MEC divulga orientação proibindo o uso de celular nas escolas

Nesta sexta-feira (31), o Ministério da Educação enfim começa a colocar em prática o seu plano de limitar o uso de smartphones e aparelhos que acessam a internet nas escolas, após o presidente Lula ter sancionado uma lei referente ao caso, em 15 de janeiro. Tal atitude chega para melhorar a concentração dos alunos, reduzir distrações e promover maior interação social no ambiente escolar, se estendendo a toda a educação básica; educação infantil, ensino fundamental e médio.

Novas orientações

A recomendação do MEC sugere que as escolas estabeleçam regras claras para o uso de dispositivos móveis, restringindo seu uso, seja no ambiente de sala de aula ou no horário do intervalo, exceto se forem utilizados com fins pedagógicos sob orientação dos professores ou em casos de emergência.

Em nota, a secretária da Educação Básica do MEC, Kátia Schweickardt, comentou e justificou sobre a decisão de forma direta.

A gente quer otimizar o uso, potencializar os benefícios e mitigar os efeitos nocivos (dos celulares), afirmou


Secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Schweickardt (Foto: reprodução/Rodemarques Abreu/SEMED/O Povo)

Além disso, segundo informações divulgadas pelo G1, em fevereiro ainda teremos um decreto presidencial, esclarecendo pontos específicos da lei aplicada em meados deste mês, bem como uma resolução com diretrizes operacionais, que será emitida pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).

Polêmica e desafios na implementação

Como já era de se esperar, a medida não foi bem recebida pelos alunos, que se sentem “censurados” e “pressionados” por terem seu tempo de tela sendo controlado. Entretanto, a necessidade de tal atitude se dá pelos prejuízos causados pelo uso dos aparelhos, que se manifestam de várias formas, seja em atrapalhar a socialização, desestimular os jovens a participarem de atividades motoras no intervalo, além da falta de aprendizado em sala de aula, o que pode ser considerado o mais grave de todos.


Adolescentes utilizando celular em sala de aula (Foto: reprodução/StockPlanets/Getty Images Embed)


A Common Sense, fez um levantamento sobre o uso dos smartphones nas salas de aula. Os resultados apontaram que 97% dos adolescentes desviam do foco nas aulas por uma média de 43 minutos. Deste tempo, 32% é destinado às redes sociais (Instagram, TikTok, Twitter) e 26% à demais plataformas, (como YouTube, Twitch e até mesmo serviços de streaming).

Brasil é líder em periculosidade para pessoas trans e travestis, aponta dossiê

Segundo dados apresentados pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) nesta segunda-feira (27), o Brasil continua sendo, pela 16ª vez, um dos países mais perigosos para a população trans e transexual. Apesar do perigo consecutivo, o dossiê apresentou uma queda em relação ao ano anterior. Mas, ainda apresenta índices altos, marcados por mortes brutais contra essa população.

A pesquisa

No dossiê apresentado pela Antra , dados revelam que a maioria do público vitimizado tem expectativa de vida de até 35 anos, sendo, em sua maioria, jovens, pessoas carentes e nordestinas.


Presidente da Antra, Bruna Benevides e o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania – MHC (Foto: reprodução/MDHC/Clarice Castro)

Uma das constatações do estudo é que as mais atingidas são mulheres trans, ou seja, pessoas que se identificam como mulheres, mas foram designadas como homens ao nascer. Além disso, o local mais frequente para a ocorrência da violência são espaços públicos, onde os crimes acontecem com ampla violência e crueldade.

Estados com o índice mais alto

O documento apresentou os estados brasileiros que, por sua vez, têm os índices de violência contra pessoas trans e travestis mais altos do país. Um deles é São Paulo, que registrou 16 casos, seguido por Minas Gerais, que ocupou a 2ª posição, com mais de 10 ocorrências.

Na sequência, o Ceará aparece em 3º lugar, com 11 assassinatos registrados, enquanto o Rio de Janeiro contabilizou 10 casos, ocupando a 4ª posição.

Os estados da Bahia, Mato Grosso e Pernambuco também se destacaram nos números alarmantes, com 8 ocorrências cada. Já os estados de Alagoas, Maranhão, Pará e Paraíba apresentaram índices um pouco menores, sendo 6 e 5 casos respectivamente.

Piauí e Rio Grande do Sul registraram 4 casos cada. Os números seguem caindo em Espírito Santo e Santa Catarina, que contabilizaram 3 assassinatos, seguidos por Goiás, Rondônia e Sergipe, com 2 casos cada.

No Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Paraná, foi registrado 1 caso em cada estado.

Ainda de acordo com os dados do dossiê, não houve registros de homicídios no Acre, Rio Grande do Norte e Roraima em 2024. Por outro lado, o estudo apontou a mesma violência contra brasileiros no exterior, além de 1 caso identificado por brutalidade, sem que a localização exata fosse especificada.

Medidas de solução

Para a solução, a presidente da Antra, Bruna Benevides, destacou que, apesar da diminuição de homicídios no país, a comunidade trans necessita de ações concretas para acabar com a transfobia. Essas ações incluem medidas educacionais, políticas integradas de recursos direcionados e canais de denúncia.

Ela também defendeu que o Estado registre os casos de violência contra pessoas trans, produza dados sobre essa população e fortaleça as instituições sociais para promover a cidadania e garantir os direitos das pessoas trans. Essas estratégias devem garantir igualdade de oportunidades, proteção contra discriminação e desenvolvimento de políticas públicas externas voltadas para a inclusão.

Donald Trump e Xi Jinping discutem acordo comercial por telefone

Em um telefonema realizado no dia 20 de janeiro, antes da posse de Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos e o líder chinês, Xi Jinping, discutiram a possibilidade de um acordo comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Durante a conversa, os dois líderes abordaram uma série de questões, incluindo o futuro do aplicativo TikTok, temas relacionados ao comércio e a delicada situação de Taiwan. A relação comercial entre os dois países tem sido um ponto central desde o início do mandato de Trump, com discussões frequentes sobre tarifas e práticas comerciais.

Acordo comercial

Embora Trump tenha prometido, durante sua campanha presidencial, adotar tarifas punitivas sobre produtos chineses para pressionar a China a adotar práticas comerciais mais justas, ele não implementou tais medidas de forma imediata após assumir a presidência.


Donald Trump e Xi Jinping (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


No entanto, as negociações comerciais entre os dois países seguiram de forma tensa, com a imposição de algumas tarifas ao longo dos anos, afetando tanto a economia dos EUA quanto a da China. Essas tarifas foram um reflexo da crescente frustração de Trump com o que ele considerava práticas comerciais desleais por parte da China, como a violação de propriedade intelectual e o déficit comercial significativo entre as duas nações.

Donald Trump e Xi Jinping

Em entrevista à Fox News, Trump destacou a importância do diálogo com Xi Jinping, classificando a conversa como positiva. Ele afirmou que a troca de ideias entre as duas potências é fundamental para o futuro das negociações comerciais, pois é por meio desse tipo de comunicação que se consegue entender as diferentes perspectivas e buscar soluções viáveis.

Trump também enfatizou que sempre buscou manter a comunicação aberta, mesmo quando as negociações pareciam estagnadas ou conturbadas. No entanto, o presidente dos EUA ressaltou que as tarifas ainda são uma ferramenta estratégica crucial no jogo comercial. “Temos um poder muito grande sobre a China, que são as tarifas, e eles não as querem”.

Eu preferiria não usá-las, mas é um poder tremendo sobre a China“, afirmou Trump, deixando claro que as tarifas continuam sendo uma opção viável, caso necessário. Ele, no entanto, reconheceu que o objetivo maior é evitar um cenário de confronto direto, o que poderia ter consequências econômicas graves para ambas as economias.

Donald Trump decreta o fim à cidadania automática

Em seu segundo dia de mandato, Donald Trump assinou vários decretos, entre eles, o de dar fim à cidadania automática, isto é, o poder de se tornar cidadão americano ao nascer nos Estados Unidos sendo filho ou filha de pais residentes no país de forma ilegal.

Para alguns especialistas, as ações do atual presidente eleito continuarão a ser inaceitáveis nos tribunais.


Momento de celebração à posse de Donald Trump publicado nas redes sociais (reprodução/Instagram/@realdonaldtrump)


Decreto atual de Donald Trump

A promessa de campanha de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, pela sua segunda passagem pela Casa Branca em Washington, se cumpriu na última segunda-feira (20).

Além de assinar vários outros decretos e declarar emergência na fronteira do país com o México, voltando a reunir forças militares junto ao muro construído por ele, por exemplo, assinou também o decreto de acabar com a cidadania automática para os filhos de imigrantes.

Esse decreto visa impedir que os órgãos do governo dos EUA emitam ou aceitem documentos para pessoas nascidas quando suas mães estiveram ilegalmente ou temporariamente nos EUA e seus pais não eram cidadãos ou residentes permanentes legais no momento do nascimento.

Ao limitar esse direito, o decreto cria uma camada de exclusão social e jurídica. Filhos de imigrantes nessas condições podem crescer sem status legal, dificultando o acesso a serviços básicos, como escolas, assistência médica e até mesmo um emprego formal.

Além disso, eles ficam mais vulneráveis ​​às deportações e à separação de suas famílias, criando um clima de insegurança.

O que diz a Constituição dos EUA

De acordo com a Emenda 14 de 1868 da Constituição dos Estados Unidos, a cidadania americana é concedida “a todas as pessoas nascidas ou naturalizadas nos Estados Unidos e que estão sujeitas a sua jurisdição” ainda afirma que “são cidadãos dos Estados Unidos e do Estado onde tiver residência”, ou seja, significa que qualquer pessoa que nascer em solo americano, se tornará automaticamente cidadão americano.

Para Donald Trump, uma pessoa não poderia se tornar americana se esta tivesse pais que não obtém documentação legal para residir no solo americano. Segundo especialistas, dificilmente algum tribunal aceitaria os argumentos contrários à Constituição.

Tribunal mantém autorização para fiscalização de mototáxis da 99 em São Paulo

Foi autorizada na última quinta-feira, 20, a continuidade de fiscalização dos serviços de mototáxis oferecidos pela plataforma 99, pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, à Prefeitura da capital paulista. O responsável pela decisão, foi o desembargador Eduardo Gouvêa e negou o pedido da empresa para suspender a atuação municipal. Segundo o argumento da plataforma de transportes alternativos, o decreto municipal n.º 62.144/2023,proíbe o transporte remunerado por motocicletas na cidade.


Arte com a logo da plataforma de transportes individuais, 99 App (Foto: reprodução/Pinterest/@sonhoseguro)

Disputa sobre competência

De acordo com a Constituição Federal, os municípios tem competência para legislar sobre assuntos de interesses locais. Dessa forma, o desembargador, analisando as provas, permitiu que a fiscalização continuasse. Ele também publicou um artigo da Política Nacional de Mobilidade Urbana que confirma ser responsabilidade das prefeituras regulamentares e fiscalizar o transporte remunerado privado individual.

A 99, no entanto, defende que o transporte por motocicletas é respaldado pela legislação federal e afirma que os municípios não têm competência para proibir o serviço, citando decisões anteriores do Supremo Tribunal Federal (STF). A empresa lamentou a decisão judicial em nota e garantiu que o serviço 99Moto continuaria operando. A companhia informou que está adotando medidas legais para garantir os direitos da empresa, dos usuários e dos motociclistas parceiros.

Prefeitura de São Paulo

Reafirmando que o transporte por mototáxi é clandestino, a Prefeitura diz que o serviço não possui autorização para funcionar. Desde o mês de janeiro, quando iniciou a fiscalização, 143 motocicletas foram apreendidas pelo descumprimento das regras. A administração municipal argumenta que a proibição tem a finalidade de garantir a segurança dos passageiros e a legalidade dos serviços na cidade.

Em entrevista, Ricardo Nunes, atual prefeito da cidade de São Paulo, disse que a empresa é uma “assassina” ao continuar oferecendo esse tipo de serviço e que ela provocaria uma “carnificina”, já que no ano anterior, dados de saúde e segurança mostraram um número crescente e considerável de acidentes de trânsito seguido de morte provocado por motos.

CEO do TikTok confirma permanência do aplicativo nos EUA

Na última sexta-feira (17), o CEO do TikTok, Shou Zi Chew, publicou um vídeo para tranquilizar milhões de usuários americanos, ao confirmar que a rede social deve contornar toda a pressão sofrida e seguirá funcionando normalmente nos EUA. A declaração foi feita em meio a especulações sobre a possível exclusão da plataforma no país, devido à preocupação com segurança nacional e populacional levantadas pelo governo local.

Declarações do CEO trazem boas expectativas

Durante um evento recente, Chew destacou o compromisso da empresa com a transparência e a colaboração com reguladores sobre a segurança da plataforma. Apesar disso, o futuro da rede social ainda depende de impasses políticos, em especial a possível aprovação de medidas legislativas que possam impactar sua operação no país.

Caso o TikTok seja banido, cerca 170 milhões de usuários ao redor dos EUA serão prejudicados.


Declaração completa de Shou tranquilizando os usuários (reprodução/X/@Metropoles)

No vídeo, publicado em suas redes sociais, o CEO enfatizou e agradeceu os esforços de Donald Trump em colaborar para a manutenção do aplicativo no país norte-americano.

Quero agradecer ao presidente Trump por seu compromisso em trabalhar conosco para encontrar uma solução que mantenha o TikTok disponível nos EUA.

Contexto geral do caso

Desde 2020, o TikTok enfrenta pressão nos EUA, por conta de suas ligações com a ByteDance, “empresa mãe”, cuja sede está situada na China.

Autoridades e especialistas em segurança alegam que a plataforma teria supostamente compartilhado dados de usuários americanos com o governo chinês, situação sempre negada pelos representantes do aplicativo.

Apesar dos esforços de Shou e Trump, o desfecho da história está cada vez mais preocupante para a rede social mais popular do momento. A estimativa total é de 4,48 bilhões de usuários ativos de redes sociais ao redor do mundo, 22,32% usam o TikTok regularmente.

A exclusão da rede na maior potência do mundo indicaria um futuro catastrófico para a plataforma.

Morre David Lynch, diretor de “Twin Peaks” e “Cidade dos sonhos”, aos 78 anos

O diretor e roteirista David Lynch, responsável por dirigir produções como “Cidade dos sonhos” e “Twin Peaks”, morre nesta quinta-feira (16), aos 78 anos. Conhecido por seus filmes surrealistas, o cineasta recebeu quatro indicações ao Oscar durante a carreira.

A causa da morte ainda não foi divulgada. No entanto, em 2024 ele revelou que foi diagnosticado com enfisema pulmonar, doença crônica que o impediu de continuar trabalhando presencialmente nas produções. Segundo Lynch, seu vício teria causado a complicação, já que o diretor fumava desde os oito anos.

Início da carreira profissional

Depois de trabalhar como pintor e diretor de curtas, ele lançou seu primeiro longa-metragem, “Eraserhead”, em 1977, filme que conquistou uma forte reputação cult ao longo dos anos.

Logo após essa realização, ele foi contratado para escrever e dirigir “O homem elefante” (1980), obra estrelada por John Hurt e Anthony Hopkins, e inspirada na história real de John Merrick, um homem que sofria de deformações congênitas no rosto.

O filme recebeu oito indicações ao Oscar, incluindo a de melhor diretor, primeira indicação da carreira de David Lynch.

Produções cinematográficas

Em 1984, ele foi responsável por dirigir a primeira adaptação cinematográfica de “Duna”, mas não alcançou o mesmo sucesso.

Dois anos após o fracasso com a adaptação científica, ele conseguiu se recuperar e recebeu uma nova indicação ao Oscar, dessa vez pela direção do longa “Veludo azul” (1986). Em 1990, ganhou a Palma de Ouro no Festival de Cannes pelo filme “Coração Selvagem”.

Ainda em 1990, ele lançou a série “Twin Peaks”, que combinou investigação e suspense para conquistar o público. Embora a série tenha cancelado a segunda temporada, o projeto ganhou o filme derivado “Twin Peaks: Os últimos dias de Laura Palmer” (1992), além de uma nova temporada em 2017.

David Lynch também é responsável por produções como “Estrada Perdida” (1997), “Uma História Real” (1999) e “Cidade dos Sonhos” (2001), obra pela qual ele ganhou o prêmio de melhor diretor no Festival de Cannes, e uma indicação ao Oscar.


Cena do filme “Cidade dos Sonhos” (Foto: reprodução/Prime Video)

Seu último longa-metragem foi Império dos Sonhos (2006). O cineasta também fazia participações como ator, tendo sido a mais recente em “Os Fabelmans” (2022), em que interpretou o diretor célebre John Ford.

O diretor também se dedicou à música, tendo lançado os álbuns “BlueBoB” (2001), “Crazy Clown Time” (2011) e The Big Dream (2013).

Condenado, entenda os próximos passos de Trump e seus processos judiciais

Após ter sido condenado no ano passado por fraude fiscal, em uma tentativa de ocultar o pagamento de suborno à ex-atriz pornô Stormy Daniels ocorrido durante sua primeira campanha presidencial, Donald Trump obteve uma vitória na última sexta-feira ao receber uma “liberação incondicional” do juiz responsável pelo caso.

Na prática, isso significa que o presidente eleito dos Estados Unidos está isento de qualquer multa ou pena de prisão, inclusive da possibilidade de liberdade condicional, tornando o reconhecimento de culpa apenas simbólico.

Com isso, Trump, que se tornou o primeiro presidente dos Estados Unidos a ser fichado criminalmente, ainda enfrenta três outros processos criminais que aguardam julgamento. Abaixo, vamos entender o que deve ocorrer com cada um deles.

Mar-a-Lago e invasão ao Capitólio

A bem documentada invasão ao Capitólio, que ocorreu em 6 de janeiro de 2021, nas proximidades da posse de Joe Biden como presidente, pode levar Trump a julgamento e possível condenação pela tentativa de subverter o resultado das eleições. Além disso, ele também é acusado de apropriação indevida de documentos confidenciais ao deixar a Casa Branca, expondo-os ao acesso de qualquer pessoa em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida, e tirando as tentativas do Estado de recuperá-los.


Donald Trump durante julgamento (Foto: reprodução/Getty Images News/Pool/Getty Images Embed)


No entanto, após a vitória de Trump, seu advogado, Jack Smith, solicitou o arquivamento do caso diante das duas investigações federais. Ele alegou que o Departamento de Justiça é proibido de processar presidentes em exercício. No pedido, afirmou que a medida não se baseia na falta de provas e que o processo poderia ser retomado sem prejuízo quando Trump deixar a Casa Branca.

Fraude eleitoral na Geórgia

Entre os três processos, o único ainda ativo é o que investiga Trump e outros 14 aliados por conspiração para fraudar o pleito. Nesse caso, quatro deles já se declararam culpados.

O episódio ganhou destaque devido ao vazamento de conversas entre Trump e o então secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger. Na ligação, Trump pressionava o secretário para “encontrar” 11 mil votos a seu favor, a diferença que garantiu a vitória de Biden no estado.

O processo contra Trump na Geórgia enfrenta obstáculos, devido à promotora Fani Willis ter sido afastada por conflito de interesses. A legislação estadual impede perdão presidencial, e crimes exigem pena mínima. Apesar disso, o caso está pausado, e sua equipe espera prosseguir com acusações contra aliados enquanto Trump governa.

Relatório da PF aponta que Bolsonaro viajou para os EUA para evitar prisão

De acordo com o relatório final da PF, que investiga a tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro decidiu deixar o Brasil em um momento de grande instabilidade política, quando suas tentativas de reverter o resultado das urnas não tiveram sucesso, o que aumentou o risco de sua prisão.

O ex-presidente também teria viajado para os Estados Unidos com o objetivo de aguardar o desfecho dos atos golpistas de 8 de janeiro, quando seus apoiadores invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília. A viagem foi uma estratégia para se proteger enquanto o cenário político se desenrolava e as consequências das ações golpistas eram investigadas.

Ex-Presidente da República Jair Bolsonaro (Foto: reprodução/Evaristo Sá/AFP)

Viagem aos EUA

A viagem de Jair Bolsonaro aos Estados Unidos no final de 2022 foi cuidadosamente planejada e adaptada conforme a situação política do momento. De acordo com as investigações, a decisão do ex-presidente de se afastar do Brasil e a movimentação em torno de sua fuga demonstraram a persistente intenção de seus aliados em protegê-lo e garantir sua liberdade, evitando as possíveis consequências legais de suas ações. A análise das investigações sugere que houve um esforço claro por parte de seu círculo próximo para mantê-lo seguro e longe de desdobramentos que pudessem resultar em sua prisão. Bolsonaro permaneceu nos Estados Unidos por três meses, retornando ao Brasil apenas em março de 2023, quando o cenário político já estava mais estabilizado.

Processo de Investigação

Durante o processo investigativo, a Polícia Federal encontrou no computador de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e um dos delatores, uma apresentação em PowerPoint com detalhes de um plano para a criação de uma rede de apoio à fuga e evasão, caso Bolsonaro decidisse não cumprir as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). O documento revelou uma estratégia bem articulada para facilitar a fuga do ex-presidente, incluindo o uso de armamento para garantir a segurança e o sucesso da evasão em situações de confronto com a justiça.

As investigações mostraram que o plano de fuga, inicialmente concebido em 2021, foi modificado e adaptado após o grupo de aliados de Bolsonaro não conseguir implementar o golpe de Estado planejado para 2022. O fracasso da tentativa de subverter os resultados das eleições e instaurar um regime paralelo levou à reavaliação da estratégia, que passou a ser considerada uma alternativa caso as tentativas de golpe não se concretizassem. De acordo com o relatório da Polícia Federal, “o plano de fuga foi ajustado e reativado no final de 2022, quando a organização criminosa não conseguiu concretizar o golpe de Estado”, o que revela a continuidade das articulações e a persistência do grupo em garantir a proteção e a liberdade de Bolsonaro, mesmo diante do fracasso de seus objetivos políticos.

Papa Francisco comenta sobre eleições e critica Trump e Kamala Harris

Nesta última sexta-feira (13), o Papa Francisco fez diversas críticas a Donald Trump e Kamala Harris, os dois principais candidatos para a presidência dos Estados Unidos. Alertado que ambos os políticos têm atitudes políticas ‘’antivida’’ e pede aos católicos estadunidenses escolherem que acreditam que seja o ‘’mal menor’’ nas próximas eleições do país que ocorrem dia 5 de novembro. 

Coletiva do Papa

Durante uma conferência de imprensa durante seu voo de volta a Roma, retornando de sua viagem por quatro países da Ásia, o líder católico foi questionado sua posição política na eleição americana. Sem mencionar o nome de nenhum candados, Franciso relembrou que aos jornalistas que não é americano e que, embora não tenha citado por nome nenhum dos candidatos, afirma que ambos têm posições contra a vida e cometem ‘’pecados graves’’, Trump contra a migração e Kamala ser a favor da legalização do aborto. 

“Ambos são contra a vida, seja o que expulsa os migrantes ou o que (apoia) matar bebês”. Disse o Papa Francisco. 

Trump e migração

Crítico de Trump desde seu plano de construir o muro na fronteira entre os EUA e o México em 2016, Francisco afirma que qualquer um que impedi a entrada de migrantes e seja a favor de uma campanha de deportações em massa não é realmente cristão. Além disso, o líder católico se recordou de uma missa feita na fronteira EUA-México. 


Candidato republicano Donald Trump (Foto: reprodução/Jim Watson / AFP)

“Havia tantos sapatos dos migrantes que terminaram mal ali”. Comentou o Papa. 

Harris e o aborto

Harris, a candidata democrata que entrou no lugar de Joe Biden após a desistência de reeleger do atual presidente, defende fortemente a legalização do aborto sendo um grande ponto em sua campanha. O líder católico diz ser contra o processo, afirmando na coletiva que, segundo a ciência, após um mês da conceção, todos os órgãos do corpo humano já estão formando. 


Candidata democrata Kamala Harris (Foto: reprodução/Stephanie Scarbrough/AP Photo)

“Fazer um aborto é matar um ser humano, quer goste ou não da palavra, isso é matar.” Continuou Francisco. 

A figura católica continuou lembrando as pessoas sobre o dever cívico de votar, pedindo a população pensar em qual seria o ‘’mal menor’’, pedindo consciência e reflexão antes de ter sua decisão.