Hamas libera últimos reféns vivos e acordo de cessar-fogo marca virada na guerra

Em um dia histórico e simbólico, o grupo Hamas libertou nesta segunda-feira (13) os últimos 20 reféns israelenses vivos que estavam em cativeiro há mais de dois anos, como parte do acordo de cessar-fogo com Israel. Donald Trump, presente às negociações, definiu o momento como “o fim de uma era de mortes e terror”. Israel também iniciou a soltura de cerca de 1.968 prisioneiros palestinos, numa troca que reacende esperanças de estabilidade na Faixa de Gaza.

Os reféns, em sua maioria jovens homens, foram recebidos em Israel sob forte comoção. Multidões celebraram o retorno com abraços, lágrimas e agradecimentos enquanto o Presidente Trump discursava no Parlamento israelense. Ele recebeu aplausos por parte dos deputados e foi ovacionado ao afirmar que o Oriente Médio “entra em tempos de paz”.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também declarou que a guerra passou e que Israel adentra uma nova fase. O cessar-fogo foi assinado em Sharm el-Sheikh, no Egito, durante cúpula que reuniu mais de 20 líderes mundiais.

Troca de prisioneiros do Hamas e impacto humanitário

Simultaneamente à libertação dos reféns, cerca de 1.968 prisioneiros palestinos foram soltos por Israel. Esses prisioneiros chegaram à Faixa de Gaza e à Cisjordânia em ônibus sob forte escolta, onde foram recebidos por milhares de pessoas.

A tensão no conflito entre Israel e Hamas deixou mais de 67 mil palestinos mortos e provocou um desastre humanitário na região — com deslocamentos em massa e infraestrutura destruída. Com os acordos em curso, espera-se que o fluxo de ajuda humanitária para Gaza aumente significativamente. Trump afirmou que Hamas teria autorização temporária para realizar operações de segurança interna em Gaza, com o objetivo de evitar o vácuo de poder e conter saques e caos nas ruas.

Desafios para uma paz duradoura

Embora o cessar-fogo pareça colocar fim aos confrontos mais intensos, muitos pontos do acordo ainda carecem de definição. O plano negociado propõe que o Hamas devolva armas, que Israel retire tropas progressivamente e que seja criado um conselho para supervisionar Gaza no pós-guerra — none desses elementos foi confirmado plenamente até o momento.

Hamas, por sua vez, declarou ter recebido garantias de mediadores internacionais para retomar certa autoridade de segurança local, cumprindo parte de seu próprio papel no governo local, apesar de ainda resistir ao desarmamento total.


Plantão da TV Globo anuncia a liberação dos reféns do Hamas durante a madrugada (Vídeo: reprodução/X/@forumeplay)

Críticos alertam que o acordo parece tratar apenas da “primeira fase” de uma paz instável. A troca de reféns e prisioneiros é um passo simbólico, mas as disputas sobre arrecadação, reconstrução, controle territorial e governança de Gaza ainda são batalhas que permanecem abertas.

Apesar da celebração pública e do simbolismo da libertação, analistas avaliam que o acordo representa mais uma trégua tática do que o início de uma paz duradoura. A presença de Donald Trump como mediador reacendeu debates sobre o papel dos Estados Unidos no Oriente Médio — e sobre o quanto o novo pacto favorece politicamente tanto Washington quanto Tel Aviv.

Fontes diplomáticas ligadas à ONU afirmam que a reconstrução de Gaza ainda enfrenta obstáculos logísticos e políticos. Israel exige supervisão internacional rigorosa para entrada de recursos, enquanto o Hamas tenta garantir espaço político interno, resistindo à perda de autoridade. A União Europeia e o Egito pressionam por um corredor humanitário permanente, mas temem que as disputas internas entre facções palestinas atrasem o processo.

Em Tel Aviv, o clima é de cautela. Mesmo com o retorno dos reféns, parte da população teme que o cessar-fogo seja apenas uma pausa temporária antes de novos bombardeios. Em Gaza, a população celebra o fim imediato da violência, mas vive sob ruínas e escassez — com energia racionada, hospitais colapsados e milhares de desabrigados.

Mais do que um tratado, o acordo marca o início de uma disputa silenciosa por controle e legitimidade. Se a libertação dos reféns encerra um capítulo da guerra, o próximo — o da reconstrução e da governança — pode ser ainda mais decisivo para o futuro do Oriente Médio.

Família reencontra refém israelense libertado pelo Hamas

Omri Miran, cidadão israelense mantido refém pelo Hamas por mais de dois anos, foi libertado nesta segunda-feira (13), durante o mais recente cessar-fogo na Faixa de Gaza. O vídeo de seu reencontro com a esposa e o pai, divulgado nas redes sociais e por veículos internacionais, mostra abraços emocionados e lágrimas após mais de 700 dias de incerteza.

A libertação faz parte de uma nova etapa nas negociações entre Israel e o grupo palestino, que também prevê a troca de prisioneiros e assistência médica aos libertados.

Emoção marca o retorno dos reféns a Israel

O retorno de Omri Miran e de outros reféns libertados pelo Hamas provocou grande comoção em Israel. Imagens divulgadas pelo Exército israelense mostram familiares aguardando em bases militares e hospitais preparados especialmente para receber os libertos. Psicólogos, médicos e agentes de segurança acompanharam todo o processo de acolhimento, oferecendo suporte físico e emocional após o longo período de cativeiro.

Autoridades israelenses classificaram as libertações como um avanço humanitário significativo, embora reforcem que ainda há dezenas de pessoas mantidas em Gaza. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu agradeceu o trabalho das forças de resgate e destacou que está comprometido com a paz. O caso reacendeu o debate sobre os impactos humanitários do conflito e sobre as condições dos prisioneiros em meio às negociações em curso.


Vídeo mostra família reencontrando refém israelense libertado pelo Hamas (Vídeo: reprodução/Youtube/@New York Post)

Reencontros renovam esperança em meio ao conflito

As cenas de alegria e alívio contrastaram com o cenário de destruição em Gaza e a tensão que ainda domina a região. Para muitas famílias, o reencontro representa um raro momento de esperança em meio à guerra, reacendendo o desejo por uma solução duradoura. Especialistas em relações internacionais destacam que libertações como essa têm peso simbólico, pois reforçam a importância de canais diplomáticos mesmo em contextos de hostilidade.

Nas redes sociais, milhares de mensagens celebraram o retorno dos reféns, enquanto grupos humanitários pediram a continuidade dos esforços para garantir a libertação de todos os sequestrados. O caso de Omri Miran tornou-se símbolo da resistência e da dor compartilhada por famílias que seguem aguardando notícias de seus entes queridos, lembrando que cada vida recuperada é um passo em direção à paz.

Casa Branca aposta em libertação de reféns para selar acordo histórico de paz em Gaza

O cessar-fogo em Gaza pode avançar com a libertação imediata dos reféns mantidos pelo Hamas. Segundo Israel, 48 reféns permanecem em Gaza, dos 251 capturados pelo grupo durante seu ataque de outubro de 2023, sendo que 20 estão vivos e os demais morreram. A informação foi divulgada neste domingo, 5 de outubro de 2025, reforçando a urgência das negociações internacionais.

A secretária de imprensa Karoline Leavitt destacou que uma ação rápida é crucial para que o plano de paz do presidente Donald Trump, negociado no Egito, se transforme em um marco histórico no Oriente Médio. Ela afirmou que a libertação dos reféns é apenas o primeiro passo de um processo maior, que inclui medidas humanitárias e políticas para Gaza e Israel.

Leavitt ainda ressaltou que, embora a situação exija cautela, é necessário agir com rapidez para gerar confiança e estabilidade na região. “Cada dia conta, e queremos ver progresso tangível o quanto antes”, afirmou, sublinhando a prioridade do governo norte-americano em avançar no cessar-fogo em Gaza.

Cessar-fogo em Gaza depende de ação rápida

Segundo Leavitt, Trump acompanha de perto as negociações e busca que cada etapa seja executada com agilidade. As equipes técnicas, incluindo o enviado especial Steve Witkoff e o assessor Jared Kushner, concentram-se nos detalhes da libertação dos reféns e na revisão das listas de prisioneiros.

“Queremos agir com rapidez. A libertação dos reféns é o primeiro passo para garantir que o cessar-fogo em Gaza avance de forma eficaz, reduzindo imediatamente os riscos à segurança de Israel e dos Estados Unidos”, afirmou Leavitt.

Além disso, a Casa Branca acredita que o impulso gerado pela libertação dos reféns pode acelerar negociações adicionais. Analistas internacionais observam que o sucesso dessa fase inicial será decisivo para criar um ambiente propício a um acordo mais amplo, incluindo medidas humanitárias, de segurança e iniciativas como estabelecer Gaza como uma região livre de atividades terroristas, conforme propõe o plano de Trump.


Secretária de imprensa dos EUA Karoline Leavitt (Foto:reprodução/Getty Images Embed/Alex Wong)

ONU pronta para ampliar ajuda humanitária em Gaza

Enquanto isso, a ONU declarou que está preparada para atuar assim que o cessar-fogo em Gaza for aprovado. O porta-voz Stephane Dujarric informou que milhares de toneladas de suprimentos estão prontas para serem entregues, garantindo assistência imediata à população.

Segundo Tom Fletcher, coordenador de ajuda de emergência, US$ 9 milhões já foram destinados para manter hospitais, padarias e sistemas de água em funcionamento. “Se o acordo for implementado, poderemos ampliar a ajuda rapidamente e alcançar ainda mais pessoas”, destacou.

Pressão das famílias de reféns por avanço no cessar-fogo em Gaza

Familiares de reféns israelenses se reuniram em frente à residência do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em Jerusalém, exigindo ações rápidas. O ato coincidiu com o feriado de Sucot e com o segundo aniversário dos ataques do Hamas.

Entre os manifestantes, Einav Zangauker, mãe de um jovem sequestrado, fez uma oração pedindo pela libertação dos reféns e pelo início de um processo que traga estabilidade e paz. “Cada dia conta para que o cessar-fogo em Gaza seja uma realidade duradoura”, disse.


Hamas concorda em entregar reféns em acordo com os EUA (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Casa Branca reforça importância da libertação de reféns

Leavitt reiterou que a libertação dos reféns é o ponto de partida de todo o processo. “É assim que a equipe do presidente se sente: libertar os reféns primeiro e depois passar para a próxima etapa, garantindo que o cessar-fogo em Gaza se torne uma realidade sustentável”, afirmou.

Também, a Casa Branca busca criar impulso suficiente para que todos os outros pontos do plano avancem, estabelecendo um caminho para uma paz duradoura e segura.

Contexto e próximos passos para o cessar-fogo em Gaza

O plano de Trump prevê medidas humanitárias, liberação de prisioneiros e garantias de segurança para Israel e Gaza. Especialistas internacionais reforçam que o sucesso depende da cooperação entre os atores regionais e do monitoramento das condições no terreno.

Enquanto isso, a comunidade internacional observa atentamente, e equipes humanitárias permanecem prontas para agir imediatamente. A expectativa é que, com a libertação dos reféns, ocorra um efeito positivo, contribuindo para consolidar o cessar-fogo em Gaza.

Tel Aviv reúne multidão contra plano de ocupação da Cidade de Gaza

Uma manifestação tomou as ruas de Tel Aviv neste sábado (7) para protestar contra o plano de Benjamin Netanyahu de ocupar a Cidade de Gaza. A princípio, a decisão do gabinete de segurança, anunciada um dia antes, amplia as operações militares no território palestino, apesar dos alertas das Forças Armadas e oposição popular.

De acordo com organizadores, mais de 100 mil pessoas participaram da manifestação, exigindo o cessar imediato da campanha militar e a libertação de reféns. A maioria dos israelenses apoia o fim da guerra para resgatar cerca de 50 reféns em Gaza. Em contrapartida, as autoridades acreditam que apenas 20 pessoas estejam vivas.

Cenário de guerra versus cessar-fogo

Diante do cenário atual, Israel passa por constantes críticas dentro e fora de seu território, o que ocasionou entrar na mira de aliados europeus após a ampliação do conflito. Ainda assim, negociações diplomáticas possibilitaram a libertação da maioria dos reféns, mas tentativas de cessar-fogo falharam em julho.

Em meio às tensões, manifestantes exibiram bandeiras de Israel, fotos de reféns e cartazes contra Netanyahu. Além disso, alguns cobraram uma ação de Donald Trump, enquanto outros denunciaram inúmeras mortes de civis palestinos.


Manifestação pró-Palestina na Baía de Sydney, Austrália (Vídeo: reprodução/YouTube/Euro News)

Reações internacionais e riscos

Donald Trump acusou o Irã de interferir em negociações de cessar-fogo ao enviar sinais ao Hamas. Além da acusação feita pelo americano, a Alemanha se pronunciou através do ministro das Relações Exteriores, Johann Wadephul. Este reforçou o apelo por trégua imediata, o que acarreta pressão global sobre Israel. Netanyahu afirmou que Israel não pretende governar Gaza permanentemente. Segundo o primeiro-ministro, o objetivo é criar um perímetro de segurança e entregar o controle às forças árabes, excluindo o Hamas e a Autoridade Palestina.

O apoio internacional à causa palestina tem sido crescente, mas o intenso conflito de Israel pode trazer consequências como um isolamento diplomático e travar a comunidade internacional que busca alternativas diplomáticas para conter a contínua violência no Oriente Médio.

Criminosos invadem casa do ex-prefeito Silvinho Peccioli na Grande São Paulo

Cinco membros da família do ex-prefeito de Santana de Parnaíba, Silvinho Peccioli, foram feitos reféns por criminosos armados durante um assalto violento ocorrido na manhã desta quinta-feira (15). A residência, localizada na cidade de Santana de Parnaíba, região da Grande São Paulo, foi invadida por volta das 8h. A ação criminosa durou várias horas e deixou marcas de terror e indignação

Invasão na residência do ex-prefeito de Santana de Paranaíba

Segundo relatos da família, os assaltantes agrediram Silvinho Peccioli com coronhadas e amarraram seu filho mais novo, a neta e funcionários que estavam no local no momento da invasão. Os criminosos permaneceram na casa por tempo prolongado, reviraram cômodos em busca de objetos de valor e mantiveram todos sob ameaça constante.

Os bandidos fugiram levando dois veículos, além de obras de arte e diversos bens de valor da residência. Apesar do uso de violência física e do prolongado sequestro dentro do imóvel, não houve feridos graves, mas o impacto emocional sobre os reféns é considerado severo.

A ocorrência foi confirmada por Silvinho Filho, que utilizou as redes sociais para informar o público e tranquilizar amigos e familiares. Em vídeo publicado pouco após o incidente, ele relatou que todos os reféns foram libertos e estão em segurança, embora visivelmente abalados.


Silvinho Peccioli ex-prefeito de Santana de Parnaíba (Foto: reprodução/Instagram/@silvinhopeccioli)

Filho do ex-prefeito põem vídeo nas redes sociais

“Muito triste o que está acontecendo. Dentro do possível, está todo mundo bem, tirando o dano psicológico, e é isso, vou dando mais notícias para vocês” disse.

A Polícia Civil já iniciou as investigações. Equipes da perícia estiveram no local para colher evidências e imagens de câmeras de segurança da região estão sendo analisadas na tentativa de identificar os suspeitos. A residência do ex-prefeito conta com sistema de vigilância, o que pode auxiliar no trabalho das autoridades.

Silvinho Peccioli foi prefeito de Santana de Parnaíba por três mandatos e é uma figura pública de destaque na região. O caso reacende o debate sobre a escalada da violência, mesmo em bairros considerados nobres, e levanta questionamentos sobre a segurança de ex-agentes públicos e suas famílias.

A investigação segue em andamento, e até o momento, ninguém foi preso

Israel enfrenta pressão dos EUA para maior ajuda humanitária em Gaza

No último domingo (7), mais de 300 caminhões de auxílio humanitário entraram no enclave palestino. A Casa Branca elogiou, mas afirmou que seriam necessários, pelo menos, 350 caminhões por dia, enquanto durarem as negociações pelo cessar-fogo e pela libertação dos reféns.

Processo de negociação

John Kirby, porta-voz da Casa Branca, disse que o diretor da CIA, William Burns, esteve no Cairo no último final de semana com o objetivo de focar em negociações para libertar os reféns que estão mantidos em Gaza pelo grupo palestino Hamas.

 “Deveria ser óbvio, apenas pela quantidade de diplomacia que estamos fazendo e que nossos correspondentes estão fazendo, que estamos levando isso muito, muito a sério. E realmente queremos chegar um acordo sobre os reféns o mais rápido possível”.

John Kirby

Palavras ditas por Kirby ao ser questionado pelos repórteres se haveria motivo para otimismo sobre um possível acordo pelos reféns.

O saldo desse embate, até agora, são 1.200 pessoas mortas em um massacre no sul de Israel, em 7 de outubro pelo Hamas, de acordo com informações israelenses; e mais de 33.000 palestinos mortos pelo contra-ataque de Israel, segundo informações do Ministério da Saúde de Gaza, governada pelo Hamas.


Palestinos evacuam área após ataque aéreo israelense, em outubro de 2023 (Foto: reprodução/Mahmud Hams/AFP/Getty Images embed)


Israel dá resposta à Casa Branca

Atendendo ao apelo dos EUA, Israel enviou nesta segunda-feira (8), 419 caminhões de ajuda humanitária. Segundo as Forças de Defesa de Israel, é a maior entrega de auxílio em um único dia, desde 7 de outubro do ano passado, quando iniciou o conflito.

Antes disso, entre 450 e 500 caminhões com suprimentos entravam em Gaza diariamente. O PAM (Programa Alimentar Mundial) disse que 88% da população em Gaza está em estado de emergência pela insegurança alimentar, e é iminente a fome no norte da Faixa.

Israel oferece dinheiro a palestinos em troca de informações sobre reféns

As autoridades de Israel, através de mensagens de texto, estão oferecendo dinheiro a palestinos na Faixa de Gaza em troca de informações sobre reféns e sequestradores, segundo informações da CNN.

Um jornalista do canal de notícias recebeu uma mensagem em que as Forças de Defesa de Israel (FDI) pediam por “informações confiáveis sobre os sequestrados ou seus sequestradores”.

“Você quer acabar com a guerra? Se você tiver informações confiáveis sobre os sequestrados ou seus sequestradores, não hesite em nos contatar e você poderá receber uma valiosa recompensa em dinheiro”, dizia o texto, que vinha acompanhado de dois números de telefone e um link para um site com fotos e informações dos reféns israelenses.

Cerca de 33 reféns estão mortos


Israel realiza homenagens aos israelenses mortos durante a guerra. (Foto: Reprodução/EFE/Manuel Bruque).


No início do conflito entre Israel e Hamas, em 07 de outubro, o grupo extremista sequestrou mais de 240 pessoas no território de Israel. Já em novembro, após um acordo, cerca de 105 reféns foram liberados em troca da libertação de prisioneiros palestinos.

Estima-se que o Hamas ainda mantenha 130 reféns na Faixa de Gaza e, de acordo com autoridades israelenses, 33 destes estão mortos.

Em uma entrevista recente à BBC, o jovem Itay Regev, de 19 anos, que foi sequestrado pelo grupo extremista durante um festival de música no dia do ataque à Israel, fez um apelo sobre a necessidade de “devolver os reféns a qualquer custo.”

De acordo com Regev, as condições do cativeiro em Gaza são “horríveis” e os sequestradores são “muito, muito cruéis”. Para o jovem,tanto o governo de Israel, como a comunidade internacional deve “fazer tudo” para recuperar os sequestrados.

“Tenho certeza de que se alguém tivesse seu filho sequestrado, eles realmente não se importariam com o preço que precisava ser pago. Precisamos devolver os reféns a qualquer custo”, declarou Itav Regev.

Hamas apresenta proposta de cessar-fogo

Em 15 de março, de acordo com informações da agência Reuters, o Hamas apresentou uma nova proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que, para Israel, contém “exigências irrealistas”.

No acordo mediado pelo Egito e pelo Qatar, o grupo extremista garante a libertação de reféns israelenses – incluindo, em um primeiro momento, somente mulheres, crianças, idosos e doentes – em troca da liberdade de 700 a mil prisioneiros palestinos.

O texto apresentado pelo Hamas também inclui o envio de ajuda humanitária aos palestinos, além de um cessar-fogo permanente em Gaza e a retirada das forças armadas israelenses do território. Essas ações, no entanto, ganhariam uma data de cumprimento somente após a troca de reféns.