Hytalo Santos e marido seguem sem visitas na prisão e aguardam transferência para Paraíba

Em uma reviravolta no caso que chocou o país, o influenciador digital Hytalo Santos e seu marido, Israel Vicente, conhecido como Euro, enfrentam uma dura realidade no sistema carcerário de São Paulo. De acordo com informações da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), o casal não tem direito a receber visitas de parentes na unidade prisional onde está detido. A medida faz parte do Regime de Observação, um procedimento padrão para todos que ingressam no sistema prisional paulista.

Atualmente, Hytalo e Euro estão no Centro de Detenção Provisória (CDP) 1 de Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo. A única exceção ao protocolo de visitas são os advogados do casal, que têm permissão para se encontrar com seus clientes. Durante esse período de observação, que geralmente dura cerca de 20 dias, os influenciadores não têm contato com outros presos, garantindo assim a segurança e o devido processo de avaliação de sua situação.

A Espera por Transferência e as Acusações Chocantes

Apesar de estarem em São Paulo, a transferência de Hytalo e Euro para uma penitenciária na Paraíba é iminente. A Justiça determinou que um plano para a mudança fosse apresentado em um prazo de cinco dias, com vencimento neste sábado (23). O trâmite complexo será coordenado pelas autoridades de ambos os estados, mas ainda não há uma data definida para a concretização da transferência.

A prisão preventiva do casal foi realizada pela Polícia Civil de São Paulo na última sexta-feira (15), em cumprimento a um mandado judicial emitido pela Paraíba. Eles são investigados pelo Ministério Público da Paraíba (MP-PB) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por crimes graves, incluindo exploração sexual de menores, trabalho infantil e tráfico humano. As acusações estão ligadas a conteúdos que eles produziam e divulgavam em suas redes sociais.


Vídeo da audiência de custódia de Hytalo Santos (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

A Influência e a Repercussão

A investigação contra Hytalo e Euro ganhou notoriedade após um vídeo do youtuber Felca viralizar, denunciando a exploração de crianças e adolescentes. Segundo a acusação, a repercussão do vídeo foi o estopim que motivou o casal a abandonar a mansão onde viviam na Paraíba e fugir para Carapicuíba, na Grande São Paulo. A prisão se tornou necessária, de acordo com as autoridades, para evitar uma possível tentativa de fuga do país.

Como resultado da investigação, a Justiça também ordenou a suspensão das contas de Hytalo, Euro e dos menores envolvidos nas redes sociais. A medida visa interromper a circulação do conteúdo e os ganhos financeiros que o casal obtinha com a exploração de suas audiências milionárias.

Apesar das acusações, a defesa do casal nega veementemente todos os crimes e alega inocência. Os pedidos de liberdade e a transferência para uma unidade prisional de Tremembé, que seria considerada mais segura, foram negados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), reforçando a gravidade das acusações e a determinação da Justiça em manter os influenciadores presos durante o processo de investigação.

Justiça italiana mantém prisão cautelar de Carla Zambelli

A prisão cautelar da deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP) foi mantida pela Justiça italiana em decisão publicada na sexta-feira (15), em Roma. A medida foi tomada após audiência realizada em 13 de agosto, quando a defesa havia solicitado a conversão da detenção em prisão domiciliar. O caso ocorre após a parlamentar ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no Brasil, a dez anos de prisão por invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça e falsidade ideológica.

Audiência analisa pedido de defesa

Segundo informações da Advocacia-Geral da União (AGU), documentos e argumentos enviados pelo governo brasileiro foram considerados decisivos pelo Tribunal de Apelações de Roma. A Suprema Corte da Itália validou a legalidade da prisão, reconhecendo que a medida foi cumprida a partir de um mandado emitido pelo STF e posteriormente incluído na lista de difusão vermelha da Interpol.

Apesar da tentativa dos advogados em demonstrar baixo risco de fuga e a apreensão do passaporte, a Corte rejeitou a solicitação de prisão domiciliar em apartamento na capital italiana. A defesa também argumentou sobre o estado de saúde da parlamentar, que afirma ter Síndrome de Ehlers-Danlos, uma doença rara que compromete músculos e articulações.

Próximos passos do processo

A Justiça italiana determinou a realização de perícia médica oficial, concluída em 18 de agosto. O laudo será debatido em nova audiência marcada para o dia 27, quando será decidido se Zambelli permanecerá em regime cautelar no presídio feminino de Rebibbia ou se poderá cumprir a medida em regime domiciliar.


Exterior da Casa Penitenciária Germana Stefanini, também conhecida como prisão feminina de Rebibbia (Foto: reprodução/Google Maps)

Enquanto isso, a extradição solicitada pelo Brasil segue em análise. O Ministério do Interior da Itália recebeu o pedido em 12 de junho e, desde então, o processo tramita com atenção especial das autoridades. A permanência de Zambelli no presídio italiano é considerada estratégica para evitar riscos de fuga e garantir que a decisão final seja tomada dentro da legalidade internacional.

O caso ganhou repercussão no Brasil e no exterior por envolver uma figura política de destaque e por se tratar de cooperação direta entre sistemas judiciários. Até a próxima audiência, a expectativa é de que novos elementos jurídicos e médicos sejam discutidos para definir os rumos do processo.

Justiça americana arquiva 21 acusações contra o rapper P. Diddy

Cantora Sara Rivers apresentou uma série de acusações contra o rapper Sean John Combs – conhecido como P. Diddy – à Justiça americana em fevereiro deste ano. Porém, todas as 21 denúncias foram rejeitadas com prejuízo, ou seja, não poderão ser apresentadas novamente. Apenas uma das acusações ainda aguarda análise por um tribunal específico: a que se refere a um caso de violência de gênero.

Denúncias de Sara

Entre as denúncias feitas por Sara estavam associação criminosa, cárcere privado, trabalho forçado, assédio, entre outras. Segundo ela, os abusos ocorreram durante as gravações do reality “Making the Band 2” da MTV, do qual Diddy fazia parte, e incluíram diversas formas de violência e desrespeito.
O corpo jurídico de Sara declarou ao site TMZ que irá recorrer e que está preparado para quaisquer reviravoltas judiciais. Vale ressaltar que, além de Diddy, também foram citados como réus sua mãe, a MTV, a Viacom, funcionários da gravadora Bad Boy e outros nomes.


Sara Rivers, cantora que denunciou P Diddy (Foto: reprodução/Instagram/@realsararivers)

Casos e absolvições

Desde 2023, quando começaram a surgir diversas denúncias de estupro, exploração e tráfico sexual, Sean “P. Diddy” Combs vem obtendo vitórias parciais na Justiça, embora continue preso desde setembro de 2024.
Além da rejeição das acusações de Sara, ele já foi absolvido da denúncia de tráfico sexual envolvendo suas ex-parceiras Cassie Ventura e Jane, bem como do crime de racketeering conspiracy (conspiração para associação criminosa).
O caso é considerado o mais impactante das últimas décadas no meio musical, envolvendo grandes nomes da indústria, segundo estimativas, pode envolver mais de 120 vítimas.

O rapper segue preso em um centro de detenção no Brooklyn, Nova York, aguardando a sentença final prevista para 3 de outubro de 2025.
O julgamento teve início em 5 de maio de 2025, e o veredito parcial – que o declarou inocente dos crimes mais graves – foi divulgado em 2 de julho de 2025. Ainda assim, os crimes pelos quais ele foi formalmente acusado podem resultar em 10 a 20 anos de prisão.

Assessor defende Hytalo Santos após prisão preventiva por suspeita de crimes

O assessor de Hytalo Santos defendeu o influenciador após ter prisão decretada em São Paulo nesta sexta-feira (15). Hytalo e seu marido, Israel Natã Vicente, são investigados por suspeita de exploração e exposição de menores em conteúdos para redes sociais, além de tráfico humano.

Na porta da delegacia, Derick Spazanelli declarou que o casal é inocente e que as acusações seriam motivadas por inveja. Ele afirmou que os vídeos apagados das redes de Hytalo continham apenas dança e música, sem qualquer ilegalidade. Segundo ele, o funk e o brega funk, presentes em festas de 15 anos, não deveriam ser criminalizados, pois são expressões artísticas.

Familiares negam tentativa de fuga de Hytalo

Josué, primo do influenciador, confirmou que o casal estava em São Paulo durante a operação realizada na Paraíba. Ele negou qualquer tentativa de fuga. Durante a coletiva de imprensa realizada na delegacia, fãs de Hytalo manifestaram apoio e reforçaram a tese de que a investigação tem motivação pessoal contra o influenciador.


Derick Spazanelli, primo e assessor do influenciador Hytalo Santos, o defende para a imprensa (Vídeo: reprodução/X/@balancogeral)

Josué também destacou que Hytalo e Israel são acompanhados pelo Ministério Público da Paraíba há dois anos e que contam com duas bancas de advogados para atuar no caso.

Investigação e repercussão política

O Ministério Público da Paraíba investiga denúncias contra Hytalo desde 2024. Entre os conteúdos analisados, há vídeos em que ele se refere a meninas como “filhas” e meninos como “genros”. O youtuber Felca o acusa de adultização e exploração infantil, o que gerou ampla repercussão nas redes e chegou ao debate político.


Momento em que a polícia decreta a prisão de Hytalo Santos e seu marido (Vídeo: reprodução/X/@brenno_moura)

O presidente da Câmara, Hugo Motta, afirmou que pretende pautar, nos próximos dias, projetos de lei que tratem diretamente da proteção de crianças e adolescentes no ambiente digital, reforçando regras para uso de imagem e responsabilização de quem viola a legislação. A medida, segundo ele, busca acelerar o debate e oferecer respostas concretas à sociedade diante de casos como o do influenciador paraibano. Já o deputado Reimont foi além e solicitou ao Ministério Público a prisão preventiva de Hytalo Santos, argumentando que a continuidade das suas atividades nas redes pode representar riscos à integridade das crianças envolvidas. Ambos destacaram que o episódio expôs fragilidades na aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente e apontaram a necessidade de ampliar mecanismos de fiscalização e punição.

Advogados se pronunciam após prisão de Hytalo Santos em São Paulo

O influenciador digital Hytalo Santos e o seu companheiro Israel Nata Vicente, também conhecido como Euro, foram presos na manhã desta sexta-feira (15), em Carapicuíba, na Grande São Paulo, acusados de tráfico de pessoas, exploração sexual e trabalho infantil artístico irregular. A defesa do criador de conteúdo afirma que ainda não teve acesso à decisão judicial que determinou a prisão e promete adotar medidas para provar sua inocência.

Nota divulgada pela defesa de Hytalo

Em nota enviada ao portal LeoDias, os advogados afirmaram que tomaram conhecimento da ordem de prisão apenas nesta manhã e que a ausência de detalhes no momento impede um posicionamento mais aprofundado sobre o caso.

“Até o momento, não tivemos acesso ao conteúdo da decisão que determinou a medida extrema, o que impossibilita uma manifestação mais detalhada”, informou a defesa, que atua pelo escritório Ueno & Kompier Abib Advogados.


Hytalo Santos sendo preso em residência em Carapicuiba, São Paulo, na manhã de sexta-feira (15) (Foto: reprodução/divulgação/Odia)

Segundo os representantes legais, assim que forem esclarecidos os fundamentos da prisão, serão tomadas todas as providências jurídicas cabíveis, incluindo a possibilidade de ingresso com um pedido de habeas corpus. “Reafirmamos a inocência de Hytalo Santos, que sempre se colocou à disposição das autoridades”, destacou a nota.

Defesa anterior abandonou o caso

O escritório de advocacia que anteriormente representava o influenciador Hytalo Santos afirmou ter deixado o caso por “decisão empresarial”, alegando incompatibilidade com os interesses de outros clientes. A informação foi confirmada em contato com o portal LeoDias.

Enquanto isso, as investigações conduzidas pelo Ministério Público da Paraíba e pela Polícia Civil avançam nas esferas cível e criminal. As denúncias incluem relatos de festas realizadas na residência do influenciador, onde haveria consumo de bebidas alcoólicas e presença de adolescentes em situações inadequadas, inclusive topless.

De acordo com uma promotora do caso, o esquema investigado envolveria supostos benefícios concedidos a familiares dos menores em troca de emancipações, permitindo que eles participassem de gravações para conteúdos digitais.

A repercussão do caso ganhou força no início de agosto, após o youtuber Felca publicar um vídeo acusando Hytalo de “adultizar” menores em suas produções. O conteúdo viralizou, acumulando mais de 30 milhões de visualizações, e foi apontado como um dos fatores que impulsionaram a intensificação das apurações.

O caso segue sob investigação, e o influenciador permanece detido enquanto aguarda os próximos desdobramentos no processo. A defesa afirma confiar no devido processo legal e na atuação do Poder Judiciário.

Ex-primeira-dama da Coreia do Sul é presa por corrupção 

A ex-primeira-dama da Coreia do Sul, Kim Keon Hee, foi presa nesta terça-feira (12) acusada de corrupção, fraude no mercado financeiro e tráfico de influência. Seu marido e ex-presidente, Yoon Suk Yeol, está preso desde julho. 

As acusações contra Kim 

A ex-primeira-dama sofreu acusações puníveis com até 100 anos de prisão, que vão de suborno e fraude de ações no mercado financeiro até tráfico ilegal de influência. A acusação de suborno que recai sobre Kim é de que ela recebeu duas bolsas Chanel avaliadas em US$14,5 mil (R$78 mil) de um grupo religioso em favor de interesses comerciais. 


Kim Keon Hee ao lado do ex-presidente e seu marido, Yoon Suk Yeol, saudando a bandeira em cerimônia em 2024 (reprodução/Kim Hong-Ji – Pool/Getty Images Embed)


Durante a cúpula da Otan em 2022, a esposa de Yoon utilizou um pingente de luxo Van Cleef, supostamente avaliado em mais de 43 mil dólares, o equivalente a 232 mil reais. O item não havia sido listado nas declarações financeiras do casal, conforme exigido pela lei local. Na ocasião, a primeira-dama, afirmou que a era uma falsificação, porém as investigações concluíram que era genuína.  Segundo o promotor que lidera as investigações, ela nega todas as acusações. 

Os ineditismos da prisão

Kim Keon Hee é a única esposa de um presidente ou ex-presidente a ser presa na história da Coreia do Sul. Com o seu marido, Yoon Suk Yeol, que também foi detido em julho por tentar impor a Lei Marcial, eles se tornam o primeiro ex-casal presidencial a estar preso simultaneamente no país.


O ex-presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, chegando em audiência que discute sua prisão em julho (reprodução/KIM HONG-JI/POOL/AFP/Getty Images Embed)


O ex-presidente, Yoon Suk Yeol, enfrenta acusações associadas a tentativa de autogolpe. Em dezembro de 2024, o Yeol declarou a Lei Marcial, que restringe as liberdades políticas no país, mas sem apoio interno suspendeu a medida 6 horas depois. Interpretado como tentativa de imposição de um estado de exceção no país, foi deposto em abril e pode ser condenado a prisão perpétua ou mesmo à aplicação da pena de morte.

Fundador da Ultrafarma é preso em operação contra corrupção fiscal em SP

O empresário Aparecido Sidney de Oliveira, fundador da rede de farmácias Ultrafarma, foi detido aos 71 anos nesta terça-feira (12) durante ação do Ministério Público de São Paulo. Ele é alvo de investigações por possível envolvimento em um esquema de corrupção que teria a participação de auditores fiscais da Secretaria da Fazenda estadual. A prisão temporária ocorreu em sua chácara, localizada em Santa Isabel, na região metropolitana de São Paulo.

Trajetória pessoal

Natural de Nova Olímpia, no Paraná, Oliveira cresceu em uma família numerosa, com dez irmãos, enfrentando dificuldades financeiras. Aos 9 anos, começou a trabalhar em uma farmácia para ajudar em casa. Foi alfabetizado por meio do Movimento Brasileiro de Alfabetização para Jovens e Adultos, criado por Paulo Freire, e não cursou ensino superior. Sua trajetória empresarial se destacou pela aposta pioneira na venda de medicamentos genéricos.

Fundada em 2000, a Ultrafarma se consolidou como uma das maiores redes de farmácias do país, com e-commerce ativo 24 horas por dia e grande presença publicitária. Segundo dados da empresa, são mais de 1 milhão de clientes ativos e um catálogo com mais de 15 mil produtos. Em 2007, recebeu o prêmio “Top of Mind Internet”, sendo reconhecida como a primeira marca de farmácia online no Brasil.


Dono da Ultrafarma é preso em operação do MP-SP (Vídeo: reprodução/Youtube/@cnnbrasil)


Detalhes da operação

A operação do MP-SP busca desmantelar um esquema de fraudes tributárias que teria movimentado cerca de R$ 1 bilhão em propinas desde 2021. Entre os detidos está um auditor fiscal estadual de alto escalão, acusado de manipular processos administrativos para favorecer empresas do setor varejista. Entre os detidos está também o diretor estatutário do grupo Fast Shop, Mario Otávio Gomes. Agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em residências e sedes de empresas.

De acordo com as investigações, o auditor fiscal recebia pagamentos mensais de propina por meio de uma empresa registrada no nome de sua mãe. Em troca, facilitava a quitação de créditos tributários para empresas beneficiadas. A apuração, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (Gedec), se estendeu por meses, envolvendo quebras de sigilo, análise documental e interceptações autorizadas judicialmente.

Procurada pela imprensa, a Ultrafarma não se pronunciou. Em comunicado, a Secretaria da Fazenda e Planejamento afirmou que “permanece à disposição das autoridades e contribuirá com o andamento da investigação do Ministério Público por meio de sua Corregedoria da Fiscalização Tributária (Corfisp)”. Os acusados podem ser enquadrados nos crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As diligências seguem em andamento.

Justiça do Rio nega habeas corpus e mantém Oruam preso

A Justiça do Rio de Janeiro negou nesta quarta-feira (6) o pedido de habeas corpus feito pela defesa do rapper Oruam, que permanece preso desde 31 de julho. A solicitação aberta pela defesa pedia a substituição da prisão por monitoramento com tornozeleira eletrônica, alegando haver excesso na medida e falhas processuais. 

A decisão foi negada pela desembargadora Marcia Perrini Bodart, da 4ª Câmara Criminal, que entendeu não haver ilegalidade evidente que justificasse a soltura. Segundo os advogados de Oruam, a prisão poderia ser substituída por medidas menos restritivas. No entanto, a desembargadora destacou que trechos do processo apontam para um “padrão de conduta” do rapper. 

Oruam foi denunciado pelo Ministério Público do Rio por tentativa de homicídio qualificado contra o delegado Moyses Santana Gomes e o policial civil Alexandre Alves Ferreira. Um dia antes de sua prisão, Oruam e amigos atiraram pedras contra os policiais que foram em sua residência cumprir um mandado de prisão contra um adolescente. 

Alegação da defesa

A defesa de Oruam pediu sua liberdade com base na suposta irregularidade da prisão, afirmando haver inconsistências na atuação policial e ausência de fundamentos que justifiquem uma medida tão rigorosa. Eles também solicitaram que o rapper passasse a ser monitorado por tornozeleira eletrônica.

A desembargadora, entretanto, não aceitou os argumentos da defesa. Segundo ela, além da gravidade das acusações contra Oruam, o comportamento dele durante o ocorrido teria incluído desacatado e ameaças aos agentes de segurança e justificaria a continuidade da prisão. A Justiça interpretou os atos como uma ameaça à ordem pública, sendo necessárias medidas mais rigorosas.


Vídeo usado pela Justiça para negar pedido de habeas corpus (Vídeo: reprodução/X/@Metropoles)


Acusações contra o rapper

Além de tentativa de homicídio qualificado contra o delegado Moyses Santana Gomes e o policial civil Alexandre Alves Ferreira, Oruam também é investigado por associação ao tráfico de drogas. A denúncia menciona ainda crimes de resistência à prisão, desacato, ameaça, lesão corporal e lesão ao patrimônio. 

De acordo com a acusação inicial, a tentativa de ameaça teria vindo através do rapper dizer que é filho de Marcinho VP. Marcinho é um dos principais líderes da facção criminosa CV (Comando Vermelho) e está preso desde 1996. Oruam frequentemente aborda a prisão de seu pai, pedindo liberdade em suas apresentações, como por exemplo, no Lollapalooza 2024.

Advogados de Bolsonaro pede revogação da prisão domiciliar

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou um recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando a revogação da prisão domiciliar imposta a ele. Os advogados buscam não apenas reverter a medida, mas também que a decisão seja avaliada com urgência pelo plenário da Primeira Turma do tribunal. A prisão domiciliar foi decretada na última segunda-feira (4), e a defesa argumenta que as restrições são excessivas e de difícil cumprimento.

Os advogados de Bolsonaro criticam a forma como as medidas cautelares foram interpretadas. Segundo eles, o ex-presidente está sendo responsabilizado por ações de terceiros, o que torna quase impossível seguir as determinações judiciais à risca. Foi mencionado a participação de Bolsonaro em uma videochamada durante manifestações realizadas em São Paulo e no Rio de Janeiro no último domingo. Para a defesa, essa participação não configura uma violação das proibições, já que a divulgação do vídeo nas redes sociais foi feita por outras pessoas.

A Defesa argumenta que a responsabilidade é subjetiva e exige provas

Os advogados afirmam que é natural que o conteúdo de um ato público seja gravado e compartilhado por terceiros nas redes sociais, e que isso não pode ser atribuído diretamente a Bolsonaro como um ato voluntário para desobedecer à Justiça. A defesa reforça que, no direito penal e processual penal, a responsabilidade é subjetiva, o que exige provas concretas de que o indivíduo teve a intenção de desrespeitar uma ordem judicial. Eles enfatizam que, sem evidências claras, a medida cautelar se baseia em uma presunção, e não em fatos comprovados.


Matéria sobre a defesa de Bolsonaro que recorreu para a revogação da prisão domiciliar. (Vídeo: reprodução/YouTube/Band Jornalismo)

As restrições e o pedido de revogação da defesa

Desde segunda-feira, Bolsonaro está em prisão domiciliar. As restrições incluem a impossibilidade de deixar sua residência, a apreensão de um de seus celulares e a proibição de usar outros aparelhos. As visitas que ele pode receber também são limitadas e precisam de autorização do STF. Inclusive, na quarta-feira, o ministro Alexandre de Moraes permitiu que familiares, como os filhos e a nora do ex-presidente, pudessem visitá-lo. O pedido da defesa de Bolsonaro, portanto, busca aliviar essas restrições, alegando que a Justiça está sendo excessivamente rigorosa e que a decisão, na visão dos advogados, carece de fundamentos sólidos para a manutenção da prisão domiciliar.

Advogados de Diddy buscam perdão federal junto a Donald Trump após condenação

Equipe jurídica de Sean “Diddy” Combs buscou contato com o governo do presidente Donald Trump para discutir a possibilidade de um perdão federal após o rapper ter sido condenado, no mês passado, por duas acusações relacionadas ao transporte com intenção de envolvimento em prostituição. A solicitação foi confirmada nesta terça-feira (5) por sua advogada, Nicole Westmoreland, em meio a um cenário jurídico e político delicado.

Magnata contínua detido

Combs, magnata da música e figura polêmica do entretenimento, está atualmente detido no Metropolitan Detention Center, no Brooklyn, aguardando sua sentença marcada para 3 de outubro. O pedido de fiança, avaliado em US$ 50 milhões, foi negado pela Justiça com base em registros de comportamentos violentos, incluindo um vídeo de agressão à ex-namorada Cassie Ventura em 2016, além de cartas de outras mulheres que expressaram receio pela própria segurança caso ele fosse solto.

Embora o perdão presidencial ainda seja uma possibilidade remota, o tema ganhou atenção após Trump afirmar em entrevista que, apesar de ter sido amigo de Diddy no passado, a relação entre eles se deteriorou politicamente, o que dificultaria uma eventual clemência. A Casa Branca, por sua vez, afirmou que não comenta pedidos de perdão, independentemente de sua existência.

A equipe de defesa afirma que trabalha em um recurso e considera a condenação injusta. Segundo Westmoreland, nenhuma das dezenas de denúncias civis em aberto contra Combs — incluindo alegações de homens, mulheres e supostas vítimas menores de idade — foi formalmente incluída no caso federal. A defesa sustenta que, se houvesse provas concretas dessas acusações, elas teriam sido apresentadas no julgamento.


Gala “Arte pela Vida” em homenagem Diddy” Combs, Donald Trump e Melania Trump (Foto: reprodução/Johnny Nunez/Getty Images Embed)


Pedido por liberdade provisória

Em meio a polêmicas, a postura de figuras próximas ao artista também chamou atenção. Gina Huynh, ex-parceira que inicialmente constava como testemunha da acusação, mudou de posicionamento e enviou uma carta apoiando a liberdade provisória do rapper. A defesa nega qualquer tentativa de interferência por parte de Diddy.

Combs, que já enfrentava rumores e processos há anos, agora lida com o peso de uma condenação criminal enquanto tenta reverter a situação nos tribunais — e, possivelmente, nos bastidores da política americana.