Donald Trump e Xi Jinping discutem acordo comercial por telefone

Em um telefonema realizado no dia 20 de janeiro, antes da posse de Donald Trump, o presidente dos Estados Unidos e o líder chinês, Xi Jinping, discutiram a possibilidade de um acordo comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Durante a conversa, os dois líderes abordaram uma série de questões, incluindo o futuro do aplicativo TikTok, temas relacionados ao comércio e a delicada situação de Taiwan. A relação comercial entre os dois países tem sido um ponto central desde o início do mandato de Trump, com discussões frequentes sobre tarifas e práticas comerciais.

Acordo comercial

Embora Trump tenha prometido, durante sua campanha presidencial, adotar tarifas punitivas sobre produtos chineses para pressionar a China a adotar práticas comerciais mais justas, ele não implementou tais medidas de forma imediata após assumir a presidência.


Donald Trump e Xi Jinping (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)


No entanto, as negociações comerciais entre os dois países seguiram de forma tensa, com a imposição de algumas tarifas ao longo dos anos, afetando tanto a economia dos EUA quanto a da China. Essas tarifas foram um reflexo da crescente frustração de Trump com o que ele considerava práticas comerciais desleais por parte da China, como a violação de propriedade intelectual e o déficit comercial significativo entre as duas nações.

Donald Trump e Xi Jinping

Em entrevista à Fox News, Trump destacou a importância do diálogo com Xi Jinping, classificando a conversa como positiva. Ele afirmou que a troca de ideias entre as duas potências é fundamental para o futuro das negociações comerciais, pois é por meio desse tipo de comunicação que se consegue entender as diferentes perspectivas e buscar soluções viáveis.

Trump também enfatizou que sempre buscou manter a comunicação aberta, mesmo quando as negociações pareciam estagnadas ou conturbadas. No entanto, o presidente dos EUA ressaltou que as tarifas ainda são uma ferramenta estratégica crucial no jogo comercial. “Temos um poder muito grande sobre a China, que são as tarifas, e eles não as querem”.

Eu preferiria não usá-las, mas é um poder tremendo sobre a China“, afirmou Trump, deixando claro que as tarifas continuam sendo uma opção viável, caso necessário. Ele, no entanto, reconheceu que o objetivo maior é evitar um cenário de confronto direto, o que poderia ter consequências econômicas graves para ambas as economias.

Trump participou da Marcha pela Vida após perdoar 23 ativistas antiaborto

Ativistas contrários ao aborto nos Estados Unidos estão se mobilizando, impulsionados por apoio político em Washington e uma maioria na Suprema Corte, para revogar o direito ao aborto nacionalmente. Na Marcha pela Vida, esperada para atrair pelo menos 150 mil pessoas, o presidente Donald Trump, o vice-presidente JD Vance e o presidente da Câmara Mike Johnson devem fazer declarações.

Até um dia antes do evento, Trump assinou um decreto que concede perdão a 23 ativistas antiaborto, incluindo dez que foram processados por bloquear uma clínica de aborto em Washington em 2020.


Donald Trump (Foto: Reprodução/Instagram/@realdonaldtrump)

Acusados

Os réus foram acusados de dois crimes federais: conspiração contra os direitos civis e violação do FACE Act, uma lei de 1994 que criminaliza ameaçar ou obstruir o acesso a clínicas de saúde reprodutiva.

Essa norma foi pouco utilizada no primeiro mandato de Trump (2017-2021), mas, após a aprovação de uma lei restritiva ao aborto no Texas em 2021, o procurador-geral Merrick Garland anunciou que o governo Biden priorizaria sua aplicação para proteger o direito ao aborto.

Lauren Handy, uma das ativistas, foi condenada a quase cinco anos de prisão por liderar um bloqueio em 2020, com seu caso ganhando notoriedade após a polícia encontrar cinco fetos em sua casa.

Outros réus receberam penas menores, sendo que Jay Smith, de 34 anos, foi condenado a dez meses. No mesmo ano, a Suprema Corte revogou o direito constitucional ao aborto, com três juízes nomeados por Trump desempenhando um papel crucial, o que levou o ex-presidente a reivindicar o mérito pela decisão.

Donald Trump

O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou um decreto que afirma que o governo só reconhece dois gêneros: masculino e feminino. Isso foi visto como um sinal de que a administração pode estar mais agressiva em restrições ao aborto. No entanto, ainda não está claro se o aborto será uma prioridade para Trump.

Ele prometeu apoio a organizações cristãs que são contra o aborto, mas nomeou alguém que apoia os direitos ao aborto para liderar a saúde e serviços humanos.

Ativistas que apoiam o direito ao aborto temem que a administração processará quem facilita o aborto e criminalize o envio de materiais abortivos, incluindo pílulas.

Trump quer o Canal do Panamá de volta, mas plano segue incerto

Logo no seu primeiro dia de mandato, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a reforçar alguns dos discursos feitos durante sua campanha presidencial, entre eles a retomada do canal do Panamá. No entanto, mesmo reafirmando essa intenção, ele não forneceu detalhes sobre como essa retomada ocorreria.

“O propósito de nosso acordo e o espírito de nosso tratado foram totalmente violados”

Trump em discurso sobre o canal

Historia do Canal

Durante sua construção, os Estados Unidos tiveram um papel importante na edificação do canal e, logo após sua finalização, apropriaram-se da soberania do local. Apenas após anos de protestos e disputas, o país devolveu ao Panamá o direito de administração dessa que é uma das mais importantes vias aquaviárias do mundo. A devolução ocorreu há quase 30 anos, em 1999.


Canal do Panamá é um dos principais canais de transporte marítimo do mundo (Foto:reprodução/Getty Images News/Justin Sullivan/Getty Images Embed)


Grande parte da importância da obra vem do fato de ela reduzir a distância entre os oceanos Pacífico e Atlântico, evitando a volta pela América do Sul. Com isso, reduz os custos de exportação de vários países. Atualmente, estima-se que cerca de 5% de todo o comércio marítimo do mundo passe pelo canal.

Presidente do Panamá se pronuncia

Em sua conta no X José Raúl Mulino presidente do país centro-americano disse na última segunda-feira que o canal do panamá “é e continuará a ser panamenho”, isso vem em resposta às falas de Trump que parece estar empenhado em retomar o canal.

Ainda durante suas falas, Trump chegou a dizer que a China é uma das potências que se beneficiam da estrutura e que isso estava longe do que os Estados Unidos queriam quando deram o local “de presente ao Panamá”.

Agora, nos próximos meses, devemos ficar no aguardo dos próximos passos de Trump e de como ele pretende cumprir sua promessa.

Trump assume segundo mandato com agenda de mudanças e controvérsias

O segundo mandato de Trump na Casa Branca começa nesta segunda-feira, 20 de janeiro. A expectativa é que uma série de mudanças ocorram tanto na política externa quanto na política interna. Para compreender melhor o que deve mudar, é necessário analisar o panorama político com base nas promessas do presidente eleito.

Durante seu primeiro mandato na Casa Branca, Trump já adotava uma política externa que priorizava os interesses internos do país. Agora, em seu segundo mandato, o que ele chama de “America First” (tradução “Primeiro, os Estados Unidos”) deve impactar significativamente a condução de seu governo, com os imigrantes sendo um dos grupos particularmente afetados por essa política.

Imigração

Com a promessa de deportações em massa, Trump já vinha implementando uma política externa anti-imigração como uma de suas principais bandeiras desde o seu primeiro mandato. Agora, no início de sua segunda passagem pela Casa Branca, ele promete iniciar a “maior operação de deportação em massa da história americana”, algo que, segundo ele, deve ocorrer logo em seu primeiro dia de mandato.

Trump também declarou que pretende começar pelo que ele chama de “criminosos”. No entanto, não forneceu detalhes sobre outros requisitos ou sobre como essas deportações em massa serão realizadas.

Gerra na Ucrânia

A guerra no país europeu deve ser outro ponto importante no segundo mandato de Trump. Ele, que nunca teve uma relação necessariamente amistosa com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, prometeu acabar com o conflito. No entanto, não forneceu detalhes sobre como faria isso.


 Trump, inclusive, sempre foi um crítico dos gastos dos Estados Unidos com a guerra e prometeu cortar a ajuda financeira à Ucrânia, algo que preocupou alguns aliados do país. Eles temem que o corte de financiamento possa levar a uma perda de poder da Ucrânia, que talvez tenha que fazer concessões à Rússia no conflito.

Otan

A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) sempre foi alvo de fortes críticas por parte de Trump. A aliança militar chegou a ser ameaçada por ele, que afirmou considerar retirar os Estados Unidos da organização caso os outros 35 países que a compõem não cumprissem o objetivo comum de gastar, no mínimo, 2% de seu PIB com defesa.
 No entanto, ainda antes de assumir a Casa Branca, Trump convocou os membros da organização a aumentarem seus gastos para 5% do PIB, mais que o dobro da meta atualmente vigente.

China

A China sempre foi um ponto delicado na política externa de Trump. Durante o seu primeiro mandato, houve uma guerra comercial travada com Pequim, e, em seu segundo mandato, ele sugeriu taxar em até 60% os produtos originários do país.


Politica externa com a China deve ser ponto delicado em segundo mandato de Trump (Foto: reprodução/Getty Images News/Win McNamee/Getty Images Embed)


Ainda no segundo mandato, ele deve manter uma política externa agressiva contra o país asiático. Outro ponto importante em relação à China é Taiwan: a ilha, considerada rebelde pela China, recebe apoio militar dos Estados Unidos. Trump já chegou a declarar que, caso a China invadisse a ilha, ele não precisaria recorrer à força militar. Ele afirmou que, se houvesse uma invasão, imporia tarifas de importação paralisantes sobre os produtos chineses.

Oriente Médio

Trump toma posse após o acordo de cessar-fogo e libertação de reféns na Faixa de Gaza, negociado com apoio de Biden, Catar e Egito, no momento ambos reivindicam crédito pelo pacto, que busca o “fim permanente da guerra”.

Durante seu primeiro mandato, Trump adotou políticas pró Israel, incluindo o reconhecimento de Jerusalém como capital, retirada do acordo nuclear com o Irã e os Acordos de Abraão, que normalizaram relações entre Israel e países árabes, mas sem avanço na criação de um Estado palestino. Críticos acusam suas ações de desestabilizar a região. Trump promete ampliar os Acordos, incluindo um possível pacto com a Arábia Saudita, que já vinha sendo negociado antes do início da guerra.

Clima

Conhecido por seu ceticismo em relação às mudanças climáticas, espera-se um retrocesso nas políticas ambientais sob a gestão de Trump, algo já observado durante seu primeiro mandato e que pode se repetir em sua segunda passagem pela Casa Branca.

Groenlândia e Canal do Panamá

O presidente eleito dos EUA causou controvérsia ao sugerir a compra da Groenlândia e o controle do Canal do Panamá, com ele não descartando o uso de força militar ou econômica para esses objetivos.

A Groenlândia, rica em minerais estratégicos, foi declarada “não à venda” pela Dinamarca e por seu primeiro-ministro, já em relação ao Canal do Panamá, Trump criticou as altas taxas de uso e acusou a China de influência na região. O Panamá reafirmou sua soberania, rejeitando negociações. Embora improvável, essas ações refletem a política de Trump de expandir a influência dos EUA com base em sua já citada visão de “América em Primeiro Lugar”.

Trump tem condenação mantida perto do dia da posse

O presidente eleito, Donald Trump, teve sua condenação criminal mantida pelo juiz de Nova York, Juan M. Merchan, em um caso que revelou uma série de atos comprometedores e ameaça sua liberdade. No entanto, o juiz indicou que poderia optar por uma “dispensa incondicional” da sentença, decisão incomum que eliminaria qualquer punição.

Trump toma posse dia 20 de janeiro

A sentença está marcada para 10 de janeiro, próximo da posse de Trump que ocorrerá no dia 20. Trump deve comparecer de maneira presencial ou virtualmente, sendo sua presença obrigatória nesse caso. Diferente de uma dispensa condicional, que exige o cumprimento de requisitos como pagamento de restituições ou manutenção de emprego, a dispensa incondicional não impõe nenhuma condição ao réu, sendo algo considerado mais rápido. O juiz argumentou que essa alternativa seria a mais adequada para assegurar o encerramento do caso e permitir a Trump buscar apelações.


Mesmo condenado, existe a chance de Trump não chegar cumprir a pena (Foto: reprodução/Getty Images News/Michael M. Santiago/Getty Images Embed)


Trump foi condenado em maio por 34 acusações de falsificação de registros comerciais, relacionadas ao encobrimento de um escândalo sexual durante a campanha presidencial de 2016. Ele pode enfrentar até quatro anos de prisão, no escândalo que ficou em bastante evidência durante a sua primeira tentativa de reeleição.

Na última sexta-feira (3), o juiz Merchan rejeitou os pedidos de Trump para anular o veredicto do júri, argumentando que a vitória eleitoral do republicano não justifica a reversão da condenação. No mês anterior, o mesmo juiz chegou a descartar outra tentativa de defesa, baseada em uma recente decisão da Suprema Corte que ampliava a imunidade presidencial.

Primeira condenação criminal de um presidente americano

Com essas decisões, Merchan confirmou a primeira condenação criminal de um presidente americano e enfraqueceu as estratégias legais de Trump para apagar seu histórico antes de reassumir a presidência.

“Anular o veredicto não serviria ao Estado de Direito, mas o enfraqueceria de forma significativa”, escreveu Merchan.

Essa decisão ressalta os desafios legais enfrentados por Trump, mesmo em meio à sua iminente posse, que ocorre ainda esse mês.

Ex-vereadora de SP volta atrás e doa itens retirados de gabinete

A ex-vereadora de São Paulo, Janaína Lima (PP), protagonizou um episódio inusitado que gerou repercussão na Câmara Municipal e nas redes sociais. Após retirar um vaso sanitário e duas pias de seu antigo gabinete, a política enfrentou críticas que a levaram a reconsiderar sua decisão. Janaína anunciou que doará os itens à Câmara, para ser definido o destino mais adequado.

Segundo a ex-vereadora, os equipamentos foram comprados e instalados durante o seu mandato com recursos próprios. Por orientação jurídica, decidiu retirá-los ao deixar o gabinete no final de 2023. No entanto, a retirada virou motivo de piadas entre parlamentares, incluindo Adrilles Jorge (União Brasil), ex-BBB e novo ocupante do espaço.

Justificativas e recuo

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Janaína justificou a retirada, alegando que respeitou a legislação interna da Câmara. Ela afirmou que a infraestrutura do banheiro, incluindo a privada e as pias, foi resultado de um “investimento pessoal” em melhorias no espaço. Ainda assim, decidiu doar os itens para evitar mais controvérsias.


Janaína Lima em foto de campanha (Foto: reprodução/Site Oficial de campanha)

“Entreguei o gabinete respeitando toda a legislação estabelecida pela Câmara Municipal de São Paulo, legislação interna. Entregando com todos os equipamentos públicos que recebi. Por orientação do jurídico, equipamentos instalados com recursos próprios foram retirados. No entanto, por uma decisão pessoal, esses equipamentos estão sendo doados, agora, para a Câmara Municipal decidir o seu melhor destino”, declarou a ex-vereadora.

Passado marcado por polêmicas

A carreira política de Janaína Lima já havia sido marcada por controvérsias. Expulsa do partido Novo após um desentendimento com uma colega de bancada em 2021, ela não conseguiu se reeleger em 2024. Durante sua gestão, economizou cerca de R$ 9 milhões em verbas públicas, mas sua saída da Câmara agora é lembrada pelo episódio da retirada do banheiro.

O caso ilustra como gestos simbólicos podem repercutir amplamente na política, revisitando debates sobre ética, gestão de recursos e o impacto de ações individuais no serviço público.

Haddad diz que não pretende se candidatar em 2026

O atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), participou de um café da manhã com a imprensa nesta sexta (20). Indagado sobre uma possível candidatura nas próximas eleições, o ministro afirmou que não pretende concorrer a Presidência, deixando para que o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, possa assumir em busca de uma possível reeleição.

Ministro afirma que Lula seria o ‘candidato natural’


Haddad (Esquerda) e Lula (Direita) durante conferência no Planalto (reprodução/Ton Molina/NurPhoto/Getty Images Embed)


Haddad chegou a se candidatar em 2018, como oposição ao então candidato do PSL, Jair Bolsonaro. Na ocasião, o ex-prefeito da cidade de São Paulo havia assumido o lugar de Lula, aquela altura inelegível, após ter sido condenado pelo TSE, em virtude da Operação Lava-Jato.

O ministro disse em entrevista, que enxerga o atual representante do país, como postulante ideal para candidatura válida pelo Partido dos Trabalhadores:

Acredito que o presidente Lula tem todas condições de chegar competitivo em 2026, estando atento ao que precisa ser feito, relatou.

Presidente permanece em dúvida sobre reeleição


Presidente Lula deixando o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo (reprodução/Nelson Almeida/AFP/Getty Images Embed)


No entanto, Lula, que acaba de se recuperar de uma cirurgia na cabeça, após um hematoma intracraniano, não se garante que estará concorrendo em 2026. O político, em entrevista ao portal CNN, comentou que só terá uma decisão concreta apenas no ano eleitoral, deixando margem para outros candidatos aliados poderem planejar que eventualmente se candidatem seu lugar, para promover uma “grande renovação política” no país.

Vale lembrar que o atual chefe do poder executivo indicou, em entrevista à rádio metrópole, logo após sua eleição em 2022, que pretendia deixar a vaga na presidência para outro:

Quando chegar 31 de dezembro de 2026, que a gente for entregar esse mandato para outra pessoa, esse país estará bem, afirmou

Caso resolva se candidatar e vença, seria a 4ª vez na história que o ex-metalúrgico assumiria um mandato como presidente.

Após justiça negar recurso, TikTok pode ser banido nos EUA

O TikTok enfrenta um momento decisivo para sua plataforma nos Estados Unidos, após a justiça negar um recurso da empresa para barrar a possibilidade de banimento. Os EUA confirmou, nesta sexta-feira (6), a lei que exige que o TikTok seja vendido. Caso a decisão seja mantida, a plataforma vai precisar abandonar o país. O aplicativo deve ser vendido para uma empresa norte-americana, para cortar laços com a China. 

Por que o TikTok está sendo banido?

As autoridades americanas argumentam que o TikTok, que faz parte da ByteDance, traz riscos à segurança nacional. A alegação principal é que o governo chinês poderia acessar dados de usuários americanos pela plataforma, por mais que a empresa negue. Apesar dos esforços da empresa em aumentar a transparência com os dados, e até proporem projetos de segurança, os EUA seguem céticos.

Impactos globais e para os usuários 

Com o banimento, os usuários que já possuem o aplicativo instalado poderão continuar usando ele temporariamente, mas sem atualizações do app, o que vai tornar o aplicativo pouco funcional ao longo do tempo. Lojas de aplicativos serão proibidas de liberar o acesso ao app, sem que consiga fazer novas instalações. 


Imagem de influenciadora digital (Foto: reprodução/David Espejo/Getty Images embed)


A ausência do TikTok pode ter um impacto significativo para milhões de criadores de conteúdo e empresas que dependem da plataforma para promover produtos. Alguns influenciadores podem precisar focar apenas em outras redes, como Reels do Instagram ou YouTube Shorts. Pequenas empresas que utilizam a plataforma como uma alternativa para marketing digital sentiriam o peso da ausência da plataforma. 

Com o TikTok fora dos EUA e as alegações dadas pelas autoridades, existe o risco de outros países concordarem com a ideia. Além disso, um banimento pode aumentar as tensões entre os EUA e a China, deixando o governo chinês um pouco irritado. 

Decisões do TikTok

O TikTok informou que planeja recorrer ao Supremo Tribunal dos EUA, apesar de reafirmar que não pretende se separar da ByteDance. Há chances do banimento ser adiado, com o apoio do novo presidente, Donald Trump

O TikTok avalia opções para contornar a situação. Seja qual for o desfecho, o episódio já é um enorme alerta para as grandes plataformas digitais e suas relações com governos ao redor do mundo.

Presidente da Coreia do Sul pode enfrentar processo de impeachment 

A Coreia do Sul enfrenta atualmente um momento delicado em sua política interna. Após o presidente Yoon Suk Yeol decretar lei marcial no país, uma medida vista por muitos como uma tentativa de golpe, ele agora enfrenta uma votação decisiva que pode resultar em sua destituição do cargo.

Processo passa primeiro pelo parlamento

Nesse primeiro momento, para que Yoon Suk Yeol seja retirado do cargo, é necessário que dois terços do parlamento sul-coreano votem a favor do processo. Caso seja aprovado, isso poderá representar uma virada na política interna do país, que já vinha enfrentando momentos delicados.

De acordo com a Constituição sul-coreana, a Assembleia Nacional pode apresentar uma moção de impeachment contra o presidente ou outros altos funcionários públicos caso haja suspeita de que eles “violaram a Constituição ou qualquer lei no desempenho de suas funções oficiais”. Esse mecanismo reforça a possibilidade de que Yoon Suk Yeol enfrente um processo de afastamento, dado o atual contexto político do país.


Protesto emergiram em toda Coreia do Sul logo após a declaração de lei marcial (Foto:reprodução/AFP/JUNG YEON-JE/Getty Images Embed)


Para retirar o presidente, é necessária uma aprovação de dois terços do Parlamento unicameral. Já para outros cargos, uma maioria simples é suficiente. Atualmente, a oposição, liderada pelo Partido Democrata, detém 192 dos 200 votos necessários para avançar com um processo contra o presidente Yoon Suk-yeol, o que demonstra vontade dos parlamentares de seguir em frente com o processo.

As controvérsias envolvendo Yoon, incluindo uma polêmica declaração de lei marcial e um escândalo ligado à sua esposa, aumentaram as pressões por impeachment. No entanto, a postura de alguns membros do seu próprio partido, o Partido do Poder Popular, segue incerta, o que pode ser decisivo em um eventual julgamento parlamentar, no entanto a pressão popular nesse caso pode se tornar um fator importante.

Em caso de impeachment primeiro-ministro assume de forma interina

Em caso de aprovação do impeachment, o presidente do país deixará o cargo, permitindo que o primeiro-ministro assuma de forma interina. Após isso, o Tribunal Constitucional da Coreia do Sul terá cerca de seis meses para realizar um julgamento e confirmar ou negar o pedido de impeachment. Caso o processo seja confirmado, uma nova eleição presidencial deverá ser convocada dentro de um período de 60 dias.

Advogado relata que Bolsonaro estaria à parte de golpe

A defesa de Jair Bolsonaro (PL), Paulo Cunha Bueno, perante ao julgamento envolvendo a tentativa de golpe de estado, afirmou nesta sexta (29), em entrevista ao programa ‘Estúdio i’ da GloboNews, que não haveria sentido em seu cliente estar envolvido no ato conspiratório, justificando que o mesmo não seria beneficiado havendo sucesso na operação. – Fonte: Redação g1.

Segundo o advogado, caso o golpe fosse adiante, o governo seria composto apenas pelos militares envolvidos no plano, assim, portanto, culminando em uma suposta traição ao ex-presidente.

Quem seria o grande beneficiado? Segundo o plano do general Mario Fernandes, seria uma junta que seria criada após a ação do Plano Punhal Verde e Amarelo, e nessa junta não estava incluído o presidente Bolsonaro. Não tem o nome dele lá, ele não seria beneficiado disso. Não é uma elucubração da minha parte. Isso está textualizado ali. Quem iria assumir o governo em dando certo esse plano terrível, que nem na Venezuela chegaria a acontecer, não seria o Bolsonaro, seria aquele grupo, afirmou

Defesa argumenta a favor de ex-presidente durante entrevista

Paulo afirma que, apesar da viabilidade da proposta realmente ter chegado aos seus ouvidos, o ex-presidente não teria aceitado aderir ao plano, também relatando que o mesmo não tinha a obrigação de denunciá-lo.


Paulo Cunha Bueno, em entrevista ao Estúdio i da GloboNews (Foto: reprodução/Rede Globo de Televisão)

Investigação por suposto envolvimento em conspiração

Bolsonaro é condenado pela PF como autor e futuro executor do golpe de estado, que envolveria a morte do presidente Lula, seu vice, Geraldo Alckmin, além do ministro do STF, Alexandre de Moraes, junto à tomada do poder executivo por parte de um grupo contendo 37 militares, incluindo o ex-presidente. Contudo, a defesa de Bolsonaro afirma que a sentença de prisão do mesmo seria “injusta e partidária”, e que é necessário o julgamento por parte de uma corte imparcial, sem que haja desafetos pessoais envolvidos no processo.