Veja as principais notícias e manchetes do Brasil e no Mundo hoje. Textos feitos por especialistas e assista a vídeos de Política, Celebridades e mais.
O Papa Leão XIV assumiu oficialmente seu papel como bispo de Roma durante uma cerimônia na Basílica de São João de Latrão. A celebração aconteceu no domingo, 25 de maio de 2025, e reuniu cardeais, bispos, autoridades e fiéis. A Basílica de São João de Latrão é a catedral oficial do Papa e a mais importante da Igreja Católica, por ser a sede do bispo de Roma. Mesmo sendo menos famosa que a Basílica de São Pedro, ela é conhecida como a “mãe de todas as igrejas”.
Papa recebe autoridades e reafirma missão pastoral
Roberto Gualtieri, prefeito de Roma, recebeu o Papa na Praça do Aracoeli antes da missa. Eles trocaram cumprimentos e o prefeito desejou boas-vindas ao novo Chefe da Igreja Católica. Durante a cerimônia, Leão XIV falou sobre sua missão como pastor do povo de Deus.
Após a missa, Leão XIV visitou a Basílica de Santa Maria Maior. Lá, ele fez uma oração diante do ícone de Maria “Salus Populi Romani”, pedindo proteção para o povo. Também visitou o túmulo do Papa Francisco, seu antecessor, como sinal de respeito e continuidade.
Matéria sobre a opinião do novo Papa sobre a união entre homem e mulher (vídeo: reprodução/X/@CNNBrasil)
Origens do novo Papa
Leão XIV nasceu nos Estados Unidos, em Chicago, com o nome Robert Francis Prevost. Ele é o primeiro Papa norte-americano e o primeiro da Ordem de Santo Agostinho a assumir o papado. Eleito em 8 de maio de 2025, após a morte do Papa Francisco, Leão XIV tem um histórico de trabalho missionário e promete liderar a Igreja com simplicidade, fé e coragem.
O Papa Leão XIV escolheu esse nome em homenagem ao Papa Leão XIII, que foi um dos líderes mais importantes da história da Igreja. Leão XIII ficou famoso por escrever, em 1891, um documento chamado Rerum Novarum, que defendeu os direitos dos trabalhadores, a justiça social e o respeito à dignidade das pessoas, em uma época marcada pelas mudanças da Revolução Industrial.
Ao escolher o nome Leão XIV, o novo papa mostra que quer seguir esse mesmo caminho, com uma liderança voltada à escuta, à simplicidade e ao cuidado com os mais pobres e vulneráveis. O nome também tem um significado simbólico: “Leão” representa coragem, firmeza e liderança, qualidades que marcaram tanto Leão XIII quanto Leão I, outro papa muito importante na história. Além disso, o nome faz lembrar o “Leão de Judá”, um símbolo da Bíblia que se refere a Jesus como rei e protetor do povo.
Robert Prevost, o papa Leão XIV, será foto de capa da revista Time. A foto foi registrada no momento em que o pontífice apareceu na sacada da Capela Sistina, após assumir a posição de líder da Igreja Católica.
Na página da Time, a revista descreve a fotografia: “O recém-ungido Papa Leão XIV chegou à sacada trajando uma batina branca, encimada por uma capa vermelha com detalhes em arminho e envolta por uma faixa bordada a ouro. Ele juntou as mãos em oração e sorriu enquanto a multidão gritava seu nome e “Viva La Papa!”
Foto do papa Leão para a capa da revista Time (Foto: reprodução/Instagram/time)
Quem é o papa Leão XIV?
Robert Prevost, de 69 anos, é natural de Illinois, no estado americano de Chicago. Ele foi missionário no Peru de 2014 a 2023. No país, ele viveu a maior parte do tempo na cidade de Trujillo. Depois, foi nomeado bispo de Chicago. Leão XIV possui desde 2015 cidadania peruana.
Papa Leão XIV faz seu primeiro discurso no Vaticano (Foto: reprodução/Tiziana FABI/AFP)
O novo pontífice também tinha viagem marcada ao Brasil antes do conclave. Ele já veio ao país para visitar o colégio Agostiniano Mendel, na Zona Leste de São Paulo.
Um papa americano
Alguns dias antes do conclave, havia preocupação sobre a influência dos Estados Unidos na escolha do novo papa. A ala conservadora da igreja católica do país, que era oposta ao papa Francisco (2013-2025), buscava um nome mais conservador e rejeitava a visão liberam e as reformas implementadas pelo pontífice anterior.
Apesar de ser americano, o papa Leão é considerado reformista e não se alinha às prioridades de Donald Trump ou da parcela católica conservadora dos Estados Unidos. Espera-se que o novo pontífice dê continuidade a visão de seu antecessor.
O papa Francisco tinha uma relação com o presidente Donald Trump e membros do alto escalão do governo dos Estados Unidos marcada por tensão e discordâncias tanto em questões políticas quanto eclesiásticas.
Após o resultado do conclave, Trump parabenizou Prevost e disse que a eleição do primeiro papa americano foi “uma grande honra”.
Recentemente, foi compartilhada uma imagem gerada por inteligência artificial, mostrando o presidente dos EUA, Donald Trump, com as vestimentas de Papa, no perfil da Casa Branca. Apesar de ter negado envolvimento no feito, o americano já vinha utilizando a IA em sua campanha à presidência, no ano passado. O Papa Francisco havia previamente opinado sobre o uso desta tecnologia, apontando-a como uma interessante ferramenta, que deve ser manuseada com muita responsabilidade.
A visão de Trump
Nestes últimos dias, com as discussões sobre o novo conclave, no Vaticano, que acabou elegendo Robert Francis Prevost, o Papa Leão XIV, haviam muitas discussões sobre quem seria o novo pontífice. Em meio a esses debates, o perfil oficial da Casa Branca, no X, postou uma imagem gerada por inteligência artificial, que mostrava o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vestido como um Papa. Essa postagem gerou polêmica, por conta da associação do político, com uma figura religiosa. Trump, no entanto, afirmou que não teve qualquer tipo de envolvimento na postagem, e que foi feita simplesmente como uma brincadeira.
Imagem de Donald Trump de Papa, gerada por IA (Foto: reprodução/X/@OuncesApp)
Esse caso não é o primeiro onde vemos Trump ligado com as IAs, visto que ele comumente utiliza da tecnologia para se projetar nas redes sociais. Um caso famoso desse usa, foi durante sua campanha à eleição para presidente dos EUA, no ano passado, quando Donald postou vídeos fakes de celebridades apoiando o Partido Republicano, como Taylor Swift.
A visão do Papa Francisco
O falecido Papa Francisco também se manifestou sobre o uso das IAs, antes de sua morte, em abril deste ano. Após ser vítima de deepfakes que viralizaram, no ano de 2023, ele afirmou sobre como a tecnologia pode ser perigosa para a humanidade.
Imagem do Papa Francisco gerada por IA (Foto: reprodução/X/@PopBase)
Ele afirma sobre o quão incrível e cheia de possibilidades a inteligência artificial é, uma ferramenta que permite ao humano criar inúmeras coisas, com grande facilidade e eficiência. Porém que também deve vir com uma enorme responsabilidade, visto que a IA pode se tornar um perigo para os humanos, caso saia do controle e seja usada para o mal.
A imensa expansão da tecnologia deve ser acompanhada por uma adequada formação da responsabilidade pelo seu desenvolvimento. A liberdade e a convivência pacífica ficam ameaçadas quando os seres humanos cedem à tentação do egoísmo, do interesse próprio, da ânsia de lucro e da sede de poder.”, declarou Francisco, antes de sua morte.
Antes de falecer, o pontífice deixou uma mensagem para os líderes globais, alertando sobre a responsabilidade que têm em mãos.
A freira Inah Canabarro Lucas, reconhecida como a pessoa mais velha do mundo, morreu nesta quarta-feira (30), em Porto Alegre (RS), aos 116 anos e 326 dias. Ela faleceu de causas naturais na residência das Irmãs Teresianas, onde morava. Segundo o sobrinho, seu organismo “foi parando aos poucos, sem nenhuma doença”. Inah completaria 117 anos em maio.
Nascida em 27 de maio de 1908, natural de São Francisco de Assis, no interior do Rio Grande do Sul, Inah ingressou aos 19 anos na Congregação de Santa Teresa de Jesus. Também foi professora de matemática, português e latim em seu estado natal e no Rio de Janeiro.
Religiosa, torcedora e bisneta de líder farroupilha
Bisneta do general David Canabarro, um dos principais líderes da Revolução Farroupilha (1835–1845), movimento separatista que buscava independência do Rio Grande do Sul do Brasil Imperial.
Irmã Inah era torcedora do Internacional, clube fundado 11 meses após seu nascimento. O clube fez homenagem a ela nas redes sociais. “Destinou seus 116 anos de vida à bondade, à fé e ao amor pelo Clube do Povo”, diz trecho da publicação.
Freira Inah Canabarro morre aos 116 anos (Foto: reprodução/Instagram/@scinternacional)
Em 2018, ao comemorar 110 anos, recebeu uma bênção apostólica do Papa Francisco. Ao ser questionada sobre o segredo de sua vida longa, respondeu:
Deus é o segredo da vida. Ele é o segredo de tudo.”
Inah Canabarro Lucas
Brasil segue com recorde
Com a morte de Inah, o título de pessoa mais velha do mundo passa agora para Ethel Caterham, moradora de Surrey, na Inglaterra, que tem atualmente 115 anos e 252 dias, de acordo com a organização internacional LongeviQuest, que monitora supercentenários.
Morre aos 116 anos a pessoa mais velha do mundo (Reprodução/YouTube/CNN Brasil)
Após a morte da japonesa Tomiko Itooka, que faleceu aos 117 anos, foi que Irmã Inah alcançou o título oficial de pessoa mais velha do mundo, isso ocorreu em janeiro de 2025. Antes de Tomiko, o título pertenceu a Maria Branyas Morera, da Espanha, também falecida aos 117, em agosto de 2024. A francesa Lucile Randon, que viveu até os 118 anos, liderava a lista até 2023.
Apesar do falecimento da irmã Inah, o Brasil ainda tem um representante entre os supercentenários. João Marinho Neto, cearense de 112 anos, é atualmente reconhecido pelo Guinness World Records como o homem mais velho do mundo.
Pietro Parolin é um dos cardeais mais cotados para assumir o lugar de Francisco como Papa. Pietro foi responsável por participar das negociações que culminou na volta das relações entre o Vaticano e o México, tendo estado como anúncio na Venezuela e mediado o diálogo entre os Estados Unidos e Cuba.
O Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, participa de uma missa para o juramento de 34 novos recrutas da Guarda Suíça no Altar da Cátedra na Basílica de São Pedro em 06 de maio de 2021 na Cidade do Vaticano, Vaticano (Foto: reprodução/Vatican Pool/Getty Images Embed)
Parolin, além de ter sido o número dois durante o pontificado de Francisco, atuou como secretário de Estado, mantendo – se visível no cenário mundial.
Pietro Parolin conserva uma expressão calma, possui silhueta ligeiramente curvada e um traço de sua personalidade é o senso de humor sutil. Utilizou a diplomacia para liderar negociações importantes entre a China e o Vietnã.
No conclave que começa em uma semana, Pietro figura entre os favoritos na sucessão ao jesuíta argentino por representar a continuidade, e também por sua postura moderada, permitindo – lhe consertar fraturas dentro da Igreja.
Reconhecimento e papel institucional
Por suas relações diplomáticas, líderes mundiais e diplomatas o conhecem. Parolin conhece as sinuosidades da Cúria Romana, e também o esplendor da Santa Sé.
Ele é o cardeal mais conhecidos de todos. A questão é se o perfil dele ajudará a criar consenso. Ele nunca teve responsabilidades pastorais e assumiu poucas posições em questões de sociedade. Ele permaneceu em um papel muito institucional”, disse uma fonte anônima da Igreja à AFP em Roma.
Diferente de Francisco, Pietro Parolin é acessível, mas mantém uma atitude mais cautelosa e comedida em público. Francisco era muito franco e direto em suas declarações, Perolin prefere evitar qualquer declaração que venha ser mal interpretada.
O cardeal disse que celibato sacerdotal não é um dogma, mas sim um “presente de Deus para a Igreja”. Disse ainda que qualquer ideia que vincule a homossexualidade dentro da Igreja é “grave e cientificamente indefensável”.
Pietro se pronunciou contrário ao aborto e a barriga de aluguel alegando ser graves violações da dignidade humana, e criticou a ideia de que gênero pode ser diferente de sexo.
Parolin foi efetivado cardeal em 2014, e se tornou braço direito do Papa Francisco logo após assumir a cátedra de São Pedro.
Veja quem são os nomes mais cotados para substituir o papa Francisco. O cardeal Pietro Parolin, diplomata do Vaticano, está em primeiro lugar nas casas de aposta do Reino Unido, conta @MarceloLins68.
Principais candidatos apontados como possíveis sucessores do Papa Francisco (Vídeo: reprodução/X/@GloboNews)
O cardeal na América Latina e diplomacia
Pietro Parolin pertence a uma família profundamente católica. Nasceu perto de Veneza em 17 de janeiro de 1955. Perdeu o pai em um acidente de carro quando tinha 10 anos. Aos 14 anos entrou para o seminário.
Viajou para Roma após ser ordenado aos 25 anos e estudou direito canônico e diplomacia, em seguida entrou no serviço exterior da Santa Sé em 1986 e durante quatro décadas esteve ao redor do mundo. O cardeal fala espanhol, francês, inglês, além de italiano.
No ano de 1989 chegou ao México acompanhado de delegação apostólica que reconstituiu mediante negociações a relação entre os dois países em 1992. O rompimento das relações havia ocorrido no final do século XIX, após o então presidente Benito Juárez ter confiscado propriedades da Igreja, dissolvendo ordens religiosas e criado um Estado laico.
Já em 2009, Paolin voltou à América Latina como embaixador na Venezuela de Hugo Chávez, o qual sempre teve relações tensas com a Igreja Católica.
Pietro Parolin também mediou via Vaticano a retomada das relações entre os Estados Unidos de Barack Obama e a Cuba de Raul Castro em 2014.
Também atuando como diplomata, exerceu papel fundamental na assinatura do acordo histórico de 2018 entre a Santa Sé e a China comunista sobre a nomeação de bispos, que terminou com quase 70 anos de tensões.
Nesta terça-feira (29), o Vaticano anunciou que os cardeais Antonio Cañizares Llovera, da Espanha, e Vinko Puljic, da Bósnia, não participarão do conclave que elegerá o novo papa. Ambos já haviam comunicado sua ausência na semana anterior, mas agora foram oficialmente retirados da lista de votantes por razões de saúde, conforme confirmou o porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni.
Conclave se aproxima com 133 cardeais votantes
Com essas duas ausências confirmadas, o número de cardeais com direito a voto fica em 133. Apenas aqueles com menos de 80 anos podem participar do processo, conforme as regras estabelecidas pela Igreja. A eleição do novo pontífice está marcada para o dia 7 de maio e ocorrerá na tradicional Capela Sistina, no Vaticano, cercada de expectativa, tradição e absoluto sigilo. Para que um novo papa seja eleito, são necessários no mínimo 89 votos — o equivalente a dois terços dos eleitores presentes, garantindo legitimidade ao resultado final da escolha.
Cardeais que não iram participar do Conclave (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)
Maioria dos votantes foi escolhida por Francisco
Outro dado relevante é que a maioria dos cardeais votantes — 108 dos 133 — foi nomeada pelo atual Papa Francisco. Os outros 25 foram escolhidos pelos papas anteriores, Bento XVI e João Paulo II. Isso indica que a escolha do novo papa deve manter, em certa medida, a linha ideológica e pastoral promovida por Francisco, com leve inclinação ao centro-direita, como avaliam especialistas em assuntos religiosos e estudiosos do Vaticano. Muitos observadores apontam ainda que esse perfil majoritário reforça a continuidade de temas como justiça social, meio ambiente e diálogo inter-religioso, que marcaram o pontificado de Francisco nos últimos anos.
Caso nenhuma candidatura atinja os dois terços após 34 rodadas de votação, o processo avança para um segundo turno, entre os dois mais votados. A expectativa em torno do conclave cresce, já que sua decisão definirá os rumos da Igreja Católica nos próximos anos e influenciará diretamente milhões de fiéis ao redor do mundo.
A cerimônia acontece na Capela Sistina e por isso, nessa segunda-feira (28), o Vaticano fechou a capela para visitação do público para que comece os preparativos do Conclave.
Os cardeais que já estão no Vaticano se reúnem nessa segunda, e a data para a tão aguardada cerimônia pode ser definida.
O sepultamento do Papa Francisco aconteceu no sábado (26) e já está em andamento o período de luto de nove dias que acontece antes do Conclave. Previsão é que a cerimônia comece entre 5 e 10 de maio.
Chaminé: o símbolo que revela a eleição do novo Papa
Uma das tarefas que fazem parte dessa preparação da Capela para o Conclave é a instalação da chaminé, onde são queimados os votos de cada cardeal e por onde saberemos se um novo papa foi eleito, ou se teremos que aguardar mais tempo.
Fumaça branca sai da chaminé no telhado da Capela Sistina (Foto: Reprodução/Peter Macdiarmind/Getty Images Embed)
A cerimônia só tem início com a presença de todos os cardeais com liberdade de votar, exceto se algum dos votantes não puder comparecer por motivos graves ou problemas de saúde.
Processo de escolha pode levar dias ou anos
Mesmo com as expectativas de que o Conclave comece no início de maio, não existe alguma previsão oficial de quando a Igreja Católica terá um novo líder, tanto por conta do modelo de votos e regras da eleição.
O momento de decisão de um novo pontífice pode durar dias, ou até anos, e nesse momento de votos os cardeais votantes ficam isolados do mundo na “zona de Conclave”. Além de não terem permissão de nenhum contato com o mundo exterior, eles fazem um juramento de segredo absoluto sobre tudo que envolve o processo.
Cardeais entraram na Capela Sistina para o conclave em 12 de março de 2013, no Vaticano. (Foto: Reprodução/Maurix/Getty Images Embed)
Entenda como funciona a votação no Conclave
Para se eleger um novo papa, o cardeal com mais votos precisa garantir pelo menos dois terços dos totais de votos, que ao fim de cada contagem de votos, são queimados.
A estimativa é que a cerimônia esse ano reúna cerca de 133 cardeais, então o mais votado para se consagrar o novo líder da Igreja Católica precisa de pelo menos 89 novos.
Por dia, quatro votações podem ser realizadas, duas na parte da manhã e duas à tarde. Caso não cheguem a um consenso em três dias, acontece uma pausa de 24 horas para orações. Outra pausa pode ser solicitada caso após uma semana não tenha um papa eleito.
Se por algum motivo, após 34 votações, não exista ainda um novo pontífice, são selecionados os dois mais para disputar uma nova eleição, como um segundo turno em eleições que conhecemos. Porém, ainda seguirá a regra de atingir pelo menos dois terços dos votos totais.
Os conclaves de 2005 (Bento XVI) e 2013 (Francisco) foram resolvidos de forma rápida, apenas dois dias. E segundo a história da própria igreja, os últimos 100 anos de eleições papais foram resolvidos de forma rápida.
Contudo, já aconteceram eleições que duraram dias e até anos, como por exemplo, no século 13 onde um Conclave durou quase três anos, onde no fim foi eleito Gregório X.
Em relação ao Conclave desse ano foram prorrogadas, pela Santa Sé, as credenciais de jornalistas até o dia 31 de maio, além do calendário de imprensa indicar 21 de abril e 11 de maio como período de funeral de Conclave. Essas informações são simbólicas, diretamente ligadas à cobertura mundial.
Recorde: sete brasileiros participarão da eleição do novo Papa
Entre os 133 cardeais que estão aptos a votar no Conclave, temos sete brasileiros. O maior número de brasileiros de todos os Conclaves já realizados. Conheça a seguir quem são:
Mais de 160 delegações oficiais estiveram presentes neste sábado (26) na Praça São Pedro para prestar suas homenagens e dar seu adeus ao Papa Francisco. Dentre as comitivas religiosas e políticas, estavam 50 Chefes de Estado e Governo e 10 monarcas.
Os lugares reservados para as autoridades estavam à direita do altar, sob a perspectiva de frente para a fachada da basílica. A delegação da Argentina, país natal do Papa, ocupou o lugar de honra e foi liderada pelo presidente da República, Javier Milei, e sua irmã Karina, secretária-geral.
Logo após, sentou-se a delegação italiana: o presidente da República Sergio Mattarella, sua filha Laura, a presidente do Conselho Giorgia Meloni, o presidente do Senado Ignazio La Russa, o presidente da Câmara Lorenzo Fontana, o presidente do Tribunal Constitucional Giovanni Amoroso, os vice-presidentes e primeiros-ministros Antonio Tajani e Matteo Salvini, o subsecretário da Presidência do Conselho Alfredo Mantovano e o embaixador junto à Santa Sé, Francesco Di Nitto.
Chefes de estado comparecem em peso ao funeral do Papa Francisco (Vídeo: reprodução/YouTube/@veja)
Realeza presente
Em seguida, sentaram-se os soberanos reinantes em ordem alfabética pelo nome do país em francês, e dentre eles estavam os monarcas da Bélgica, Rei Philippe e Rainha Mathilde, a Rainha Mary da Dinamarca, o Rei Felipe VI e Rainha Letizia, da Espanha, Rei Abdullah II e Rania, da Jordânia, o Príncipe Albert e sua esposa Charlene, de Mônaco, e o Rei Carl Gustav e a Rainha Silvia, da Suécia.
Além destes, também estiveram presentes o príncipe herdeiro Wiliam, do Reino Unido, o Príncipe Haakon e a Princesa Mette-Marit, da Noruega, e os soberanos dos Emirados Árabes Unidos, Lesoto, Principado de Andorra e Liechtenstein. Os Grão-Duques de Luxemburgo também foram a Roma.
Principais chefes de estado
Com relação aos Chefes de Estado e Governo, a ordem alfabética francesa do país também foi respeitada.
O site oficial Vatican News deu um destaque especial para a presença do alemão Frank-Walter Steinmeier e o chanceler Olaf Scholz, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e sua esposa Janja, o presidente estadunidense Donald Trump e sua esposa Melania, o francês Emmanuel Macron e sua esposa Brigitte, o ucraniano Volodymyr Zelensky e sua esposa Olena e o húngaro Tamás Sulyok, acompanhado de seu primeiro-ministro Viktor Orban.
O Vatican News também destacou alguns líderes europeus presentes: o Presidente do Conselho Europeu, Antonio Costa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a Alta Representante para os Negócios Estrangeiros, Kaja Callas e a Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.
O Secretário-Geral Antonio Guterres representou a Organização das Nações Unidas (ONU), o Vice-Presidente Chen Chin-Jen representou a China e a Ministra da Cultura Olga Borisovna Lyubimova representou a Federação Russa. A presidente do Banco do Brics, a ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, também prestou suas homenagens ao Papa.
Israel se fez representar por seu Embaixador junto à Santa Sé, Yaron Sideman, e a Palestina, que é reconhecida pela Santa Sé, foi representada por seu Primeiro-Ministro Mohamed Mustafa.
O ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden e sua esposa, Jill, também compareceram à Missa Exequial que antecedeu o sepultamento de Francisco.
Comitiva brasileira
Segundo a Agência Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prestou as últimas homenagens representando o país acompanhado da primeira-dama, Janja Lula da Silva, de quatro ministros e doze parlamentares. O assessor-chefe da Assessoria Especial do Presidente, Celso Amorim e a ex-presidente Dilma Rousseff também acompanharam o grupo.
O presidente do Brasil,@LulaOficial, acompanhado da primeira-dama @JanjaLula, da presidente do Banco dos BRICS, @dilmabr, e de sua delegação, prestou homenagem ao #PapaFrancisco na Basílica Vaticana nesta sexta-feira, 25. Amanhã, a delegação estará presente na Praça São Pedro pic.twitter.com/J8iC9X1Owd
Vatican News dá destaque à presença da comitiva brasileira no velório de Francisco (Vídeo: reprodução/X/@vaticannews_pt)
Os ministros que foram com a comitiva são o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, o ministro das Relações Exteriores, o embaixador Mauro Vieira, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, e a ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo.
Os parlamentares brasileiros presentes foram o presidente do Senado, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos – PB), o senador Renan Calheiros (MDB – AL), a senadora Leila Barros (PDT – DF), a senadora Soraya Thronicke (Podemos – MS), e os deputados Luis Tibé (Avante – MG), Odair Cunha (PT – MG), Padre João (PT – MG), Reimont (PT – RJ), Luiz Gastão (PSD – CE), Dagoberto Nogueira (PSDB – MS) e Professora Goreth (PDT – AP).
Países representados
Confira a lista das principais autoridades presentes no último adeus ao Papa Francisco:
África
Cabo Verde: o presidente José Maria Neves;
República Centro-Africana: o presidente Faustin-Archange Touadéra.
Américas
Argentina: o presidente Javier Milei, a irmã Karina (secretária-geral da Presidência), e vários ministros, dentre eles o chanceler Gerardo Werthein;
Brasil: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a primeira-dama Janja, e uma comitiva de 18 autoridades;
Estados Unidos: o presidente Donald Trump e a primeira-dama Melania;
Honduras: a presidente Xiomara Castro.
Ásia
Filipinas: o presidente Ferdinand Marcos e a primeira-dama, Liza Marcos.
Europa
Alemanha: o presidente Frank-Walter Steinmeier e o chefe de goveno Olaf Sholz;
Áustria: o chefe de governo Christian Stocker;
Bélgica: o rei Phillippe, a rainha Mathilde e o primeiro-ministro Bart De Wever;
Bulgária: o primeiro-ministro Rosen Jeliazkov;
Croácia: o presidente Zoran Milanovic e o primeiro-ministro Andrej Plenkovic;
Dinamarca: a rainha Mary;
Eslováquia: o presidente Peter Pellegrini;
Eslovênia: a presidente Natasa Pirc Musar e o primeiro-ministro Robert Golob;
Espanha: o rei Felipe VI e a rainha Letícia;
Estônia: o presidente Alan Karis;
Finlândia: o presidente Alexander Stubb;
França: o presidente Emmanuel Macron e sua esposa Brigitte, o ministro das Relações Exteriores Jean-Noël Barrot e o ministro do Interior Bruno Retailleau;
Grécia: o primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis;
Hungria: o presidente Tamás Sulyok;
Irlanda: o presidente Michael D. Higgins, o primeiro-ministro Micheál Martin e o vice-primeiro-ministro Simon Harris;
Kosovo: a presidente Vjosa Osmani;
Letônia: o presidente Edgars Rinkevics;
Lituânia: o presidente Gitanas Nauseda;
Macedônia do Norte: a presidente Gordana Siljanovska-Davkova;
Moldávia: a presidente Maia Sandu;
Mônaco: o príncipe Albert II e a esposa, Charlêne;
Noruega: o príncipe Haakon, a princesa Mette-Marit e o chanceler Espen Barth Eide;
Países Baixos: o primeiro-ministro Dick Schoof e o chanceler Caspar Veldkamp;
Polônia: o presidente Andrzej Duda e o presidente do Parlamento, Szymon Holownia;
Portugal: o presidente Marcelo Rebelo de Souza, o primeiro-ministro Luís Montenegro, o presidente da Assembleia Nacional José Pedro Aguiar Branco e o ministro das Relações Exteriores Paulo Rangel;
Reino Unido: o príncipe William, representando o rei Charles III, e o primeiro-ministro Keir Starmer;
República Tcheca: o primeiro-ministro Petr Fiala;
Romênia: o presidente interino Ilie Bolojan;
Rússia: Olga Liubimova, ministra da Cultura da Rússia;
Suécia: o rei Carl XVI Gustav, a rainha Silvia e o primeiro-ministro Ulf Kristersson;
Ucrânia: o presidente Volodymyr Zelensky e sua esposa, Olena.
Nesta sexta-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do velório do Papa Francisco, na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Lula estava acompanhado da primeira-dama Janja, da ex-presidente Dilma Rousseff, além dos ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Ricardo Lewandowski (Justiça) e do assessor Celso Amorim. Também integraram a comitiva os presidentes da Câmara, do Senado e do STF. A presença de tantas autoridades brasileiras refletiu o impacto global da liderança espiritual do pontífice.
Cerimônia marcada pela emoção
O adeus ao Papa Francisco tem comovido fiéis do mundo todo, tornando-se um dos momentos mais marcantes e tocantes vividos no Vaticano nos últimos tempos. A comoção tomou conta da Praça de São Pedro, que recebeu mais de 150 mil pessoas vindas de várias partes do mundo para prestar suas últimas homenagens ao pontífice, que marcou gerações com sua postura acolhedora e compromisso com os mais vulneráveis. Fiéis, religiosos e líderes de países dividiram espaço na imensa praça, onde o silêncio e a oração deram o tom de respeito e admiração.
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e comitiva Brasileira (Foto: reprodução/Ricardo Stuckert/@lulaoficial)
Como será a despedida solene do Papa Francisco
Neste sábado, com o caixão lacrado, o cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício, dará início à Missa das Exéquias — rito tradicional da Igreja Católica em homenagem aos falecidos. A cerimônia será realizada ao ar livre, como em velórios papais anteriores, reforçando a ligação entre o papa e o povo. O cenário imponente da Praça de São Pedro, cercada pelas colunatas de Bernini, torna-se palco de um último adeus coletivo, carregado de simbolismo e emoção.
Ao final da celebração, o caixão será conduzido em procissão solene até a Basílica de Santa Maria Maggiore, um dos templos mais importantes do catolicismo em Roma, onde acontecerá o sepultamento. O momento contará com a presença de autoridades, representantes religiosos e também de pessoas em situação de vulnerabilidade, especialmente convidadas para estar nos degraus que levam ao local de descanso final do pontífice — um gesto que ecoa os valores de humildade e inclusão que marcaram seu papado.
O Palácio de Kensington confirmou nesta terça-feira (22) a presença do Príncipe William como representante oficial da Família Real no funeral do Papa Francisco, que faleceu na manhã do dia 21 de abril, aos 88 anos, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC); William será acompanhado pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, na cerimônia marcada para o dia 26. O adeus ao pontífice reunirá dezenas de representantes mundiais, lista divulgada pela Santa Sé, inclusive o Presidente Lula, no Vaticano, neste sábado às 10 horas (horário local).
Contudo, ainda não há comunicados oficiais sobre a presença da Princesa Kate, mas o que se especula é a sua ausência, já que em 2005 o então Príncipe Charles também viajou sozinho para a cerimônia.
Princesa enfrentou a mesma doença do sogro
Em março de 2024 a Princesa de Gales anunciou estar nos “estágios iniciais do tratamento quimioterápico” após semanas de especulações sobre seu estado de saúde, a princesa não aparecia em público há meses e causou muitas teorias sobre o que estaria acontecendo. O tipo da doença não foi informado, mas um mês antes o Rei Charles III, sogro de Kate Middleton, também foi diagnosticado com um tipo de câncer pelo Palácio de Buckingham. Já em fevereiro de 2025, a princesa do Reino Unido declarou estar em estado de remissão, período em que a doença está controlada mas o paciente ainda não é considerado curado.
O representante da Igreja Católica lutava contra problemas pulmonares havia bastante tempo. No final de 2024, foi diagnosticado com pneumonia bilateral e desde então passava por diversas internações, problemas como pressão alta e diabetes complicavam o quadro de saúde, além de na juventude o pontífice ter passado por uma extração de parte do pulmão após grave infecção.
Charles também ficará de fora
A ausência do Rei Charles faz parte de um protocolo real britânico, em que os reis e rainhas são proibidos de comparecer a funerais. Tanto que em 2005, no funeral de João Paulo II, foi o próprio Charles quem representou a família real no lugar de sua mãe, a Rainha Elizabeth II.
Rei Charles III e Rainha Camilla em 2005 (Foto: Reprodução/Kieran Doherty/AFP/Getty Images embed)
Apesar da ausência na cerimônia, vale lembrar que no início deste mês, o Rei Charles e a Rainha Camilla visitaram o Papa durante uma viagem pela Itália.