Conheça o Projeto de Lei que prevê pena de homicídio para aborto após 22 semanas de gestação

O Projeto de Lei 1904/24 que está em trâmite na Câmara equipara o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples, inclusive em casos de estupro que resulta na gravidez da vítima.

A proposta altera o Código Penal, que atualmente não existe uma punição para o aborto em caso de estupro e não há restrição de tempo para a interrupção da gestação na mesma. Outro ponto é que o Código Penal não pune o aborto quando não existe outro meio de salvar a vida da gestante.

O Código prevê apenas esses dois casos que não há punição para a gestante, o código prevê detenção de um a três anos para a mulher que aborta; reclusão de um a quatro anos para o médico ou outra pessoa que provoque aborto com o consentimento da gestante; e reclusão de três a 10 anos para quem provoque aborto sem o consentimento da gestante.

Entenda qual o objetivo da PL

O texto foi apresentado pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), a proposta é que se o aborto for realizado após 22 semanas de gestação, a gestante será punida com reclusão de seis a 20 anos em todos os casos, inclusive se a mulher for estuprada ou tiver uma gravidez de risco. A pena é semelhante ao homicídio simples.


Autor da PL, Sóstenes publicou em seu Instagram o que se trata a proposta (Foto: reprodução/Instagram/@sostenescavalcante)


Conforme os parlamentares, quando o Código Penal foi promulgado, “se o legislador não colocou limites gestacionais ao aborto, não foi porque teria querido estender a prática até o nono mês da gestação. Em 1940, quando foi promulgado o Código Penal, um aborto de último trimestre era uma realidade impensável e, se fosse possível, ninguém o chamaria de aborto, mas de homicídio ou infanticídio”, apontaram os autores da proposta.

Polêmicas e discussões sobre a PL

Mobilizações e manifestações contra a PL do aborto marcaram os últimos dias. A proposta levantou uma questão muito complexa e polêmica, segundo o Código, o crime de estupro é de seis a 10 anos de prisão. Caso a PL seja aprovada, a gestante pode ser punida com até 20 anos de reclusão.

Centenas de manifestantes foram às ruas protestar contra a proposta. Na tarde deste sábado (15), a Avenida Paulista foi palco de mais um ato contra a PL. Foi o segundo ato de protesto realizado nesta semana na capital paulista contra o projeto que tramita em regime de urgência na Câmara dos Deputados.

Confira a fala do presidente Lula (PT): “Eu sou contra o aborto. Entretanto, como o aborto é a realidade, a gente precisa tratar o aborto como questão de saúde pública. Eu acho que é insanidade alguém querer punir uma mulher numa pena maior do que o criminoso que fez o estupro. É no mínimo uma insanidade isso.”

De acordo com uma enquete popular no site da Câmara dos Deputados, 87% dos votos declararam “discordar totalmente” da proposta, representando 616.298 votos até às 11:10 da última sexta-feira (14), segundo o Metrópoles. Apenas 13% afirmaram “concordar totalmente” com a medida, somando 87.476 votos. Na quarta-feira (12), a Câmara dos Deputados aprovou o requerimento de urgência do PL 1.904/24.

Manifestantes protestam na Avenida Paulista contra PL do aborto

A Avenida Paulista foi palco de protestos neste sábado (15), contra o Projeto de Lei nº 1.904/2024, conhecido como PL do Aborto. O projeto fixa em 22 semanas de gestação o prazo máximo para abortos legais e equipara o procedimento após esse período ao crime de homicídio. A manifestação, organizada por 60 coletivos da sociedade civil, teve início às 15h em frente ao Museu de Arte de São Paulo (MASP).

Protesto reúne milhares de manifestantes 

A Lei do Aborto atraiu milhares de pessoas à Avenida Paulista, que se tornou um mar de vozes dissidentes adornadas com cartazes e slogans. “Criança não é mãe, estuprador não é pai” foi um dos lemas mais repetidos pelos manifestantes.


Ato contra o PL 19041 na Avenida Paulista (Foto: reprodução/Paulo Pinto/Agência Brasil)

Entre os presentes, destacaram-se parlamentares do PSOL, como os deputados federais Sâmia Bomfim e Ivan Valente. “A força do movimento feminista nas ruas vai derrotar esse projeto maldito”, declarou Sâmia através de sua plataforma social X (antigo Twitter). Suas palavras serviram como um grito de guerra entre aqueles que lutam pelos direitos das mulheres contra a legislação iminente.


Manifestação na Avenida Paulista (Vídeo: reprodução/X/@samiabomfim)


O ato seguiu em direção à Rua Augusta por volta das 16h15, com manifestantes ocupando as faixas da Avenida Paulista e causando alguns transtornos com os motoristas. A presença de policiais militares foi necessária para controlar o trânsito e garantir a segurança dos participantes. O protesto terminou às 18h na Praça Franklin Roosevelt, na Consolação, de forma bastante pacífica.

O que é o PL 1.904/2024?

O Projeto de Lei nº 1.904/2024 estabelece o limite de 22 semanas para o aborto legal no Brasil. O aborto é permitido no país quando a gravidez é resultado de estupro, representa risco à vida da mulher ou em casos de anencefalia fetal, mas atualmente não há restrições quanto à idade gestacional para esses casos. O projeto sugere a utilização da técnica de assistolia fetal recomendada pela OMS para abortos após 20 semanas; no entanto, levantou polêmica no Brasil. O procedimento envolve a utilização de medicações para interromper os batimentos cardíacos do feto antes de sua retirada do útero. Apesar do endosso da OMS, essa técnica permanece controversa em certos países.


Cartazes de protesto contra o PL do Aborto na avenida Paulista (Foto: reprodução/Instagram/@xuniorl)

Desdobramentos e impactos do PL do Aborto

A aprovação do PL 1.904/2024 tornaria o aborto após 22 semanas punível com seis a 20 anos de prisão – mesmo nos casos atualmente permitidos pela legislação brasileira. A pena é equivalente à de um assassinato comum, podendo ser maior do que a pena que o estuprador receberia pelo seu ato. Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), deputado federal que propôs o projeto, afirma que ele visa salvaguardar a vida do feto. No entanto, a oposição vê a medida como um um retrocesso nos direitos reprodutivos das mulheres.

Reações da sociedade civil e especialistas

Muitos especialistas alertam que a aprovação deste PL prejudicará principalmente as meninas mais pobres, que são vítimas de abuso e demoram a descobrir a gestação.

A advogada Luiza Martins diz que “As principais prejudicadas serão meninas que só conseguem acessar serviços de saúde após 22 semanas. Elas serão obrigadas a manter a gravidez, mesmo em casos de estupro”.


Manifestantes na Avenida Paulista (Foto: reprodução/Frente SP Pela Legalização do Aborto)

Maria das Neves, membro da União Brasileira de Mulheres, também criticou: “É um retrocesso civilizatório. Usam nossos corpos como moeda de troca e avançam com a política do estupro. Mas as mulheres brasileiras vão colocar para correr esse PL.”

Juliana Bruce, 40, grávida de 18 semanas, participou do protesto e destacou a importância do movimento: “Esse é um movimento importante para defender crianças, mas também mulheres adultas. Queremos ter nossos direitos mantidos, não dá para retroceder.”

A gestora ambiental Ana Paula Cutolo Cortez, que levou seus filhos ao ato, reforçou a necessidade de levantar a voz contra o silêncio que favorece os opressores: “É terrível pensar em mulheres que não escolheram gerar uma vida se verem obrigadas a criar uma criança em contexto hostil.”


Manifestantes na Avenida Paulista (Foto: reprodução/Frente SP Pela Legalização do Aborto)

Arthur Lira é o principal alvo dos manifestantes

Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, tornou-se o principal alvo dos manifestantes na Avenida Paulista. Conhecido por seu papel central na articulação de projetos polêmicos, Lira é visto como um dos maiores apoiadores do PL 1.904/2024. Os protestantes acusam Lira de ser um dos principais responsáveis por pautar e avançar com propostas que representam um retrocesso nos direitos das mulheres.

Cartazes e gritos de ordem direcionados a Lira foram frequentes durante o protesto, com palavras como “Lira, o sangue das mulheres está em suas mãos” e “Fora, Arthur Lira!” ecoando pelas ruas. Os manifestantes exigem que ele retire o projeto da pauta e abra um diálogo mais amplo com a sociedade civil, considerando os impactos negativos que o PL pode trazer para a saúde e os direitos reprodutivos das mulheres brasileiras.


Arthur Lira é o principal alvo dos manifestantes (Foto: reprodução/Theo Saad/Metrópoles)

“Arthur Lira está ignorando as vozes das mulheres que serão diretamente afetadas por esse projeto. Não vamos permitir que nossos direitos sejam retirados por interesses políticos,” afirmou Júlia Souza, uma das organizadoras do protesto. Os manifestantes prometem continuar pressionando Lira e outros parlamentares para que o PL seja definitivamente arquivado.

Debate na Câmara dos Deputados

O debate sobre o PL 1.904/2024 continua na Câmara dos Deputados. Caso aprovado, seguirá para análise do Senado. Os manifestantes e os grupos feministas prometem continuar mobilizados contra o projeto, defendendo os direitos reprodutivos das mulheres e a legalização do aborto seguro e acessível.

Protestos contra PL que equipara aborto a homicídio aconteceram nesta quinta-feira

Após a Câmera dos Deputados aprovar urgência para votação de projeto de lei que equipara aborto a homicídio nesta quarta-feira (12), mobilizações foram realizadas em várias cidades do país durante todo o dia de ontem, quinta-feira (13). 

Manifestações pela liberdade

Ocorrendo em diferentes regiões do país, várias manifestações contra a PL 1904 aconteceram nesta quinta-feira (13). O dia marcado por atos de protesto de civis não será o único realizado contra o progresso do projeto de lei. 

Os atos acontecidos são devidos à proposta apresentada pelo deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), onde o projeto equipara ao crime de homicídio os abortos feitos após a 22° semana de gestação. É previsto pelo documento a consideração de homicídio na realização do aborto acima disso em qualquer situação, inclusive em gravidez resultantes de estupro, salientando uma pena de seis a 20 anos de prisão para mulheres que fizerem o procedimento. Atualmente, é permitido pela legislação o aborto ou interrupção da gravidez em casos decorrente de estupro, naqueles que colocam a vida da pessoa gestante em risco ou em casos de bebês anencefálicos. No cenário que hoje rege a saúde e segurança das mulheres, não é previsto um tempo máximo da gestação para que o procedimento seja realizado. Porém, o aborto ainda é punido com penas que podem variar de um a três, quatro ou dez anos de prisão dependendo da situação. Quando provocado pela gestante, a variação caminha entre um a três anos; em caso de médicos ou pessoas que provoquem o aborto com consenso da gestante, varia de um a quatro anos; a provocação do aborto sem consenso da pessoa gestante pode chegar de três a dez anos.  

As mobilizações foram convocadas pela Frente Nacional Contra a Criminalização das Mulheres e Pela Legalização do Aborto.  

Esse projeto de lei é totalmente inconstitucional, uma vez que ele coloca em risco milhões de meninas que serão obrigadas a serem mães dos filhos de seus estupradores e mulheres que serão obrigadas a levar uma gestação sendo vítima de violência sexual”, declara Rebeca Mendes, advogada e diretora-executiva do Projeto Vivas – entidade que atua junto a mulheres que necessitam de acesso ao aborto legal, em entrevista à Agência Brasil. 

Muitos pontos ao redor do Brasil foram palco para as vozes de dezenas de pessoas, especialmente mulheres.


Datas divulgadas para protestos através de uma das inúmeras bases de fãs porta-vozes das manifestações contra a PL de forma online (Foto: reprodução/Instagram/@army_htp)

No Rio de Janeiro, a Cinelândia, no Centro da cidade, foi o ponto principal para o encontro manifestante. Os cartazes e faixas explicitavam frases como “Pela luta de todas as mulheres” ou “Não à PL do estupro”, concentrados em especial em frente ao Teatro Municipal. Em São Paulo, o Masp foi tomado por gritos de protesto como “Criança não é mãe, quem estupra não é pai”. Brasília teve seu centro no Museu da República e Florianópolis no Terminal de Ticen. Em Recife, houve confirmação de manifestações no Sítio da Trindade. Em outros lugares, como Manaus, os protestos foram realizados no Largo São Sebastião, em Niterói, no Terminal das Barcas e, em Pelotas, no IFSUL.   


Manifestantes contra a PL do aborto no Masp, São Paulo (Foto: reprodução/Instagram/@planetaella)

Ainda está previsto mais três manifestações até sábado no Rio Grande do Sul, na Paraíba e no Espírito Santo.

No que fere a PL

O intuito do projeto de lei, além de controlar descaradamente o corpo alheio, em especial, o de mulheres, prevê brecha essencial para que crimes de abuso e contra integridade infantil sejam facilmente ignorados ao pôr acima da dignidade física e mental de pessoas em situação de vulnerabilidade uma situação de xeque, onde, o direito da preservação de seu corpo é quebrado perante ao limite imposto e é entregue àqueles agora responsáveis pelo destino de sua vida, a prisão ou hospital.  

A aprovação da proposta afeta principalmente crianças, vítimas dos mais comuns casos de abuso sexual e gestações de identificação demoradas, onde se tem uma busca tardia pelo direito do aborto legal. Segundo o Fórum de Segurança Pública, mais de 70 mil pessoas foram estupradas no Brasil em 2022  e cerca de 61% desse total eram crianças de até 13 anos de idade.  

Senado Federal aprova projeto que visa criar regras para mudanças climáticas no Brasil 

Na quarta-feira (15), o Senado Federal aprovou um projeto de lei que visa protocolar regras na criação de planos de adaptação durante mudanças climáticas no Brasil. A sugestão, por se tratar de um texto alternativo alterado pelas comissões do meio ambiente, constituição, justiça e cidadania, deve passar novamente por aprovação na Câmara dos Deputados.

O que se estabelece

O objetivo dessa resolução é diminuir os impactos ambientais, sociais, econômicos e também a infraestrutura que eventos catastróficos podem causar em cidades brasileiras. As adaptações deverão ser realizadas por um órgão federal com a União, estados e municípios. Também é determinado que grupos vulneráveis atingidos pelos eventos, setores econômicos e o setor privado devem participar dessa iniciativa. 


Votação do projeto no Senado Federal (Foto: reprodução/Roque de Sá/Agência Senado/Senado Notícias)

O texto afirma que a idealização dos planos será financiada pelo Fundo Nacional sobre Mudança Climática e prevê reconhecer e priorizar ações de combate aos desastres ambientais, incentivar o agronegócio a pesquisar e desenvolver novas maneiras para diminuir a emissão de carbono e definir as prioridades de operações em regiões mais vulneráveis. 

Ademais, as diretrizes estabelecidas serão executadas em três áreas de prioridades: na infraestrutura urbana e cidade, infraestrutura nacional com suporte em transportes, energia e comunicação, e na infraestrutura da natureza, e também conterão medidas para gestão de risco. 

Os municípios mais propícios a sofrerem com esses desastres terão prioridade maior no plano, que terá o prazo de um ano para sua elaboração e formulação de prazos. 

Projeto em análise há três anos

O projeto ambiental encontrava-se em trâmite no Congresso há cerca de três anos, foi aprovado pela Câmara em 2022 e analisado pela Comissão do Meio Ambiente, recebendo autorização em fevereiro deste ano. A tragédia que atingiu o Rio Grande do Sul nas últimas semanas colocou uma pressão maior para a análise rápida da proposta. 


Brigada militar realizando resgates no RS (Foto: reprodução/Instagram/@brigadamilitaroficial)

O senador Jaques Wagner afirmou em seu relatório que a tragédia é um exemplo dos diversos eventos climáticos que vêm atingindo o mundo e por isso a necessidade de criar um plano maior de prevenção.  

“A inundação dos municípios gaúchos não foi um evento isolado. Tempestades e nevascas com maior intensidade têm ocorrido em diversos pontos da Terra, bem como incêndios de imensa magnitude no Canadá, na Europa e na Austrália, em tempos recentes”

Jaques Wagner

O projeto foi aprovado com somente um voto contrário do senador Flávio Bolsonaro, que revelou sua preocupação com o excesso de poder dos órgãos ambientais, o projeto ainda não tem data para a nova sessão na Câmara dos Deputados. 

França aprova projeto de lei para redução de fast fashions no país

A França aprovou no mês passado um projeto de lei que pretende diminuir o consumo de fast fashion em todo o país. O projeto ainda precisa passar pela votação final do senado antes de se tornar uma lei, mas as empresas já estão se preparando para o novo cenário.

O projeto de lei prevê a proibição de publicidades para as marcas de fast fashion, uma taxa ambiental de até 5 euros sobre cada peça produzida e uma taxa ambiental gradual que pode custar 10 euros até o ano de 2030.

As medidas pedidas no projeto visam tornar um pouco mais caro a produção das peças, mas as taxas exigidas não podem passar de 50% do valor da peça. O dinheiro recolhido pelas taxas será usado para apoiar marcas sustentáveis em sua produção têxtil.


Problema ambiental de fast fashions (Foto: reprodução/Francois Le Nguyen/ Unsplash)

Segundo os criadores do projeto, as fast fashion influenciam o consumo exacerbado e preços baixos que geram um grande impacto ambiental, pois as pessoas acabam comprando cada vez mais roupas que ficam obsoletas, pois saem de moda muito rapidamente.

Fast Fashion

São marcas que produzem peças em grande escala em uma velocidade recorde e acompanhando as tendências do momento.

Esse modelo de venda de vestuário faz com que o consumidor compre cada vez mais peças, que são baratas para produzir pela marca, pois não utilizam matéria-prima de boa qualidade. 

Isso reforça a má remuneração dos trabalhadores da indústria têxtil e grandes impactos ambientais, pelo alto descarte das peças que logo se perdem ou que ficam paradas nos guarda roupas das consumidoras.

Marcas

As empresas não estão nada satisfeitas com as medidas do governo, mas também entendem a preocupação com o meio ambiente. Estavam até procurando uma forma de minimizar os impactos causados, trazendo conscientização para os clientes para que eles consertassem as peças antes de descartá-las.

O projeto de lei pede que as empresas coloquem avisos claros sobre o impacto ambiental que as peças causam no meio ambiente e incentivam os consumidores a reciclarem as peças, se isso não for cumprido a multa será de 15 mil euros.

Câmara dos deputados argentina aprova plano de reforma econômica de Milei

Aprovado na terça-feira (30) pela Câmara dos Deputados da Argentina, o amplo plano de reforma econômica proposto pelo presidente Javier Milei obteve apoio legislativo em uma votação geral, enquanto alguns artigos importantes do megaprojeto de lei também foram respaldados, enquanto a votação dos detalhes do texto prossegue.

Um dos motivos da existência da proposta

O projeto de lei, almejado pelo libertário Milei para atrair investimentos e conter a inflação em meio à crise no país sul-americano, será encaminhado ao Senado para aprovação individual de seus artigos.


Javier Milei tenta aprovar projeto de lei que visa atrair investimentos e conter a inflação na Argentina (Foto: reprodução/CEDOC/Buenos Aires Times)

Milei, um economista libertário que ascendeu politicamente no ano anterior prometendo reformas radicais, conta apenas com uma minoria no Congresso, mas angariou apoio de aliados na Câmara dos Deputados após meses de negociações e concessões sobre o pacote de reformas, previamente rejeitado no Senado em fevereiro.

A deputada conservadora Victoria Borrego afirmou que esse apoio vai permitir que o presidente Javier Milei governe, referindo-se à capacidade do presidente de obter respaldo político.

Reforma econômica vai enfrentar a oposição no Senado

O pacote de reformas, que enfrentará maior oposição no Senado, concede ao Executivo autoridade para reestruturar ou privatizar órgãos públicos, simplificar a burocracia para atrair investimentos e ajustar as regulamentações trabalhistas.

Ainda será votado um pacote fiscal separado, prevendo aumento de impostos para trabalhadores com rendimentos elevados, proposta fortemente contestada por sindicatos locais, e drástica redução na taxa sobre bens pessoais.

Com uma inflação anual próxima a 300%, a Argentina busca reduzi-la por meio de austeridade, medida que já impactou o consumo, a indústria e a atividade econômica, enquanto a pobreza cresce, corroendo os rendimentos reais.

Santiago Cafiero, membro da oposição peronista e ministro do governo anterior, criticou nas redes sociais a lei, dizendo que é uma legitimação de um projeto que não resolve os problemas da população, nem a pobreza, tampouco a hiperinflação.

Nova versão de lei aprovada pela Câmara dos EUA busca banir TikTok do país

Um projeto de lei foi aprovado, no último sábado (20), pela Câmera dos Estados Unidos, que prevê a proibição do TikTok no país caso a ByteDance não venda sua participação a uma companhia norte-americana. A nova medida se assemelha a que foi apresentada em março, onde era previsto a proibição da plataforma chinesa no território estadunidense. Contudo, a condição adicionada nessa nova versão dá mais tempo para o TikTok abdicar de sua desenvolvedora e arrumar um comprador de confiança do país. Esse projeto foi aprovado por 360 votos a 58. 

“É lamentável que a Câmara dos Deputados esteja usando a cobertura de importante assistência externa e humanitária para mais uma vez aprovar um projeto de lei que atropelaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de americanos”, pronunciou o TikTok, domingo (23). 


Pronunciamento do TikTok quanto ao projeto de lei (Reprodução/X/@TikTokPolicy)


Caso o projeto seja assinado, a nova versão daria 270 dias para que a empresa encontre um novo proprietário, podendo se estender para mais 90 dias. Essa nova empresa não poderá ter qualquer relação com a empresa chinesa ByteDance, atual dona do TikTok. 

Por que a iniciativa desse projeto de lei?

Desde o governo de Donald Trump, o país tem demonstrado preocupações quanto a ByteDance, pois acreditam que representa um risco para a segurança do país. Alguns afirmam que a empresa chinesa poderia se aproveitar do poder para obter dados de usuários americanos, usando a plataforma como uma forma de espionagem. 

Para que o projeto saísse da paralisação que acontecia desde março, os congressistas alteraram para um projeto de lei de financiamento, pois, além de ser prioridade do presidente Joe Biden, costumam ter um processamento mais rápido nas casas. Com isso, o TikTok será incluído em um pacote de ajuda econômica externa, que visa auxiliar a países aliados dos EUA que se encontram em estado de guerra, como Ucrânia e Israel. 

Marco legal dos Games é aprovado no Brasil

Na última terça-feira (9), um marco significativo foi estabelecido na indústria de videogames no Brasil, com a aprovação pela Câmara dos Deputados de um projeto que estabelece um marco legal para o setor. Esta iniciativa representa um reconhecimento do potencial e da importância econômica e cultural dos videogames no país, bem como um passo importante para o desenvolvimento e fortalecimento dessa indústria em solo brasileiro.

Sobre o projeto de lei

O projeto aprovado prevê uma série de incentivos e benefícios para o setor de videogames, de modo a impulsionar a produção nacional, fomentar a formação de profissionais e ampliar o acesso a essa forma de entretenimento. Uma das medidas mais significativas é a possibilidade de dedução no Imposto de Renda para doações a projetos de estímulo à produção de jogos eletrônicos brasileiros independentes, bem como para a formação de profissionais na área.

Além disso, a legislação prevê uma redução expressiva no Imposto de Renda incidente sobre remessas ao exterior referentes a direitos de exploração de games ou licenciamentos, desde que o valor seja reinvestido no desenvolvimento de jogos brasileiros independentes. Essa medida tem o potencial de incentivar a internalização dos recursos gerados pela indústria de videogames e estimular ainda mais a produção nacional.


Mulher com Joystick (Foto: reprodução/Getty Images Embed/TravelCouples)


Outro ponto importante do projeto é o aumento do limite de faturamento bruto para que desenvolvedores de jogos possam se enquadrar no Simples Nacional, o que pode facilitar a vida de muitas empresas e estimular o crescimento do mercado interno de videogames.

Videogame para fins didáticos

Além dos benefícios fiscais, o texto também abre portas para o uso de videogames em ambiente escolar, para fins didáticos, seguindo as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Essa medida pode representar uma forma inovadora e atrativa de ensino, utilizando recursos tecnológicos já amplamente familiarizados pelos jovens.

A criação de um repositório de jogos eletrônicos financiados com recursos públicos para uso livre por instituições públicas de ensino, pesquisa e saúde também é uma iniciativa louvável, que pode ampliar o acesso à educação digital e promover a utilização de jogos como ferramentas pedagógicas.

No contexto global, a aprovação deste marco legal coloca o Brasil em destaque como um país que reconhece e valoriza a indústria de videogames, seguindo o exemplo de outras nações que já implementaram medidas semelhantes para impulsionar esse setor. Espera-se que, com essas novas políticas, a indústria de videogames brasileira floresça ainda mais, contribuindo não apenas para a economia, mas também para a cultura e o desenvolvimento tecnológico do país. Agora, aguarda-se a sanção presidencial para que essas medidas se tornem efetivas e comecem a moldar o futuro promissor da indústria de videogames no Brasil.

DDTank: Diversão Online Segura para Todas as Idades

Com o crescimento da indústria de videogames no Brasil, DDTank se destaca como uma opção saudável e acessível para jogadores de todas as idades. Popular por sua jogabilidade simples e interação social, DDTank Brasil oferece batalhas emocionantes em um ambiente colorido.

A versão mais recente, DDTank 5.5, traz melhorias em gráficos e jogabilidade, enquanto a versão anterior, DDTank 3.6, continua disponível para quem deseja reviver a nostalgia. Ambos proporcionam entretenimento seguro e agradável, reforçando a importância dos jogos eletrônicos como formas de socialização e desenvolvimento cognitivo.

Preta Gil ganha Lei em seu nome após lutar contra o câncer

A cantora, empresária, influenciadora e apresentadora, Preta Maria Gagelha Gil Moreira, mais conhecida como Preta Gil, agora possui seu nome em uma das Leis do Rio de Janeiro.


Preta Gil (Foto reprodução/Instagram/@pretagil)

Para quem não sabe, no início de 2023, Gil foi diagnosticada com colorretal, que de acordo com o Hospital Israelita Albert Einstein, esta é uma doença que está acometendo cada vez mais os adultos com menos de 50 anos de idade.

Lei Nº2371/2023

O projeto foi aprovado nesta quinta-feira (4) pela Câmara de Vereadores e sancionado pelo prefeito Eduardo Paes. Ele tem como objetivo trazer a prevenção e conscientização ao adenocarcinoma (tumor maligno que acomete o trato digestivo). 

Os autores responsáveis por essa lei são as vereadoras Verônica Costa e Luciana Novaes e os vereadores Marcos Paulo e Niquinho. De acordo com os criadores deste projeto:

 ‘’A inspiração desta proposição vem do fato da cantora Preta Gil ter sido diagnosticada com adenocarcinoma, e, após acompanharmos todo o processo até a retirada do tumor e o início da sua reabilitação.’’

Preta Gil e a luta contra o câncer

Em março, no mês de conscientização e prevenção do câncer de intestino, Gil deu uma entrevista para o Roda Viva, da TV Cultura, e chegou a comentar sobre a importância do diagnóstico precoce para o tratamento contra o câncer colorretal. Ela contou que quando foi diagnosticada, o tumor já estava bem extenso.

“O meu tumor era bem grande, ele já era bem extenso. Eu tive que fazer quimio[terapia] e radio[terapia] para diminuir para poder operar”, comentou. 

Mas se a gente faz a colonoscopia, que é um exame que todo mundo tem um pouco de medo, a gente consegue detectar um câncer no colo retal, tratar e o prognóstico pode ser como o meu foi, de cura”, acrescentou a famosa.


Preta Gil (Foto reprodução/Instagram/@pretagil)

A apresentadora veio a tratar o câncer desde a descoberta, e no final do ano passado, comemorou o fim do seu tratamento, porém ela ainda terá acompanhamento médico por, pelo menos, cinco anos.

Tailandia se torna o primeiro país do sudeste asiático a aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo

Em um movimento histórico, o Parlamento tailandês deu um passo significativo em direção à igualdade de direitos ao aprovar um projeto de lei que visa regular o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Com uma votação expressiva de 400 membros a favor, o projeto representa uma mudança monumental na legislação tailandesa, que até então não reconhecia o casamento entre casais homossexuais.

Sobre a lei

O projeto de lei proposto busca substituir os termos tradicionais de gênero, como “homens” e “mulheres”, por linguagem neutra, como “indivíduos” e “companheiros de casamento”, refletindo assim o compromisso com a igualdade de gênero e orientação sexual. Além disso, se aprovado pelo Senado, o projeto garantirá aos casais do mesmo sexo direitos legais abrangentes, incluindo questões de adoção e herança, anteriormente indisponíveis para eles.

A Tailândia está prestes a se tornar o primeiro país do Sudeste Asiático a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, um feito que até agora só foi alcançado por Taiwan e Nepal na região. Esse avanço reflete não apenas a crescente aceitação da diversidade sexual na sociedade tailandesa, mas também a determinação do país em promover a igualdade e os direitos humanos para todos os seus cidadãos.

Apoio de Thavisin

O apoio do primeiro-ministro Srettha Thavisin a essa iniciativa é um sinal encorajador de mudança. Thavisin afirmou anteriormente que a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo fortalecerá as estruturas familiares e é um passo em direção a uma sociedade mais inclusiva e tolerante. Sua postura progressista em relação aos direitos LGBTQ+ destaca um compromisso governamental com a proteção e promoção dos direitos de todas as minorias.


Casamento entre pessoas do mesmo sexo (Foto: Canva)

No entanto, apesar desse progresso legislativo, a Tailândia ainda enfrenta desafios relacionados à discriminação e aos direitos LGBTQ+, especialmente em áreas mais conservadoras da sociedade. Ainda assim, a aprovação deste projeto de lei representa um marco significativo na jornada em direção a uma Tailândia mais igualitária e justa para todos os seus cidadãos, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.