STJ solta Oruam: cantor deixa prisão após liminar favorável

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) liberou o cantor Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam. Ele estava preso desde 22 de julho, após uma decisão da Justiça do Rio de Janeiro relacionada a uma operação policial que investigava crimes cometidos por um jovem apelidado de “Menor Piu”. O ministro Joel Ilan Paciornik decidiu que a prisão preventiva de Oruam não tinha fundamentos suficientes e determinou sua liberdade.

Por que o STJ liberou Oruam

O ministro Paciornik explicou que a prisão preventiva do cantor se baseava em argumentos vagos, como publicações nas redes sociais e uma suposta possibilidade de fuga. Segundo o magistrado, o cantor é réu primário e se apresentou espontaneamente às autoridades, o que diminui qualquer risco apontado pela Justiça.

Com a liminar, a prisão foi substituída por medidas cautelares previstas no Código de Processo Penal, que serão definidas pelo juiz de primeira instância. O ministro destacou ainda que a fama do caso ou o impacto social não justificam a prisão preventiva: é preciso provar o risco real de o acusado cometer crimes, o que não se aplicava a Oruam.


O cantor Oruam posa para revista DAZED (Foto: reprodução/Dazed/Pedro Napolinári)


O contexto da prisão e investigação

O cantor foi preso um dia depois da operação policial que investigava crimes como tráfico de drogas, associação para o tráfico, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal. Segundo a polícia, Oruam e amigos teriam atirado pedras contra os agentes durante a abordagem.

A prisão ganhou grande repercussão, principalmente devido à sua ligação familiar: Oruam é filho de Marcinho VP, conhecido líder do Comando Vermelho. Com a decisão do STJ, ele deixa a prisão e passará a cumprir medidas alternativas enquanto aguarda o julgamento final.

A liminar do STJ reforça que prisões preventivas precisam de justificativa clara e concreta. O caso de Oruam mostra como o tribunal atua em situações de grande repercussão e serve como exemplo de como a Justiça analisa medidas cautelares para garantir que a prisão seja usada apenas quando realmente necessária.

Justiça do Rio nega habeas corpus e mantém Oruam preso

A Justiça do Rio de Janeiro negou nesta quarta-feira (6) o pedido de habeas corpus feito pela defesa do rapper Oruam, que permanece preso desde 31 de julho. A solicitação aberta pela defesa pedia a substituição da prisão por monitoramento com tornozeleira eletrônica, alegando haver excesso na medida e falhas processuais. 

A decisão foi negada pela desembargadora Marcia Perrini Bodart, da 4ª Câmara Criminal, que entendeu não haver ilegalidade evidente que justificasse a soltura. Segundo os advogados de Oruam, a prisão poderia ser substituída por medidas menos restritivas. No entanto, a desembargadora destacou que trechos do processo apontam para um “padrão de conduta” do rapper. 

Oruam foi denunciado pelo Ministério Público do Rio por tentativa de homicídio qualificado contra o delegado Moyses Santana Gomes e o policial civil Alexandre Alves Ferreira. Um dia antes de sua prisão, Oruam e amigos atiraram pedras contra os policiais que foram em sua residência cumprir um mandado de prisão contra um adolescente. 

Alegação da defesa

A defesa de Oruam pediu sua liberdade com base na suposta irregularidade da prisão, afirmando haver inconsistências na atuação policial e ausência de fundamentos que justifiquem uma medida tão rigorosa. Eles também solicitaram que o rapper passasse a ser monitorado por tornozeleira eletrônica.

A desembargadora, entretanto, não aceitou os argumentos da defesa. Segundo ela, além da gravidade das acusações contra Oruam, o comportamento dele durante o ocorrido teria incluído desacatado e ameaças aos agentes de segurança e justificaria a continuidade da prisão. A Justiça interpretou os atos como uma ameaça à ordem pública, sendo necessárias medidas mais rigorosas.


Vídeo usado pela Justiça para negar pedido de habeas corpus (Vídeo: reprodução/X/@Metropoles)


Acusações contra o rapper

Além de tentativa de homicídio qualificado contra o delegado Moyses Santana Gomes e o policial civil Alexandre Alves Ferreira, Oruam também é investigado por associação ao tráfico de drogas. A denúncia menciona ainda crimes de resistência à prisão, desacato, ameaça, lesão corporal e lesão ao patrimônio. 

De acordo com a acusação inicial, a tentativa de ameaça teria vindo através do rapper dizer que é filho de Marcinho VP. Marcinho é um dos principais líderes da facção criminosa CV (Comando Vermelho) e está preso desde 1996. Oruam frequentemente aborda a prisão de seu pai, pedindo liberdade em suas apresentações, como por exemplo, no Lollapalooza 2024.

Sem tinta vermelha: Oruam é obrigado a descolorir o cabelo após prisão

Anteriormente com tinta vermelha no cabelo, o rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno conhecido como Oruam, teve que descolorir o cabelo. O rapper, que se encontra em unidade prisional no Rio de Janeiro, passou por tal procedimento, que de acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) é padrão para todos que se encontram custodiados.

Denúncia

A juíza Tula de Melo da 3ª Vara Criminal aceitou na última terça-feira (29), denúncia do Ministério Público (MPRJ) contra Oruam e seu amigo Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira, tornando-os réus por tentativa de homicídio contra policiais civis.

Assessoria de imprensa do rapper discorda de denúncia (Foto: reprodução/Instagram/@cnnbrasil)

De acordo com a perícia, a ação de Oruam e seus amigos poderiam ter causado a morte de policiais, uma vez que, uma das pedras, com quase 5kg, foi arremessada de uma altura de 4,5 metros.

A ação policial ocorrida em julho, visava a apreensão de um menor de idade, o Menor Piu, suspeito de agir como segurança de Doca, um dos chefes do Comando Vermelho, e de ser atuar como ladrão de carros.

Quais os crimes de Oruam

Oruam responde por 7 crimes, sendo eles:

  • Tráfico de drogas
  • Associação ao tráfico
  • Resistência qualificada
  • Desacato
  • Dano Qualificado
  • Ameaça
  • Lesão corporal

A todos os crimes citados acima, soma-se o de tentativa de homicídio.


Por padrão da Secretaria de Administração Penitenciária, Oruam deixou de ter cabelos vermelhos (Foto: reprodução/Instagram/@_oruam_022_)


A promotoria sustenta também o fato de Oruam ter feito publicações nas redes sociais, dentre as quais estimular a violência contra a polícia e desafiar abertamente a presença de agentes no Complexo da Penha. A promotoria entendeu que essas ações configuram motivo torpe e meio cruel, o que pode enquadrá-los na Lei de Crimes Hediondos.

Por meio de nota oficial, a assessoria de imprensa do rapper Oruam contesta a denúncia apresentada pelo MPRJ:

“A tentativa de reclassificar a acusação como tentativa de homicídio parece uma manobra jurídica infundada, evidenciando uma perseguição de caráter pessoal e uma estratégia de criminalização midiática, sem respaldo consistente na prova”. A nota cita ainda alegações frágeis e artificiais.

Justiça torna Oruam réu por tentativa de homicídio contra delegado no Rio

A Justiça do Rio de Janeiro tornou réu o rapper Oruam, nome artístico de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, por tentativa de homicídio qualificado. A decisão foi tomada pela juíza Tula Corrêa de Mello, do III Tribunal do Júri da Comarca da Capital, após o episódio ocorrido em 22 de julho, durante uma operação da Polícia Civil no Joá, Zona Oeste da cidade.

Na ocasião, os agentes cumpriam um mandado de busca e apreensão relacionado a um adolescente suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas. Segundo o Ministério Público, o menor estaria na residência de Oruam, que reagiu com violência à presença dos policiais. O artista e outros envolvidos teriam lançado pedras pesadas contra os agentes, ferindo o delegado Moyses Santana Gomes e o oficial Alexandre Alves Ferraz.

Ação violenta e repercussão social

Na decisão que recebeu a denúncia, a magistrada destacou o impacto negativo do episódio, especialmente pela influência pública do réu. “As ações dos acusados, em especial de Oruam, incitam a população à inversão de valores, deslegitimando o trabalho das forças de segurança”, escreveu.

Segundo as investigações, uma das pedras arremessadas pesava quase cinco quilos. A juíza também ressaltou que o comportamento do rapper, amplamente conhecido entre jovens, pode encorajar atitudes semelhantes. “É preciso medidas firmes e extremas, como a prisão, para preservar a paz pública e a aplicação da lei penal”, completou.

A gravidade do caso também levantou debates sobre a responsabilidade de figuras públicas diante de sua influência sobre o comportamento de fãs e seguidores. Para o Ministério Público, o episódio vai além de uma simples reação a uma operação policial, revelando uma tentativa consciente de obstruir a justiça. A promotoria reforça que atitudes como essa não podem ser naturalizadas, especialmente quando envolvem riscos à vida de agentes do Estado.


Oruam torna-se réu por tentativa de homicídio contra delegado (Foto: reprodução/Instagram/@reserva.oruaam)

Prisão preventiva decretada

Além de aceitar a denúncia, a Justiça decretou a prisão preventiva de Oruam e de Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira, também acusado no caso. O argumento para a decisão inclui a possibilidade de fuga e a necessidade de garantir a continuidade da investigação.

O artista, que ganhou projeção nacional com hits no rap e parcerias com grandes nomes da música, ainda não se manifestou publicamente sobre o processo. A defesa também não emitiu nota até o momento. O caso será julgado pelo Tribunal do Júri, responsável por crimes dolosos contra a vida.

Enquanto isso, o cenário que consagrou Oruam como voz de uma geração agora o vê no centro de uma acusação que pode marcar sua carreira de forma definitiva.

Após ser transferido para Bangu, Seap diz que Oruam é mantido isolado dos outros presos

Preso em uma cela individual no Complexo de Bangu, o cantor Mauro Davi Nepomuceno dos Santos, o Oruam, encontra-se separado dos demais detentos. A secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), confirmou a informação na manhã desta quarta-feira (23). O rapper se entregou à polícia na noite de terça (22).

A princípio, o cantor foi levado para o Presídio José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte do Rio, porém a administração do sistema prisional decidiu transferi-lo para a Penitenciária Dr. Serrano Neves, no Complexo do Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste.

Motivo da transferência

A Seap não informou o motivo da transferência. Entretanto, a pasta informou que o rapper passou a noite tranquilo e que está recebendo a alimentação padrão da unidade. O menu inclui café com leite e pão com manteiga no café da manhã, e feijoada e farofa de milho, salada e suco no jantar.


Oruam foi transferido do presídio de Benfica para o Complexo de Gericinó, em Bangu (Foto: reprodução/Instagram/@portalg1)


O cantor se entregou à polícia depois de ter prisão decretada pela justiça do Rio de Janeiro. Oruam se apresentou na Cidade da Polícia, acompanhado da mãe e da namorada.

Oruam foi indiciado por sete crimes, sendo eles: tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência, desacato, dano, ameaça e lesão corporal. De acordo com a Polícia Civil, o cantor obstruiu a apreensão de um menor procurado por tráfico e roubo na noite de segunda (21).

O rapper pediu desculpa, disse amar seus fãs e que vai dar a volta por cima, pois está com Deus e tranquilão. disse ainda ser forte.

Confronto na Zona Oeste

O pedido de prisão aconteceu depois de confronto em uma operação policial para apreender um adolescente na casa do rapper, no bairro do Joá, Zona Oeste do Rio.


A prisão do cantor foi decretada após operação policial que buscava apreender um adolescente que estava na casa do Oruam (Foto: reprodução/Instagram/@cnnbrasil)


O cantor e amigos atacaram os policiais impedindo o cumprimento do mandado contra o menor, que conseguiu fugir. O menor também se entregou na tarde desta terça. Os agentes foram atingidos por pedras e um deles ficou ferido.

A polícia informou que o adolescente seria ligado à facção criminosa Comando Vermelho (CV), e que atuaria como segurança pessoal do traficante Doca, chefe do tráfico no Complexo da Penha, que seria um dos maiores ladrões de veículos do estado.

Para o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi se havia alguma dúvida de que Oruam seria um artista periférico ou um marginal da pior espécie, hoje nós temos a certeza de se tratar de um criminoso faccionado ligado ao Comando Vermelho, facção que o pai dele, o Marcinho VP, controla a distância de fora do estado, mesmo que preso em presídio federal.

O rapper também gravou um vídeo afirmando que houve abuso de autoridade dos policiais, e disse também que não é bandido, que vive da sua música.

O pedido de prisão feito pela DRE (Delegacia de Repressão a entorpecentes) parte do principio que a residência de Oruam se tornou um “ponto de encontro e abrigo para criminosos e foragidos da justiça”. A polícia disse que também foram encontradas fotos de Oruam com Doca e com Antônio Ilário Ferreira, o Rabicó, chefe do CV no Complexo do Salgueiro, Em São Gonçalo.

Oruam se entrega à polícia após ter prisão decretada no Rio

Na tarde desta terça-feira (22), o rapper Mauro Davi Nepomuceno, conhecido como Oruam, se apresentou na Cidade da Polícia, no Jacaré, Zona Norte do Rio de Janeiro, após ter a prisão preventiva decretada pela Justiça. A medida foi tomada após o artista se envolver em uma confusão com policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), durante uma operação realizada em sua casa, no bairro do Joá, Zona Oeste da cidade. A polícia buscava um adolescente suspeito de atuar como segurança de um chefe do Comando Vermelho.

Oruam foi indiciado por desacato, resistência qualificada, lesão corporal, ameaça, dano ao patrimônio e associação para o tráfico. Segundo a decisão judicial, a prisão foi considerada necessária para garantir a ordem pública e evitar a continuidade de condutas ilegais.

Confusão com a polícia e repercussão nas redes sociais

Durante a operação, pedras teriam sido atiradas contra os policiais por pessoas que estavam na residência. Ainda conforme a polícia, Oruam teria filmado o delegado responsável pela ação e publicado vídeos nas redes sociais com insultos e ameaças. Em outro registro, o rapper desafiou os agentes após fugir para o Complexo da Penha, zona norte da capital.


Pronunciamento do Rapper Oruam em suas redes sociais (Vídeo: reprodução/Instagram/@andooruammm)


A decisão judicial cita que a residência do artista já havia sido usada anteriormente como abrigo de foragidos da Justiça. Nas palavras do juiz responsável, a postura do cantor demonstra “desprezo pelas instituições legais” e representa risco de reincidência.

Rapper alega abuso policial e nega envolvimento com crimes

Por meio de nota divulgada em seu perfil, o rapper afirmou ter sido vítima de abuso de autoridade. Ele disse ter reagido emocionalmente após policiais apontarem armas contra ele e alegou que nenhum item ilícito foi encontrado em sua casa. Oruam também acusou os agentes de destruir seus pertences e de sua noiva.

Mesmo com as acusações, o artista declarou que pretende superar o episódio por meio da música e afirmou: “Vou dar a volta por cima”. A defesa do cantor nega qualquer vínculo com o Comando Vermelho e promete recorrer da prisão.

Rapper Oruam, filho de Marcinho VP, tem prisão decretada no RJ

A Justiça do Rio de Janeiro, decretou na tarde desta terça-feira (22) a prisão preventiva do rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, filho de Marcinho VP. Segundo informações da Polícia Civil do Rio de Janeiro, o cantor foi indiciado por tráfico de drogas, associação ao tráfico de drogas e ligação com o Comando Vermelho (CV), desacato, resistência, ameaça e dano ao patrimônio público.

Confusão entre Oruam e os agentes cariocas

Na noite desta segunda-feira (21), agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) estiveram na casa de Oruam, na zona Oeste do Rio de Janeiro, para apreensão de um menor de idade, procurado por roubo. O adolescente teve o celular e um cordão apreendidos. Além disso, segundo o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, o jovem, conhecido como Menor Piu, é considerado um dos maiores ladrões de veículos e suspeito de atuar como segurança do “Doca”, um dos supostos líderes do CV.

O secretário de Polícia Civil explica que o DRE tinha um mandado de busca e apreensão contra o Menor Piu por vários crimes, mas como era madrugada, eles não poderiam entrar na residência do Oruam. Então os agentes aguardaram a movimentação e quando o menor saiu da casa, foi feita a abordagem.


Após confusão durante a madrugada, Justiça do Rio decreta prisão de Oruam (Vídeo: reprodução/YouTube/SBT News)


Supostamente, Oruam e mais oito pessoas começaram o tumulto atirando pedras e ofendendo os policiais, um dos agentes ficou ferido. Segundo os investigadores, em uma tentativa de intimidação, Oruam chegou a se identificar como filho de “Marcinho VP”, um das lideranças da facção. 

No tumulto, o adolescente escapou. O delegado alega que Oruam e os outros indivíduos impediram que uma ação do Estado fosse concretizada. Durante a confusão, um dos envolvidos correu para dentro do imóvel e foi preso em flagrante pelos crimes de desacato, resistência, lesão corporal, ameaça, dano e associação ao tráfico. 

Oruam faz live durante fuga

Oruam e as outras pessoas deixaram o local antes de serem detidos. Toda a ação, desde a abordagem policial até a fuga para o Complexo da Penha, foi registrada e divulgada pelo próprio artista em seu Instagram e no X (antigo Twitter).

Morte de jovem em festa junina gera protesto e reação contra ação policial no RJ

Moradores da comunidade Santo Amaro, no Catete, zona sul do Rio, protestaram neste sábado (7) contra a morte de Herus Guimarães Mendes, de 22 anos. O jovem foi baleado durante uma festa junina, na noite de sexta (6), durante uma operação do Bope. Ele foi socorrido, mas morreu no hospital horas depois.

A ação policial feriu outras cinco pessoas e causou revolta na comunidade. O rapper Oruam participava do evento e se manifestou pelas redes sociais. Em um vídeo, criticou duramente a violência policial e exigiu providências: “A gente só quer justiça”, afirmou.

Além dele, o presidente da quadrilha Balão Dourado, Cristiano Pereira, também relatou o impacto da operação. Segundo ele, era a terceira vez que seu grupo se apresentava no Santo Amaro. “A Polícia Militar cometeu um erro gravíssimo. Estávamos dançando, havia crianças no local, e, de repente, os policiais surgiram de todos os becos. Um monte de gente atirando. O resultado foi esse: pessoas baleadas e mortas”, relatou.

PM fala em ação emergencial e confronto armado

A Polícia Militar informou que deflagrou a operação em caráter emergencial após receber um alerta sobre homens armados reunidos na comunidade, supostamente se preparando para enfrentar um grupo rival. Segundo a corporação, os agentes entraram na área, foram atacados e reagiram em um segundo momento da ação.

A PM também afirmou que os policiais usavam câmeras corporais, cujas imagens a Corregedoria já analisa. O Bope abriu um procedimento interno para apurar os fatos, e a 9ª Delegacia de Polícia registrou o caso.


Moradores da comunidade Santo Amaro, na zona sul do RJ, em protesto pela morte de jovem (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Cultura sob repressão

A morte de Herus realça o debate sobre a presença policial em comunidades e o uso da força em operações durante eventos culturais. A denúncia de perseguição feita por MC Poze do Rodo amplia a discussão sobre a forma como a polícia atua em territórios periféricos e sobre quem são os alvos preferenciais dessas ações. Além disso, o cantor Oruam lançou o álbum “Liberdade” onde busca dar visibilidade para denunciar abusos e cobrar justiça.

Os dois episódios colocam em evidência os limites da ação policial, o racismo estrutural e a criminalização da cultura da favela.

MC Poze do Rodo lança música um dia após ser solto

O MC Poze do Rodo lançou uma nova música nesta quarta-feira (4), apenas um dia após ser solto da prisão. A faixa, intitulada “Desabafo 2”, faz alusão à detenção do artista, que foi acusado de associação à facção criminosa Comando Vermelho e apologia ao crime em suas produções musicais. 

No videoclipe de “Desabafo 2”, são exibidas gravações do momento da prisão do cantor, além de cenas de reportagens e entrevistas com o MC. Um trecho do texto que aparece na tela no início do vídeo diz: “A criminalização da arte e a perseguição aos corpos pretos e periféricos seguem como feridas abertas”.


Clipe da música “Desabafo 2” (Vídeo: reprodução/YouTube/MC Poze do Rodo)


A prisão de MC Poze

O cantor de trap e funk foi preso na manhã da última quinta-feira (29), na casa em que vive com a esposa, Viviane Noronha, e seus três filhos no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A detenção foi realizada por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil.


Mc Poze do Rodo e Viviane Noronha na saída do presídio (Foto: reprodução/Instagram/@pozevidalouca)

Marlon Brendon Coelho Couto, o MC Poze do Rodo, está sendo investigado por apologia ao crime e envolvimento com o tráfico de drogas. De acordo com os policiais, há a suspeita de o artista estar envolvido com lavagem de dinheiro do tráfico do Comando Vermelho. Para a delegacia, os shows do cantor são usados pela facção para aumentar os lucros com vendas de entorpecentes e alimentar a organização criminosa.

Protestos pela liberdade do MC

O MC foi solto nesta terça-feira (3), e gerou um grande tumulto em frente ao Complexo de Gericinó, em Bangu. As pessoas que aguardavam a soltura do cantor chegaram a ser atingidas por spray de pimenta, lançado pelos policiais para dispersar a multidão do lado de fora da prisão. 

Além da esposa e da família do artista, o cantor Oruam também foi até o local para prestar apoio ao MC, e chegou a subir no teto de alguns ônibus que estavam estacionados na rua do presídio. Fãs e outros artistas, como o rapper Filipe Ret, se manifestaram nas redes sociais pedindo a libertação de Poze do Rodo.

Soraya Thronicke parou de seguir Virginia Fonseca após influenciadora cantar música sobre jogo de aposta

A senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS) contou ao podcast “Inteligência Ltda” que deixou de seguir Virginia Fonseca nas redes sociais. Na entrevista que aconteceu nesta segunda-feira (19), ela explicou que tomou a decisão depois que a influenciadora cantou em vídeo uma música com trecho sobre o Jogo do Tigrinho. Durante a CPI das Bets, onde a influenciadora esteve presente na semana passada, foram discutidos temas que envolvem apostas online.

O motivo do unfollow

A ocasião sobre a qual a senadora se referiu diz respeito a uma gravação feita pelo influenciador Carlinhos Maia no “Rancho do Maia”, em que Virginia canta a música “Tropa do Oruam”.


Virginia Fonseca aparece com seu marido Zé Felipe em vídeo em que os dois cantam trecho da música “Tropa do Oruam” (reprodução/X/@DudaSinquini)


Por conta do vídeo que ela postou com Carlinhos Maia, ontem, eu deixei de segui-la. Ok? Porque para mim, aquilo foi… Eu estava tentando conquistá-la para ver se eu… Lógico que eu não acreditava exatamente nela, mas foi o gesto” explicou Soraya, que seguiu Virginia no Instagram para conhecê-la melhor.

Em outro momento da live, Thronicke revelou não acreditar nas declarações de Virginia na CPI.

Duvido que o dinheiro que ela ganha das bets não signifique nada. Ela ocultou o quanto ela ganha. E no outro dia está dançando com o Carlinhos Maia, que também está na nossa mira”.

A senadora também conta que ao se despedir, a influenciadora pediu uma foto: “eu fiquei naquela situação complicada, mas, de uma forma ou de outra, ela foi convidada e na qualidade de testemunha”, explicou.


Soraya explica porque seguiu Virginia Fonseca (reprodução/X/@horadafofocatv)


Virginia na CPI

A senadora também falou sobre a participação da influenciadora na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas.

Ela não conseguiu a HC para não comparecer, mas até que colaborou. E eu fui dando corda, fui puxando a língua dela. E, sim, para quem não está consciente do que estamos investigando, ela nos deu muitas confirmações” contou.

A situação nas investigações

Soraya Thronicke falou sobre a situação da influenciadora nas investigações: “Ela não é indiciada nem investigada, ainda, pelo menos. Porque quando eu tinha acabado de receber um dos contratos dela, porque eu acredito que haja aditivos contratuais, eu não tinha tido condições de ler”, explicou.

Então, eu ali, na mesma situação, já estava absolutamente contente com o fato dela ter revelado sem querer algumas situações que são importantes para nós. Olha só, 53 milhões de seguidores. Teve uma hora que eu disse para ela: “Você consegue influenciar 53 milhões de pessoas e não influenciou sua mãe e seu marido que moram com você?”. Eles não têm conta, eles jogam na conta dela”, contou a senadora, que se referiu à conta demonstração, fornecida pelas plataformas.


Senadora questiona a influência de Virginia em seus familiares em relação aos jogos de azar (reprodução/X/@tvsenado)


A participação do influenciador Rico Melquiades na CPI também foi mencionada. Thronicke explicou que o link disponibilizado para os apostadores é diferente do link que os influenciadores utilizam para apostar.

Ela ainda garante que foi o caso de Melquiades, que jogou na frente da senadora a pedido dela e teria entrado em um link de apostador.