Gérard Depardieu é condenado por agressão sexual em caso que envolve duas ex-colegas

Segundo uma matéria publicada pelo portal Hugo Gloss, nesta terça-feira (13), o ator francês Gérard Depardieu é sentenciado pela justiça francesa. O cineasta foi condenado a 18 meses de prisão por agressão sexual a duas ex-funcionárias e também foi colocado no cadastro de criminosos sexuais da França.

A agência de notícias Associated Press (AP), esclareceu que a justiça do país europeu determinou que Depardieu tenha dois anos de inabilitação para exercer cargos públicos e terá que indenizar as vítimas com o valor de 29 mil euros, que convertidos em real equivalem a 183 mil reais.

Gérard nega quaisquer acusações

Nesta última segunda-feira (12) o advogado do artista, Jérémie Assous, havia anunciado que o acusado estaria presente no tribunal durante a leitura do veredicto, algo que não aconteceu segundo o jornal Carta Capital.


Martine Redon e Gérard Depardieu na série “Meeting to Badenberg” realizada por Jean Michel Meurice em 1969 (Foto: reprodução/Georges Galmiche/INA/Getty Images Embed)


O caso julga as acusações feitas em 2021 ao longo das gravações do filme Les Volets Verts, de Jean Becker. As denúncias foram feitas por Amélia, uma profissional responsável pela criação dos cenários do set de 54 anos e Sarah (nome fictício) uma assistente de direção de 34 anos.

Assim, as duas ex-funcionárias o acusaram de assédio sexual e insultos sexistas. Um mês após a primeira queixa registrada, a cenógrafa desabafou para o site Mediapart sobre os comentários ofensivos do ator e descreveu como foi agarrada brutalmente. Já a segunda mulher, revelou à polícia francesa que quando foi abordada tinha 24 anos e estava na mansão do cineasta quando ele a ofendeu com palavras indecentes.

Ao decorrer da primeira audiência, Depardieu já deixa seu posicionamento claro ao defender sua inocência alegando que não perderia seu tempo apalpando as partes íntimas de uma mulher, pois não se considera um pervertido do metrô. A figura emblemática do cinema francês seguiu negando qualquer irregularidade, mas o juíz Thierry Donard, revelou que a explicação do ator sobre os eventos não foi convincente.

Organizações feministas raivosas

A figura francesa que participou de obras como “As Férias da Minha Vida” e “Asterix e Obelix contra César” foi julgado em março deste ano no espaço de quatro dias, e rejeitando as alegações, ele reconheceu que havia usado de certa forma uma linguagem ordinária e sexualizada no ambiente de trabalho e que de fato agarrou os quadris de uma vítima durante uma discussão, porém, negou que seus atos fossem de cunho sexual.


Gérard Depardieu com seu advogado Jeremie Assous no quarto dia de seu julgamento em que é acusado de agredir sexualmente duas mulheres, em 27 de março de 2025 (Foto: reprodução/Julien De Rosa/AFP/Getty Images Embed)


Após o francês não ter comparecido ao tribunal por conta da gravação de uma nova produção em Portugal com Fanny Ardant o advogado da celebridade pediu sua absolvição por uma suposta perseguição sofrida pelas vítimas do caso, que em sua visão são retratadas como contadoras de histórias que trabalham para organizações feministas raivosas.

Irã enforca suposto espião acusado de ligação com Israel

O réu Mohsen Langarneshin, acusado de espionagem por supostamente se envolver em diversos acontecimentos de grande porte contra o Irã, é enforcado na manhã desta quarta-feira (30). Segundo a CNN Brasil, uma dessas acusações inclui a morte de um coronel da Guarda Revolucionária iraniana em 2022.

A execução foi informada pela Mizan, uma agência de mídia judiciária iraniana. Por tanto, Langarneshin, condenado por espionagem e cooperação com o Mossad, agência de inteligência nacional de Israel, foi considerado um espião de alto escalão e apoiador operacional de várias missões da inteligência inimiga em seu país. Entretanto, o veículo irãnico não deixou claro a data de sua prisão ou seu julgamento.


Primeiro selo oficial da organização governamental de Israel (foto: reprodução/Instagram/@mossad_carear)

Porém, a mídia estatal do país situado no oriente médio, seguiu afirmando que durante os supostos dois anos em que o acusado serviu como espião israelense, ele foi responsável por ações terroristas importantes e esteve presente na cena de assassinato de Sayad Khodai.

A morte de um coronel

O caso, também apurado pelo jornal O Globo, afirma que a principal atuação do suposto espião teria sido em 22 de Maio de 2022, ou seja, na arquitetura do assassinato de um coronel da Guarda Revolucionária do Irã, Sayad Jodaei, executado por dois motociclistas enquanto voltava para sua residência no leste de Teerã.


O coronel Sayad Khodai, oficial da guarda Revolucionário, exército ideológico do Irã (Foto: reprodução/Instagram/@ohfnews)

Na época após o ocorrido, o veículo de notícias norte-americano New York Times, publicou uma manchete alegando que Israel havia se pronunciado como mandante do assassinato.

Acusações confessadas

Assim, a notícia da execução de Langarneshin repercutiu mundialmente, e principalmente, por conta do impacto das afirmações apresentadas. Além disso, a CNN Brasil divulgou informações sobre as demais acusações, incluindo, o suposto apoio operacional para um ataque a um centro industrial em Isfahan.

Em resumo, o acusado teria assumido todas as suposições levantadas pelo Mizan, enquanto, Abbas Araqchi, ministro das Relações Exteriores do Irã, estava ocupado demais acusando Israel de tentar sabotar as negociações nucleares entre o país do oriente médio e os Estados Unidos.

Energia solar: a escolha do presente para proteger o futuro do planeta

Com os efeitos das mudanças climáticas cada vez mais visíveis no Brasil e no mundo — como o aumento das temperaturas, estiagens prolongadas e eventos climáticos extremos — o debate sobre sustentabilidade nunca foi tão urgente.

Nesse cenário, a energia solar vem ganhando espaço como uma das alternativas mais promissoras para quem quer fazer sua parte na proteção do meio ambiente, sem abrir mão da economia e da eficiência. Isso é sustentabilidade em sua essência, já que ser sustentável significa ter equilíbrio e impacto positivo em três áreas: ambiental, financeiro e social.

Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a geração distribuída — quando consumidores produzem sua própria energia, principalmente por meio da tecnologia fotovoltaica — já ultrapassou a marca de 3,3 milhões de unidades consumidoras no Brasil até março de 2025 com sistemas de geração conectados à rede.

“A energia solar permite que pessoas comuns participem da transição energética de forma prática, acessível e com impacto direto na redução da poluição. É um passo que começa no presente, mas transforma o futuro”, afirma Flávio Abreu, fundador da i9 Solar, empresa referência em soluções solares para residências, empresas e propriedades rurais.

Uma mudança de energia que começa em casa

Um dos principais benefícios da energia solar é que ela não depende da queima de combustíveis fósseis, que são grandes responsáveis pela emissão de CO₂ e pelo aquecimento global. Além disso, a instalação de sistemas fotovoltaicos pode ser feita em espaços já existentes, como telhados, galpões e terrenos sem uso, sem causar impactos ao solo ou à vegetação.

De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a energia solar já representa cerca de 18% da capacidade total de geração de energia no Brasil, ficando atrás apenas da fonte hídrica.



“A cada painel solar instalado, estamos reduzindo a pressão sobre o meio ambiente e construindo uma matriz energética mais limpa. E o mais interessante é que isso já está ao alcance de milhares de brasileiros”, reforça Flávio.

Responsabilidade que gera retorno

Além dos benefícios ambientais, a energia solar também representa economia real para quem adota a tecnologia. A redução na conta de luz pode chegar a mais de 90%, com retorno do investimento em poucos anos — o que atrai tanto consumidores residenciais quanto empresas e produtores rurais.

“Hoje, investir em energia solar é tão vantajoso para o bolso quanto para o planeta. É uma decisão consciente que faz bem em todos os sentidos”, conclui o fundador da i9 Solar.

Sobre o Dia da Terra (Earth Day)

Celebrado em mais de 190 países, o Dia da Terra surgiu nos Estados Unidos, em 1970, e se tornou um marco global na luta ambiental. A data tem o objetivo de mobilizar governos, empresas e cidadãos para práticas mais sustentáveis, especialmente no combate às mudanças climáticas e à degradação dos recursos naturais.

Para saber mais acesse:

Instagram @i9solar

Site https://www.i9solar.com/blog

Mundo bate recorde de execuções e acende alerta global sobre pena de morte

Nesta terça-feira (8), a Anistia Internacional revelou que o mundo registrou, em 2024, o maior número de execuções por pena de morte em quase uma década. Segundo o relatório divulgado pela organização, foram 1.518 execuções no ano passado, um aumento de 32% em relação a 2023. A maior parte delas se concentrou em três países: Irã, Iraque e Arábia Saudita, responsáveis por 91% dos casos oficialmente documentados.

O aumento alarmante das execuções em 2024

O Irã aparece como o principal executor, com 972 mortes registradas, número que representa 64% de todas as execuções conhecidas. Muitas dessas sentenças, de acordo com a Anistia, foram motivadas por repressão política, atingindo inclusive manifestantes do movimento “Mulher, vida, liberdade” que foram sentenciados à morte, incluindo um jovem com deficiência mental. Na Arábia Saudita, a pena capital continua sendo aplicada para silenciar dissidentes e membros da minoria xiita. O Iraque também surpreendeu pelo salto expressivo no número de execuções, que passou de 16 para 63 em apenas um ano.


Irã executa sete pessoas em praça pública (Foto: reprodução/ISNA/AFP/Getty Images Embed)


Segredo, repressão e o uso político da pena de morte

Embora o relatório traga números preocupantes, ele também destaca o silêncio e a falta de transparência de países como China, Coreia do Norte e Vietnã conhecidos por aplicarem a pena de morte, mas que não divulgam dados confiáveis. A China, segundo a Anistia, continua sendo o país que mais executa pessoas no mundo, embora as cifras oficiais permaneçam fora do alcance público. Outro dado alarmante diz respeito ao uso da pena capital em crimes relacionados a drogas, que representam mais de 40% das execuções globais.

A Anistia alerta para a tendência preocupante de alguns países em reverter avanços: Maldivas, Nigéria e Tonga estudam reintroduzir a pena de morte para crimes ligados ao tráfico de drogas, enquanto República Democrática do Congo e Burkina Faso avaliam restaurar as execuções para crimes comuns.

Apesar do cenário, a Anistia reforça que a maioria do mundo segue em caminho oposto. Atualmente, 145 países aboliram ou deixaram de aplicar a pena de morte. “A pena de morte é um crime atroz que não tem lugar no mundo atual”, declarou Agnès Callamard, secretária-geral da organização, que pede mais pressão internacional e solidariedade às vítimas de regimes opressores.

Jean-Claude Van Damme é investigado em caso de tráfico humano

O ator Jean-Claude Van Damme, ícone dos filmes de ação dos anos 80 e 90, agora se vê envolvido em uma polêmica grave. Aos 64 anos, o ator belga foi citado em uma investigação sobre tráfico humano na Romênia. A denúncia, divulgada pela Antena 3, afiliada romena da CNN, aponta que ele teria tido relações sexuais com mulheres vítimas desse crime.

Denúncia veio à tona

O caso veio a público depois que uma das mulheres traficadas contou sua história aos promotores. Segundo ela, Van Damme teria recebido essas mulheres como um “presente” durante o Festival de Cannes, e teria conhecimento da situação de vulnerabilidade delas. A queixa foi registrada na Diretoria Romena de Investigação de Crime Organizado e Terrorismo (DIICOT), órgão que investiga crimes como tráfico de pessoas e exploração sexual.

Essa investigação faz parte de uma investigação iniciada em 2020, que busca desmantelar redes criminosas que atuam na exploração de mulheres na Europa. A cada nova denúncia, fica mais evidente como esse crime continua acontecendo, muitas vezes nas sombras de grandes eventos e festas de luxo.


Jean-Claude Van Damme comparece à estreia de “You Will Meet A Tall Dark Stranger” (Foto: reprodução/Jean Baptiste Lacroix/Getty Images Embed)


O que pode acontecer agora

O próximo passo depende do Tribunal Superior de Cassação da França, que pode autorizar o avanço do processo criminal. Se isso acontecer, Van Damme e outros suspeitos serão convocados para prestar depoimento na Romênia.

Até agora, o ator não se pronunciou sobre o caso. Enquanto isso, a denúncia reacende o alerta sobre o tráfico humano, um crime silencioso que transforma sonhos em pesadelos e vitimiza milhares de pessoas ao redor do mundo.

A investigação segue em andamento, e novas informações devem surgir nos próximos dias. Resta saber se esse caso será mais um a desaparecer com o tempo ou se, desta vez, a justiça fará sua parte.

SpaceX lança primeira órbita polar tripulada

Nesta segunda-feira (31), a SpaceX deu mais um passo com o lançamento da missão Fram2. Mas desta vez, o destino é novo: em vez de seguir a rota ao redor do Equador, a nave viajará em uma órbita polar, passando pelos Polos Norte e Sul. Nunca uma tripulação fez esse trajeto. A bordo estão um bilionário do setor de criptomoedas e três convidados. Para eles, a viagem não é apenas uma experiência espacial, mas uma oportunidade rara de enxergar o planeta de cima, com uma visão que poucos humanos já tiveram.


Primeiras vistas das regiões polares da Terra pelo Dragon (Vídeo: reprodução/Instagram/@spacex)


O que torna essa rota tão especial

A maioria das naves espaciais viaja em torno da linha do Equador, acompanhando o movimento natural da Terra. Mas a Fram2 está indo por um caminho diferente, cortando o planeta de norte a sul. Essa trajetória, ainda que rara para missões tripuladas, já é muito usada por satélites que precisam captar imagens detalhadas da Terra.

Segundo a Agência Espacial Europeia (ESA), essa rota permite uma visão global do planeta. “[Elas] são particularmente úteis para a cobertura global da Terra, pois os satélites que orbitam ‘para cima’ e ‘para baixo’ podem ver cada centímetro da superfície ao longo do tempo, enquanto o planeta gira abaixo”, explica a organização.


Fram2 decola da plataforma 39A na Flórida (Foto: reprodução/Instagram/@spacex)


E um detalhe curioso: a nave não precisa passar exatamente sobre os polos para seguir essa órbita. Pequenos desvios de até 10° ainda permitem que ela seja classificada dentro dessa categoria.

Desafio de um lançamento nada convencional

Lançar uma espaçonave para a órbita polar não é nada fácil. Normalmente, os foguetes decolam na direção leste, aproveitando a rotação da Terra para ganhar impulso natural. Mas a Fram2 teve que seguir para o sul, um caminho bem mais desafiador.

Isso exigiu cálculos precisos da equipe da SpaceX. Eles precisaram garantir que o foguete não sobrevoasse áreas povoadas logo após o lançamento e a trajetória fosse segura para todos. Cada segundo dessa missão foi planejado nos mínimos detalhes.

Com essa ousadia, a Fram2 pode abrir portas para novas missões que explorem caminhos diferentes e ampliem nossa compreensão do planeta. O espaço continua sendo um mistério fascinante – e a humanidade, movida pela curiosidade, segue explorando o desconhecido com coragem e inovação.

Sleepmaxxing: tendência viral do sono que divide especialistas

Dormir bem virou prioridade para muita gente, e com isso surgem novas tendências que prometem revolucionar a qualidade do sono. A mais recente delas é o sleepmaxxing, um fenômeno das redes sociais que viralizou no TikTok e envolve diferentes práticas para aprimorar o descanso, desde rotinas relaxantes até o uso de dispositivos e suplementos.

O que é sleepmaxxing

O termo sleepmaxxing engloba qualquer truque, produto ou hábito que ajude a dormir melhor e por mais tempo. Usuários da internet compartilham métodos inusitados, como fita adesiva para fechar a boca durante o sono, expansores de narinas, coquetéis de magnésio e até o consumo de kiwi antes de dormir. A promessa é simples: maximizar a qualidade do sono para garantir maior bem-estar e disposição no dia seguinte.

Especialistas fazem alerta

Apesar do entusiasmo em torno dessa tendência, especialistas levantam preocupações sobre os riscos envolvidos. Carleara Weiss, consultora de ciência do sono da Aeroflow Sleep, alerta para a crescente comercialização do sono como um produto. “Devemos ter cuidado para não desviar o foco do real bem-estar para outro, de apenas comprar mais e mais produtos”, afirma.

Além disso, práticas populares dentro do sleepmaxxing podem não ser adequadas para todos. Um exemplo é o uso de fitas bucais para incentivar a respiração nasal. Clete A. Kushida, neurologista e especialista em sono da Stanford Health Care, aponta que essa técnica pode ser perigosa para algumas pessoas.

“Pesquisas limitadas mostram que a fita adesiva na boca pode não ser eficaz para todos os respiradores bucais durante o sono e, em alguns casos, piora o fluxo de ar durante o sono. Também há o risco de aspirar catarro e conteúdo refluído para os pulmões se a boca for tapada; ouvi falar de pacientes que desenvolveram pneumonia por aspiração após tapar a boca”, alerta Kushida.


Influenciadora praticando sleepmaxxing (Vídeo: reprodução/TikTok/@chiara.sbardellati)

O que realmente funciona

Embora algumas práticas sejam questionáveis, outras têm respaldo científico e podem ser benéficas. Óculos bloqueadores de luz azul, por exemplo, ajudam a regular os ritmos circadianos, reduzindo os impactos da exposição à luz artificial à noite.

Da mesma forma, estudos indicam que comer kiwi antes de dormir pode aumentar os níveis de serotonina e melatonina, melhorando a qualidade do sono naturalmente.

O sleepmaxxing reflete uma busca crescente por estratégias para melhorar o descanso, mas a recomendação dos especialistas é sempre buscar informações embasadas e consultar um profissional antes de adotar novas práticas. Afinal, quando o assunto é saúde, nem tudo que viraliza na internet deve ser seguido sem critério.

Parlamento israelense aprova lei que fortalece controle político sobre o Judiciário

O Parlamento de Israel aprovou uma nova lei que aumenta a influência do governo no processo de escolha de juízes. A medida foi liderada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e recebeu críticas da oposição e de grupos da sociedade civil, que acusam o governo de tentar minar a independência do Judiciário. Apesar dos protestos que se estenderam pela madrugada, a lei foi aprovada por 67 votos a 1, com a oposição boicotando a sessão.

Como funciona a nova regra

A lei altera a composição da Comissão de Nomeações Judiciais, órgão responsável por escolher juízes para tribunais inferiores e para a Suprema Corte. Antes, a comissão tinha nove membros, incluindo representantes da advocacia israelense. Agora, esses representantes serão substituídos por advogados indicados por partidos políticos — um pelo governo e outro pela oposição.

Além disso, a aprovação dos nomes passará a exigir somente maioria simples, o que dá ao governo maior controle sobre as indicações. Outro ponto polêmico é o poder de veto concedido tanto ao governo quanto à oposição para a escolha de juízes da Suprema Corte.

Reação explosiva: protestos e promessas de revogação

A oposição se manifestou contundentemente contra a mudança. Em uma declaração conjunta, líderes oposicionistas afirmaram que a nova legislação tem um “objetivo claro: garantir que os juízes fiquem sujeitos à vontade dos políticos”. Eles prometeram revogar a lei caso vençam as eleições de 2026.


Primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu (Foto: reprodução/Sean Gallup/Getty Images Embed)


A população também reagiu. Milhares de manifestantes tomaram as ruas de Tel Aviv e Jerusalém, chamando a lei de “prego no caixão da democracia israelense”. Entre os protestos, o major-general da reserva Noam Tibon discursou: “O governo quer que esqueçamos os reféns, quer demitir o chefe do Shin Bet… mas eles não têm o poder de fazer isso se permanecermos unidos”.

Netanyahu rebate e defende a mudança

Netanyahu negou que a reforma seja um ataque à democracia. Para ele, a medida fortalece a representação popular dentro do Judiciário.

“Não é a democracia que está em perigo, é o ‘Estado dos burocratas’”, afirmou o premier, usando um jogo de palavras para rebater os críticos. “A democracia é, antes de tudo, o governo do povo. A tirania da pequena minoria não pode superar a vontade da maioria.”

A nova lei não entrou em vigor ainda, e a disputa pode se estender pelos tribunais. A Ordem dos Advogados de Israel, partidos de oposição e organizações de direitos civis entraram com petições na Suprema Corte para tentar barrar a reforma.

O líder oposicionista Yair Lapid criticou duramente a medida, dizendo que não se trata de uma simples emenda, mas da “erradicação de um sistema inteiro”. A parlamentar Karine Elharrar reforçou: “Juízes deveriam ser nomeados com base em critérios profissionais, não políticos”.

A decisão da Suprema Corte sobre a validade da nova lei será crucial para definir os rumos do Judiciário em Israel e pode determinar se essa medida será o início de uma nova fase política no país ou apenas um capítulo conturbado na história da democracia israelense.

Anvisa suspende vendas de creme dental da Colgate por reações adversas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão da venda da pasta de dente Colgate Clean Mint em todo o país, após relatos de efeitos adversos em consumidores. Publicada no Diário Oficial nesta quinta-feira (27), a decisão tem caráter cautelar e duração inicial de 90 dias. A Colgate pode contestar a medida.

Reações após uso do produto

A nova fórmula, lançada em julho de 2024, é uma versão do Colgate Total 12 e apresenta como principal alteração o uso de fluoreto de estanho, substituindo o fluoreto de sódio presente na versão anterior.

A suspensão foi justificada pela Anvisa com base em oito notificações, que resultaram em treze eventos adversos relacionados ao uso de cremes dentais da marca.

Os sintomas mais comuns incluem inchaço das amígdalas, lábios e mucosa oral, sensação de ardência, dormência nos lábios e na boca, boca seca, gengiva irritada e vermelhidão.

A interdição significa que o produto foi proibido de ser comercializado, distribuído ou utilizado devido a riscos à saúde pública e à segurança dos consumidores.


Anvisa proíbe comercialização do creme dental após clientes relatarem reação adversa (Foto: reprodução/Colgate)

Pronunciamento da marca

Essa medida é adotada quando há evidências de que o produto pode causar danos, como reações adversas, contaminação ou não conformidade com normas sanitárias.

Em nota, a Colgate afirmou que a fórmula é segura, sendo resultado de mais de uma década de pesquisa e desenvolvimento.

A empresa também afirma que os produtos e ingredientes usados em sua composição são submetidos a diversos testes rigorosos e recebem a aprovação de agências regulatórias em todo o mundo.

“O uso é seguro e não esperamos relatos de reações”, afirma a marca.

No entanto, a Colgate reconheceu que uma minoria de usuários poderia apresentar sensibilidade a alguns ingredientes da nova fórmula, como o fluoreto de estanho.

Especialistas recomendam que, em caso de reações adversas, os consumidores suspendam o uso imediatamente e optem por versões com fórmulas mais tradicionais.

Acusações que tornaram Bolsonaro réu incluem tentativa de golpe e organização criminosa

Nesta quarta-feira (26), A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados. Eles se tornaram réus na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado durante e após as eleições de 2022. A decisão foi unânime entre os ministros responsáveis pelo julgamento.

Bolsonaro avança para fase judicial após acusações

Com a instauração da ação penal, o processo avança para a fase de tramitação judicial, que incluirá a realização de audiências e a oitiva de testemunhas tanto da acusação quanto da defesa.

O ex-presidente Jair Bolsonaro é acusado de cinco crimes, incluindo organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Além disso, responde por dano qualificado, devido à violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, causando considerável prejuízo, e pela deterioração de patrimônio tombado.

Caso seja condenado, estima-se que a pena pode chegar a até 39 anos de prisão.

Organização criminosa

A denúncia da Procuradoria-Geral da República afirma que Bolsonaro foi responsável por liderar uma organização criminosa armada.

Conforme a legislação brasileira, esse crime ocorre quando quatro ou mais pessoas se associam de maneira estruturada e com divisão de tarefas para cometer infrações penais.


Bolsonaro no plenário do STF (Foto: Gustavo Moreno/STF)

Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, a legislação prevê que qualquer pessoa que integrar, financiar ou promover uma organização criminosa pode ser condenada a uma pena de reclusão que varia de 3 a 8 anos, além do pagamento de multa.

Envolvimento nos ataques de 8 de janeiro

A denúncia aponta que o grupo tentou suprimir o regime democrático e destituir o governo eleito por meio de violência e grave ameaça.

Os crimes estão previstos em uma lei sancionada pelo próprio Bolsonaro em 2021, que substituiu a Lei de Segurança Nacional e incluiu no Código Penal novos crimes contra a democracia.

A acusação também liga Bolsonaro aos ataques de 8 de janeiro de 2023, que causaram danos de mais de R$ 20 milhões às sedes dos Três Poderes. O crime de dano ao patrimônio público prevê pena de seis meses a três anos de detenção, além de multa.

Por fim, A PGR responsabiliza Bolsonaro pelo crime de deterioração de patrimônio tombado, argumentando que ele incentivou acampamentos golpistas e não agiu para desmobilizar os manifestantes antes dos ataques de 8 de janeiro. A pena prevista é de 1 a 3 anos de reclusão, além de multa.