Paralisação nos EUA expõe polarização e pode impactar no Brasil

A paralisação do governo dos Estados Unidos, chamada de shutdown, entrou em vigor na madrugada de 1º de outubro após o Congresso não conseguir chegar a um acordo de financiamento. Embora historicamente essas paralisações tenham poucos efeitos, esse episódio reacende problemas sobre os ajustes fiscais dos EUA, podendo refletir nos mercados de países emergentes.

No cenário atual, o impacto real cai sobre os serviços federais, que foram interrompidos, e nos serviços públicos, onde milhares de funcionários foram dispensados. No transporte e no turismo o prejuízo deve chegar por volta de US$ 1 bilhão (R$ 5,32 bilhões). Entretanto, no Brasil, os impactos não são de imediato e significativos.

Mercado brasileiro

De acordo com analistas brasileiros, o principal impacto pode ocorrer no atraso dos dados econômicos dos EUA, como, por exemplo, o payroll. As consequências desse atraso seriam a falta de informações das decisões do Fed, que é o banco central americano, sobre taxas de juros. 

Já no mercado doméstico, não se espera grande impacto, principalmente pela duração de shutdowns americanos anteriores, que não duraram muito. Caso o impasse no Congresso continue por mais tempo do que o esperado, é possível que os acionistas estrangeiros decidam retirar seus investimentos de mercados emergentes, por conta da falta de dados para medir os riscos. 


Governo dos EUA entrou em shutdown nesta quarta-feira (1) (Foto: reprodução/X/@Metropoles)

Polarização nos EUA

O que preocupa os economistas no cenário, na verdade, é a polarização presente no Congresso americano, entre republicanos e democratas. Historicamente, as paralisações duraram em média 8 dias, acabando através de negociações. Contudo, negociações não estão ocorrendo positivamente atualmente. 

Por mais que de baixo custo e impacto nos mercados ao redor do mundo, a falta de negociação positiva e a polarização entre os partidos representam um problema fiscal na estrutura governamental dos Estados Unidos. Caso as diferenças continuem na política norte-americana, episódios como esse de paralisação podem se tornar recorrentes nos anos seguintes, se tornando um risco e uma preocupação. 

iPhone 17 tem forte demanda no mercado brasileiro após lançamento

A Apple iniciou as vendas no Brasil da nova linha do iPhone 17 na última sexta-feira (19), com indicadores de venda apontando para alta demanda dos modelos Pro. Pela primeira vez, o mercado brasileiro está participando do lançamento global de uma linha, ao mesmo tempo que outros países, como os Estados Unidos. 

A busca dos consumidores brasileiros pela linha reflete não somente a popularidade da Apple, como também supera as expectativas da empresa acerca do produto no Brasil. A reação do mercado brasileiro foi recebida com surpresa e êxtase pela gigante, que pretende aumentar a produção da linha.

Modelos que lideram as vendas

O que mais chamou a atenção durante a primeira semana de venda do iPhone 17 foram as linhas Pro. Os consumidores buscaram avidamente pelos modelos iPhone 17 Pro e iPhone 17 Pro Max, que contam com melhorias no layout das câmeras e baterias com uma duração maior, além de serem um dos únicos da linha que tem o chip A19 Pro como acompanhamento. 

Os valores dos modelos da nova linha variam entre R$7.999 até R$13.499. O iPhone 17 Pro está a partir de R$11.499 e o iPhone 17 Pro Max a partir de R$12.499, sendo os smartphones mais caros da linha.


Tim Cook, CEO da Apple, no lançamento do iPhone 17 (Foto: reprodução/Justin Sullivan/Getty Images Embed)


Demais modelos da linha

Além dos modelos Pro, que lideram as vendas, a Apple também lançou outros modelos com melhorias significativas. O iPhone Air é um dos destaques, sendo o smartphone mais fino já produzido pela empresa, com apenas 5,6mm de espessura e com uma tela de 6,5 polegadas, sendo uma opção boa para quem prefere celulares mais leves. O smartphone conta com apenas uma única câmera frontal e uma traseira, o que difere das outras linhas da Apple, mas com uma promessa de ser mais resistente. Ele é o único modelo além dos Pro’s que é equipado com o chip A19 Pro.

Já a linha padrão do iPhone 17 tem melhorias nas telas com alta resolução, o que permite uma experiência de rolagem mais fluída para os consumidores, além de sete camadas de antirreflexo. A linha padrão tem valores que variam a partir de R$7.999 (256GB) até R$9.499 (512GB). Já a Air varia entre R$10.499 (256GB) até R$11.999 (512GB). Após as expectativas de lançamento da Apple terem sido superadas, a marca se prepara para aumentar os níveis de produção.

União Europeia retira suspensão e reconhece Brasil como livre da gripe aviária

A União Europeia reconheceu o Brasil como livre da gripe aviária e liberou novamente a importação de carne de frango brasileira. A decisão, divulgada nesta quinta-feira (4) pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, reforça o peso da República Federativa do Brasil como maior exportador mundial do produto.

Atualmente, o bloco europeu ocupa a sétima posição entre os maiores compradores de frango brasileiro. Com essa medida, a China se torna o único grande mercado que ainda mantém restrição total às exportações vindas do Brasil.

Retomada impulsiona mercado brasileiro

O Brasil declarou-se livre da gripe aviária em 18 de junho, após 28 dias sem novos registros da doença em granjas. Assim, o marco foi possível depois da desinfecção completa na unidade de Montenegro (RS), onde ocorreu o primeiro e único foco do vírus em aves comerciais.

Portanto, com a decisão europeia, o setor avícola brasileiro projeta forte recuperação no mercado. Além da União Europeia, outros 16 países já tinham retomado a compra de carne de frango do Brasil, entre eles o Japão, terceiro maior importador, e o Iraque, nono maior destino.

Restrições em alguns mercados internacionais

Apesar do avanço, cinco países ainda mantêm bloqueio às exportações de frango de todo o território brasileiro: Canadá, China, Malásia, Paquistão e Timor-Leste. Desse modo, outros impõem restrições apenas ao Rio Grande do Sul ou a regiões específicas.


Países retiram restrições de carne de frango brasileira (Vídeo: reprodução/YouTube/Record News)

Paralelamente, o Brasil avança em medidas de prevenção. O Instituto Butantan, com autorização da Anvisa, iniciou em julho os testes clínicos da primeira vacina contra a gripe aviária desenvolvida em solo brasileiro. O estudo acompanhará voluntários por sete meses e avaliará a segurança e eficácia da imunização.

Em suma, a decisão europeia fortalece a posição brasileira no mercado internacional e abre caminho para novas negociações comerciais. Agora, o Brasil retoma as atividades, tanto no mercado quanto no combate à gripe aviária.

Magazine Luiza supera prejuízo e registra lucro de R$ 23,6 Milhões no 2º Trimestre

Nesta quinta-feira (8), a Magazine Luiza, uma das maiores varejistas do Brasil, divulgou seus resultados financeiros do segundo trimestre de 2024. A empresa reportou um lucro líquido de R$ 23,6 milhões, revertendo assim o prejuízo de R$ 301,7 milhões registrado no mesmo período do ano passado.

Desempenho financeiro

Este é o terceiro trimestre consecutivo em que a empresa apresenta lucro, refletindo uma forte recuperação em sua performance financeira. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado para o período foi de R$ 710,7 milhões, marcando um notável aumento de 61,6% em relação ao ano passado. Sem ajustes, o Ebitda subiu ainda mais, atingindo R$ 655 milhões, o que representa um crescimento impressionante de 130,7%.

A margem Ebitda também mostrou uma melhora significativa, atingindo 7,9%, com um aumento de 2,8 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. Esses números destacam a capacidade da empresa em melhorar sua eficiência operacional e aumentar a rentabilidade.


Estoque da Magazine Luiza (Foto: Reprodução/Magazine Luiza)

Aumento das vendas

As vendas totais da companhia, que incluem tanto lojas físicas quanto e-commerce, cresceram 4% em relação ao ano passado, totalizando R$ 15 bilhões. Esse aumento é impulsionado por um crescimento de 14,2% nas lojas físicas e uma leve alta de 0,9% nas vendas online. Além disso, a receita líquida da empresa atingiu R$ 9,01 bilhões, representando um crescimento de 5,1% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.

A Magazine Luiza também destacou uma geração de caixa operacional sólida, com um total de R$ 2,2 bilhões nos últimos 12 meses. A empresa terminou o trimestre com um saldo de caixa líquido de R$ 2 bilhões, o que reforça sua posição financeira robusta e sua capacidade de investimento para o futuro.

Pedro Serra, da Ativa Research, atribui a melhoria no lucro líquido da companhia à diluição das despesas financeiras. Segundo Serra, o desempenho das lojas físicas foi superior nas vendas, enquanto o e-commerce ainda enfrenta desafios devido à alta concorrência.

Observamos que, embora haja um avanço, a qualidade desse crescimento é questionável. O melhor desempenho está nos serviços, enquanto a venda de mercadorias continua pressionada pela competição”, afirma ele.

Zamp está em processo de aquisição do Starbucks no Brasil

A Zamp, empresa dona das marcas Burger King e Popeyes no Brasil, anunciou a compra do Starbucks no país por R$ 120 milhões, nesta quinta-feira (6). O movimento surge em um contexto desafiador para o mercado da alimentação, especialmente pelos problemas provocados durante a pandemia de COVID-19.

Compra aguarda aprovação do CADE

O grupo SouthRock, atual dono da Starbucks no Brasil, enfrenta dificuldades financeiras e se encontra em um processo judicial desde o final de 2023. Empresa já declara uma dívida de R$ 18,8 bilhões, atribuída com altos juros e com as restrições causadas pela pandemia, levando em consideração também a queda das vendas de seus produtos, principalmente entre 2021 e 2022. Além disso, tem sido um desafio o capital de giro para a empresa.

As negociações para a compra do Starbucks estão em andamento desde fevereiro e agora entram em fase de assinatura de contrato e de compra. Contudo, a finalização do negócio deve ser autorizada pela justiça e aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).


Balcão do Starbucks (Foto: reprodução/Getty Images embed)


Nova fase para as empresas

Com a aquisição, a Zamp terá um aumento em seu portfólio por já possuir marcas estabelecidas no mercado de fast-food, como Burger King e Popeyes. A empresa agora busca uma forma para diversificar suas operações e fazer um bom aproveitamento de ótimas oportunidades de crescimento dentro do mercado, que apesar de muitos desafios, continua sendo promissor.

Por outro lado, essa transição para o Starbucks pode mostrar uma nova fase em sua presença em território brasileiro, já que a empresa é reconhecida mundialmente por sua oferta de cafés especiais e experiência diferenciada. Com a entrada de um novo produto, o grupo pode buscar novas estratégias e investimento para impulsionar ainda mais sua presença no mercado brasileiro.

Vale lembrar que as empresas irão continuar a operar normalmente no Brasil enquanto aguardam as aprovações necessárias para venda e compra. Dessa forma, irão continuar mantendo o foco na satisfação dos clientes e na qualidade de seus produtos e serviços.