SpaceX alcança marco histórico com novo teste da Starship

A SpaceX realizou, nesta terça-feira (26), o 10º voo experimental do foguete Starship, partindo da base Starbase, no Texas. O voo cumpriu todas as manobras previstas. A Starship separou-se do propulsor Super Heavy, demonstrou transporte de carga útil e coletou dados inéditos durante a reentrada. Além disso, os resultados fortalecem a campanha de testes da nave.

Primeira demonstração de carga útil da Starship

Durante o teste, a Starship implantou oito simuladores de satélites Starlink. Essa foi a primeira vez que a nave demonstrou sua capacidade de transportar carga útil. Além disso, o foguete atingiu velocidade suborbital com os seis motores Raptor do estágio superior operando conforme planejado. O feito mostrou a capacidade de transportar equipamentos e abre caminho para futuras cargas mais complexas.

Super Heavy e Starship cumprem objetivos em voo

Após a separação, o propulsor Super Heavy iniciou a queima de retorno rumo à zona de pouso prevista. Na fase de descida, a equipe da SpaceX desativou um dos três motores centrais e ligou um motor reserva. Dessa forma, a redundância do sistema foi testada com sucesso. O propulsor pairou sobre a água antes de realizar o pouso controlado.

O foguete manteve a propulsão ativa durante a ascensão até atingir a velocidade esperada. Na sequência, a equipe ativou novamente um dos motores Raptor em velocidade suborbital. A etapa é crucial para ajustes de trajetória e reentrada, mostrando avanços na confiabilidade do foguete e fornecendo dados relevantes para próximos testes.


10º voo experimental do foguete Starship (Vídeo: reprodução/X/@SpaceX)

Avanços rumo à Lua e a Marte

O teste forneceu dados cruciais para o aprimoramento das futuras versões da Starship e do Super Heavy. Além disso, o comportamento do escudo térmico durante a reentrada foi cuidadosamente avaliado, assegurando maior segurança para missões com tripulação.

O foguete é peça-chave nos planos de Elon Musk de enviar humanos a Marte. O foguete também servirá à Nasa em futuras expedições lunares. Dessa forma, o sucesso do 10º voo representa um passo importante rumo a um sistema totalmente reutilizável. Essa estratégia permitirá reduzir custos, aumentar a frequência de lançamentos e acelerar a exploração interplanetária.

Novos desafios para a Starship

Com a décima missão concluída, a SpaceX fortalece seu papel na exploração espacial. Além disso, durante o voo, foram confirmadas a eficiência dos sistemas principais e obtidos resultados relevantes para aprimoramentos futuros.

Isso significa que o desempenho da Starship aproxima a empresa de novos desafios. Agora, o objetivo é consolidar a reutilização total do foguete e viabilizar viagens de longa distância. Consequentemente, os registros obtidos representam um progresso relevante rumo ao retorno lunar e, posteriormente, à exploração de Marte.

Frustração: Foguete Spacex Starship de Musk explode em nova tentativa de missão a Marte

Os testes para levar o homem a Marte continuam sem êxito após mais um revés: a explosão da nave espacial Starship, da SpaceX, na noite de quarta-feira, no Texas. O programa de foguetes do bilionário Elon Musk tem enfrentado sucessivas falhas.

O foguete explodiu enquanto se preparava para o décimo lançamento, às 23h (horário local), em Brownsville, informou a SpaceX em um post na plataforma de mídia social X, de Elon Musk. Segundo a companhia, o incidente foi causado por uma ‘grande anomalia’, mas todas as pessoas envolvidas estavam seguras.

“Os dados preliminares sugerem que um COPV de nitrogênio no compartimento de carga falhou abaixo de sua pressão de prova”,
disse Musk em um post no X, em uma referência a uma unidade de armazenamento de gás nitrogênio conhecida em inglês como Composite Overwrapped Pressure Vessel.

Foguete parecia já ter tido explosões

Embora a empresa não tenha respondido imediatamente a um pedido de comentário, duas explosões em rápida sucessão iluminaram o céu e lançaram destroços pelos ares, como mostram as imagens do vídeo do momento do incidente.


Um dos voos empilhados na plataforma de lançamento da Starbase (Foto: reprodução/Instagram/@Spacex)

Por enquanto, o sistema de foguetes de Musk, que mede 122 metros de altura e visa levar o homem a Marte, ainda não obteve êxito e vem sendo prejudicado por uma série de falhas ocorridas neste ano.

Outras falhas neste ano

No mês de maio, ocorreu outra tentativa fracassada: o Starship da SpaceX não conseguiu cumprir algumas de suas metas de teste mais importantes, ficando fora de controle na metade do voo. O foguete decolou da base de lançamento da SpaceX, na Starbase, no Texas, e ultrapassou o ponto alcançado em duas tentativas anteriores, no início deste ano, que terminaram em explosões e espalharam destroços sobre as ilhas do Caribe, forçando dezenas de aviões a desviar suas rotas.

Nasa sofre corte de US$ 6 bilhões no orçamento de 2026 proposto por Trump

A proposta de orçamento do presidente Donald Trump para 2026 pretende reduzir em US$ 6 bilhões o dinheiro destinado à NASA, comprometendo o programa lunar. Por outro lado, a proposta apoia as missões voltadas para Marte, impulsionadas pelo bilionário Elon Musk.

Impacto do corte bilionário nos programas da Nasa

A nova proposta orçamentária da Casa Branca prevê uma redução de 24% no financiamento da Nasa, o que representa cerca de US$ 6 bilhões a menos no orçamento atual de US$ 24,8 bilhões.

Com isso, programas como o foguete SLS (Sistema de Lançamento Espacial), da Boeing e Northrop Grumman, e a cápsula tripulada Orion, da Lockheed Martin, devem ser descontinuados.

Esses cortes não só ameaçam contratos de longa data com grandes empresas norte-americanas, mas também impactam diretamente parceiros internacionais da agência, como a Agência Espacial Europeia, o Japão e o Canadá, que têm participação nas missões.

A eliminação de programas científicos pode comprometer o trabalho de milhares de pesquisadores ao redor do mundo, além de reconfigurar os rumos da colaboração global em missões além da Terra.


Apoio de Elon Musk em comício de Trump em 2024 (Foto: reprodução/Instagram/@jimwatsonafp)

Motivações dos cortes e mudanças na estratégia espacial

Os sistemas que devem ser descontinuados fazem parte do programa Artemis, que tem o objetivo de levar novamente seres humanos à Lua antes dos chineses, o que pode acontecer até 2030.

A ideia desse programa, criado no primeiro governo Trump, é usar a Lua como um lugar de teste para ir a Marte futuramente. O Artemis virou um projeto bilionário, com a participação de várias empresas privadas e países.

O novo orçamento prevê o fim do SLS e da cápsula Orion após três voos por serem caros e atrasados. Cada lançamento do SLS custa US$ 4 bilhões e o foguete já custou US$ 23 bilhões, 140% acima do previsto. O governo quer substituí-los por alternativas comerciais mais baratas.

Marte em foco: aposta no setor privado e na visão de Musk

Apesar da contenção de gastos em várias frentes, o novo plano dá atenção especial à exploração humana do espaço, com foco em chegar a Marte. O orçamento destina US$ 1 bilhão adicional para iniciativas com esse foco.

Isso segue a visão de Elon Musk, fundador da SpaceX, que desenvolve o foguete Starship, que deve levar astronautas da NASA à Lua em 2027. Musk investiu US$ 250 milhões para ajudar na campanha de Trump de volta à presidência.

Putin compara Musk ao pioneiro espacial soviético Sergei Korolev

Nesta quarta-feira (16), o presidente russo, Vladimir Putin, elogiou publicamente o empresário dono da Space X, Elon Musk. Na declaração, ele comparou o bilionário sul-africano a Sergei Korolev, engenheiro-chefe por trás do sucesso espacial da União Soviética nas décadas de 1950 e 1960.

Durante um encontro com alunos de uma universidade, Putin discutiu a política espacial da Rússia e destacou as contribuições de Elon Musk no avanço das pesquisas espaciais.

Anteriormente, o russo já havia feito outras declarações sobre Musk. Disse que pessoas movidas por ideias extraordinárias são raras na humanidade. Mesmo que suas ideias pareçam incríveis no presente, com o tempo elas frequentemente se tornam realidade. “Assim como foi Sergei Korolev“, completou Putin.


Presidente Putin, além de elogiar Musk, também conta com seu apoio para missões à Marte (Foto: reprodução/Instagram/@russian_kremlin)


Putin e Musk tem conversas secretas

O jornal americano The Wall Street Journal revelou em reportagem que Musk tem mantido conversas constantes com Vladimir Putin, desde o final de 2022.

Conforme o jornal, Putin solicitou que Musk não ativasse o serviço de internet via satélite Starlink em Taiwan, atendendo a um pedido do líder chinês Xi Jinping.

Ainda segundo a reportagem, Musk mantém comunicação constante com membros do governo russo, como Sergei Kiriyenko, primeiro vice-chefe de gabinete de Putin, acusado pelo Departamento de Justiça dos EUA de espalhar informações falsas para diminuir o apoio do governo americano as tropas ucranianas.

Putin tem planos para Marte

Além dos elogios a Musk, o presidente russo também falou sobre as missões futuras de viagem a Marte. Para isso, a Agência Espacial Russa contaria com apoio da China e do próprio bilionário Elon Musk.

Dessa forma, a exploração russa do território marciano ajudaria a avançar na ciência espacial e em novas tecnologias. O país ainda busca realizar missões tripuladas e não tripuladas ao planeta vermelho.

Além disso, a Rússia está investindo em tecnologias como motores de plasma, que prometem reduzir o tempo de viagem a Marte para cerca de 30 dias. Esta tecnologia está em desenvolvimento, um pouco mais avançada, na Space X, empresa de exploração espacial de Musk. Não é segredo para ninguém que o envio de uma missão a Marte é um sonho antigo do empresário.

Nasa faz transmissão ao vivo de pouso do módulo Athena

Nesta quinta-feira (6), um novo marco cresce na corrida espacial. A Nasa transmite ao vivo o pouso do módulo Athena na Lua. Um feito tão esperado por cientistas, entusiastas do espaço e população em geral. As transmissões tiveram início às 13h30 (horário de Brasília) no canal oficial da agência no YouTube, tendo a descida final programada para as 14h32.

Uma viagem além da Terra

O módulo Athena integra a missão IM-2 Nova-C, realizada pela Nasa, que foi lançada na noite da última quarta-feira (26), a partir de um foguete Falcon 9 da SpaceX.

O lançamento ocorreu no Centro Espacial Kennedy, na Flórida, e trouxe consigo não somente equipamentos de alta tecnologia, mas também nova esperança para descobertas sobre a Lua e o futuro da exploração espacial.

O destino da missão é Mons Mouton, um planalto situado perto do Polo Sul lunar, um lugar de importância para os cientistas porque eles acreditam que tem estocagem de gelo de água, o que pode significar uma oportunidade para missões futuras. 

Se for encontrado gelo, pode ser produzido água potável, oxigênio para respirar e até combustível para foguetes, permitindo que viagens mais longas ao espaço se tornem uma possibilidade. 


Transmissão ao vivo do módulo Athena (Vídeo: reprodução/YouTube/NASA)

A importância da Intuitive Machines

Athena não é uma missão comum da Nasa. O módulo foi desenvolvido pela Intuitive Machines, uma empresa privada, que está situada em Houston e vem se constituindo como uma referência na exploração espacial. 

Até agora, é a única companhia privada que pousou com sucesso em Lua na história do espaço e foi um feito que era feito somente por grandes agências governamentais.

Nesse contexto, a Intuitive Machines destaca sua função na nova era da exploração espacial, onde as corporações privadas atuam em colaboração com as agências espaciais para tornar o deslocamento fora da Terra mais acessível e constante.

Esse modelo de parceria tende a também elaborar projetos em grande escala, entre devidos, o regresso dos astronautas à Lua e até mesmo alguma futura missão a Marte.

Entenda a crucialidade do pouso

Chegada do Athena à Lua, muito mais é do que um simples pouso e sim mais um passo da humanidade no caminho em busca de recursos e tecnologias necessários para a exploração espacial sustentável.

A missão pode trazer dados úteis para o programa Ártemis, que espera levar humanos de volta à Lua nos próximos anos.

Cada nova missão, estamos mais perto de que bases lunares e viagens interplanetárias deixem de ser somente ficção científica para tornarem-se reais.

Céu de janeiro terá chuva de meteoros, cometa e mais

O início de 2025 será repleto de ocorrências no céu, como a passagem do cometa C/2024 G3 (ATLAS), a oposição de Marte, várias conjunções celestes, e uma chuva de meteoros.

As informações são do guia produzido pelo Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desde 2016, que busca informar os mais relevantes fenômenos que podemos ver no céu noturno anualmente. O material completo indica os corpos celestes que serão visíveis a cada mês, além de informar a melhor forma de vê-los, e explicar coisas básicas sobre astronomia.

Principais eventos do céu de janeiro

Será possível ver o cometa C/2024 G3 (ATLAS) no céu a partir da segunda quinzena de janeiro. Seu ponto mais próximo do Sol será em 13 de janeiro. O corpo celeste estará entre as constelações de Capricórnio e Peixe Austral, sendo possível vê-lo em céus escuros, utilizando binóculos.

No céu do dia 15 de janeiro, será possível ver Marte brilhando, e ainda mais se o céu estiver escuro. Isso será possível, pois Marte ficará oposto ao Sol, isto é, quando se forma uma linha reta, pois a Terra fica entre o Sol e o planeta.

Ademais, durante todo o mês de janeiro, será possível ver conjunções celestes no céu. O fenômeno acontece quando dois corpos celestes ou mais estão muito próximos no céu. O que não passa de uma ilusão de ótica, pois estes corpos estão apartados por milhares de quilômetros no espaço. Normalmente é possível vê-las a olho nu.

A chuva de meteoros Quadrântidas atingirá seu ponto mais alto na madrugada desta sexta-feira (3) para sábado (4). O Hemisfério norte tem uma vista privilegiada do evento, mas é possível ver também do Brasil, especialmente ao norte.


Chuva de meteoros no Rio Grande do Sul em dezembro de 2024 (Vídeo: reprodução/X/@olhardigital)

Lista de eventos do céu de janeiro

  • 2/1: Na direção oeste, Lua, Vênus e Saturno formarão um trio celeste no início da noite.
  • 3/1: Na direção oeste, no início da noite, acontecerá a conjunção entre Lua e Vênus na constelação de Aquário.
    Antes do amanhecer, na direção nordeste, a chuva de meteoros Quadrântidas atinge seu ápice, podendo ser vista nas regiões Norte e nordeste.
  • 4/1: No início da noite, na direção oeste, ocorrerá a conjunção enter Lua e Saturno, na constelação de Aquário. A Terra estará no periélio, seu menor ponto longe do Sol.
  • 9/1: Próximo das 23h, na direção oeste, haverá a conjunção entre Lua e as Plêiades (M 45).
  • 10/1: Na direção nordeste, no início da noite, será possível ver a conjunção entre Lua e Júpiter na constelação de Touro.
    É também o momento ideal para ver Vênus, que estará na constelação de Aquário no começo da noite, na direção oeste.
  • 13/1: Utilizando binóculos, será possível ver o cometa C/2024 G3 (ATLAS), pois estará em periélio.
  • 14/1: Na madrugada, na direção oeste, acontecerá a conjunção entre Lua e Marte, na constelação de Gêmeos.
  • 15/1: Durante toda a noite, na constelação de Gêmeos, Marte estará visível devido sua oposição.
  • 20/1: Na direção oeste, no início da noite, a conjunção entre Vênus e Saturno estará visível na constelação de Aquário.
  • 31/1: O mês encerra com Lua, Vênus e Saturno formando um trio na direção oeste, no início da noite.

Os dados são do guia de efemérides astronômicas do Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que indicou também os principais fenômenos que ocorrerão em janeiro.

A mente por trás da tecnologia da NASA: Jeff Seaton e os desafios de conectar o universo

Jeff Seaton, diretor de informações (CIO) da NASA, é o homem por trás da agência espacial de bilhões de dólares que conecta a Terra às estrelas. Comandando uma equipe de 700 pessoas e lidando com uma montanha de dados com mais de 113 petabytes, Seaton enfrenta desafios que vão desde manter sondas espaciais com décadas de idade seguras até implementar inteligência artificial no programa Artemis, que tem o objetivo de levar humanos de volta à Lua.

Gerenciando dados cósmicos

Seaton entrou na NASA em 1991, quando ainda era engenheiro de robótica. De lá pra cá, cresceu junto com a agência, deixando sua marca e passando por diferentes cargos até chegar ao comando da tecnologia da informação em 2021. Hoje, sua responsabilidade vai muito além de mexer em computadores e servidores: ele é o guardião de informações fundamentais vindas de outros planetas e da Estação Espacial Internacional, como dados que incluem imagens de Marte, informações das Voyager (que estão fora do sistema solar). “Proteger os dados e os sistemas que os geram é essencial para toda a nossa comunidade”, afirma.

Um dos seus maiores desafios é manter as sondas Voyager seguras, já que elas estão além do sistema solar. Lançadas há mais de 40 anos, elas possuem sistemas ultrapassados, que são impossíveis de serem atualizados. A NASA depende da criatividade de suas equipes para reduzir ameaças e manter as missões ativas. “Temos que fazer o nosso melhor com o que temos”, comenta Seaton.

IA e o futuro da exploração espacial lunar

A NASA já usa inteligência artificial há anos, seja ajudando rovers em Marte ou analisando dados espaciais. No programa Artemis, que promete levar humanos de volta à Lua, as IAs terão um papel ainda mais importante, segundo Seaton. Apesar disso, ele acredita que a tecnologia precisa ser usada com cautela, especialmente quando falamos de IA generativa. “Usamos para acelerar trabalhos, mas sempre validamos os resultados com humanos no processo”, disse.


Astronautas do Programa Artemis, que pretende estabelecer uma presença na Lua (Foto: reprodução/Mark Felix/Getty Images Embed)


O programa Artemis, aliás, não é só sobre voltar à Lua. É sobre pensar no futuro da exploração espacial em si. “Estamos resolvendo problemas agora que vão nos preparar para ir além, para Marte. É empolgante ver o que podemos alcançar como exploradores”, comenta Seaton. A operação pretende estabelecer uma presença sustentável na Lua e abrir caminho para o planeta vermelho, mas ela depende fortemente de parcerias. A empresa ainda pretende resolver desafios como comunicação em longas distâncias e infraestrutura de TI em ambientes extremos.

A NASA ao alcance de todos

Além disso, eles lançaram o “NASA Plus”, um serviço de streaming que permite que qualquer pessoa com internet assista aos conteúdos da agência espacial, sem depender de operadoras de TV. “É uma mudança significativa para alcançar mais pessoas”, diz ele.


Conheça o serviço de streaming da agência espacial, o “NASA Plus” (Foto: reprodução/NASA)

Enquanto a NASA continua conectando a Terra ao espaço, Jeff Seaton segue como o cérebro por trás da operação, deixando a empresa mais perto do público.

Nova pesquisa abre possibilidade de água líquida em Marte

Em uma novidade que promete impulsionar as pesquisas no planeta vermelho, dados obtidos pela sonda Mars InSight da NASA mostraram evidências de que podem existir reservas de água líquida na crosta de Marte. Com isso, será possível direcionar mais pesquisas para a possibilidade de vida fora da Terra.

O módulo coletou informações sobre a composição do solo que estava abaixo dele e forneceu dados sobre sua constituição, sugerindo a presença de água líquida no planeta, um dos elementos necessários para a existência de vida.


Módulos de pesquisa visitando cada vez mais o planeta vermelho (Foto: reprodução/AFP/AFP/Getty Images/Getty Images Embed)


O estudo, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, utilizou dados da missão Mars InSight, coletados durante quatro anos em uma missão que foi encerrada em 2022.

Missão Mars InSight

A missão Mars InSight por sinal foi lançada pela NASA em 2018, visava estudar o interior profundo de planeta vermelho. Equipada com um sismômetro e outros instrumentos, o lander coletou dados sobre terremotos marcianos e a estrutura geológica do planeta, proporcionando insights cruciais sobre a formação dos planetas rochosos do sistema solar e colentando dados que ate hoje vem sendo analisados pelos cientistas.

“Entender o ciclo da água marciana é essencial para entender a evolução do clima, da superfície e do interior”

Vashan Wright, geofísico da Scripps Institution of Oceanography, da Universidade da Califórnia em San Diego

Existência de agua já e conhecida em Marte

No entanto, a água em Marte já é conhecida pelos cientistas, sendo encontrada de forma congelada nos polos do planeta. Contudo, é o encontro de evidências da sua existência em forma líquida que cria a possibilidade de novos cenários de pesquisa sobre a habitação de Marte e sobre formas de vida extraterrestre.

Agora, com os avanços das pesquisas, abrem-se ainda mais possibilidades para uma possível exploração futura do planeta vermelho, que está no foco da NASA em um futuro não muito distante. Esse tipo de pesquisa é importante para atrair a atenção do público para o tópico.

Vulcão de grande escala é descoberto em Marte e designa novos planos de estudos

Uma grande novidade para o mundo da ciência foi divulgada nesta semana! Durante a 55ª Conferência de Ciência Lunar e Planetária, que teve seu início na última segunda-feira e percorrerá até sexta-feira (15), cientistas anunciaram a descoberta de um vulcão em Marte. O evento está ocorrendo um The Woodlands, localizada no Texas, nos Estados Unidos.

Com um apelido dado pelos especialistas, o vulcão está sendo chamada de “Noctis” e apresenta 9.022 metros de altura e 450 km de largura. A novidade pode alterar e despontar novas análises acerca do planeta como um todo.

Detalhes divulgados sobre o vulcão


Detalhes sobre o vulcão encontrado em Marte feito por tecnologias 3D (Foto: reprodução/Mars Express © ESA/DLR/FU Berlin CC BY-SA 3.0 IGO. Interpretação geológica e anotações de Pascal Lee e Sourabh Shubham 2024/revistagalileu.globo.com)

Ao que tudo indica, devido a sua formação e magnitude, a estrutura ficou ativa no planeta por muitos anos. Além disso, foi encontrada evidências de gelo glacial perto de sua base, o que leva a conclusão de que o vulcão pode ter sido constituído por meio do encontro entre piroclásticos, lava e gelo – tudo isso ao longo de um certo período geológico.

Essa área de Marte é conhecida por ter uma grande variedade de minerais hidratados que abrangem um longo período da história marciana. Há muito se suspeitava de um ambiente vulcânico para esses minerais. Portanto, talvez não seja tão surpreendente encontrar um vulcão aqui. De certa forma, esse grande vulcão é uma ‘arma fumegante’ há muito procurada.

Sourabh Shubham – estudante de pós-graduação do Departamento de Geologia da Universidade de Maryland e coautor do estudo

A existência do vulcão foi sinalizada por especialistas após o envio de alguns satélites para Marte a fim de outros viés de pesquisa – projetos como “Marinier 9”, “Mars Odyssey” e “Mars Express” foram alguns dos citados. No entanto, o rumo das análises foi modificado quando eles descobriram que estavam diante de uma estrutura gigantesca e erodida.

Os estudos em Marte a partir de agora

No comunicado oficial, Pascal Lee, autor do estudo e cientista dos Institutos Seti e Marte, a estrutura vulcânica é tão antiga e ampla que seria possível caminhar ou voar através dele na busca de coletar informações. Com isso, o cenário tornara-se propício e com uma aparência mais atrativa para estudos relacionados a exploração robótica e humana no planeta.

É realmente uma combinação de coisas que torna o local do vulcão Noctis excepcionalmente empolgante. Ele também tem um longo histórico de interação do calor com a água e o gelo, o que o torna um local privilegiado para a astrobiologia e nossa busca por sinais de vida.

Pascal Lee

Por fim, para além da surpresa e entusiasmo dos cientistas a partir de agora, o desenvolvimento completo do vulcão ainda é um mistério. Ademais, não foi possível saber se sua última atividade pode ser considerada recente, ou se ele poderá entrar em erupção em determinado momento futuro.