Cultura amazônica inspira nova coleção da Farm com artistas regionais

A Farm lançou a coleção cápsula Amazonikas em parceria com quatro artistas visuais da região amazônica: Bonikta, P.V Dias, Wira Tini e EME Astroamazônico. O novo trabalho celebra a riqueza cultural e natural da Amazônia, trazendo estampas inspiradas na fauna, na flora e na ancestralidade do Norte do Brasil, sob diferentes pontos de vista.

Com peças que valorizam a identidade local, a Amazonikas reforça o compromisso da marca carioca com a arte colaborativa e a representatividade regional. A seguir, conheça as criações que compõem a coleção:

Do encantado ao cotidiano: a Amazônia em estampas

A modelo utiliza um vestido tomara que caia fluido, estampado com o tema “Enkantados” de Bonikta. A peça se destaca não apenas pelo caimento leve, mas também pela narrativa visual: inspirada nos encantados que protegem a floresta amazônica. Além disso, ela ganha um toque tropical com o salto de acabamento amadeirado.



Nos vestidos mídi, a arte “Vida de Amazônida” ganha nova dimensão com a assinatura de Wira Tini, mostrando a ligação entre a cidade e a floresta. Suas estampas contam as histórias dos indígenas, ribeirinhos e habitantes da região, onde ela revela uma Amazônia contemporânea.


Peça da coleção Amazonikas, feita pela Farm em colaboração com Wira Tini (Foto: reprodução/Instagram/@hypebeastbr)

Já o artista P.V Dias criou estampas inspiradas na série Rádio Cipós. Na estampa “Tropical Soundsystem”, ele mistura tecnologia e música usando cores fortes e desenhos marcantes. A arte mostra como o som viaja e conecta os estados do Norte e Nordeste, levando cultura e movimento por onde passa.


Peça da coleção Amazonikas, feita pela Farm em colaboração com P.V Dias (Foto: reprodução/Instagram/@hypebeastbr)

A coleção termina com a estampa “Astroamazônico”, do EME. A arte é uma homenagem aos trabalhadores ambulantes, como vendedores de rua, ciclistas, motoqueiros e carroceiros, que fazem a cidade acontecer todos os dias. A roda, que está presente na vida dessas pessoas, é o destaque da estampa.


Peça da coleção Amazonikas, feita pela Farm em colaboração com EME Astroamazônico (Foto: reprodução/Instagram/@hypebeastbr)

Moda que transforma: propósito e representatividade

A parceria da FARM com artistas amazônicos dá voz e visibilidade a culturas pouco representadas na moda, transformando roupas em obras de arte que contam histórias da região. Essa colaboração valoriza a identidade da Amazônia, fortalece a marca ao conectar o urbano ao regional e promove um ativismo simbólico importante. Além disso, cria novas oportunidades econômicas para os artistas locais.

Famosas Isabeli Fontana e Marjorie Estiano brilham no desfile de Fabiana Milazzo

A Casa Bontempo em São Paulo virou um refúgio de sakuras florescentes: centenas de lanternas de papel recortadas e galhos artificiais formaram um túnel rosa-rosado pelo qual passaram Isabeli Fontana, Marjorie Estiano e um time de celebridades apaixonadas pela moda artesanal. A cenografia, inspirada no ritual hanami japonês, ganhou um toque extra de autenticidade com a presença de uma exímia mestra de cerimônia de chá, que oferecia matcha verde em pequenas cumbucas de cerâmica pintadas à mão.

No centro desse cenário poético, Fabiana Milazzo revelou a coleção Sakura 2026, que mescla bordados manualmente aplicados, alguns levando até 40 horas de trabalho, a tecidos tecnológicos italianos com brilho suave. O quimono desconstruído de couro translúcido, estreado por Isabeli, trazia faixas de cetim trançadas e recortes a laser que formavam ícones do alfabeto kanji, cada um com significados como “equilíbrio” e “renascimento”.

Mais do evento

Marjorie Estiano deslizou pela passarela usando um conjunto de blazer minimalista e saia midi fluida, ambos pontuados por flores 3D que dançavam ao ritmo de uma trilha sonora executada ao vivo por um quartetinho de koto.


Modelo Nara em desfile de Fabiana Milazzo (Foto: reprodução/Instagram/@revistamodaebeleza)


Entre os convidados que inauguraram a primeira fila estavam Vera Viel, Luiza Possi e Babi Beluco, todas vestindo peças exclusivas da grife mineira, que abriu na noite de ontem sua loja temporal no Shopping Cidade Jardim. O coquetel servido ao final misturou sakurá sachê em pães de queijo e sashimis autorais, assinados pela chef nipo-brasileira Aiko Nakamura, dando um sabor contemporâneo à tradição.

Modelos brasileiras

Modelos brasileiras têm conquistado cada vez mais espaço nas principais passarelas do mundo, transformando sua beleza singular em um forte instrumento de representatividade. Isabeli Fontana, descoberta ainda na infância, construiu uma carreira que ultrapassa décadas, provando que longevidade e reinvenção caminham juntas quando aliadas a profissionalismo e autenticidade.


Isabeli Fontana em desfile (Foto: reprodução/Instagram/@anyrenejoias)


Marjorie Estiano, por sua vez, trouxe à moda a mesma versatilidade que a consagrou na televisão, mostrando que a passagem entre arte cênica e passarela abre novas possibilidades de diálogo com o público. Ao cruzar a passarela, ela não apenas exibe roupas, mas atrai uma audiência que talvez nunca tenha pisado em um evento de moda, ampliando o impacto das criações nacionais.


Marjorie Estiano (Foto: reprodução/Andy Santana/Brazil News)


Junto a elas, Carla Diaz vem abraçando causas de inclusão ao vestir grifes que celebram todos os tipos de corpo, enquanto Luiza Possi e Vera Viel unem elegância e experiência, mentorando talentos e fortalecendo o circuito de semanas de moda.

Essa presença feminina destaca a diversidade cultural do Brasil e estimula o surgimento de grifes autorais, que se beneficiam do alcance midiático gerado por essas referências. Mais do que vitrines ambulantes, essas mulheres carregam histórias de superação e ativismo, lembrando que glamour e consciência social podem caminhar lado a lado. Ao levar ao exterior o nosso talento, elas ajudam a moldar uma imagem contemporânea do Brasil, abrindo portas para novos designers, artesãos e profissionais que também sonham em ocupar o centro das atenções.

Casa de Criadores 56: Futurismo, Humor e Sustentabilidade em SP

No segundo dia da Casa de Criadores 56, o Centro Cultural São Paulo virou uma cápsula temporal em que futurismo, humor e alfaiataria se entrelaçaram em cada look. Desfilaram as marcas Shitsurei, Érico Valença, Cynthia Mariah, Marlo Studio, Guilherme Dutra e Visén. A semana de moda acontece desde 1997, duas vezes ao ano, também é palco de diversas marcas independentes, abrindo espaço para discussões sociais como gênero, cor e sustentabilidade através da moda.

Desfiles

Shitsurei abriu as passarelas com jaquetas acopladas a ombreiras metálicas, reinterpretando o Space Age dos anos 60 em tecidos com brilho iridescente e recortes geométricos. A estilista introduziu ainda um painel interativo de LED, criado pelo coletivo SPARK, que projetava constelações digitais enquanto os modelos desfilavam em corredores espelhados.


Desfile Shitsurei na Casa de Criadores (Foto: reprodução/Instagram/@casadecriadores)


Na sequência, Érico Valença levou o público a uma órbita familiar: suas peças de sarja resinada, técnica desenvolvida por ele, ganharam acabamento “holográfico” que lembrava o vinil usado pelos avós. As silhuetas amplas e os casacos de gola alta flertavam com a nostalgia, mas os bolsos utilitários e fechos magnéticos entregavam um viés high-tech.


Desfile Érico Valença na Casa de Criadores (Foto: reprodução/Instagram/@casadecriadores)


Cynthia Mariah quebrou a seriedade espacial com uma trupe de modelos fantasiados de palhaços contemporâneos. Suas listras em contraste de preto e branco, pinceladas de neon e acessórios infláveis convidavam o público a rir, mas também a refletir sobre a repentina inversão de papéis, quando o que deveria divertir, questiona o status quo.


Desfile Cynthia Mariah na Casa de Criadores (Foto: reprodução/Instagram/@casadecriadores)


Marlô Studio, sob o comando de Márcio, misturou o paraíso ao apocalipse: camadas de renda floral conviveram com jaquetas de PVC fosco em tons de ácido, sugerindo um rave à beira do Éden. A alfaiataria clássica, revisitada em cortes fluidos de alfaiate, foi pontuada por corsets e hot pants que pareciam prontos para atravessar qualquer madrugada techno.


Desfile Marlo na Casa de Criadores (Foto: reprodução/Instagram/@casadecriadores)


Continuando a noite, Guilherme Dutra apresentou “Poupée”, homenagem às bonecas francesas da avó, com volumes exagerados e drapeados que costuravam memórias de infância à contemporaneidade. Na mesma trilha de experimentação, a Visén mostrou “Visceral”, cole­­ção criada a partir de imagens geradas por inteligência artificial. Grafites pixelados e padronagens xadrez formaram um mosaico distópico, sugerindo que a moda é hoje um reflexo tão do caos urbano quanto da lógica dos algoritmos.


Desfile Guilherme Dutra na Casa de Criadores (Foto: reprodução/ Instagram/@casadecriadores)


Entre as estreias, chamou atenção a ala sustentável: várias grifes investiram em tecidos de algodão orgânico e PET reciclado, anunciados em uma vitrine ao lado da passarela. Até domingo, a CDC 56 segue revelando novos talentos e reafirmando seu papel de laboratório onde moda e tecnologia dialogam com humor, memória e consciência ambiental.

Impostância da CDC

A Casa de Criadores se firmou como palco primordial para vozes diversas, negros, indígenas, trans e plus size, abrindo espaço para dialogar sobre gênero, raça e inclusão na moda brasileira. Essa representatividade se reflete não apenas na diversidade de perfis dos estilistas, mas também na pluralidade de narrativas que permeiam cada coleção, transformando a passarela em um fórum de debates sociais e culturais.

Mais do que um evento de moda, a CdC 56 representa um manifesto de autoralidade e inovação criativa, onde cada desfile é uma afirmação de identidade e propósito. Com 33 desfiles em formato de U, a edição atual consolida a CdC como uma vitrine viva da pluralidade brasileira, capaz de articular memória, tecnologia e consciência ambiental.

Exposição celebra Lino Villaventura no Museu da Fotografia em Fortaleza

O estilista paraense, Lino Villaventura, será homenageado com uma exposição gratuita de suas criações no Museu da Fotografia em Fortaleza, Ceará. Está prevista para inaugurar no dia 17 de julho e segue em cartaz até dia 19 de outubro.

A amostra apresenta 23 roupas que o designer criou ao longo de sua trajetória, desde a primeira peça feita em 1975 até as produções mais recentes exibidas no São Paulo Fashion Week 2025. Villaventura completa 50 anos de carreira e fundou sua marca em 1982, em Fortaleza, o que motivou a escolha da capital cearense para sediar a exposição.

Doze fotógrafos vão registrar todas as peças presentes na mostra. São eles: Bob Wolfenson, Cecília São Thiago, César Duarte, Cris Vidal, Debby Gram, Fernanda Calfat, Gentil Barreira, Hick Duarte, Miro, Patrícia Devoraes, Rogério Cavalcanti e Trípoli.


Modelo durante desfile de Lino Villaventura no São Paulo Fashion Week 2008 (Foto: reprodução/Maurício Lima/AFP/Getty Images Embed)


Vida e carreira de Lino Villaventura

Antônio Marques dos Santos Neto nasceu em Belém, Pará, e mudou-se com a família para Fortaleza, Ceará. Na capital cearense, ele inicia sua trajetória na moda produzindo peças para conhecidos e boutiques de confecções sob medida.

Devido à popularidade do estilista, ele passa a utilizar o nome Lino Villaventura, que é uma combinação entre seu apelido de infância e o bairro fortalezense onde mora. Em 1982, ele fundou a marca junto com a sua sócia, Inez Villaventura, na qual Lino desenvolve peças autorais com ousadia e personalidade. Ele é conhecido por utilizar materiais simples e transformá-las em peças com acabamento técnico, sem abrir mão da sofisticação.


Lino Villaventura em seu desfile no São Paulo Fashion Week 2023 (Foto: reprodução/Mauricio Santana/Getty Images Embed)


Ao longo de sua trajetória, o estilista acumulou conquistas que o consolidaram como um dos nomes mais importantes da moda brasileira, sendo essas:

  • Participação no São Paulo Fashion Week desde a primeira edição do evento, quando ainda se chamava Morumbi Fashion.
  • Contribuição como figurinista dos espetáculos Bocage, O Triunfo do Amor e Dorotéia, que lhe renderam uma indicação ao Prêmio Shell de Teatro em 1996.
  • Atuação como mentor no SENAI Brasil Fashion, orientando novas gerações na moda autoral.
  • Responsável por criar peças para celebridades como Xuxa, Taís Araújo e entre outras estrelas.

Sobre a exposição

Para quem deseja prestigiar a mostra do estilista paraense, confira as informações descritas abaixo:

Exposição: Lino Villaventura pelas lentes de Bob Wolfenson, Cecília São Thiago, César Duarte, Cris Vidal, Debby Gram, Fernanda Calfat, Gentil Barreira, Hick Duarte, Miro, Patrícia Devoraes, Rogério Cavalcanti e Trípoli.
Data: 17 de julho a 9 de outubro
Local: Museu da Fotografia Fortaleza – Rua Frederico Borges, 545, Varjota, Fortaleza–CE
Visitação: terça a domingo, 12h – 17h | Entrada gratuita
Informações: museudafotografia.com.br

Dendezeiro fortalece laços com Viola Davis e celebra a potência da moda brasileira

Na última quarta-feira (04/06), Viola Davis esteve em São Paulo com o estilista Hisan Silva, da marca brasileira Dendezeiro, no qual Hisan é diretor criativo junto com Pedro Batalha. A foto do encontro foi postada nas redes sociais. A visita da atriz norte-americana, conhecida por sua atuação potente e ativismo racial, marca um momento simbólico para a moda brasileira, especialmente para marcas independentes que nascem em contextos periféricos e carregam um forte compromisso com identidade, cultura e representatividade. A foto do encontro, publicada nas redes sociais, repercutiu amplamente e reforçou a importância de pontes culturais entre Brasil e Estados Unidos.

“Hoje tivemos a grandíssima honra de almoçar com a incrível @violadavis, Julius Tennon e @maumotaislava, após o patrocínio da @ashe.bahia ao nosso desfile “Brasiliano 1: Filhos do sol” em 2024. Como designers pretos e brasileiros a gente celebra com muita felicidade esse encontro, entendendo que faz parte de uma longa caminhada vitoriosa para a indústria criativa. Aos poucos a gente consegue colocar no radar a grandiosidade das nossas criações. Essa conexão representa a força da união de diferentes culturas em prol da arte, não só no Brasil mas em todo mundo.”, legendou no perfil oficial do Dendezeiro.



Assim como a Gucci lançou um livro com um arquivo sobre lenços que fizeram parte da sua história e a Louis Vuitton usou o campo inglês como referência para o lançamento da nova coleção masculina para 2026, a Dendezeiro cria peças de roupa baseadas em referências brasileiras, como um filtro de barro ou um espelho laranja. Esse gesto não é apenas estético: é político. Ao tornar elementos do cotidiano em símbolos de moda e estilo, a marca promove uma valorização da cultura popular e regional, reforçando que o design pode, e deve, dialogar com suas raízes de forma inventiva e orgulhosa. A marca aponta para a necessidade de ressignificar o olhar global sobre a moda brasileira.

Encontro histórico e Moda com Identidade

“Foi incrível, ela é uma pessoa maravilhosa. Fizemos uma força tarefa para trazer um presente da marca. O Pedro ia trazer, mas o vôo dele foi cancelado. No fim, conseguimos trazer de Salvador para São Paulo com a apresentadora Pâmela Lucciola”, disse Hisan Silva, para a Glamour. Esse gesto, além de representar a admiração da marca pela atriz, reforça o caráter colaborativo e comunitário que permeia a trajetória da Dendezeiro, onde cada ação é feita com cuidado, carinho e senso de pertencimento.

A Dendezeiro é uma marca de moda baiana fundada em 2019 por Hisan Silva e Pedro Batalha, dois jovens negros e gays de Salvador. Desde o início, a marca se destacou por sua proposta agênero, inclusiva e profundamente conectada à cultura brasileira, especialmente à nordestina. A Dendezeiro nasceu com o propósito de romper os padrões tradicionais da moda e criar novas possibilidades de vestir.



Origem, propósito e o design lúdico da Dendezeiro

A Dendezeiro não é apenas uma marca de roupas; é uma plataforma de expressão cultural e social. Suas peças são pensadas para se ajustarem a diferentes corpos, com modelagens inteligentes que desafiam padrões tradicionais de gênero e tamanho. A marca utiliza principalmente algodão, apostando na sustentabilidade como um caminho natural, no qual o conforto também é valorizado.

Os diretores criativos da marca escolheram mostrar para Viola Davis e Julius Tennon (maridos e ator de Viola) peças marcantes da Dendezeiro, como as bolsas com um design alternativo e lúdico. “Escolhemos a Tatu e a Capivara para representar essa brasilidade e falar quem a gente é”, relatou Hisan. Com formas que remetem a esses animais típicos da fauna brasileira, as peças representam o espírito da marca, inventivo, afetivo e enraizado. Essas bolsas extrapolam a função de acessório e se tornam também uma forma de comunicar origem, cultura e orgulho.



Ashé Bahia é a produtora de Viola Davis e Julius Tennon que enfoca a produção estética e cultural do estado, e a Dendezeiro faz parte desse projeto desde 2024. “A Dendezeiro funde perfeitamente a herança regional com a moda vanguarda, aproveitando as raízes familiares dos fundadores para remodelar a narrativa desta região brasileira essencial. Em Ashé Bahia, temos muito orgulho de apoiar esses criativos incríveis. Não deixe de conferir a incrível coleção.”, disse Viola no Instagram.

Juliana Paes prestigia gala da amfAR e exibe look PatBO 

Após brilharem no tapete vermelho do Festival de Cannes 2025, as brasileiras seguem ganhando holofotes na Riviera Francesa. Juliana Paes aproveitou a temporada para prestigiar o tradicional baile de gala da amfAR (American Foundation for AIDS Research), que une glamour e propósito em uma noite beneficente no Hotel du Cap, em Antibes, próximo a Cannes. O evento, realizado há mais de 30 anos, é um dos mais aguardados da temporada.

Estilo brasileiro domina o tapete do gala amfAR

Para a noite especial, Juliana Paes, atriz de 46 anos, trouxe um vestido da marca mineira PatBO, com styling de Alberth Franconaid. O modelo longo, feito sob medida, tem modelagem escultural com corset, franjas e cristais que foram inteiramente bordados à mão pelo time de bordadeiras da estilista Patricia Bonaldi. Juliana, em parceria com Bonaldi, levou representatividade e originalidade do nosso país para os olhos do mundo.



Levar o feito à mão brasileiro para o mundo é mostrar que temos técnica, estética e emoção para estar em um dos principais red carpets com identidade. Ver a Juliana vestindo PatBO com tanta potência é um orgulho imenso”

Patricia Bonaldi.

A atriz não estava só em solo francês. As brasileiras marcaram presença em peso no Gala amfAR, o jantar beneficente que arrecada fundos para a luta contra a Aids — e levaram mais da essência do stylish brasileiro.

A cantora Anttónia, filha de Glória Pires, usou look assinado por Cris Barros.
“Sou apaixonada pela moda brasileira e não poderia deixar de prestigiar uma das designers que mais admiro. Para esta ocasião especial, Cris Barros desenvolveu um vestido moderno e elegante, que reflete perfeitamente o meu estilo!”, comentou a cantora.


Anttónia amfAR 2025 (Foto: reprodução/Gisela Schober/Getty Images Embed)


O vestido preto e branco trouxe a tendência da cintura baixa, com corset estruturado, drapeado na cintura e saia com transparência e aplicações de flores bordadas. O visual valorizou a silhueta, destacando os quadris com o detalhe branco drapeado.

Celebridades brasileiras brilham com estilo

Com aposta em vestido preto de veludo sem alças, Isabella Santoni foi assinada por Christina Crawford, estilista anglo-brasileira que vem despontando como nome promissor no cenário da alta costura. O modelo, com destaque para o coração cravejado de cristais vermelhos, trouxe elegância clássica e criatividade para inovar.


 Isabella Santoni amfAR 2025 (Foto: reprodução/Instagram/@isabellasantoni)

Marina Ruy Barbosa conquistou os flashes com novo visual. A atriz, que agora é a mais nova blond girl, escolheu um vestido da coleção Cruise 2025 da Balmain, com destaque para os quadris, corset e pedras em formato de gotas.


Mariana Ruy Barbosa amfAR 2025 (Foto: reprodução/Daniele Venturelli/Stephane Cardinale-Corbis/Getty Images Embed)


Outras duas celebridades brasileiras que chamaram a atenção foram Izabel Goulart e Jade Picon. Izabel apostou em modelo de Zuhair Murad, em chiffon coral sem alças, com saia leve de fenda alta e corset estruturado. Jade, por sua vez, optou pelo preto quase básico da Saint Laurent, destacando o decote poderoso.

O Brasil está bem representado e conquistando olhares em terras estrangeiras.

Camila Pitanga destaca a moda brasileira em Cannes

Durante a 78ª edição do Festival de Cannes, Camila Pitanga tem se destacado não apenas por sua presença marcante nas estreias, mas também por transformar cada aparição em uma homenagem à moda brasileira. A atriz tem apostado em uma curadoria cuidadosa de looks assinados por designers nacionais, reafirmando seu compromisso com a valorização da cultura do país.


Camila Pitanga em Cannes nesta terça-feira (Foto: reprodução/Monica Schipper/Getty Images Embed)


Valorizando o design nacional

Na última terça-feira (20), Camila surgiu deslumbrante na première do novo longa do diretor iraniano Jafar Panahi, It Was Just an Accident. O visual da noite foi assinado pelo estilista Alexandre Herchcovitch, com styling de Pedro Sales, e joias sofisticadas do joalheiro Ara Vartanian.

Essa não foi a primeira vez que a atriz brilhou nos tapetes do festival. Na exibição de O Agente Secreto, produção brasileira estrelada por Wagner Moura e Maria Fernanda Cândido, ela vestiu uma criação de Paula Raia e usou joias de Fernando Jorge, mantendo sua proposta de exaltar criadores brasileiros.

Camila também integra o elenco do curta-metragem Samba Infinito, que compõe a seleção oficial da Semaine de la Critique. Ao lado de Gilberto Gil, ela participa da narrativa dirigida por Leonardo Martinelli, ambientada no Carnaval do Rio, onde um gari em luto cruza seu caminho com o de uma criança perdida nos blocos de rua.


Camila Pitanga em Cannes nesta terça-feira (Foto: reprodução/Gisela Schober/Getty Images Embed)


Um guarda-roupa com propósito

Determinada a representar o Brasil de forma integral, a atriz tem usado apenas marcas nacionais ao longo de sua agenda em Cannes. Na manhã de segunda-feira (19), por exemplo, ela participou de um painel promovido pela ONU Mulheres sobre diversidade e equidade, vestindo uma criação de Marco Ribeiro.

Em outra ocasião especial, Camila esteve na sessão do documentário Para Vigo Me Voy, que retrata a vida e a obra do cineasta Cacá Diegues. Para o evento, ela escolheu um look da Misci, assinado por Airon Martin. A peça foi criada em colaboração com artesãs do Rio Grande do Norte, unindo tradição e inovação ao reinterpretar o bordado da Casa das Bordadeiras de Timbaúba dos Batistas. O modelo estreou nas passarelas da Fundação Bienal de São Paulo, durante o desfile de Verão 2026 da marca, apresentado por Laís Ribeiro.

Mais do que acompanhar o festival, Camila Pitanga tem usado sua presença em Cannes para narrar outra história: a de um Brasil criativo, plural e autoral, refletido em cada detalhe do que veste.

Misci apresenta desfile inspirado em Tieta

Com presença marcante, a Misci, marca comandada pelo criativo Airon Martin, apresentou nesta quinta-feira (24), na Bienal do Parque Ibirapuera, em São Paulo, sua nova coleção intitulada “Tieta”. Inspirada na icônica personagem de Jorge Amado, que marcou a literatura e a TV brasileira nos anos 1980, a coleção propõe uma releitura moderna de resistência, ancestralidade e força feminina.

Tieta tem muito a ver com a minha história, por isso a família liberou a obra para criarmos esse desfile”, contou Airon Martin, natural de Sinop, no Mato Grosso, para a FFW.

Tieta é uma personagem muito importante para esse momento que a gente vive. Fala de sociedade, de conservadorismo. Eu assisti ao filme, assisti toda a novela.
Airon Martin

Na história original, Tieta é expulsa de sua cidade natal no sertão da Bahia e retorna anos depois após alcançar sucesso em São Paulo. A coleção propõe traduzir essa transformação por meio do design contemporâneo, alfaiataria e as manualidades tradicionais brasileiras.

Da passarela ao agreste

O desfile apresenta parcerias com os bordados das artesãs da Casa das Bordadeiras, em Timbaúba dos Batistas, e da Associação Rendeiras de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, em colaboração com o Instituto Riachuelo. Esses elementos acrescentam riqueza cultural e reforçam o diálogo entre o moderno e o ancestral.



Paula Torres contribui com os sapatos urbanos, como botas com canos variados em comprimento, que trazem força e presença. A cartela de cores, assinada pela stylist Renata Corrêa, mistura tons terrosos com vibrantes vermelhos e azuis, acrescentando impacto.


Desfile Misci inspirado em Tieta (Vídeo: reprodução/Instagram/@voguebrasil)


A passarela coberta por areia, representando o agreste baiano, foi palco para a coleção vibrante. Vestidos com estampas de animal print em vermelho e azul dividiram espaço com peças em látex amazônico, material já explorado anteriormente pela marca. Bordados, crochês e estampas do artista plástico Elian Almeida compõem brasilidade.

A alfaiataria e o couro, já característicos do DNA da Misci, continuam presentes, reafirmando a identidade da marca.

Betty e internacionalização

No desfecho do desfile, Betty Faria, que imortalizou a personagem Tieta na televisão, atravessou a passarela ao lado do estilista, vestida com um look de linho azul.

Ao ser questionado sobre o mercado de moda, Airon declarou que é preciso arriscar:

Quando falo Tieta, não falo de uma mulher só. Falo de uma ideia. Uma mulher progressista que se comunica com todos os extremos.

Com três lojas em São Paulo (Pinheiros, Jardins e Shopping Cidade Jardim), a Misci está em processo de expansão internacional. Recentemente, assinou contrato com a agência Spread the World, em Paris, com o objetivo de levar a marca para as araras do mundo.

São Paulo Fashion Week celebra 30 anos com novidades e retornos marcantes

O São Paulo Fashion Week (SPFW) inicia as comemorações de seus 30 anos com a edição N59, que acontece de 6 a 11 de abril de 2025. O evento contará com 17 desfiles distribuídos entre o JK Iguatemi, a Casa Higienópolis e locações externas pela cidade. A programação destaca estreias de novas marcas e o retorno de grifes consagradas, reafirmando o papel do SPFW como palco de inovação e criatividade na moda nacional.

Entre as novidades, destacam-se as estreias de Leandro Castro e MNMAL, além do retorno da Piet após seis anos. Desfiles externos prometem experiências imersivas, conectando moda e cidade.

Estreias que renovam a cena fashion

A edição N59 do SPFW celebra três décadas de transformações e expressões criativas na moda brasileira. Nesta temporada, o evento destaca as estreias de Leandro Castro e MNMAL, novas vozes que prometem agregar frescor e autenticidade ao cenário fashion nacional.

Leandro Castro, por exemplo, conhecido por sua construção impecável a partir de tecnologias híbridas e uso de materiais descartados, faz sua estreia no dia 8 de abril, às 16h, no JK Iguatemi. Suas peças refletem a fusão entre o fazer tecnológico, ancestral e artesanal, trazendo uma perspectiva inovadora e sustentável para a passarela.


Desfile Leandro Castro inverno/primavera 2024 (Foto: reprodução/Instagram/@leandrocastrum)


Já a MNMAL, comandada por Flávio Gamaum, apresenta-se no dia 10 de abril, às 18h, também no JK Iguatemi. A marca aposta em um conceito essencialista e em uma estética sofisticada, com forte preocupação sustentável, alinhando-se às demandas contemporâneas por responsabilidade ambiental na moda.


O estilo da MNMAL (Foto: reprodução/Instagram/@mnmalsp)


Retornos que reforçam a tradição

Além disso, das estreias, a programação reúne nomes icônicos da moda brasileira, consolidando o SPFW como uma plataforma de experimentação e expressão artística. Com efeito, um dos destaques é o retorno da Piet, de Pedro Andrade, conhecida por sua estética streetwear sofisticada e conexão autêntica com a cultura urbana. A marca volta ao SPFW após seis anos, com desfile marcado para o dia 11 de abril, às 19h, em uma locação externa.

A moda autoral e conceitual, ainda mais, também se faz presente com marcas como Aluf, que exibe sua pesquisa têxtil inovadora, e Dendezeiro, que propõe um olhar potente sobre a identidade brasileira. Patricia Viera, por exemplo, referência no trabalho em couro, e João Pimenta, com sua alfaiataria de vanguarda, reforçam a riqueza de técnicas e de narrativas presentes na edição.

Programação completa da SPFW N59

6 de abril (domingo):

17h00 – Aluf – Externo

7 de abril (segunda-feira):

19h30 – Herchcovitch; Alexandre – Externo

8 de abril (terça-feira):

10h30 – Normando – JK Iguatemi

16h00 – Leandro Castro – JK Iguatemi

18h00 – Lino Villaventura – JK Iguatemi

20h30 – Dario Mittmann – JK Iguatemi

9 de abril (quarta-feira):

10h30 – Weider Silvério – JK Iguatemi

16h00 – Reptilia – JK Iguatemi

18h00 – Led – JK Iguatemi

20h30 – À La Garçonne – JK Iguatemi

10 de abril (quinta-feira):

10h30 – João Pimenta – Externo

16h00 – Dendezeiro – JK Iguatemi

18h00 – MNMAL – JK Iguatemi

20h30 – Walério Araújo – JK Iguatemi

11 de abril (sexta-feira):

10h30 – Handred – Externo

14h30 – Patricia Viera – Externo

19h00 – Piet – Externo

Com efeito, os desfiles em locações externas garantem experiências imersivas, ampliando as conexões entre moda, cidade e público. Nesse sentido, João Pimenta, Herchcovitch, Alexandre, Aluf, Handred, Patricia Viera e Piet prometem surpreender, reforçando a transversalidade da moda com a arte e a cultura urbana.

Acima de tudo, o SPFW reafirma seu compromisso com a valorização da criatividade e da diversidade na moda nacional. Em síntese, esta edição celebra talentos, tradição e inovação, consolidando o evento como um território de expressão e transformação que impulsiona e projeta a moda brasileira para o mundo.

PatBO e Eduardo Caires trazem o Carnaval para a New York Fashion Week

A PatBO, em colaboração com o designer Eduardo Caires, apresentou na New York Fashion Week uma coleção inspirada no Carnaval, destacando a riqueza cultural do Brasil através de peças vibrantes e sofisticadas.

O desfile, realizado na Casa Cipriani, combinou moda, música e energia brasileira, encantando o público com criações que mesclam tradição e modernidade.


@patbo_brasil

Carnaval em NY? Sim, nós fizemos isso! ✨ Muito brilho, plumas e aquela energia brasileira que nós amamos! #CarnavalGala #PatBO #PatBOCarnaval #Brasil #PatriciaBonaldi

♬ som original – PatBO Brasil
Trechos dos looks presentes (Vídeo: Reprodução/Tiktok/@patbo_brasil)

A Celebração do carnaval na passarela

No último domingo, 9 de fevereiro de 2025, a New York Fashion Week foi palco de uma celebração única da cultura brasileira. A designer Patricia Bonaldi, criadora da PatBO, firmou parceria com o renomado joalheiro Eduardo Caires para lançar a coleção PatBO Carnaval Gala.

Realizado no prestigiado jazz club da Casa Cipriani, em Nova York, o evento trouxe para a passarela uma interpretação sofisticada do Carnaval brasileiro, combinando o requinte do trabalho artesanal com a energia vibrante da festa.

A coleção destacou-se pelo uso de tecidos sofisticados e bordados minuciosos, refletindo a grandiosidade carnavalesca com a elegância contemporânea característica da PatBO.

Elementos como flores desconstruídas que remetem a penas e chamas foram incorporados nas peças, enquanto cristais em degradês rosa-vermelho adicionaram brilho e movimento às criações.


Os looks (Foto: Reprodução/Instagram/@patbo_brasil)


Uma experiência sensorial completa

Mais do que um desfile, a “PatBO Carnaval Gala” proporcionou uma verdadeira experiência sensorial. A cantora Jackie Ribas comandou a trilha sonora, trazendo ritmos brasileiros que envolveram o público. Convidadas especiais, como Raissa Santana, Camila Coelho, Maria Braz, Jordana Maia, Josy Ramos, Bruna Tenório, Leonie Hanne e Liz Gilles, desfilaram as criações, dando vida às peças com sua presença marcante.

Patricia Bonaldi expressou sua admiração pelo Carnaval, afirmando: “O Carnaval é uma das maiores expressões culturais do Brasil e sempre me inspirou. Queremos transformar essa energia em moda, levando para o mundo uma visão sofisticada e cheia de personalidade dessa festa tão única”. Eduardo Caires celebrou a oportunidade de apresentar seu trabalho em um evento global: “É um privilégio levar a essência do nosso Carnaval para um dos palcos mais importantes da moda”.


@patbo_brasil

Se é brilho que você quer… ✨ A @santana_raissaa entendeu o recado e trouxe o full silver com muito paetê! Quem também ama esse mood? 🤩 PatBO.com.br PatBOCarnavalGala Carnaval

♬ som original – PatBO Brasil – PatBO Brasil
Detalhes do look apresentado por Raissa Santana (Vídeo: Reprodução/Tiktok/@patbo_brasil)

A brasilidade esteve presente em cada detalhe do evento. A Alta Perfumaria Natura marcou presença com fragrâncias sofisticadas, enquanto a linha Una assinou a maquiagem das convidadas, celebrando a autenticidade e do brilho natural. O desfile uniu moda e cultura de forma inesquecível, destacando a riqueza e a diversidade da cultura brasileira no cenário internacional da moda.