Disputa comercial: Trump pressiona China com novas tarifas
O governo Trump decidiu elevar tarifas sobre importações da China, marcando uma nova fase na disputa comercial entre os dois países
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a ameaçar a China nesta segunda (20) e anunciou uma escalada significada das tarifas sobre os produtos chineses. Numa estratégia de pressão comercial, a partir do dia 1º de novembro, se Pequim não ceder às ações que Washington considera satisfatórias, poderá haver aplicação de tarifas adicionais de até 100% sobre importações chinesas.
Motivações
A motivação dos EUA está diretamente conectada ao uso que a China faz de terras raras e à percepção americana de que o país asiático adota práticas comerciais consideradas desleais. Com isso, Trump combina retórica de proteção da indústria nacional com contenção da dependência americana de cadeias de valor estratégicas, apontando a China como alvo central dessa política.
O presidente, Donald Trump, declarou hoje em entrevista na Casa Branca, que pretende retornar a Pequim no início de 2026 a convite do próprio país, até lá, representantes dos dois países irão se encontrar na Coreia do Sul para novas negociações.

Causas e consequências
Pequim, por sua vez, reagiu com vigor. O governo chinês classificou as ameaças tarifárias como “hipócritas” e reafirmou que não teme entrar em uma guerra comercial com os EUA, mantendo a via de retaliações. Essa dinâmica de escalada traz implicações globais. Analistas destacam que a disputa pode afetar cadeias de suprimentos, elevar custos para consumidores e exportadores, e gerar instabilidade no comércio internacional.
Para o Brasil, o novo capítulo da disputa comercial entre EUA e China representa um jogo de ganhos e perdas. A menor presença chinesa no mercado americano pode abrir espaço para o agronegócio e a mineração brasileiras, mas o aumento do fluxo de produtos chineses em direção à América Latina tende a acirrar a concorrência e ameaçar a produção local. Tudo dependerá das negociações entre Trump e Xi Jinping e de como o comércio global reagirá a mais essa rodada de tarifas
