Dario Vitale deixa Versace após única temporada

Versace anunciou nesta quinta-feira (04), a saída do diretor criativo, Dario Vitale. Após nove meses de casa e apenas uma temporada, o estilista italiano deixa a marca.

Dario marcou sua estreia na marca no desfile de verão 2026, com um dos eventos mais comentados da temporada. Vitale fez referência a identidade sensual da marca com arquivos resgatados do final da década de 1980.

A decisão do italiano veio em função da conclusão de compra da marca pelo grupo Prada, anunciado em abril deste ano, e concluída nesta terça-feira (02). A compra foi avaliada em 1,25 milhões de dólares.

Quem é Dario Vitale?

Dario Vitale é um designer de moda italiano, formado pelo Instituto Marangoni, escola privada de moda e design em Milão, no ano de 2006.

O designer trabalhou por 15 anos na MiuMiu, marca italiana fundada e dirigida por Miuccia Prada, designer chefe da também marca italiana, Prada. O italiano deixou o cargo de diretor de design de prêt-à-porter e chefe de imagem, em janeiro de 2025.


Dario Vitale no jantar Miu Miu em Outubro, 2024 | (Foto: reprodução/Getty Imagens Embed/Arnold Jerocki)

Sua chegada na Versace foi a público em 13 de abril de 2025, Vitale substituiu a então diretora artística da marca, Donatella Versace, que ocupava o cargo desde a morte de seu irmão, Gianni Versace em 1997. Versace ainda não encontrou alguém para substituir seu cargo.

Prada e compra de Versace

Prada anunciou junto a negociações com a Capri Holdings, nesta terça-feira (02), a compra da Versace, que passa a ser presidida pelo filho de Miuccia, Lorenzo Bertelli. A compra da grife foi avaliada em US$ 1,45 bilhão (quase R$ 8 bilhões).


Fachada de uma loja Versace em Madrid| (Foto: reprodução/Getty Imagens Embed/Europa Press News)


Versace é uma marca de luxo fundada em 1978 por Gianni Versace, assassinado em Miami, Flórida em 1997. Após seu assassinato, a marca começou a ser comandada por Donatella Versace, ocupando o cargo de diretora artística e o seu irmão, Santo Versace, presidente da marca.

A marca já havia sido comprada anteriormente em setembro de 2018 pelo grupo Michael Kors, por US$2,12 bilhões. O Grupo Versace apresentou um prejuízo operacional de US$ 54 milhões (R$ 288,7 milhões) no primeiro trimestre deste ano, segundo dados da Capri Holdings, do grupo Kors.

 

Prada oficializa compra da Versace por US$1,44 bilhões e inicia nova era para a icônica grife italiana

Em um dos movimentos mais impactantes do ano no mercado global de luxo, o grupo Prada confirmou a aquisição da Versace por US$1,44 bilhões, consolidando uma transação que promete remodelar o cenário da moda internacional. O negócio, agora totalmente aprovado pelos órgãos regulatórios, encerra a gestão da marca pelo conglomerado americano Capri Holdings, que por sete anos enfrentou desafios para revitalizar a grife fundada em 1978 por Gianni Versace.

Uma mudança estratégica de peso

Para a Prada, a compra representa muito mais do que expansão: trata-se de um reposicionamento estratégico, capaz de ampliar seu portfólio e fortalecer sua presença em diferentes segmentos de luxo. A Versace, reconhecida por sua estética ousada e identidade cultural forte, chega ao grupo italiano em um momento decisivo, após uma fase prolongada de resultados aquém do esperado.


Lorenzo Bertelli (Foto: reprodução/Giuliano Berti – Bloomberg/Getty Images Embed)


Agora à frente da Versace como presidente e líder executivo, Lorenzo Bertelli afirmou que seu foco é reconduzir a grife ao seu patamar de prestígio original. Bertelli é o filho mais velho de Miuccia Prada. Ele reforçou que a label é “muito maior do que seu volume de negócios”, e que sua missão será recuperar o vigor histórico da maison.

Na área criativa, a Versace continuará sob comando de Dario Vitale, mantendo a continuidade estética da grife enquanto o novo time avançará em direção a um plano de reposicionamento comercial e estratégico. A escolha indica que a Prada pretende fortalecer a marca sem descaracterizá-la, um ponto observado com atenção pelo mercado.

Mercado observa um movimento raro entre rivais italianas

Em um setor dominado por gigantes franceses como LVMH e Kering, a união entre Prada e Versace chama atenção por reunir duas das casas italianas mais influentes da história moderna da moda. A sinergia é vista por analistas como uma rara e ousada tentativa de criar um novo polo de força dentro da indústria do luxo.


Donatella Versace parabeniza Gianni Versace e anuncia a venda da Versace à Prada (Foto: reprodução/Instagram/@donatella_versace)


O CEO da Prada, Andrea Guerra, destacou que a Versace é “incrivelmente complementar” ao grupo por falar com um público diferente. Já a Prada vem de um ciclo sólido, impulsionado especialmente pelo crescimento da Miu Miu, marca que vive um de seus melhores momentos comerciais.

Um anúncio carregado de simbolismo

A confirmação da transação ocorreu em uma data emblemática: o aniversário de 78 anos de Gianni Versace, reforçando o caráter histórico do acordo. O momento marca o início de um novo capítulo para a maison, agora sob o comando de uma das mais respeitadas famílias da moda italiana.

Tendências definem as bolsas que dominam o verão 2026

O mês da moda chegou ao fim deixando um rastro de estilo e desejo. Entre as tendências que dominaram as passarelas e o street style, as bolsas se consolidaram como protagonistas absolutas. Das interpretações ousadas aos resgates nostálgicos, os modelos apresentados nas semanas de moda reforçam a importância dos detalhes para transformar qualquer look.

Bolsas icônicas ganham releituras

Entre os destaques da temporada, a Chanel apresentou versões da clássica 2.55 em couro amassado, evocando um ar de sofisticação despretensiosa, carregando a essência de sua fundadora, que gostava do hábito da aristocracia britânica e passar suas peças como uma herança até ficarem gastas. A Fendi apostou em diversos estilos de bolsas, contendo estampas de animal print, bordados florais e até em uma versão luxuosa da Peekaboo, com interior forrado de paetês que eleva o glamour das produções diurnas.



Já as maisons italianas exploraram texturas e formatos, resgatando o espírito artesanal com materiais naturais e acabamentos metalizados. Modelos estruturados, minibags e bolsas de ombro retornaram com força, marcando presença em desfiles de marcas como Gucci, Prada e Miu Miu.



Essa diversidade reforça uma tendência que equilibra o atemporal e o moderno, atendendo a diferentes estilos e ocasiões. O toque de novidade ficou por conta das alças duplas e dos fechos esculturais, elementos que adicionam personalidade e fazem das bolsas mais do que simples acessórios: verdadeiras peças de design.

O poder da cor e da textura

A paleta no tom terroso dominou a temporada, com cores como marrom, caramelo e areia assumindo o posto de novos neutros. O sucesso da camurça marrom foi vista em modelos das grifres Dior e Hermès, destacando o desejo por materiais que evocam conforto e elegância natural.



Além disso, o contraste entre texturas foi um dos pontos altos. Tecidos rústicos, brilhos sutis e acabamentos acetinados dividiram espaço, criando combinações que conversam com o espírito leve do verão.

As bolsas para o verão 2026 mostram que o luxo contemporâneo está no equilíbrio entre funcionalidade e estilo, sendo um convite para repensar o acessório como extensão da personalidade.

Prada Primavera/Verão 2026: Uma coreografia de texturas, formas e ideias

Na passarela da Milan Fashion Week, a Prada sempre hábil em cruzar moda com pensamento crítico, apresentou sua coleção Primavera/Verão 2026 como quem lança um manifesto silencioso. Intitulada “Body of Composition”, a nova proposta de Miuccia Prada e Raf Simons dialoga diretamente com a era do excesso e da reinvenção constante.

Desde os primeiros looks, um detalhe era evidente: tudo estava em fluxo. Calças amplas com cortes de macacão, luvas coloridas que pareciam moldar gestos e saias compostas por camadas assimétricas criavam uma ilusão de movimento contínuo. As peças, propositalmente desestruturadas, não buscavam formar silhuetas tradicionais, mas sugerir uma transformação constante como se cada modelo levasse em si uma performance em andamento.


Desfile Prada (Vídeo: Reprodução/Instagram/@Prada)


Estética em movimento

Nas palavras da própria grife, a coleção visa ser uma resposta à “sobrecarga da cultura contemporânea”, questionando o que é realmente necessário quando tudo parece demais. A “estética em movimento”, não se limita ao dinamismo físico das peças no corpo das modelos, ela se manifesta como um princípio central da criação. As roupas parecem vivas, instáveis, em constante mutação, como se respondessem aos passos, ao vento, ao instante.

Além disso, a Prada desafia a funcionalidade tradicional das roupas ao permitir que cada peça revele diferentes formas a cada olhar ou gesto. Tops que se soltam dos ombros, tecidos que se deslocam e estruturas que se dobram sobre si mesmas criam uma nova relação entre corpo e vestuário. O resultado é uma moda que não busca aprisionar ou moldar o corpo, mas sim acompanhá-lo em sua trajetória instável, mutável, humana.


Desfile Prada (Vídeo: Reprodução/Instagram/@Prada)


Moda como reflexo da sociedade

Mais do que um exercício estético, a coleção Primavera/Verão 2026 da Prada é uma proposta de leitura do presente. Suas roupas refletem a volatilidade emocional e a maleabilidade do indivíduo diante de um mundo em mutação constante. A ideia de peças que “flutuam” e se transformam ainda no corpo é uma poderosa metáfora da capacidade humana de adaptação e, talvez, um convite à autenticidade radical.

Em um mundo que exige respostas rápidas e reinvenções diárias, a Prada não oferece soluções, mas perguntas.

Laranja domina desfile da Prada na Milan Fashion Week

Além das cores vibrantes, Miuccia Prada e Raf Simons apresentaram peças que misturavam o conceito urbano com o praiano e o esportivo com o clássico. A atmosfera criada remete a um estilo vintage da marca, mas ainda assim com um toque de modernidade e a prova disso foi a passarela laranja, remetendo a uma discoteca que busca explorar o instinto humano.

Estilo das peças

A coleção de Primavera/Verão 2026 da Prada, que foi apresentada nesta quinta-feira, 25, em Milão, trouxe consigo peças utilitárias como macacões, suspensórios, usados como um híbrido entre macacão e saia. A coleção também apresentou saias e vestidos estruturados e plissados. As luvas de cetim e couro longas foram um charme à parte que chamou a atenção do público.


Look primavera/verão Prada 2026 (Foto: reprodução/Daniele Venturelli/ Getty Imagens Embed)


A coleção, apesar de ter looks com cores vibrantes, ainda assim não deixou o preto, marrom e cinza de fora. Em alguns modelos de casacos, saias e tops, as cores neutras fizeram sua parte com excelência.


Desfile Prada Milão 2025 (Vídeo: reprodução/Instagram/@voguebrasil)


Esse estilo utilitário e sofisticado da coleção traz consigo referências dos anos 50 e futurísticas. As saias e os vestidos estruturados e os tops com cortes modernos fazem jus ao estilo Prada de ser.


Vestido Prada coleção primavera/verão 2026 (Foto: reprodução/Daniele Venturelli/Getty Imagens Embed)


A marca registrada dos estilistas  

Miuccia Prada é uma designer de moda italiana e também neta do fundador da grife que leva seu sobrenome. Atualmente, aos 76 anos, a estilista é a diretora criativa e principal acionista da marca.

Seu estilo de criação é constantemente descrito como “ugly chic”, termo em que foi pioneira na criação e desenvolvimento, trazendo recortes diferentes e materiais inusitados, antes considerados feios pela sociedade, e os transformando em peças desejadas. A estilista descreveu esse desfile como: “roupas que podem mudar, se transformar e se adaptar”.

Já Raf Simons, que também é diretor criativo da marca, é um designer belga de 57 anos conhecido pelo minimalismo em suas criações e isso fica evidente nessa coleção. Apesar de cores fortes e recortes diferentes, os traços minimalistas registram o estilo do designer.

Prada lança coleção de joias que unem sofisticação com autenticidade

A Prada embarca em uma nova etapa dentro do universo da alta joalheria com sua coleção mais recente, Prada Fine Jewelry Couleur Vivante, marcada por uma narrativa emocional e releitura das joias de luxo. O lançamento da coleção está previsto para outubro, trazendo uma produção que combina autenticidade, design autoral e protagonismo feminino.

A coleção rompe com estilos tradicionais da alta joalheria ao apresentar uma combinação inovadora de pedras preciosas – que incluem ametistas, águas-marinhas e morganitas rosa – aplicadas em peças como anéis, colares, pulseiras e brincos, todos moldados no detalhe icônico da marca, o triângulo. 

Protagonismo feminino

A força e a autenticidade feminina são uma peça chave da nova campanha da Prada. Os rostos selecionados para protagonizar as imagens são Amanda Gorman, Maya Hawke e Kim Tae-Ri, todas fotografadas por David Sims. As três figuras reforçam a mensagem da linha de que joias contam histórias, já que todas aparecem usando a marca com frequência em eventos e campanhas. 


Maya Hawke (Foto: reprodução/Instagram/@prada)


A escolha das modelos não é apenas estética, mas também simbólica e estratégica. A Prada ressalta que a sua visão para essa campanha ultrapassa a função de joias como acessórios, se tornando uma verdadeira extensão da própria história pessoal de quem a usa.

Luxo consciente

A direção criativa da coleção ficou por conta de Miuccia Prada e Raf Simons, responsáveis por transmitir a mensagem de que cada joia carrega memórias e emoções. Cada joia da coleção busca carregar mais do que um significado visual.

Outro ponto que acompanha a mensagem da coleção é a escolha dos materiais para produção. Por mais que sejam escolhidas pedras raras, essas joias ganham um novo olhar que vai além da ostentação, na busca pela conexão com os acessórios. Afinal, uma joia é muito mais do que um luxo, e sim um objeto que carrega personalidade.


Coleção Couleur Vivante da Prada (Vídeo: reprodução/Instagram/@prada)


A Prada também traz a sustentabilidade em cheque na nova campanha. Todo item da coleção é registrado na plataforma Aura Blockchain Consortium, onde os compradores podem verificar a autenticidade e segurança das pedras, permitindo que o consumidor saiba se a produção do item foi de fato sustentável. Essa iniciativa faz parte do compromisso da Prada com práticas mais sustentáveis, que se iniciou na coleção Eternal Gold, onde foi usado 100% de ouro reciclado.

Prada Beauty anuncia Tom Holland como novo embaixador global

Nesta sexta-feira (01), o ator Tom Holland foi anunciado como embaixador global da Prada Beauty. Além da parceria, a marca apresentou seu novo perfume, Paradigme, que representa uma linguagem inovadora dentro da perfumaria masculina.

Segundo Yann Andrea, presidente global da Prada Beauty, Paradigme convida os homens a expressarem sua identidade de novas maneiras, por meio da pergunta “E se houver outra maneira?”, sem se prender a estereótipos tradicionais de masculinidade. Ao escolher Holland como rosto global da campanha, a marca reforça esse posicionamento.

Em uma entrevista à WWD, o ator demonstrou entusiasmo ao unir-se à marca de beleza:

Trabalhei com a Prada durante anos e sempre escolho suas roupas para as aparições públicas. Em um ambiente que geralmente me deixa desconfortável, a Prada nunca falhou em me transmitir confiança.”

Tom Holland

E complementou sobre a nova campanha da Prada Beauty:

Me identifiquei muito com a ideia de “e se houver outro jeito”. Como jovens, vivemos em um mundo que muda rapidamente a cada dia, e a ideia de “e se houver outro jeito” é uma ótima maneira de enfrentarmos desafios novos e diferentes. Ela promove a ideia de que a mudança é boa, desde que seja para melhor.”


https://inmagazine.ig.com.br/wp-content/uploads/2025/08/tom-holland-prada-beauty-3.mp4
Tom Holland em anúncio da campanha “E se houver outra maneira?” de Prada Beauty (Vídeo: Reprodução/Instagram/@pradabeauty)

Paradigme: conheça o novo perfume da Prada Beauty

A Prada criou sua nova fragrância com bálsamo do Peru, resina de benjoim e madeira de guaiaco, combinando cheiro amadeirado com um frescor floral. O perfume oferece uma experiência sensorial ao usuário, em que o cheiro se revela aos poucos com aroma de bourbon e toque de bergamota.

Junto à proposta de inovação, a Paradigme também demonstra preocupação com a sustentabilidade. A embalagem é feita de vidro reciclado e o frasco de 150 ml possui refil, que reduz o consumo de vidro, plástico e metal em comparação a três frascos de 50 ml.


Paradigme, novo perfume da Prada Beauty (Foto: Reprodução/Instagram/@nfwmagazine)

Apesar de não ser um usuário frequente de perfumes, Tom Holland destaca a importância de usar uma boa fragrância:

Gosto de coisas discretas, mas acho que um bom perfume pode fazer a diferença. É como um acessório invisível. Não é algo que as pessoas necessariamente notam de imediato, mas acrescenta uma camada sutil de confiança, de individualidade. Pode aprimorar a forma como você se apresenta ao mundo.

Tom Holland

O ator finalizou comentando sobre a complexidade de Paradigme, que combina energia e acolhimento no mesmo produto.

Regata branca volta a dominar a moda e se reinventa com elegância

Assim como o lenço e a meia calça colorida voltam ao radar de tendências para dar um glow up no look, a regata branca voltou a ser hit. Recentemente uma regata branca básica da Loewe ganhou status de item de desejo, sendo combinada com looks que iam do casual ao elegante. A peça se transformou em um símbolo sutil de estilo, mostrando silenciosamente que quem a usa está conectada com o espírito do tempo. 

Tendência em alta

A regata branca com o símbolo da marca Loewe se tornou um dos itens mais almejados na primavera/verão de 2023. Ela foi o produto mais desejado entre abril e junho de 2023, de acordo com o Lyst Index, o que alavancou, em 19%, as pesquisas pela grife nesse ínterim. Nesse mesmo ano, o interesse pela regata teve um aumento de 8.600%. Em 2022, a Prada estreou a sua versão da regata branca por U$$ 1.000, o que só reafirma o lugar de prestígio inédito que a peça alcançou.


Modelo veste regata branca da Loewe (Foto: Reprodução/ Instagram/@voguerunway)


Nas passarelas, a regata branca surge como um ponto de equilíbrio: ela suaviza looks mais ousados, dá um toque clean a produções maximalistas e traz um respiro necessário entre volumes, brilhos e estampas. É essa versatilidade, somada ao apelo de marca, que a transformou num novo ícone silencioso da moda contemporânea.

Estilo sem esforço 

Para quem quer aderir à tendência, a dica é não subestimar o poder da composição. A regata branca funciona como tela em branco: pode ser usada com jeans reto e acessórios dourados para um visual clássico e urbano, ou com alfaiataria colorida e salto para uma proposta sofisticada e atual. Outra opção é misturá-la com peças esportivas, como uma calça de moletom estruturada, para um visual hi-lo cheio de personalidade.


FKA Twigs usando regata branca (Foto: Reprodução/ Instagram/@fkatwigs)


Marcas nacionais também têm investido em releituras modernas da regata, com cortes diferenciados, tecidos acetinados ou detalhes de design que elevam a peça. Ou seja, não é preciso investir em uma Loewe ou Prada para experimentar o efeito dessa tendência no dia a dia.

A regata branca deixou de ser apenas um item funcional para se tornar um marcador de estilo consciente. Em tempos em que o excesso dá lugar ao essencial, ela se destaca como símbolo de um luxo discreto, inteligente e acessível. Mais do que uma peça de roupa, ela representa uma postura: a de quem sabe que menos pode, sim, ser mais, e com muito estilo.

Prada lança campanha com Kendall Jenner e elenco diverso

Após o anúncio de Kylie Jenner como o novo rosto da Miu Miu, agora é Kendall Jenner quem assume os holofotes, desta vez estrelando a campanha de outono 2025 da Prada. A supermodelo norte-americana lidera um elenco de nomes influentes em um projeto que busca capturar a energia da vida em constante movimento, sob a direção criativa de Ferdinando Verderi.

As imagens, assinadas pelo fotógrafo Oliver Hadlee Pearch, retratam os modelos em ações cotidianas e espontâneas, sempre em movimento. Com fundo branco óptico e direção minimalista, o conceito propõe uma jornada visual rumo ao desconhecido, traduzindo a filosofia de liberdade e instinto que tem norteado a Prada nos últimos desfiles. A proposta é reforçar a beleza da normalidade, colocando em foco a autenticidade dos gestos comuns.


Modelos para Prada (Foto: reprodução/Instagram/@prada)


Elenco diverso reforça proposta coletiva da marca

Além de Kendall, a campanha conta com nomes como Julia Nobis, Sora Choi, Loli Bahia, Caitlin Soetendal, Awar Odhiang, Serkan Deniz e Nand Quivreux. A presença de talentos variados reforça a ideia de multiplicidade e identidade compartilhada, pilares centrais na narrativa da marca italiana nesta temporada.

Os looks apresentados refletem o equilíbrio entre o rigor arquitetônico típico da Prada e uma abordagem mais fluida e emocional. A sobriedade dos visuais contrasta com a vitalidade dos corpos em movimento, criando imagens impactantes, mas íntimas.


Modelos para Prada (Foto: reprodução/Instagram/@prada)


Campanha se expande com curtas-metragens autorais

Para além das imagens estáticas, a campanha se desdobra também em uma série de curtas-metragens dirigidos por Frank Lebon, cineasta conhecido por seu olhar sensível e experimental. Os filmes aprofundam a atmosfera poética da campanha, reforçando o tema do movimento contínuo, das emoções em trânsito e da beleza dos gestos cotidianos. As produções audiovisuais buscam expandir o universo da coleção, conectando moda e narrativa em uma linguagem quase documental.

A presença de Kendall nos curtas amplia ainda mais seu protagonismo nesta nova fase da Prada, consolidando sua posição como uma das figuras centrais na comunicação da marca. No entanto, essa colaboração não é inédita: a modelo já havia trabalhado com o fotógrafo Oliver Hadlee Pearch em campanhas anteriores da grife, como a aclamada “Days of Summer”.

Agora, com a campanha de outono 2025, Kendall retorna em um contexto diferente, mas igualmente sofisticado. A mudança de estação é acompanhada por uma nova linguagem visual: mais sóbria, introspectiva e alinhada à visão dos diretores criativos Miuccia Prada e Raf Simons. A conexão entre as campanhas evidencia a versatilidade da modelo e a consistência da narrativa da marca, que segue explorando diferentes dimensões da experiência humana através da moda.

Donatella se despede da Versace com supermodelos em nova campanha

Na manhã desta quarta-feira (3), em Milão, na Itália, a última campanha de Donatella Versace como diretora criativa da Versace foi revelada nas redes sociais da grife. A ação foi criada como uma homenagem ao legado da estilista, que encerra seu ciclo após a aquisição da marca pelo Grupo Prada. Supermodelos históricas foram escaladas para representar esse marco: Claudia Schiffer, Kate Moss, Amber Valletta e Natasha Poly, entre outras.

A campanha foi produzida para simbolizar o encerramento de uma era iniciada com Gianni Versace e continuada por sua irmã Donatella, após o assassinato do estilista em 1997. Além de modelos que marcaram a história da moda nos anos 1990, também participaram nomes contemporâneos como Liu Wen, Anok Yai e Mica Argañaraz. A ideia foi mesclar passado e presente, reforçando o DNA da Versace: ousadia, sensualidade e poder feminino.

Mudança de comando marca novo ciclo da Versace

A Versace foi vendida ao Grupo Prada por US$ 1,4 bilhão. Com a transição, o estilista Dario Vitale foi anunciado como o novo diretor criativo da grife. Embora o futuro da marca esteja sendo redesenhado, a última campanha assinada por Donatella Versace foi interpretada como um encerramento emocional e simbólico.


Versace Outono-Inverno 2025 — Uma celebração de liberdade, força e poder (Foto: reprodução/Instagram/@versace)


Desde que assumiu a direção criativa da marca, Donatella Versace foi responsável por manter vivo o espírito ousado criado por seu irmão, modernizando suas criações e fortalecendo o nome da Versace no mercado global. A palavra-chave “Donatella Versace” tem sido constantemente mencionada nas redes desde a divulgação da campanha.

Supermodelos reforçam o legado da marca italiana

Ao lado de Gianni, muitas das modelos escaladas para essa campanha ajudaram a consolidar o conceito de “supermodelos” que dominou a cultura fashion dos anos 90. A decisão de convocá-las para esta despedida foi percebida como um gesto de respeito às origens e à história da casa italiana.

Apesar da mudança de direção, o nome de Donatella Versace continua sendo associado ao estilo marcante da grife e ao papel fundamental que desempenhou na construção de sua identidade visual nas últimas décadas.