Lula diz que pode concorrer à presidência em 2026

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira (16) que pode disputar novamente a Presidência da República, mas ressaltou que a decisão dependerá de sua saúde. A declaração foi feita durante o 16º Congresso do PCdoB, em Brasília, partido que integra a Federação Brasil da Esperança, junto com PT.

Lula explicou que, caso concorra outra vez, pretende defender um projeto mais amplo para o país. “Posso ser candidato novamente se estiver com saúde. Mas não quero disputar só para falar de programas sociais. Quero pensar em um Brasil maior, em que as pessoas acreditem no futuro”, declarou. Ele também comentou que a eleição de 2026 será marcada por uma disputa entre a esquerda e a extrema-direita.

Lula será o primeiro presidente com 80 anos

No próximo dia 27, o presidente completará 80 anos, tornando-se o primeiro chefe do Executivo brasileiro a exercer o cargo com essa idade. Em outras entrevistas, Lula já havia dito que só desistiria da candidatura se tivesse problemas de saúde ou se aparecesse alguém melhor preparado. Para ele, “80 anos é o auge da maturidade humana”.

Uma pesquisa da Genial/Quaest, divulgada no início de outubro, mostrou que Lula venceria todos os adversários em um possível segundo turno, caso a eleição acontecesse hoje.


Na úlitma quinta-feira (16) Lula realizou uma reunião com líderes do setor da mineração (Foto: Reprodução/X/@LulaOficial)

Lula nos preparativos para COP30

Enquanto isso, o governo se prepara para a Conferência do Clima da ONU (COP30), que ocorrerá em Belém entre 10 e 21 de novembro de 2025. Para o evento, Lula escolheu uma hospedagem inusitada: ficará em um navio de guerra da Marinha, o Navio-Aeródromo Multipropósito “Atlântico”.

Técnicos já estão avaliando as condições da embarcação, que chegou a Belém em 25 de setembro. O plano é que o presidente e a primeira-dama, Janja da Silva, usem o navio a partir de 4 de novembro. A embarcação ficará atracada no comando da Marinha, o que deve facilitar a segurança e a logística durante a conferência.

Pesquisa aponta que Lula ganha em todos os cenários de 2026

Nesta quinta-feira (09), a Pesquisa Quaest divulgou um novo resultado de pesquisa eleitoral. A consulta, encomendada pela Genial Investimentos, mostrou que o atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, lidera em todos os cenários possíveis, em primeiro e em segundo turno. A pesquisa se manteve estável, e Lula se mantém como o principal candidato na corrida presidencial. O maior crescimento do presidente Lula foi em relação à possível candidatura do atual governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas. A Pesquisa Quaest tem dois pontos como margem de erro, para mais ou para menos.

Os possíveis cenários para o 1°turno de 2026

A eleição presidencial de 2026 possui diversos cenários. As opções que apareceram na pesquisa são:

  • Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
  • Jair Bolsonaro (PL) – inelegível
  • Ratinho Júnior (PSD)
  • Ciro Gomes (PDT)
  • Romeu Zema (Novo)
  • Ronaldo Caiado (União Brasil)
  • Michelle Bolsonaro (PL)
  • Tarcísio de Freitas (Republicanos)
  • Eduardo Bolsonaro (PL)

Para a parte da pesquisa relacionada ao primeiro turno, oito cenários foram traçados. Todos envolviam o atual presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Alguns cenários mostravam como o resultado seria se Lula tivesse somente uma principal pessoa candidata como concorrente, enquanto outros mostravam uma combinação de principais candidatos. Os cenários simulados foram: Lula X Bolsonaro; Lula X Michelle Bolsonaro; Lula X Tarcísio de Freitas; Lula X Eduardo Bolsonaro; Lula X Tarcísio de Freitas X Eduardo Bolsonaro; Lula X Eduardo Bolsonaro X Ratinho Júnior; Lula X Eduardo Bolsonaro X Romeu Zema; e por fim, Lula X Eduardo Bolsonaro X Ronaldo Caiado.

Os possíveis cenários para o 2° turno de 2026

A pesquisa eleitoral Quaest, encomendada pela Genial Investimentos, também trouxe 9 cenários para o segundo turno: todos possuem Lula como candidato. Os cenários avaliados foram: Lula X Ciro Gomes; Lula X Jair Bolsonaro; Lula X Tarcísio de Freitas; Lula X Michelle Bolsonaro; Lula X Ratinho Júnior; Lula X Romeu Zema; Lula X Ronaldo Caiado; Lula X Eduardo Bolsonaro; e, por último, Lula X Eduardo Leite. Segundo a pesquisa, o atual presidente do Brasil ganharia em todos os cenários.


Natuza Nery comenta pesquisa da Quaest (Vídeo: Reprodução/Instagram/@portalg1)

 

A maior mudança entre a pesquisa feita em setembro e a pesquisa feita agora, em outubro, foi a diferença entre Lula e Tarcísio de Freitas no 2º turno. Em setembro, Lula acumulava 43% das intenções de voto, enquanto Tarcísio tinha 35%: oito pontos de diferença entre os dois. A pesquisa de outubro mostrou que Lula possui 45% das intenções de voto, enquanto Tarcísio recebeu 33%: agora, são 12 pontos que separam os dois possíveis candidatos. A Pesquisa Quaest ouviu 2004 eleitores, e aconteceu entre os dias 2 a 5 de outubro. A margem de erro é de dois pontos, para mais e para menos.

Trump recorre à Suprema Corte e tenta alterar cidadania por nascimento nos EUA

O governo do presidente Donald Trump levou à Suprema Corte dos Estados Unidos um pedido para revisar a regra da cidadania por nascimento. A solicitação foi feita na sexta-feira (26) e busca dar validade a um decreto assinado em sua gestão.

Atualmente, a 14ª Emenda da Constituição garante que qualquer pessoa nascida em solo americano seja considerada cidadã, mesmo que os pais não tenham documentação regular. Esse entendimento existe há mais de cem anos, mas o governo Trump alega que a interpretação é incorreta e que a regra traz prejuízos ao país.

Questionamentos sobre a 14ª Emenda

No documento enviado ao tribunal, o procurador-geral D. John Sauer afirmou que decisões de instâncias inferiores derrubaram uma medida considerada essencial pela administração Trump, especialmente no controle de fronteiras. Para o governo, manter a cidadania automática significa conceder um direito que, segundo eles, não teria respaldo legal.

O recurso argumenta ainda que a atual interpretação beneficia milhares de pessoas que, de acordo com a visão da gestão Trump, não se enquadrariam nas condições para serem cidadãs americanas. Apesar de já estar em circulação, o material ainda não foi oficialmente protocolado pela Suprema Corte, segundo informações da CNN.

Esse posicionamento contrasta com o entendimento jurídico consolidado nos Estados Unidos desde o fim do século XIX, que considera a 14ª Emenda clara quanto ao direito de nacionalidade. Por isso, a tentativa do governo Trump representa um desafio direto a uma das bases do sistema constitucional do país.

Decisões recentes e novos processos

Esse debate não é inédito. Em junho, a Suprema Corte analisou um processo relacionado ao tema, mas, naquela ocasião, a discussão se concentrou nos limites do poder de tribunais inferiores de suspender medidas presidenciais. O resultado foi de seis votos a favor e três contrários, restringindo, mas não eliminando, a capacidade de barrar políticas desse tipo.


Donald Trump em coletiva de imprensa (Foto: Reprodução/Leon Neal/Getty Images Embed)


A partir dessa decisão, estados e grupos de cidadãos passaram a mover novas ações contra o decreto de Trump, incluindo processos coletivos. Na prática, esses questionamentos jurídicos mantiveram a medida suspensa, impedindo que fosse aplicada de maneira efetiva.

Agora, o pedido apresentado pelo governo busca que a Suprema Corte dê uma resposta definitiva. Caso aceite julgar o mérito, o tribunal terá de decidir se a cidadania por nascimento continuará assegurada pela Constituição ou se a interpretação poderá ser modificada para permitir mudanças na regra. Essa decisão tem potencial de encerrar uma disputa que se arrasta há anos no Judiciário americano.

Justiça dos EUA rejeita processo de Trump contra The New York Times

A Justiça dos Estados Unidos rejeitou, nesta sexta-feira (19), a ação movida pelo presidente Donald Trump contra o jornal The New York Times. O republicano acusava a publicação de difamação em reportagens sobre suas finanças e sobre sua participação como protagonista no programa de televisão “O Aprendiz“. Trump solicitava uma indenização de US$ 15 bilhões.

Ainda é possível recorrer

A decisão foi proferida pelo juiz Steven Merryday, do tribunal da Flórida, que considerou a denúncia mal estruturada. Segundo o magistrado, o texto apresentado pelos advogados de Trump era “excessivamente longo”, utilizava termos “tediosos e irrelevantes” e incluía argumentos sem conexão direta com o caso. Para Merryday, a intenção parecia ser usar o processo como um “megafone”, em vez de seguir os padrões legais exigidos.

Apesar de rejeitar a ação, o juiz estabeleceu um prazo de até 28 dias para que a defesa apresente uma nova versão da denúncia. A orientação é que o documento não ultrapasse 40 páginas e seja redigido de forma mais clara e objetiva, de acordo com as normas judiciais. Com a decisão da Justiça, o futuro do caso dependerá da estratégia adotada pelos advogados de Trump nas próximas semanas.


Capa do livro “Lucy Loser“, um dos motivo do processo contra o NYT (Foto: reprodução/Amazon)

Trump x Imprensa

A ação movida por Trump citava especificamente trechos de um livro e de uma reportagem assinados pelos jornalistas Russ Buettner e Susanne Craig, do New York Times. Ambos os trabalhos investigam a trajetória financeira do presidente e detalham como sua imagem foi construída a partir do sucesso no reality show “O Aprendiz“, antes de sua entrada definitiva na política.

O processo faz parte de uma série de embates entre Trump e veículos de imprensa norte-americanos. Desde a campanha presidencial de 2016, o republicano tem sido um crítico frequente da cobertura da mídia tradicional, classificando jornais e redes de televisão como “fake news” sempre que publicam reportagens negativas sobre sua trajetória política e empresarial.

Atirador de Charlie Kirk é preso em Utah após 33 horas de buscas

A polícia dos Estados Unidos prendeu nesta sexta-feira (12) o homem suspeito de assassinar o ativista conservador Charlie Kirk, de 31 anos, durante um evento na Universidade Utah Valley. O detido foi identificado como Tyler Robinson, cidadão americano de 22 anos.

A captura ocorreu após 33 horas de buscas, que mobilizaram policiais locais e o FBI, segundo informou o diretor-geral da agência, Kash Patel. O governador de Utah, Spencer Cox, confirmou a prisão e agradeceu à família do suspeito, que colaborou com as autoridades.

Prisão do suspeito e acusações formais

De acordo com o FBI, Robinson foi localizado a cerca de 400 quilômetros do local do crime. O jovem teria confessado o assassinato a amigos, que alertaram seus familiares. A família então decidiu entregá-lo à polícia. Robinson foi formalmente acusado de homicídio qualificado, obstrução da justiça e porte ilegal de armas. A Justiça determinou que ele permaneça preso sem direito a fiança.

Investigações preliminares apontam que o suspeito não era aluno da universidade, mas foi até o campus no dia da palestra. Após o disparo, teria trocado de roupa e fugido a pé.


Nota de falecimento de Charlie Kirk (Fotos: reprodução/Instagram/@charliekirk1776)


Como ocorreu o assassinato de Charlie Kirk

Charlie Kirk foi morto na quarta-feira (10) com um tiro no pescoço, disparado de um telhado a quase 200 metros de distância. O influenciador participava de um debate com jovens sobre os frequentes tiroteios nos Estados Unidos quando foi atingido.

A polícia encontrou um fuzil de alta potência em uma área arborizada próxima, que teria sido utilizada como rota de fuga. Mensagens publicadas em redes sociais de Robinson, além de inscrições no próprio armamento, reforçam o indício de premeditação.

Repercussão política e reação de Donald Trump

A morte de Charlie Kirk provocou forte comoção em todo o país e uniu, de forma incomum, lideranças republicanas e democratas em manifestações de repúdio à violência política. O anúncio oficial do falecimento foi feito por Donald Trump, um de seus aliados mais próximos, que afirmou que Kirk seria homenageado postumamente com a “Medalha Presidencial da Liberdade”, a maior distinção civil dos Estados Unidos. Em entrevista à Fox News, o ex-presidente também defendeu a aplicação da pena de morte ao acusado, lembrando que o estado de Utah mantém essa prática em vigor.


Charlie Kirk segurando seu filho do colo (Foto: reprodução/Instagram/@charliekirk1776)


Quem era Charlie Kirk

Charlie Kirk era casado, pai de dois filhos, influenciador conservador e fundador da organização Turning Point USA, criada em 2012 com o objetivo de promover ideias conservadoras entre jovens.

Com milhões de seguidores nas redes sociais, ele era presença constante em universidades, onde participava de debates ao vivo com estudantes. Para Dave Sanchez, presente no evento em Utah, Kirk foi decisivo para mudar o debate político nos campi americanos: “Ele realmente mudou o clima político nas universidades, levando os jovens a considerarem as ideias conservadoras de maneira diferente”, afirmou.

Violência política em ascensão nos EUA

A sucessão de ataques recentes voltou a acender o sinal de alerta para a escalada da violência política nos Estados Unidos. Em 2024, o ex-presidente Donald Trump escapou de duas tentativas de assassinato enquanto disputava a campanha presidencial.

No ano seguinte, novos episódios trágicos reforçaram a tensão: a congressista democrata Melissa Hortman e seu marido foram assassinados, em um crime que chocou o Congresso, e a residência oficial do governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, foi alvo de um incêndio criminoso. Esses acontecimentos evidenciam o clima de instabilidade e risco que tem marcado o cenário político norte-americano.

Trump minimiza direita radical e acusa esquerda de causar violência nos EUA

Durante uma participação no programa “Fox and Friends”, exibido nesta sexta-feira (12), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a direcionar críticas à esquerda americana. Segundo ele, a maior parte da violência política que acontece atualmente no país estaria ligada a esse grupo.

Trump foi questionado sobre a existência de radicais em ambos os lados do espectro político, mas não concordou. Para o presidente, o perigo maior vem dos grupos que classifica como radicais de esquerda, enquanto os que atuam na extrema direita seriam, em muitos casos, pessoas que não querem ver aumento da criminalidade.

Críticas à esquerda e defesa de seus apoiadores

O presidente se mostrou mais duro quando falava da esquerda. Ele descreveu esse grupo como cruel, horrível e bastante organizado do ponto de vista político. Na avaliação dele, são esses setores que precisam ser derrotados, deixando claro que se referia a uma disputa política e não a uma resposta violenta.

Trump também comentou o assassinato de Charlie Kirk, influenciador conservador morto com um tiro no pescoço. Ele pediu que seus apoiadores não revidassem com violência e confirmou que já havia um suspeito sob custódia.


Homenagens marcam morte de Charlie Kirk enquanto Trump anuncia prisão de suspeito (Foto: reprodução/AFP Charly Triballeau/Getty Images Embed)


Apesar disso, não revelou detalhes sobre a prisão nem mencionou se havia relação política por trás do crime.

Conflitos e acusações

O cenário político nos Estados Unidos tem sido marcado por episódios de violência de diferentes lados, atingindo tanto republicanos quanto democratas. Mesmo diante desse quadro, Trump concentrou sua fala em responsabilizar setores progressistas.

Em meio às declarações, o presidente citou o nome de George Soros, filantropo de 95 anos conhecido por financiar causas progressistas. Ele sugeriu que Soros e sua família deveriam ser investigados por suposta agitação política, sem apresentar provas ou detalhes adicionais.

Ataques a Joe Biden

Além de mirar a esquerda, Trump também direcionou críticas ao ex-presidente Joe Biden. De acordo com ele, Biden estaria distante do que acontece no país e deixaria que assessores ligados a ideias progressistas tomassem as principais decisões.

Trump ainda ironizou seu adversário político, afirmando que seu antecessor passaria a maior parte do tempo dormindo. Essa frase já foi repetida em outras ocasiões pelo republicano, que costuma usar esse tipo de ataque para reforçar sua narrativa contra o ex-presidente.

Discurso repetido

As falas de Trump nesta entrevista seguem a mesma linha de outras aparições recentes. Ele insiste em responsabilizar a esquerda pelos principais problemas políticos e sociais e procura minimizar as ações da direita radical.


Trump culpa a esquerda radical pela violência política e pede reação pacífica após morte de influencer (Vídeo: reprodução/YouTube/@MetrópolesTV)

Especialistas, no entanto, lembram que os episódios de violência registrados no país não têm partido definido, já que tanto democratas quanto republicanos foram alvos de ataques nos últimos anos. O debate sobre extremismo político nos Estados Unidos continua em aberto e segue mobilizando a opinião pública.

Trump acumula fortuna recorde no cargo, impulsionado por criptomoedas

Após ter registrado perdas financeiras significativas durante seu primeiro mandato na Casa Branca (2017–2021) cerca de US$ 600 milhões entre o início da pandemia e o fim de seu governo , Donald Trump vive agora o período mais lucrativo de sua carreira. Desde a campanha eleitoral de 2024 até este ano, o presidente dos Estados Unidos adicionou aproximadamente US$ 3 bilhões à sua fortuna, que atingiu um recorde de US$ 7,3 bilhões, segundo a revista Forbes. O salto patrimonial fez Trump subir 118 posições na lista Forbes 400, ocupando hoje o 201º lugar.

O único Presidente do USA lucrou tanto

Nenhum outro presidente norte-americano teria lucrado tanto no exercício do cargo. O motor dessa escalada é o setor de criptomoedas, área em que Trump, ao lado dos filhos, lançou a empresa World Liberty Financial em setembro de 2024. O negócio enfrentou dificuldades iniciais, mas ganhou fôlego após a vitória eleitoral do republicano.


Donald Trump atual Presidente dos EUA(Foto: Reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed)


Entre os primeiros investidores esteve o empresário de criptoativos Justin Sun acusado de fraude pela SEC, que aportou US$ 75 milhões, dos quais cerca de US$ 40 milhões teriam ido diretamente para Trump e familiares. Pouco antes de reassumir o governo, em janeiro, o presidente também lançou uma “memecoin” própria, movimentação que acrescentou centenas de milhões de dólares à sua fortuna.

No poder, Trump reduziu a fiscalização regulatória sobre o setor e sancionou leis favoráveis à indústria. As memecoins que estavam bloqueadas por três meses passaram a ser liberadas diariamente, rendendo dezenas de milhões de dólares por semana. A World Liberty Financial já teria arrecadado cerca de US$ 1,4 bilhão, sendo 75% desse valor direcionado a uma empresa da família Trump.

Possível venda na participação na empresa

Documentos judiciais revelam ainda que o presidente cogita vender parte de sua participação na empresa, embora não haja confirmação sobre a concretização do negócio nem sobre quem seria o comprador. A Trump Organization não respondeu aos questionamentos. Trump, por sua vez, reagiu atacando o repórter da Forbes que revelou a operação, em postagem na Truth Social.

Apesar do avanço em ativos de alto risco, o presidente tem adotado postura conservadora no uso do capital. Ele quitou recentemente uma dívida de US$ 114 milhões ligada ao edifício 40 Wall Street, em Nova York, e pagou outros dois empréstimos, estimados em US$ 15 milhões, referentes a propriedades em Nova York e na Flórida. Trump também reforçou sua carteira de títulos municipais e corporativos. Atualmente, seu balanço patrimonial registra ativos de US$ 8,4 bilhões incluindo US$ 1,1 bilhão em liquidez e passivos de US$ 1,1 bilhão, configurando o quadro financeiro mais sólido de sua trajetória empresarial.

Trump e Casa Branca afirmam que carta atribuída ao presidente para Epstein é falsa

Nesta segunda-feira (8), o Partido Democrata tornou pública a suposta carta que o presidente dos EUA, Donald Trump, teria enviado ao bilionário Jeffrey Epstein em 2003, a qual contém um desenho de uma mulher nua. O presidente nega ter enviado o documento e processou o jornal que divulgou a notícia originalmente.

Conteúdo da carta

Em julho deste ano, o jornal The Wall Street Journal noticiou o conteúdo da suposta carta enviada por Trump a Epstein em 2003, para comemorar o aniversário de 50 anos do bilionário,. O documento, agora com imagens divulgadas pelo Partido Democrata, inclui a silhueta de uma mulher desenhada, dentro da qual há um diálogo datilografado. Uma das frases é: “Feliz aniversário — e que cada dia seja mais um maravilhoso segredo”. Na parte inferior do desenho aparece a assinatura atribuída a Donald Trump.


Suposta carta de Donald Trump para Jeffrey Epstein (Foto: reprodução/ Partido Democrata/G1)

Ainda de acordo com informações do WSJ, os Democratas tiveram acesso ao documento diretamente pelos advogados de Epstein.


Presidente Donald Trump em perfil do Partido Democrata (Vídeo: reprodução/Instagram/@thedemocrats)


Após a divulgação, o presidente negou ter escrito a carta, afirmando: “Não é a minha linguagem. Não são as minhas palavras”. Além disso, Trump abriu um processo contra o veículo que publicou a notícia, solicitando uma indenização de US$ 10 bilhões.

Quem foi Epstein?

Jeffrey Epstein foi um empresário bilionário norte-americano, acusado de diversos crimes, incluindo abuso sexual e tráfico de menores. Em 2005, começou a ser investigado, e em 2008 se declarou culpado como parte de um acordo, recebendo uma pena de apenas 13 meses de prisão, porém, com ampla liberdade condicional.


Empresário Jeffrey Epstein (Foto: reprodução/New York State Division of Criminal Justice Services/G1)

Em julho de 2019, Epstein foi preso novamente, também pela acusação de tráfico de menores, e, em agosto do mesmo ano, foi encontrado morto em sua cela. A causa da morte foi registrada oficialmente como suicídio.

A suposta carta enviada a Trump para Epstein, foi escrita no ano de 2003, 2 anos antes do início das investigações contra o financista.

Trump planeja mudanças em sistema de votação

Em meio à corrida presidencial dos Estados Unidos, Donald Trump voltou a questionar os sistemas de votação do país na última segunda-feira (19). Em declarações recentes, o atual presidente afirmou que deseja eliminar tanto as cédulas de votação por correio quanto as urnas eletrônicas, sugerindo que esses métodos são suscetíveis a fraudes e comprometem a integridade eleitoral. Trump já havia feito críticas semelhantes em 2020, quando alegou, sem apresentar evidências, que as eleições foram fraudulentas.

Mesmo sem prova de fraudes, Trump ainda questiona

Especialistas em segurança eleitoral nos Estados Unidos, entre eles membros da Associação Nacional de Secretários de Estado, reforçam repetidamente que não há indícios de fraudes generalizadas ligadas ao voto por correspondência ou às urnas eletrônicas. Eles lembram que esses sistemas passam por auditorias, revisões técnicas e verificações independentes em diversos estados, todas confirmando sua precisão e confiabilidade.

Diante disso, as autoridades responsáveis pelo processo eleitoral afirmam que, apesar das críticas políticas e das tentativas de colocar em dúvida a legitimidade das urnas e do voto pelo correio, não existem evidências concretas que sustentem tais alegações. Para os especialistas, preservar a confiança pública nesses mecanismos é essencial para garantir a integridade da democracia americana.


Donald Trump nas últimas eleições (Foto: reprodução/Melissa Sue Gerrits/Getty Images Embed)


Estudos independentes e auditorias em diversos estados confirmaram a precisão e segurança desses métodos. No entanto, Trump continua a levantar dúvidas sobre sua legitimidade, o que pode influenciar a percepção pública e gerar desconfiança no processo eleitoral.

Movimento busca criar cenário instável na política dos EUA

A postura de Trump reflete uma estratégia mais ampla de deslegitimar o sistema eleitoral americano, especialmente após sua derrota em 2020. Entretanto, essa retórica tem gerado preocupações entre especialistas e autoridades eleitorais, que temem que a disseminação de desinformação possa enfraquecer a confiança pública nas eleições e nas instituições democráticas do país.

Nos Estados Unidos, o voto por correspondência ganhou espaço significativo nas últimas décadas. Em 1996, menos de 10% dos eleitores utilizavam essa modalidade. Durante a pandemia de 2020, no entanto, ela chegou a ser adotada por quase metade do eleitorado, e em 2022 ainda representava aproximadamente um terço dos votos registrados.

De acordo com o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), essa forma de participação eleitoral é valorizada por ampliar o acesso ao processo democrático. Entre os grupos mais beneficiados estão pessoas com deficiência, pais que precisam conciliar a rotina com os cuidados dos filhos pequenos e trabalhadores submetidos a jornadas extensas. Além da praticidade, o voto por correio oferece aos cidadãos a possibilidade de analisar com mais tranquilidade os programas e propostas dos candidatos, sem a pressão do momento da votação presencial.

Ex-primeira-dama da Coreia do Sul é presa por corrupção 

A ex-primeira-dama da Coreia do Sul, Kim Keon Hee, foi presa nesta terça-feira (12) acusada de corrupção, fraude no mercado financeiro e tráfico de influência. Seu marido e ex-presidente, Yoon Suk Yeol, está preso desde julho. 

As acusações contra Kim 

A ex-primeira-dama sofreu acusações puníveis com até 100 anos de prisão, que vão de suborno e fraude de ações no mercado financeiro até tráfico ilegal de influência. A acusação de suborno que recai sobre Kim é de que ela recebeu duas bolsas Chanel avaliadas em US$14,5 mil (R$78 mil) de um grupo religioso em favor de interesses comerciais. 


Kim Keon Hee ao lado do ex-presidente e seu marido, Yoon Suk Yeol, saudando a bandeira em cerimônia em 2024 (reprodução/Kim Hong-Ji – Pool/Getty Images Embed)


Durante a cúpula da Otan em 2022, a esposa de Yoon utilizou um pingente de luxo Van Cleef, supostamente avaliado em mais de 43 mil dólares, o equivalente a 232 mil reais. O item não havia sido listado nas declarações financeiras do casal, conforme exigido pela lei local. Na ocasião, a primeira-dama, afirmou que a era uma falsificação, porém as investigações concluíram que era genuína.  Segundo o promotor que lidera as investigações, ela nega todas as acusações. 

Os ineditismos da prisão

Kim Keon Hee é a única esposa de um presidente ou ex-presidente a ser presa na história da Coreia do Sul. Com o seu marido, Yoon Suk Yeol, que também foi detido em julho por tentar impor a Lei Marcial, eles se tornam o primeiro ex-casal presidencial a estar preso simultaneamente no país.


O ex-presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, chegando em audiência que discute sua prisão em julho (reprodução/KIM HONG-JI/POOL/AFP/Getty Images Embed)


O ex-presidente, Yoon Suk Yeol, enfrenta acusações associadas a tentativa de autogolpe. Em dezembro de 2024, o Yeol declarou a Lei Marcial, que restringe as liberdades políticas no país, mas sem apoio interno suspendeu a medida 6 horas depois. Interpretado como tentativa de imposição de um estado de exceção no país, foi deposto em abril e pode ser condenado a prisão perpétua ou mesmo à aplicação da pena de morte.