Marina Ruy Barbosa faz desabafo e reforça importância da moda nacional

Nesta quarta-feira (03), Marina Ruy Barbosa utilizou suas redes sociais para abrir um diálogo importante sobre os desafios de produzir moda no Brasil. Em uma reflexão publicada nos stories, a atriz, que também é empresária e fundadora da marca Ginger, falou com franqueza sobre a falta de valorização da produção nacional e as barreiras enfrentadas pelos criadores que insistem em desenvolver suas peças dentro do país.

Segundo Marina, a ideia de que “o que vem de fora é sempre melhor” ainda está profundamente enraizada no comportamento dos consumidores. Ela questionou essa tendência automática de admiração pelo que é estrangeiro, enquanto muitos artistas, designers e marcas brasileiras lutam para conquistar espaço e reconhecimento.

Sofisticação e identidade

“Criar moda e arte no Brasil exige muito mais que talento. Exige enfrentar uma cadeia produtiva cara, pouca infraestrutura, ausência de estímulo”. escreveu.  Para a atriz, manter uma marca de moda no país é um gesto que vai além do empreendimento: é quase uma forma de resistência criativa. “Quem produz aqui sabe: fazer moda, por exemplo, no Brasil é quase um ato de teimosia criativa. E, claro, de muito amor. […]”


Marina Ruy Barbosa se pronuncia em seu instagram (Foto: reprodução/Instagram/@marinaruybarbosa)


Marina também relembrou o propósito que deu origem à Ginger. A marca, lançada em 2020, nasceu com a proposta de valorizar o olhar brasileiro, mostrando que é possível criar peças sofisticadas, contemporâneas, bem-feitas e conectadas com a identidade do país, sem buscar competir com as grandes referências internacionais, mas afirmando a força estética local.

Moda brasileira

A atriz reforça que a moda brasileira carrega vida e autenticidade. “A moda brasileira é viva, diversa, inteligente. Ela traduz nossas mãos, nossas cores, nossa cultura”, afirmou. Para ela, reconhecer essa riqueza cultural e apoiar quem produz localmente é fundamental para fortalecer o setor e incentivar novas gerações de criadores.

O desabafo de Marina reacende uma discussão importante: a de que, por trás das marcas nacionais, existe muito trabalho, criatividade e resistência, e que valorizar a produção brasileira é essencial para que a moda local continue evoluindo, ganhando voz e ocupando seu merecido espaço no mercado global.

Reação de Xabi Alonso com Vini Jr gera debate

Um momento de tensão durante o jogo entre Real Madrid e Rayo Vallecano no último domingo (9) pela La Liga chamou mais a atenção do que o próprio resultado da partida, que acabou sem gols: o técnico Xabi Alonso teve uma reação dura com Vini Jr após o atacante perder a bola em uma jogada individual.

As câmeras registraram o treinador gesticulando e falando de maneira visivelmente irritada, o que rapidamente viralizou nas redes sociais. A atitude gerou críticas e abriu espaço para um debate sobre os limites entre autoridade e liberdade dentro de campo.

Lance virou assunto fora de campo

A partida terminou empatada sem gols, mas o comportamento de Xabi Alonso foi o grande destaque. Durante o segundo tempo, o brasileiro tentou avançar pela esquerda, mas acabou desarmado. Logo depois, o treinador demonstrou insatisfação, cobrando o jogador de forma firme à beira do campo. O gesto foi interpretado por parte da torcida como exagerado e desrespeitoso para com o atacante, que é uma das principais estrelas do time.

O vídeo da cena se espalhou pelas redes sociais em poucos minutos. Muitos torcedores europeus e brasileiros reagiram com surpresa à forma como o técnico tratou o jogador. Alguns defenderam que Alonso estava apenas tentando corrigir erros de posicionamento, enquanto outros viram o episódio como uma demonstração desnecessária de autoridade.


Vini Jr se vê no entorno de mais uma polêmica no Real (Foto: reprodução/Instagram/@vinijr)


A reação de Xabi com Vini repercutiu rapidamente entre veículos esportivos e comentaristas na Europa. Portais espanhóis e britânicos destacaram o episódio como um dos momentos mais comentados do fim de semana no futebol europeu. Nas redes sociais, o vídeo do treinador chamando a atenção do jogador alcançou milhões de visualizações em poucas horas, gerando ampla cobertura na imprensa internacional.

Reações e possíveis impactos no Real Madrid

Dentro do clube, o episódio é tratado como parte da rotina competitiva. Fontes próximas ao Real Madrid indicam que o foco segue voltado para os próximos compromissos na temporada, e não há sinais de conflito entre o treinador e o atacante. O departamento de comunicação do time também não divulgou nota oficial e evitou prolongar o assunto.

Analistas esportivos na Espanha observaram que esse tipo de cobrança é comum em jogos de alto nível, especialmente em clubes com alto padrão de exigência tática. O comportamento de Alonso foi interpretado por parte da imprensa local como uma tentativa de ajustar o posicionamento da equipe em um momento decisivo da partida.

Vinícius Júnior, por sua vez, participou normalmente das atividades de recuperação no dia seguinte, sem restrições ou mudanças na rotina. Os merengues continuam o planejamento para os próximos jogos do Campeonato Espanhol e da Liga dos Campeões, com o jogador mantido entre os titulares.

A repercussão mostra como gestos simples à beira do campo podem ganhar grande alcance em tempos de cobertura digital e redes sociais. Mesmo sem consequências diretas no elenco, o episódio reforça o grau de exposição que cerca atletas e treinadores de clubes de elite europeus.

ONU alerta sobre redução global de emissões

A Organização das Nações Unidas divulgou um novo relatório sobre o andamento das metas climáticas globais e alertou que as medidas atuais de redução de gases de efeito estufa são insuficientes. De acordo com a análise da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), as promessas feitas pelos países devem reduzir as emissões em apenas 12% até 2035, em comparação com os níveis de 2019.

Embora o número represente um pequeno avanço em relação à estimativa anterior, que indicava 10%, ele ainda está muito distante dos cerca de 60% necessários para conter o aquecimento global a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais.

O que os números revelam

O relatório mostra que, mesmo com o aumento do número de compromissos assumidos por diferentes nações, o ritmo de redução de emissões continua abaixo do exigido pela ciência para evitar os piores impactos da crise climática. O corte de 12% previsto para os próximos dez anos ainda é insuficiente para frear a tendência de alta das temperaturas e não garante o cumprimento do Acordo de Paris.
A ONU ressalta que há uma diferença significativa entre prometer e implementar políticas efetivas. Muitos países ainda enfrentam dificuldades para transformar planos em ações concretas, especialmente nos setores de energia, transporte e indústria. Essa lacuna de execução compromete o alcance das metas globais e aumenta o risco de eventos extremos, como ondas de calor, secas e enchentes.


Preocupação quanto a clima virou tema também na COP30, no Brasil (Foto: reprodução/Bruno Peres/Agência Brasil)


Desafios e caminhos possíveis

O relatório também destaca a importância de intensificar as políticas de mitigação e ampliar o financiamento climático para nações em desenvolvimento. A cooperação internacional e o investimento em tecnologia limpa são apontados como fatores essenciais para acelerar a transição para uma economia de baixo carbono.


No caso do Brasil, a questão do desmatamento e a necessidade de manter uma matriz energética sustentável continuam entre os principais desafios. Especialistas afirmam que o país tem potencial para liderar a agenda climática global, mas precisa garantir que suas metas sejam compatíveis com a redução exigida pela ONU.
A mensagem central do documento é clara: o mundo ainda não está no caminho certo para limitar o aquecimento global. A menos que os países ampliem seus esforços e cumpram integralmente suas promessas, o planeta continuará avançando em direção a um cenário de impactos ambientais e sociais cada vez mais severos.

Cristiano Ronaldo reflete sobre fortuna e nova fase

O astro português Cristiano Ronaldo, de 40 anos, voltou a ser destaque fora dos gramados após o anúncio da Forbes de que passou a integrar o seleto grupo de bilionários do planeta. Em entrevista ao jornalista britânico Piers Morgan, o jogador do Al-Nassr afirmou que a conquista financeira não o surpreendeu. Segundo ele, o feito já havia sido alcançado há algum tempo e representava mais um marco pessoal, comparável à conquista de uma Bola de Ouro. No entanto, garantiu que o dinheiro “ajuda, mas não importa quando se atinge certo nível”, e que não vive obcecado por ele.

Atleta mira vida além dos gramados

Em entrevista ao jornalista Piers Morgan, Cristiano Ronaldo comentou que alcançar o status de bilionário aos 39 anos foi resultado de uma trajetória planejada, considerando a conquista apenas uma questão de tempo. Reconhecido oficialmente pela revista Forbes, o jogador comparou a realização financeira a vencer um dos principais prêmios do futebol mundial, tratando-a como uma meta pessoal cumprida após anos de dedicação dentro e fora de campo.

Apesar da relevância do feito, Ronaldo ressaltou que o dinheiro não é o principal foco de sua vida. Segundo ele, a estabilidade financeira representa um reconhecimento natural do sucesso, mas perde importância quando se atinge determinado patamar.

O atleta também revelou aspectos de seu estilo de vida atual, marcados por uma mudança de prioridades. O bem mais caro de seu patrimônio é um jatinho particular, adquirido por conveniência diante da impossibilidade de circular em aeroportos com tranquilidade. Hoje, no entanto, o português afirma que seu interesse por bens materiais diminuiu significativamente. Após os 40 anos, ele passou a concentrar-se em outros aspectos da vida pessoal e profissional, deixando de lado a busca por colecionar carros e artigos de luxo que marcaram fases anteriores de sua carreira.


Cristiano Ronaldo em ação pelo Al-Nassr (Foto: reprodução/Instagram/@cristiano)


Gestão Financeira como algo importante

Cristiano Ronaldo revelou que mantém uma equipe de conselheiros financeiros responsável por gerenciar seu patrimônio, com quem mantém contato constante para garantir a boa administração de seus recursos. O jogador destacou que a solidez econômica conquistada ao longo da carreira lhe proporcionou novas oportunidades, mas afirmou que vive atualmente uma fase voltada a objetivos diferentes, menos centrada em aquisições e demonstrações de riqueza.

Ao mencionar sua conhecida coleção de automóveis, composta por mais de 40 veículos, o atleta reconheceu que o interesse por esse tipo de bem diminuiu com o tempo. Hoje, suas prioridades estão direcionadas a aspectos mais pessoais e duradouros, refletindo uma mudança natural de perspectiva após décadas de protagonismo esportivo.

Em um momento de maturidade profissional e pessoal, Ronaldo demonstrou enxergar o dinheiro como parte do sucesso, mas não como o elemento central de sua trajetória. Ele considera que há valores mais significativos do que o acúmulo de bens materiais e que sua carreira no futebol foi vivida de forma intensa o suficiente para permitir essa transição. A entrevista, de tom reflexivo, apresentou um retrato equilibrado de um atleta que alia ambição e disciplina a uma crescente consciência sobre o significado de suas conquistas fora dos gramados.

Ídolo do futebol holandês, Royston Drenthe é hospitalizado após AVC

O mundo do futebol foi surpreendido com a notícia de que o ex-jogador Royston Drenthe, que passou pelo Real Madrid, foi internado na Holanda após sofrer um AVC. A informação foi confirmada pelo grupo FC De Rebellen, ao qual Drenthe está ligado. Aos 38 anos, ele agora enfrenta um desafio sério à sua saúde, enquanto familiares e fãs torcem por sua recuperação.

Detalhes sobre o estado clínico de Drenthe ainda são escassos. O comunicado oficial afirma apenas que ele está recebendo cuidados adequados e que sua família solicita privacidade neste momento delicado. A gravidade do quadro e o tempo decorrido entre o acidente e o socorro não foram divulgados.

Carreira e trajetória de Drenthe

Royston Drenthe ganhou projeção internacional após se destacar no Feyenoord, o que lhe valeu a transferência ao Real Madrid. Durante sua passagem pelos merengues, venceu LaLiga e a Supercopa da Espanha, contribuindo como parte de elencos fortes. Após deixar o Real Madrid, Drenthe transitou por diversos clubes, incluindo Everton, Reading, Sheffield Wednesday, Hercules e outros. Sua carreira seguiu sendo marcada por altos e baixos, mas sempre despertando respeito pelo talento e versatilidade demonstrados em seus melhores momentos.

A notícia do AVC reacende o apreço e a preocupação com atletas que passaram do auge competitivo para a fase pós-carreira. A saúde de ex-jogadores é tema recorrente, especialmente em casos neurológicos graves, onde mobilidade, função cerebral e qualidade de vida podem ser impactadas por anos.


Com passagem pelo Everton, Drenthe enfrenta grave problema de saúde. (Foto: reprodução/X/@Everton)


Impactos e expectativa de recuperação

A hospitalização de Drenthe interrompe qualquer rotina pessoal e expõe o processo de recuperação que virá a seguir. Os cuidados intensivos para AVC envolvem intervenções médicas imediatas, monitoramento neurológico, reabilitação motora e suporte constante para prevenção de sequelas.

Sua família deseja que o ex-atleta recupere-se plenamente, e o clube FC De Rebellen reforçou que ele está em “boas mãos”. A comunidade futebolística mostra solidariedade. Embora ainda não haja novas atualizações sobre seu estado, sua condição inspira mobilização e orações.

Casos como o de Drenthe lembram que atletas, mesmo após deixarem os gramados, não estão imunes a problemas de saúde graves. E ressaltam a importância de acompanhamento clínico contínuo para quem viveu carreira de alto rendimento. Que ele consiga atravessar esse momento com força, privacidade e dignidade.

Senado dos EUA deixa funcionários sem salário

O shutdown dos EUA chega ao 20º dia com impacto direto sobre servidores do Senado: nesta segunda-feira (20), muitos deles deixaram de receber seus salários. Segundo o planejamento interno, o pagamento devido à primeira quinzena de outubro foi bloqueado em virtude da paralisação parcial do governo, que impede o uso de recursos públicos em certas atividades não autorizadas.

Enquanto isso, benefícios como saúde, aposentadoria e seguros continuam ativos, mas sem a remuneração mensal habitual. O salário dos legisladores, por sua vez, permanece garantido, por força da Constituição que assegura pagamentos diretos via Tesouro Nacional durante impasses orçamentários.

Suspensão de salários e expectativa de compensação

Os servidores afetados aguardam a retomada dos pagamentos assim que o impasse orçamentário for resolvido. Conforme comunicado do Senado, o depósito deverá ser restabelecido até três dias úteis após o encerramento do shutdown. Isso inclui os valores retroativos que ficaram retidos durante a paralisação. Contudo, a incerteza política entre democratas e republicanos amplia a ansiedade entre os funcionários públicos federais.

Mesmo sem receber salário, os servidores do Senado continuam sujeitos às obrigações contratuais e à prestação de atividades essenciais, segundo regulamentos internos. A paralisação fiscal, porém, afeta funções secundárias, adia pagamentos e cria pressão institucional para um acordo rápido no Congresso.


Governo de Trump lida com novo problema (Foto: reprodução/Kent Nishimura/CNN)


Contexto da paralisação e desdobramentos

O shutdown teve início em 1º de outubro após o Congresso não aprovar o novo orçamento federal dentro do prazo. As divergências centram-se em cortes propostos a programas como o Obamacare, que oferece subsídios de saúde a milhões de americanos. Democratas defendem a manutenção total desses fundos, enquanto aliados do presidente Trump insistem em redução de despesas.

O impasse bloqueia verbas para setores sem autorização emergencial e obriga que atividades essenciais sigam em funcionamento com orçamentos contingenciais. Durante o confronto, cerca de centenas de milhares de servidores deram férias não remuneradas ou continuaram no trabalho sem remuneração garantida até que o orçamento fosse aprovado.

A paralisação refletirá na economia e nos serviços públicos: atrasos em contratos federais, interrupções de programas sociais e represamento de investimentos são riscos latentes. Ainda assim, legisladores esperam que a crise tenha resolução ainda nesta semana, embora o clima de polarização política sugira cautela.

Para muitos servidores do Senado, o cenário é de apreensão, face à incerteza de quando o acordo será alcançado e o pagamento restabelecido. A situação expõe fragilidades no sistema orçamentário americano e ressalta como disputas ideológicas podem atingir diretamente a vida de quem trabalha para o governo.

Trump ameaça Hamas após retomada violenta de Gaza

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje, através da rede social Truth Social, que, caso o Hamas continue a matar pessoas em Gaza, a Casa Branca permitirá que Israel reocupe a região e aniquile os membros do grupo. Um dos negociadores da paz temporária no Oriente Médio, Trump advertiu os terroristas acerca do estrito cumprimento do acordo, na busca pela manutenção da trégua.

Hamas mata 33 pessoas em Gaza

À medida que libertava os últimos reféns vivos, na segunda-feira (13), o Hamas retomou de forma violenta o controle sobre a Faixa de Gaza. Supostos colaboradores das forças israelenses foram assassinados nas ruas.

Uma fonte anônima disse à CNN que, desde a interrupção do conflito, 32 membros de “uma gangue ligada a uma família na Cidade de Gaza” foram mortos, assim como seis integrantes dessa mesma família. Mais tarde, vídeos de execuções públicas no que parece ser a localidade puderam ser vistas nas redes sociais, embora não se saiba a data e local exatos da produção do conteúdo.


Guerra em Gaza deixou brutal destruição (Foto: Reprodução/Getty Images Embed/Abdolrahman Rashad/)


A situação não é nova. Historicamente, os vários recuos de tropas israelenses em Gaza, após brutal destruição promovida pelo Estado vizinho, foram acompanhados de repressão àqueles que facilitaram ou lucraram com sua ocupação, o que configura uma afronta aos termos da negociação de paz.

Tropas israelenses também foram acusadas, pela Organização das Nações Unidas, nos últimos dias, de desrespeitar o acordo, ao atirar contra civis palestinos que se aproximaram quando elas se retiravam da região. 

Cessar-fogo é anunciado

A partir da liderança dos Estados Unidos, Egito, Catar e Turquia, foi divulgado na segunda-feira (13) um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas, após 2 anos de conflito. 

Em 7 de outubro de 2023, o Hamas atacou uma festa isarelense na fronteira com Gaza, deixando 1.200 mortos e 251 sequestrados. Israel revidou com brutalidade, fazendo cerca de 67 vítimas palestinas fatais e desencadeando uma crise humanitária na região, que sofre com o precário abastecimento de comida e água.

As recentes negociações possibilitaram o imediato retorno dos reféns mantidos pelo grupo terrorista a suas famílias. Contaram ainda com planos de desarmamento do Hamas e de um futuro sem que esse comande a região, no que poderia culminar com o feito inédito da criação do Estado da Palestina, uma reivindicação histórica da ONU e do mundo árabe.

É ela, a história, no entanto que provê argumentos contrários à esperança de novos tempos: entre diversos cessar-fogo, o conflito já dura quase 80 anos, contando com inúmeros conflitos e tréguas nesse meio tempo.

Papa Leão denuncia “descarrilamento ético” diante da fome global

Durante discurso nesta quinta-feira (16) na sede da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), em Roma, o papa Leão XIV fez um apelo enfático aos líderes mundiais para que acabem combatam a fome global, chamando a situação de “um descarrilamento ético”.

O pontífice católico apontou que permitir que milhões de pessoas passem fome todos os dias é um “sinal claro de uma insensibilidade predominante”, acusando o sistema de ser injusto na distribuição de recursos, além de citar a economia mundial, a chamando de “sem alma”. Durante o encontro, ele ressaltou que 673 milhões de pessoas não comem o suficiente todos os dias, um dado que a própria ONU divulgou.

Responsabilidade global

Em seu discurso no fórum para 125 delegações, o papa Leão XIV reforçou que apesar de vivermos em um momento em que a expectativa de vida é mais alta, graças à ciência, ainda milhões de pessoas passam fome – e morrem devido isso – ao redor do mundo. Ele chamou a situação de “fracasso coletivo”, chamando a atenção global do mundo acerca do problema.

Ainda, sem mencionar países ou conflitos específicos, o líder católico mencionou o uso da fome como arma de guerra. De acordo com ele, os conflitos atuais trouxeram de volta esse mecanismo, mas o direito humanitário proíbe ataques a civis e a bens essenciais para a sobrevivência de pessoas. O papa completou, dizendo que o mundo parece ter se esquecido disso, já que “testemunhamos o uso contínuo dessa estratégia cruel”, e que isso deve levar o destino da humanidade à ruína.


Papa Leão XIV em discurso (Vídeo: reprodução/X/@vaticannews_pt)

Combate à pobreza

Grande parte da trajetória pastoral do papa Leão XIV foi atuando como missionário no Peru, onde ele combateu a pobreza como principal foco de seu trabalho. Primeiro papa dos EUA, desde o começo de sua liderança do Vaticano, ele trata o cuidado com os necessitados como um dos temas centrais de suas declarações, chamando a atenção para os conflitos atuais ao redor do mundo e pedindo por paz.

Em seu discurso, o pontífice criticou indiretamente a atual economia, a denominando “sem alma”, e sugeriu que o problema da fome e da pobreza não se encontra apenas como resultados externos, mas também como produto da desigualdade entre as pessoas. Segundo dados divulgados pela ONU este ano, 8,2% da população mundial sofreu com a fome em 2024, um número menor do que 2023 (8,5%), mas ainda alarmante. Apesar de uma melhora entre os anos, os conflitos e outros fatores, como na África e no Oriente Médio, podem invalidar esse avanço.

Nobel de Economia 2025 reconhece estudos sobre inovação e crescimento sustentável

O Prêmio Nobel de Economia de 2025 foi concedido nesta segunda (13) aos pesquisadores, Joel Mokyr, Philippe Aghion e Peter Howitt, em reconhecimento aos seus estudos sobre o papel da inovação no crescimento econômico sustentável. Mokyr foi destacado por sua análise histórica que identifica condições essenciais para o progresso tecnológico, enquanto Aghion e Howitt contribuíram com a formulação da teoria do crescimento baseada no conceito de “destruição criativa” — que significa, o processo pelo qual inovações substituem antigas tecnologias ou práticas.

O projeto

Segundo a Academia Real das Ciências da Suécia, o trabalho desses pesquisadores evidencia que a inovação é essencial não apenas como um marco no progresso, mas também — e talvez sobretudo — como agente de transformação, que exige comunidades abertas a novas propostas e com organizações capazes de lidar com os desequilíbrios gerados.

A teoria de destruição criativa mostra que, embora novas tecnologias traga diversos avanços, elas também provocam descontinuidade: empresas ou setores que não acompanham as mudanças tendem a perder relevância ou desaparecer no mercado.


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Publicação sobre premiação do Prêmio Nobel de Economia (Foto: reprodução/Instagram/@NobelPrize)

Mokyr investigou registros históricos para diferenciar inovações práticas de avanços baseados em entendimento científico, apontando que ambos são importantes, mas que sem investigação, crença na ciência e capacidade de adquirir e distribuir novos conhecimentos, o progresso econômico sustentável fica comprometido.

Prêmio Nobel

O Nobel de Economia de 2025 reforça, assim, uma mensagem de extrema importância para a sociedade: o crescimento econômico moderno depende não só da descoberta de novas tecnologias, mas também de políticas, instituições e ambientes sociais que permitam que essas inovações floresçam, superem resistências e que sejam capazes de substituir modelos antigos com excelência e eficiência.

O anúncio da premiação foi feito pela Academia Real das Ciências da Suécia, e o valor do prêmio somou um total de 11 milhões de coroas suecas (aproximadamente R$ 6,4 milhões na cotação atual). Metade desse montante será destinada a Mokyr, principal pesquisador do projeto e a outra metade será dividida entre Aghion e Howitt que contribuíram juntamente com o ideal apresentado.

Acordo de cessar-fogo é selado sem Israel nem Hamas

Uma cúpula de paz histórica foi realizada na cidade egípcia de Sharm el-Sheikh nesta segunda-feira (13), onde dezenas de líderes globais assinaram um acordo para oficializar o cessar-fogo na guerra em Gaza. O fato curioso é que Israel e o Hamas não participaram do evento, apesar de serem as partes centrais do conflito.

A assinatura e os protagonistas da trégua

No encontro internacional, mais de 20 chefes de Estado e governo se reuniram para formalizar a trégua proposta pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que já havia sido negociada por representantes de Israel e do Hamas na fase anterior do conflito. A cerimônia teve contornos simbólicos e diplomáticos: embora o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tenha sido convidado, ele acabou recusando o convite, alegando que o evento coincidia com um feriado judaico.

Entre os presentes estavam Trump; o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani; os presidentes da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, do Egito, Abdul Fatah Al Sisi, e da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas; além de líderes europeus como Keir Starmer (Reino Unido) e Emmanuel Macron (França. A ausência de Israel e Hamas marcou o caráter externo da articulação, impressa como mediação internacional para cessar hostilidades.


Momentos de celebração por cessar-fogo (Foto: Reprodução/Abir Sultan/EPA)


A cúpula propôs ainda a criação de um “conselho supervisor” para Gaza, destinado a monitorar o cumprimento do acordo na fase inicial do pós-guerra. O trabalho desse órgão, no entanto, ainda carece de definições, especialmente quanto ao seu poder de intervenção e composição.

Recompensas, liberação de reféns e desafios futuros

A formalização do cessar-fogo ocorreu poucas horas após o Hamas ter liberado os 20 últimos reféns que permaneciam sob seu controle em Gaza. Como parte do acordo, Israel também iniciou a soltura de cerca de 2 mil prisioneiros palestinos, incluindo 250 condenados à prisão perpétua por crimes contra israelenses. Os libertados foram encaminhados pela Cruz Vermelha a Gaza, à Cisjordânia ou outros destinos.

Apesar desse avanço simbólico, diversos pontos críticos do plano ainda são nebulosos, sobretudo a questão do desarmamento do Hamas, a retirada futura das tropas israelenses e a estrutura de governança emergente para Gaza. O acordo mostra que há disposição diplomática global para uma trégua formal, mas a sustentabilidade do cessar-fogo dependerá do engajamento das partes centrais e da capacidade de monitoramento internacional.