Usuários de Ozempic e Mounjaro relatam mudança no sabor da comida

Pesquisadores da Europa alertaram na segunda-feira (16) que cerca de 1 em cada 5 pessoas que usam Ozempic, Wegovy ou Mounjaro estão percebendo sabores alterados nos alimentos. O estudo envolveu 411 pacientes que usam esses medicamentos para controle de peso, testados entre março e julho na Áustria. Eles relataram comidas doces ou salgadas com gosto diferente.

A pesquisa foi feita pela Universidade de Bayreuth, em parceria com a Faculdade Médica de Viena, e publicada durante a conferência anual da Associação Europeia para o Estudo da Diabetes. Os resultados surgiram após os participantes comentarem mudanças no paladar durante o tratamento.

A relação entre os remédios e o paladar alterado

Os medicamentos baseados em incretina atuam no cérebro e no intestino. Eles afetam receptores de fome e de recompensa. Assim, as mudanças no sabor podem surgir. De fato, participantes disseram que doces pareciam mais doces. Outros disseram que salgados tinham sabor intensificado.


Canetas de emagrecimento (Foto: Reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


Além disso, os tratamentos também alteraram a sensação de saciedade. Muitos usuários relataram sentirem-se satisfeitos mais cedo. O estudo apontou que menos fome se tornou comum. E desejos alimentares diminuíram para grande parte dos que testaram.

Foram entrevistadas 411 pessoas, 148 usavam Ozempic, 217 Wegovy, e 46 Mounjaro. Todos fizeram uso por pelo menos três meses consecutivos. Pesquisadores perguntaram sobre sabor, apetite, desejos e mudanças de peso. Eles analisaram doce, salgado, ácido e amargo. Mudanças em doce ou salgado se destacaram. Já acidez e amargor mudaram pouco para quase ninguém. Resultados se ajustaram por fatores como idade, dose e índice de massa corporal.

Resultado para consumidores e médicos

Pessoas que usam esses medicamentos devem ficar atentas às mudanças de paladar. Isso pode ajudar médicos a ajustar dietas. Assim, se doce ficou exagerado ou salgado parece forte, conversar com profissional pode melhorar o tratamento.

Além disso, as alterações no sabor podem ser pistas de resposta ao uso. Se o apetite cai ou a saciedade aumenta, essas sensações associadas ao sabor alterado podem indicar efeito positivo do remédio. Entretanto, reclamações graves merecem investigação, para descartar outras causas de saúde. O estudo usou relatos dos próprios participantes. Assim, não há confirmação de causa e efeito. Também falta diversidade geográfica e alguns grupos pouco representados. É preciso replicar o estudo em outras populações.

Novas doses de Mounjaro são anunciadas no Brasil

A empresa farmacêutica Eli Lilly informou nesta segunda-feira (15), que trará ao mercado brasileiro novas versões de Mounjaro em dosagens mais elevadas. Segundo a companhia, as canetas contendo 7,5 mg e 10 mg de tirzepatida, substância ativa do remédio, estarão disponíveis nas farmácias a partir da segunda quinzena de setembro e da segunda metade de outubro, respectivamente. 

Dessa forma, os pacientes no Brasil passarão a ter acesso a quatro opções de concentração: 2,5 mg, 5 mg, 7,5 mg e 10 mg. Todas as variações passaram por estudos clínicos e receberam aprovação quanto à segurança.

Preços e dosagens

A Eli Lilly comunicou estar satisfeita em ampliar as opções de dosagens disponíveis no Brasil. Com mais de um século de atuação e conhecimento consolidado na área de cardiometabolismo, a companhia destacou a relevância que o tratamento oferece para pessoas com diabetes tipo 2 e obesidade, ressaltando que agora esses pacientes terão acesso a opções mais potentes, pensadas para atender demandas médicas personalizadas.

A empresa informou ainda que as novas apresentações de Mounjaro serão incluídas no programa “Lilly Melhor Para Você”. Os valores máximos estipulados chegam a R$ 2.599,00 (7,5 mg) e R$ 2.999,00 (10 mg) nas compras realizadas online, enquanto nas farmácias físicas os preços serão de R$ 2.699,00 (7,5 mg) e R$ 3.099,00 (10 mg). Cada caixa corresponde a um mês de tratamento, contendo quatro canetas autoinjetoras.

Em nota oficial, a companhia destacou seu compromisso em manter o fornecimento do medicamento no Brasil, de forma a acompanhar o crescimento da procura. Desde 2020, já foram destinados mais de US$ 50 bilhões para ampliar a estrutura produtiva e garantir a disponibilidade do tratamento.

Outros medicamentos

A tirzepatida faz parte da classe das incretinas, fármacos utilizados para controlar os níveis de glicose no sangue e que também contribuem para a perda de peso. No Brasil, além do Mounjaro, já estão disponíveis outros medicamentos desse mesmo grupo, como a semaglutida, encontrada nas versões Ozempic e Wegovy.


Funcionamento e efeito do Mounjaro (Vídeo: reprodução/Youtube/@BBC News Brasil)

A expansão do uso dessas terapias no país acompanha o aumento das condições que elas tratam. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 10% dos adultos brasileiros convivem com diabetes, enquanto 57% apresentam sobrepeso. Esse cenário coloca o Brasil entre os principais mercados para esse tipo de tratamento.

OMS inclui medicamentos como Ozempic e Wegovy à lista de essenciais

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta sexta-feira (05), a inclusão de medicamentos como semaglutida (ingrediente ativo do Ozempic e Wegovy), dulaglutida, liraglutida e tirzepatida na sua Lista Modelo de Medicamentos Essenciais — um catálogo considerado referência global sobre quais fármacos devem estar disponíveis em todos os sistemas de saúde plenamente funcionais.

Esta atualização visa ampliar o acesso a essas terapias inovadoras, especialmente em países de renda baixa, incentivando a produção de versões genéricas mais acessíveis.

O que significa estar na lista de medicamentos essenciais?

A Lista Modelo de Medicamentos Essenciais da OMS, atualizada a cada dois anos desde 1977, apresenta os fármacos que, segundo a organização, devem ser prioritários para atender às principais necessidades de saúde da população. A inclusão de um medicamento pode estimular a produção de genéricos, reduzir custos e ampliar o acesso — como ocorreu com os antirretrovirais nos anos 2000.

Os medicamentos recém-incluídos pertencem à classe dos agonistas do receptor GLP-1 (e, no caso da tirzepatida, também do GIP). Eles imitam o hormônio intestinal GLP-1, estimulando a produção de insulina, reduzindo o glucagon, retardando o esvaziamento gástrico e promovendo saciedade.

Esses efeitos ajudam no controle da glicemia, na redução de peso e ainda oferecem proteção cardiovascular e renal. A tirzepatida se destaca por atuar em dois receptores diferentes, potencializando os resultados no tratamento da diabetes tipo 2 e da obesidade.


Obesidade pode ser tratada pelos medicamentos adicionados à lista essencial da OMS (Foto: reprodução/Milatas/Getty Images embed)


Impacto no acesso e no custo

Os preços elevados — que podem chegar a US$ 1 000 por mês em países como os Estados Unidos — dificultam o acesso a essas terapias, especialmente em nações em desenvolvimento. A OMS destacou que a entrada desses medicamentos na lista de essenciais pode estimular a produção de genéricos.

Estimativas indicam que a semaglutida genérica poderia ser produzida por menos de US$ 5 por mês em locais como a Índia. Além disso, a patente da semaglutida expira em alguns países já em 2026, o que deve acelerar o processo de barateamento.

A inclusão de semaglutida, dulaglutida, liraglutida e tirzepatida na lista de medicamentos essenciais da OMS representa um marco importante no combate à diabetes tipo 2 e às suas complicações. A medida busca não apenas garantir tratamentos eficazes a pacientes com obesidade e comorbidades cardiovasculares ou renais, mas também ampliar o acesso por meio de genéricos, fortalecendo a saúde pública mundial.

Anvisa aprova medicamento Mounjaro para perda de peso

Nesta segunda-feira (9), a Anvisa publicou no Diário Oficial da União a autorização para o uso do medicamento Mounjaro no tratamento da obesidade no Brasil. A decisão amplia as opções disponíveis para pacientes que buscam controle de peso com respaldo médico. A farmacêutica Eli Lilly, responsável pelo Mounjaro, já havia solicitado o registro à Agência Nacional de Vigilância Sanitária em setembro do ano passado. Entretanto, só teve pedido aceito após resultados científicos positivos.

Anteriormente, os médicos indicavam o remédio apenas para diabetes tipo 2 — assim como o concorrente Ozempic — agora, com a aprovação, especialistas podem utilizá-lo para combater o excesso de peso. Entretanto, em vários estados do país, há relatos de farmácias e sites que vendiam o medicamento de forma off-label, fora das indicações da bula.


Antes usado para diabetes tipo 2, agora o medicamento também auxilia na perda de peso (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Como Mounjaro atua no combate ao excesso de peso

O medicamento age no organismo ao estimular dois hormônios essenciais para o controle do peso: GLP-1 e GIP. Esses hormônios regulam o apetite, melhoram a resposta à insulina e retardam o esvaziamento gástrico, proporcionando maior saciedade. Estudos clínicos demonstraram que pacientes tratados com tirzepatida — princípio ativo do Mounjaro — perderam em média 22,5% do peso corporal, um resultado comparável à cirurgia bariátrica.

Além de reduzir o apetite, o remédio melhora o metabolismo da glicose e contribui para a diminuição da gordura visceral, ou seja, a gordura que se acumula envolvendo órgãos como o fígado e pâncreas. A medicação é aplicada semanalmente por meio de uma caneta auto injetável e garante efeito contínuo no organismo.

Preços e disponibilidade no Brasil

A princípio, a fabricante Eli Lilly oferecerá um programa especial de descontos, reduzindo o preço para compras feitas pela internet, através do site oficial da empresa ou em lojas físicas.

  • Para a versão de 2,5 mg, a caixa com quatro canetas custará R$ 1.406,75 no site, e R$ 1.506,76 em lojas físicas. Fora do programa de fidelidade da farmacêutica, o valor sobe para R$ 1.907,29.
  • Já na dosagem de 5 mg, os preços serão R$ 1.759,64 online e R$ 1.859,65 em lojas físicas, enquanto compras fora do programa terão custo de R$ 2.384,34.

Mas atenção: prefira comprar sempre em revendedores autorizados e sites de confiança. Evite negociações por chats de redes sociais e, principalmente, desconfie quando o medicamento estiver muito abaixo do valor de mercado. Remédios falsificados ou de procedência duvidosa podem conter substâncias inadequadas, comprometer a eficácia do tratamento e causar efeitos adversos.

Mounjaro tem lançamento antecipado no Brasil

Nesta sexta-feira (25), o laboratório Eli Lilly anunciou que o lançamento do Mounjaro no Brasil foi oficialmente antecipado. Marcando um passo importante na chegada do medicamento ao país. A expectativa inicial era de que o remédio só estaria disponível no segundo semestre, mas, agora, a previsão é que ele chegue às farmácias brasileiras a partir da primeira quinzena de maio.

Valores e dosagens revelados

O Mounjaro será vendido em cinco apresentações diferentes: 2,5 mg, 5 mg, 7,5 mg, 10 mg e 15 mg. Cada embalagem virá com quatro canetas injetáveis, e o valor sugerido é de R$ 1.690. Embora o medicamento tenha sido desenvolvido para tratar o diabete tipo 2, estudos e relatos de pacientes também apontam para resultados expressivos na redução de peso — fator que aumentou ainda mais o interesse em torno do produto.


Medicamento Mounjaro fabricado pela Eli Lilly (Foto: reprodução/Jakub Porzycki/Getty Images Eme)

Receita simples e pedido à Anvisa

Uma novidade relevante é a mudança na exigência da prescrição médica: inicialmente considerada de receita azul (controlada), a Anvisa autorizou o uso de receita branca comum, facilitando o acesso para os pacientes. Além disso, o laboratório já solicitou à Anvisa a ampliação da bula para incluir a indicação do Mounjaro no tratamento da obesidade, algo que já ocorre nos Estados Unidos.

Grande expectativa no mercado

A antecipação do lançamento mostra como o laboratório Eli Lilly tem buscado atender de forma rápida a crescente demanda do público brasileiro. A decisão reforça o interesse e a urgência em torno do Mounjaro, considerado por muitos médicos e pacientes como uma alternativa promissora no tratamento do diabetes tipo 2 e, possivelmente, da obesidade.

Agora, todas as atenções estão voltadas para a chegada do Mounjaro às prateleiras das farmácias e para como o mercado vai receber essa novidade tão esperada. Com a expectativa crescendo a cada dia, há uma forte esperança de que o medicamento não só cumpra o que promete, mas também traga mudanças reais e positivas na rotina de quem convive com o diabetes tipo 2 — e, futuramente, da obesidade. Para muitos, ele representa mais do que um tratamento: é uma nova chance de bem-estar e qualidade de vida.

Wesley Safadão revela uso de Mounjauro em processo de emagrecimento e desabafa: ‘Sem forças’

O cantor e compositor Wesley Safadão, de 36 anos, em entrevista ao portal Leo Dias disse que está usando o medicamento para emagrecer chamado mounjaro, aplicado via injeção e que custa cerca de U$ 6.028,70, por mês. Porém, as reações devido à aplicação tem sido ruins para o cantor. 

Alguns dos sintomas revelados por Safadão na postagem foram falta de apetite, falta de forças e nem de conversar com ninguém, só queria ficar deitado, mesmo com esses efeitos o cantor perdeu três quilos em pouco tempo.


Wesley Safadão mostra treino (Reprodução/Instagram/@wesleysafadao)

O que é o Mounjaro 

É um medicamento que recentemente foi aprovado pela Anvisa e contém o princípio ativo tizerpatida que normalmente é usado para pessoas com diabete tipo 2, mas alguns artistas têm usado esse remédio para perder peso mais rápido, o que realmente ocorre. Porém, a ação no organismo atua em dois hormônios do sistema digestivo: o GIP e o GLP-1.

Mesmo sendo relacionado a outra substância que é Ozempic, já utilizado para a mesma função, no entanto, o Mounjaro proporciona um efeito mais rápido, tanto que Safadão optou por essa solução imediata. No entanto, os efeitos colaterais causados como náusea, diarreia, vômitos, dor de cabeça, desnutrição, desidratação, fadiga e sensação de cansaço. 

No caso dos famosos, isso não os impede de fazer o uso dessa substância, sempre tendo um acompanhamento adequado e com consultas regulares ao médico.

Altos e baixos de Wesley Safadão

Conhecido por todo o Brasil, o cantor contou em suas redes sociais como está sendo o seu emagrecimento e como tem afetado o seu dia a dia. Em outubro de 2024 passou por uma cirurgia na coluna para reparar um problema nas vértebras L4 e L5, mas já havia feito o procedimento na L3 e L4. Além de tudo isso, ele ainda trata de um transtorno de ansiedade diagnosticado em 2023.