da liberação comercial.

A concretização deste acordo é vista como um movimento estratégico com implicações que transcendem as fronteiras bilaterais. O Japão, um dos maiores importadores globais de carne bovina, historicamente dependeu substancialmente do fornecimento vindo dos Estados Unidos e da Austrália. A entrada do Brasil, que já é o maior exportador mundial da commodity, adiciona uma nova e poderosa fonte de suprimento ao mercado nipônico.


 

Gados no pasto (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

Concorrência acirrada e diplomacia estratégica

Este cenário surge em um momento delicado para os exportadores americanos. A carne brasileira, ao ganhar acesso a um mercado premium como o japonês, pode ofuscar as vendas dos EUA, que já enfrentam um recuo de 50% nas exportações para o mercado americano após a imposição de tarifas na gestão anterior. Além disso, os produtores de gado dos EUA enfrentam atualmente uma severa escassez de rebanho, elevando os custos e reduzindo lucros dos frigoríficos locais.

O caminho para esta abertura foi pavimentado com intensa movimentação diplomática. Autoridades japonesas realizaram inspeções sanitárias no Brasil ao longo do ano, e o próprio Presidente Luiz Inácio Lula da Silva se engajou diretamente nas negociações durante sua visita a Tóquio em março, declarando na época: “O Brasil está pronto”.

Expectativas cautelosas e transição política

Gilberto Tomazoni, diretor-presidente da JBS NV, manifestou otimismo sobre o potencial do mercado japonês para a exportação de “cortes nobres”, mas ponderou que a consolidação das vendas pode ser gradual. Mercados de alta exigência como o japonês demandam tempo para a construção de relações comerciais sólidas baseadas na qualidade consistente do produto.

Apesar do avanço ter se iniciado sob a administração japonesa anterior, a confirmação final agora ocorrerá sob um novo governo, após a recente eleição de Sanae Takaichi como Primeira-Ministra. O Ministério da Agricultura brasileiro celebra a notícia como parte de um esforço mais amplo, citando a abertura de 466 novos mercados para produtos brasileiros desde o início do atual mandato presidencial, com a meta de alcançar 500 até 2026.

Donald Trump faz elogios a Lula após reunião

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (27) que o encontro com Lula transcorreu de forma bastante positiva, destacando o bom clima da conversa, embora não tenha confirmado a assinatura de um acordo imediato. Por outro lado, Lula demonstrou otimismo, dizendo acreditar que um tratado comercial entre Brasil e Estados Unidos deve ser concluído nas próximas semanas.

Durante suas declarações, Trump fez elogios ao chefe de Estado brasileiro, descrevendo-o como um líder enérgico e admirável, além de cumprimentá-lo pelo aniversário de 80 anos, celebrado no mesmo dia.

Encontro na Malásia

Os dois chefes de Estado mantiveram uma conversa de cerca de uma hora em Kuala Lumpur, capital da Malásia, naquele que foi o primeiro encontro presencial oficialmente agendado entre ambos. Durante a reunião, Donald Trump demonstrou surpresa com a idade de Lula, descrevendo-o como um homem cheio de energia e disposição. Em tom descontraído, Lula fez uma brincadeira mencionando a proximidade de seu aniversário, comentando que o americano poderia até “provar um pedaço de bolo”.


Encontro entre os presidentes (Vídeo: Reprodução/YouTube/Metrópoles)

Segundo o republicano, ainda é cedo para saber o que será definido, mas há interesse mútuo em avançar nas tratativas. Ele também indicou que está aberto a discutir novos entendimentos sobre as tarifas aplicadas ao Brasil, destacando que considera justa a política atual, mas que vê com bons olhos uma negociação futura.

A declaração ocorreu após a reunião bilateral que marcou o pontapé inicial das negociações entre Brasil e Estados Unidos, com o objetivo de encontrar uma solução para as tarifas de 50% impostas por Washington a produtos brasileiros.

Negociação pode render frutos

As tratativas comerciais entre Brasil e Estados Unidos começaram oficialmente nesta segunda-feira, um dia após o encontro entre os presidentes Lula e Donald Trump. Uma delegação brasileira de alto escalão, composta pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e pelo ministro da Economia, Fernando Haddad, deverá viajar a Washington na próxima semana para dar continuidade às negociações.

Após a reunião, Lula manifestou confiança nos desdobramentos das conversas, afirmando que acredita na possibilidade de um entendimento satisfatório entre os dois países. O presidente brasileiro também mencionou que pretende manter contato direto com Trump sempre que considerar necessário durante o processo de diálogo.

Durante o encontro, os líderes também abordaram outros temas sensíveis da política internacional, entre eles a situação de Jair Bolsonaro, as relações com a China e a crise diplomática entre os Estados Unidos e a Venezuela.

Brasil e EUA retomam diálogo comercial após encontro entre Lula e Trump

Após o primeiro encontro entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump na Malásia, autoridades do Brasil e dos Estados Unidos se reuniram neste domingo (26) para discutir os próximos passos das negociações comerciais entre os dois países. A reunião teve como objetivo consolidar avanços diplomáticos e buscar soluções para impasses tarifários, marcando uma tentativa de reaproximação política e econômica após anos de tensões nas relações bilaterais.

Reunião reforça tentativa de reaproximação entre os dois países

De acordo com a CNN Brasil, representantes do governo brasileiro e autoridades dos Estados Unidos se reuniram após o encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, realizado na Malásia. O objetivo da reunião foi dar continuidade ao diálogo iniciado entre os líderes e tratar de temas ligados à cooperação comercial e diplomática.

A reportagem informa que o encontro ocorreu em um contexto de tentativa de reaproximação entre os dois países, após períodos de divergências políticas e econômicas. As delegações discutiram formas de ampliar as negociações bilaterais e avaliaram medidas para reduzir barreiras comerciais impostas anteriormente. O governo brasileiro considera que a retomada do diálogo é fundamental para fortalecer as relações entre Brasília e Washington e para impulsionar setores estratégicos da economia nacional.


Bastidores da reunião entre Lula e Trump (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Encontro entre Lula e Trump abre espaço para nova fase diplomática

O encontro entre Lula e Trump na Malásia marcou o início de uma nova fase nas relações entre Brasil e Estados Unidos. A conversa direta entre os presidentes abriu caminho para o diálogo técnico entre as equipes diplomáticas, que agora buscam transformar o gesto político em resultados concretos.

A reunião foi considerada significativa porque ocorre após meses de instabilidade nas relações bilaterais, especialmente em temas econômicos e ambientais. A expectativa é que as tratativas iniciadas durante o encontro sirvam de base para novas negociações voltadas à ampliação do comércio e à cooperação em áreas estratégicas. Ainda segundo a reportagem, tanto Brasília quanto Washington demonstraram disposição em manter um canal permanente de comunicação, reforçando o compromisso com uma relação mais estável e produtiva entre os dois países.

Trump elogia trajetória política de Lula e fala sobre prisão em 2018

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adotou um tom amistoso ao se reunir com Luiz Inácio Lula da Silva em Kuala Lumpur, capital da Malásia. O encontro ocorreu neste domingo (26) durante a 47ª cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean). Ainda segundo fontes do Itamaraty, Trump demonstrou interesse pela trajetória política de Lula e citou sua “volta por cima” após o período de prisão.

De acordo com o chanceler Mauro Vieira, o líder americano chegou a perguntar quanto tempo o presidente brasileiro ficou detido antes de vencer novamente as eleições de 2022. Logo, Trump afirmou admirar o fato de Lula ter superado um processo judicial e retornado ao cargo máximo do país.

Elogios e identificação política

Durante a conversa, Trump também mencionou os processos que enfrentou na Justiça americana. Ele classificou as acusações como resultado de perseguição política, criando um paralelo com a experiência do presidente brasileiro. Segundo relatos, o ex-presidente dos EUA demonstrou estar bem informado sobre a história de Lula e evitou provocações.


Encontro dos líderes na íntegra (Vídeo:reprodução/YouTube/@CNN Brasil)

A princípio, fontes diplomáticas afirmaram que Trump buscou compreender melhor a personalidade do brasileiro, mantendo o diálogo em tom respeitoso. Nesse ínterim, foi a segunda vez que os dois líderes se encontraram desde setembro, quando conversaram brevemente na Assembleia Geral da ONU.

Negociações e tensões comerciais

Além do encontro, Brasília e Washington discutem medidas econômicas em meio à elevação de tarifas americanas sobre produtos brasileiros. A reunião de negociação ocorrerá em Washington e poderá ser conduzida pelo brasileiro Mauro Vieira, pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e por Jamieson Greer, representante comercial.

Por outro lado, o governo brasileiro tenta reverter a sobretaxa de 50% imposta por Trump às exportações nacionais. Logo, o presidente norte-americano justificou as sanções citando o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, classificado por ele como uma “caça às bruxas”. Após a conversa, Lula afirmou nas redes sociais que o diálogo foi “ótimo” e que ambos concordaram em buscar acordos imediatos. Trump ainda reforçou o otimismo e disse que  ambos os governos sabem o que cada um quer.

Trump aposta em avanço nas tratativas com o Brasil

Em Kuala Lumpur, na tarde deste domingo (madrugada no Brasil), Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump tiveram sua primeira conversa desde o início da nova crise nas relações. O encontro começou às 15h30 no horário local (4h30 em Brasília) e durou cerca de 50 minutos.

Logo após a reunião, Lula afirmou nas redes que houve uma “ótima conversa” e que as equipes dos dois começariam a trabalhar “imediatamente”. Do lado americano, Trump indicou otimismo e disse que os dois governos “sabem o que cada um quer”, projetando a possibilidade de fechar “bons acordos”.

O presidente brasileiro sinalizou ainda que a imprensa deve esperar anúncios positivos e afirmou não ver motivo para atritos entre Brasil e Estados Unidos. Lula e Trump cumprem agenda na Malásia, onde ocorre a 47ª cúpula da Asean (Associação das Nações do Sudeste Asiático).

O que ficou em pauta

Na primeira conversa entre as delegações, a prioridade foi o aumento de tarifas aplicado por Washington às exportações brasileiras. Também entram na pauta as sanções a cidadãos do país e outros assuntos sensíveis.

De acordo com Márcio Elias Rosa, secretário executivo do MDIC, Lula sustentou que o argumento usado por Washington para aumentar tarifas no mundo não se aplica ao Brasil, porque o país mantém déficit na balança com os Estados Unidos.


Ministro Mauro Vieira fala com imprensa (Foto: reprodução/X/@LulaOficial)

Pouco antes do encontro, durante o voo para a Malásia, o presidente dos EUA afirmou que as tarifas sobre as exportações brasileiras poderiam ser reduzidas “nas circunstâncias certas”.

Relembre: o que foi o “tarifaço”

Em julho, Donald Trump assinou um decreto que acrescentou 40% de tarifa sobre produtos brasileiros vendidos nos EUA. Somada às cobranças já existentes, a sobretaxa chegou a 50%.

A Casa Branca citou motivos econômicos, alegando um déficit com o Brasil, contrariado por dados oficiais e também argumentos de natureza política, como o processo envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e a defesa dos “direitos de liberdade de expressão de cidadãos americanos”.


 

Presidente Lula e Donald Trump (Foto: reprodução/X/@LulaOficial)

Além das tarifas, ministros do Supremo Tribunal Federal que participaram do julgamento relacionado ao caso também foram sancionados por Washington.

‘Bet da Caixa’ desagrada Lula, que avalia cancelar lançamento

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou o CEO da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, para uma reunião após Vieira anunciar, na segunda-feira (20) que o banco público lançará seu próprio sistema de apostas esportivas. Embora aprovada pela Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, a medida indignou Lula, que considera incoerente uma instituição governamental lucrar em cima do vício e endividamento da própria população.

Presidente adota postura crítica frente ao setor

De fato, o anúncio de Carlos Vieira vai na contramão das políticas públicas que o governo tenta implementar. Desde 2023, Lula deixa claro suas críticas contra as apostas esportivas.


O presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira (Foto: reprodução/EVARISTO SA/Getty Images Embed)

Espera-se, por exemplo, que, nos próximos dias, o líder do Executivo envie ao Legislativo uma proposta de aumento da taxação das bets (e também de outros segmentos, como fintechs e investimentos financeiros), numa reedição quase direta da MP 1303, cuja votação caducou no Congresso ainda no começo deste mês.

O novo texto difere do original por ser ainda mais ousado na taxação das casas de apostas. Se, hoje, o imposto sobre esse setor é de 12%, Lula objetiva aumentar para 24%. Na proposta original, a imposição seria de 18%.

Aversão a apostas marca terceiro governo

Além da MP 1303, levada ao Congresso em junho, Lula mostrou sua rejeição ao tema em outros momentos.

Em 2023, primeiro ano de seu terceiro governo, o presidente fixou uma taxa inédita ao setor, de 12%. Já em dezembro de 2024, o ex-metalúrgico implementou uma rigorosa inspeção das bets, impedindo a atuação de mais de 2.000 empresas que não seguiam as exigências governamentais.

“Tem muita gente se endividando, tem muita gente gastando o que não tem. E nós achamos que isso tem que ser tratado como uma questão de dependência. Ou seja, as pessoas são dependentes, as pessoas estão viciadas”, declarou Lula, um dia depois do banimento.

Lula amplia influência no STM ao indicar novos ministros que poderão julgar Bolsonaro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se prepara para fazer novas indicações para o cargo de ministro do Superior Tribunal Militar (STM). Com a aposentadoria do general Marco Antônio de Farias, que completou 75 anos na última terça-feira (21), uma vaga foi aberta na Corte. A expectativa é de que o general Anísio David de Oliveira Junior, atual comandante do Departamento de Engenharia e Construção do Exército, seja o escolhido para o posto.

Outra substituição está prevista para novembro, quando o general Odilson Sampaio Benzi também deixará o tribunal por atingir a idade máxima permitida. Nesse caso, o nome mais cotado é o do general Flávio Marcus Lancia Barbosa, vice-chefe do Estado-Maior do Exército.

Lula amplia influência no STM

Com essas duas novas indicações, Lula passará a ter quatro ministros nomeados por ele no STM. Em 2023, o presidente já havia escolhido o general Guido Amin Naves e a advogada Verônica Sterman para integrar o tribunal. Todos os indicados precisam ser aprovados pelo Senado Federal, após sabatina, antes de assumirem oficialmente os cargos.

O STM é composto por 15 ministros. Desses, quatro são do Exército, três da Marinha e três da Aeronáutica, todos oficiais da ativa e do mais alto posto de suas carreiras. A composição se completa com cinco ministros civis: três advogados com experiência reconhecida e dois representantes do Ministério Público Militar.

A função do tribunal é julgar crimes e processos administrativos envolvendo membros das Forças Armadas.

Julgamento de militares condenados pelo STF

As indicações de Lula ganham destaque porque o STM deve receber, em breve, processos de militares que foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.


Ministro Luiz Fux solicita revisão de seu voto antes da publicação do acórdão que condenou Jair Bolsonaro no STF (Vídeo: reprodução/YouTube/Metrópoles)

Os casos serão encaminhados à Justiça Militar depois que as decisões do STF se tornarem definitivas. A Corte analisará se os condenados podem continuar com suas patentes ou se serão punidos por “indignidade ou incompatibilidade com o oficialato”.

Entre os nomes que poderão ser julgados estão o do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que é capitão reformado do Exército, e de outros oficiais generais, como Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, Augusto Heleno, Walter Braga Netto e Almir Garnier.

Esses processos só devem chegar ao STM após o encerramento das etapas no Supremo, incluindo a análise de eventuais recursos. Quando isso acontecer, quatro dos ministros responsáveis por decidir sobre o futuro de Bolsonaro e de outros militares terão sido escolhidos pelo presidente Lula.

Eleições de 2026: Lula confirma candidatura pela primeira vez

Nesta quinta-feira (23), durante uma viagem à Indonésia, o presidente Lula confirmou que irá disputar as eleições presidenciais em 2026. A declaração, dada ao lado do presidente do país asiático, Prabowo Subianto, foi anunciada oficialmente pela primeira vez. 

Enquanto falava sobre a relação entre o Brasil e a Indonésia, o petista confirmou que irá se candidatar pela quarta vez a fim de garantir que o vínculo entre os dois países seja “valoroso”. 

Confirmação da candidatura

Apesar das especulações que rondavam a suposta candidatura em 2026, o presidente Lula ainda não havia confirmado sua presença nas eleições presidenciais do próximo ano. Isso porque, quando perguntado, o petista levantava dúvidas por conta de sua saúde. 


Em viagem oficial à Indonésia, presidente Lula confirma candidatura à reeleição em 2026 (Vídeo:reprodução/Instagram/@metrópoles)

Aos 79 anos, Lula diz que se sente com a “mesma energia de quando eu tinha trinta anos”. Vale ressaltar que, em outubro de 2026, mês das eleições, o atual presidente fará 80 anos. 

Viagem à Indonésia

Lula desembarcou na Indonésia na última quarta-feira (22) e, durante o encontro com o presidente indonésio, Prabowo Subianto, o petista falou sobre a relação comercial entre os dois países.

Nós queremos comércio livre e, mais ainda, tanto a Indonésia quanto o Brasil têm interesse em discutir a possibilidade de comercialização entre nós dois e com as nossas moedas. Essa é uma coisa que nós precisamos mudar.”, declarou o presidente. 

Além disso, Lula também falou em defesa do multilateralismo e criticou o protecionismo comercial. “[…] Nós queremos multilateralismo e não unilateralismo. Nós queremos democracia comercial e não protecionismo. Nós queremos crescer, gerar empregos, ganhar emprego de qualidade”. 

Assim, nesta quinta-feira (23), o presidente brasileiro participará de um fórum econômico com cerca de 200 empresários da Indonésia e do Brasil. Neste fórum, Lula pretende angariar a venda de carne ao país asiático, visto que, o mercado indonésio é considerado vasto por possuir a quarta maior população do mundo. 

Viagem ao Sudeste Asiático

Após a passagem pela Indonésia, o presidente Lula viaja à Kuala Lumpur, capital da Malásia, para uma reunião com o secretário-geral da Associação das Nações do Sudeste Asiático. 

Já no próximo domingo (26), Lula tem uma reunião presencial com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Nesse encontro, marcado para às 18h do horário local, correspondente na manhã do domingo pelo horário de Brasília, os presidentes devem negociar as tarifas adicionais de 40% impostas pelos EUA ao Brasil. 

Boulos promete aproximar governo da população e dos movimentos sociais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta segunda-feira (20) o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) como novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência. A pasta é responsável por articular o governo com os movimentos sociais e com a sociedade civil. A nomeação foi oficializada após uma reunião no Palácio do Planalto, que contou com a presença de Marcio Macedo, ministro substituído por Boulos.

“Minha missão será levar o governo para a rua”, diz Boulos

Após o anúncio, Boulos agradeceu a Lula pelas redes sociais e destacou que pretende aproximar o governo da população. “Minha principal missão será ajudar a colocar o governo na rua, levando as realizações e ouvindo as demandas populares em todos os estados do Brasil”, afirmou. O novo ministro também destacou sua trajetória nos movimentos sociais e prometeu “honrar a confiança com muito trabalho”.

De acordo com fontes do Planalto, Boulos permanecerá no cargo até o fim do mandato de Lula e não disputará as eleições de 2026. A nomeação marca um gesto político importante do presidente em direção à esquerda, abrindo espaço ao PSOL dentro do Palácio do Planalto e reforçando a presença de lideranças ligadas aos movimentos populares. A Secretaria-Geral é um dos cinco ministérios sediados no próprio Planalto, o que facilita o contato direto com o presidente.


Presidente Lula fazendo a transição de Márcio Macedo para Guilherme Boulos (Foto: reprodução/Instagram/lulaoficial)

Trajetória marcada por militância e liderança nacional

Aos 42 anos, Guilherme Boulos é um dos nomes mais expressivos da esquerda brasileira. Professor e psicanalista, formou-se em Filosofia e tornou-se liderança do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). Foi candidato à Presidência em 2018 e à Prefeitura de São Paulo em 2020 e 2024. Em 2022, elegeu-se deputado federal com mais de 1 milhão de votos, sendo o mais votado do estado de São Paulo.

Ex-deputado e um dos vice-presidentes do PT, Marcio Macedo ocupava a Secretaria-Geral desde janeiro de 2023. Durante sua gestão, coordenou o G20 Social e manteve interlocução com movimentos populares. Apesar do histórico de lealdade a Lula, enfrentou críticas por dificuldades de mobilização em eventos recentes. A transição entre as equipes de Macedo e Boulos já começou e deve ser concluída nos próximos dias.