Polônia reforça defesa aérea após ataques na fronteira

A Polônia mobilizou aeronaves para proteger o seu espaço aéreo nesta quarta-feira (09), essa mobilização do Comando Operacional das Forças Armadas veio após uma série de ataques da Rússia contra a parte oeste da Ucrânia, que fica perto da fronteira com a Polônia.

Os ataques contra a Ucrânia

Na madrugada do dia 09, às 2h15 pelo horário local, a Ucrânia estava sofrendo uma série de ataques da Rússia por mísseis e drones, ficando sob alerta por 3 horas. 

Os ataques russos intensificaram-se nas últimas semanas, sendo a maior ofensiva desde o começo da guerra em fevereiro de 2022, há 3 anos. Além dos espaços aéreos, a Rússia também está fazendo uma grande operação rural, perto das regiões de Pokrovsk e Kostiantynivka – pontos esses escolhidos de forma estratégica, as duas cidades conectam centros urbanos maiores à linha de frente em áreas controladas pela Ucrânia.

Avanços Russos

A série de ataques promovidos pela Rússia aumentou nas últimas semanas, em consequência do aumento do uso de drones e mísseis. A capital ucraniana de Kiev e demais regiões foram afetadas. 


Por conta dos ataques, muitos ucranianos tiveram que procurar abrigo para se protegerem (Foto: reprodução/Alina Smutko/Reuters).

A Rússia conquistou novas regiões no território ucraniano, como Luhansk, que fica no leste do país. É a primeira vez desde a anexação da Crimeia em 2024, que uma parte do território ucraniano é totalmente tomada pelos russos. Em 2022, Vladimir Putin havia anunciado que essa região e outras estavam sendo anexadas como território russo, algo que foi declarado como ilegal por estados da Europa Ocidental, na época.

Essa ofensiva por parte da Rússia veio após sinais de enfraquecimento do apoio dos Estados Unidos, após tentativas frustradas de Donald Trump para a finalização do conflito, onde tentou negociar o fim do conflito com o presidente russo Vladimir Putin. O mesmo comportamento foi adotado por Trump na guerra entre Irã e Israel nas últimas semanas. 

Trump volta a criticar Putin e admite punições mais duras contra Rússia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (8) que está cada vez mais insatisfeito com a postura do presidente da Rússia, Vladimir Putin, em relação à guerra na Ucrânia. Segundo Trump, Moscou tem responsabilidade direta pelas mortes que continuam acontecendo na linha de frente do conflito.

Diante do cenário, Trump revelou que está considerando novas sanções contra a Rússia como forma de intensificar a pressão por uma solução diplomática. O republicano ressaltou que o prolongamento da guerra é inaceitável e disse que os Estados Unidos querem ver avanços nas negociações de paz.

Conversas estagnadas entre Rússia e Ucrânia

Apesar da retomada de encontros presenciais entre autoridades russas e ucranianas neste ano, as conversas não avançaram em pontos decisivos. Até o momento, o único acordo firmado entre os países envolve a troca de prisioneiros de guerra.

Trump reforçou o apelo para que ambas as partes busquem um caminho político que leve ao fim da guerra. Para ele, a continuidade do conflito ameaça a estabilidade internacional e cobra um custo humano altíssimo.

“É preciso mais seriedade e boa vontade. Não podemos seguir nesse caminho indefinidamente”, declarou.

A Casa Branca segue pressionando por mediação internacional, mas admite que as divergências entre os dois lados ainda são profundas.


Trump declarou estar insatisfeito com Vladimir Putin (Vídeo: reprodução/Instagram/@conexaoanapolina)


Presidente dos EUA eleva o tom contra o Kremlin

“Não estou satisfeito com Putin. Posso dizer isso agora, porque ele está matando muita gente, e muitos dos mortos são soldados do próprio país dele”, afirmou o presidente durante uma reunião com integrantes do governo na Casa Branca. Ele ainda criticou o comportamento ambíguo do líder russo, dizendo que escuta muitas promessas vazias do Kremlin, mas que no fim das contas elas não fazem diferença.

Nos últimos meses, a Casa Branca intensificou a pressão por mediação internacional, embora reconheça as divergências profundas entre Rússia e Ucrânia. Trump reforça que o prolongamento do conflito é inaceitável e pede seriedade para buscar uma solução diplomática. O cenário atual mantém os Estados Unidos atentos a possíveis novas medidas contra Moscou.

Ataque russo danifica hospital na Ucrânia

Após investida russa que danificou prédio hospitalar na Ucrânia, o número de feridos chega a nove pessoas, na cidade de Kherson, no sul da Ucrânia. Segundo autoridades, o ataque ocorreu na noite de terça-feira (1).

O ataque de artilharia russo, ao danificar seriamente um prédio hospitalar, feriu cinco pacientes, um médico e três enfermeiros. As informações foram transmitidas pelo governador regional, Oleksandr Prokudin.


Ataque, domingo (29), da Rússia em cidades da Ucrânia com mísseis e drones, ocasionando morte de civis (Foto: reprodução/Instagram/@cnnbrasil)


Controle russo

As tropas russas controlam a margem oposta do rio Dnipro, Kherkson – é a maior cidade ucraniana no alcance da artilharia russa e de drones de combate. Por conta disso, a cidade recebeu o título de mais perigosa da Ucrânia.

Moscou vem intensificando seus ataques nas últimas semanas pelo ar nas cidades da Ucrânia com o lançamento de mísseis e centenas de drones de forma simultânea durante as noites, o que vem causando danos generalizados, o que faz ocorrer o aumento no número de vítimas civis.


Diante de ataques russos, Kiev está preocupada diante da suspensão dos EUA de envio de alguns mísseis por conta de seu baixo estoque (Foto: reprodução/Instagram/@zelenskyy_official)


Resumo da guerra

Rússia e Ucrânia estão em guerra desde 2022. Na ocasião, a Rússia invadiu o território ucraniano em larga escala. Os conflitos prosseguem sem que haja uma previsão de término, ainda que rodadas de negociações venham ocorrendo. Em junho, houve troca de corpos de militares mortos nos conflitos. Contudo, a guerra segue com violência e mortes de civis de ambos os lados.

Em meio aos constantes ataques da Rússia à Ucrânia, EUA decidem cessar o envio de alguns mísseis e armamentos para a Ucrânia por motivo de baixo estoque em seu arsenal. Tal decisão causa preocupação em Kiev. Para Moscou, tal decisão pode acelerar o fim da guerra. Porém, os ucranianos acreditam que essa pausa possa “incentivar” os russos.

Coreia do Norte pode enviar forças militares na Ucrânia em apoio a Rússia, dizem autoridades da Coréia do Sul

A Coreia do Norte estaria sendo acusado por autoridades sul-coreanos de considerar enviar tropas militares em direção a Rússia, para ajudar em uma invasão de larga escala na Ucrânia. As informações foram veiculadas por autoridades parlamentares de Seul, incluindo também relatos de que militares norte-coreanos estariam dando suporte bélico para o ataque russo.

Denúncia sul-coreana

Segundo Lee Seong-kweun, o NIS (Serviço Nacional de Inteligência) acredita que forças russas estariam planejando realizar um ataque em larga escala contra o território ucraniano. A guerra da Ucrânia tem se alastrado desde o ano de 2021, sendo um dos maiores conflitos em solo europeu pós-segunda guerra mundial e consequentemente o maior deste século atual.


Coreia do Norte considera envio de tropas na Ucrânia (Foto: reprodução/X/wartransleted)

Com pretensão de obter apoio para o lançamento de satélites e também assessoria técnica para o lançamento de mais misseis do programa militar norte-coreano, Pyongyang ainda estaria enviando munição e artilharia balística para a manutenção da guerra para o lado russo. A Coreia do Norte ainda não havia se pronunciado oficialmente após a as acusações da Coreia do Sul, mostrando os fatos reais ainda neste mês de junho.

Pacto Militar

Depois de meses de silêncio, a Coreia do Norte e a Rússia confirmaram o envio de soldados norte-coreanos e seu envolvimento na ofensiva de Moscou contra a Ucrânia para reconquistar a área de Kursk. As duas nações declararam que a colaboração se fundamenta no acordo assinado pelos seus líderes em junho do ano anterior, o qual contempla um tratado de defesa conjunta.

As animosidades das duas nações do leste europeu, estariam indo além da fronteiras russo-ucranianas. Kim Jong-un, líder supremo da Coreia do Norte estreitou seu laços com o presidente russo, Vladmir Putin. O chefe de Estado norte-coreano, deixou claro ainda recentemente que apoiara a aliada Rússia frente a todos os conflitos que o pais euroasiático tem enfrentado desde sua decisão de invasão a vizinha Ucrânia.

Irã solicita apoio da Rússia após bombardeios liderados pelos EUA

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, enviou seu ministro das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, a Moscou nesta segunda-feira (23), buscando reforço político e militar do Kremlin. A iniciativa ocorre após A medida foi tomada após os Estados Unidos conduzirem sua mais intensa operação militar contra a República Islâmica desde a revolução de 1979. Segundo fontes iranianas citadas pela Reuters, Khamenei pretende obter maior comprometimento da Rússia diante das ameaças crescentes por parte dos EUA e de Israel.

Preocupações com mudança de regime

A ação diplomática evidencia o aumento das tensões no Oriente Médio. Pronunciamentos de Donald Trump e de líderes israelenses sobre uma possível eliminação de Khamenei e substituição do regime ampliaram a inquietação entre aliados. “O país não ficou impressionado com o apoio da Rússia até o momento”, afirmaram fontes ouvidas pela Reuters, que também disseram esperar ações mais concretas do Kremlin contra a pressão ocidental.

Apesar de manter relações próximas com Teerã, a Rússia tem demonstrado moderação. Com seu exército envolvido na guerra na Ucrânia, Putin resiste a qualquer confronto direto com Washington. O governo russo confirmou a recepção do chanceler iraniano, mas não revelou detalhes sobre os assuntos discutidos. Em entrevista à agência TASS, Araqchi afirmou que os dois países estavam “coordenando posições sobre a atual escalada no Oriente Médio”, sugerindo alinhamento tático, mas não necessariamente militar.


Pronunciamento de Donald Trump sobre ataques dos Eua (Vídeo: reprodução/YouTube/@bandjornalismo)


Mediação e interesses nucleares

Putin já se ofereceu em outras ocasiões para mediar as tensões entre Teerã e Washington, propondo alternativas diplomáticas para garantir o acesso iraniano à energia nuclear civil. Conforme afirmou o presidente da Rússia, Israel garantiu a segurança dos especialistas russos envolvidos na construção de novos reatores em Bushehr. No entanto, o acordo de cooperação estratégica firmado no início do ano entre os dois países não prevê compromissos de defesa recíproca, o que reduz sua eficácia prática.

Em território russo, determinados grupos têm cobrado que o país adote uma atitude mais alinhada à dos Estados Unidos no caso ucraniano, oferecendo ao Irã armamentos, equipamentos de defesa aérea e suporte via satélite. No âmbito internacional, Rússia, China e Paquistão apresentaram uma proposta no Conselho de Segurança da ONU para um cessar-fogo imediato na região. Durante a sessão, o embaixador russo Vassily Nebenzia criticou os Estados Unidos: “Mais uma vez, somos solicitados a acreditar nos contos de fadas dos Estados Unidos”, declarou.


Putin se manifestou por meio de suas redes sociais (Foto: reprodução/x/@darthputinkgb)


Histórico de desconfiança e interesses mútuos

Apesar de manterem colaborações ocasionais, os laços entre Irã e Rússia são permeados por interesses divergentes e uma dose considerável de desconfiança. A compra de armamentos iranianos por Moscou e a assinatura de acordos bilaterais reforçam uma parceria pragmática, mas não necessariamente sólida. Enquanto o Irã pressiona por um engajamento mais firme, Moscou pondera com cautela os possíveis custos diplomáticos e militares de tal envolvimento. Diante de um cenário instável, ambos os países buscam garantir espaço de influência sem comprometer sua segurança nacional.

Putin está apreensivo com panorama que pode desencadear 3ª Guerra Mundial

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu estar preocupado com a escalada dos conflitos no Oriente Médio, que podem apontar para a 3ª Guerra Mundial. Putin fez a declaração durante o Fórum Econômico Internacional de São Petesburgo (SPIEF), nesta sexta-feira (20). 

Durante o evento, o líder russo falou sobre a guerra com a Ucrânia, desde fevereiro de 2022, e sobre o conflito do momento entre Israel e Irã, que é aliado da Rússia na guerra contra a Ucrânia. 


Fala do presidente russo expõe preocupações com a escalada do conflito entre Israel e Irã (Vídeo: reprodução/X/@sputinik_brasil)

O governante russo teceu comentários sobre os ataques em torno das instalações nucleares iranianas, onde especialistas da Rússia estão construindo dois novos reatores para Teerã. 

É preocupante. Estou falando sem ironia, sem brincadeira.

Vladimir Putin

O líder ressaltou que há um “grande e crescente potencial de conflito” no Oriente Médio, que pode escalar ainda mais no cenário internacional, diante dos olhos de todo o mundo. “E isso exige, é claro, não apenas nossa atenção cuidadosa aos eventos que estão ocorrendo, mas também a busca de soluções, de preferência por meios pacíficos, em todas as direções”, afirmou o russo. 

Putin mediador

O presidente russo se ofereceu para servir de mediador no conflito entre Israel e Irã, o que não causa surpresa. A oferta incomodou o presidente norte-americano Donald Trump.


Líderes mundiais pedem por uma mediação para que a situação entre Israel e Irã não se agrave (Vídeo: reprodução/YouTube/Record News)

Em 2025, Rússia e Irã assinaram um pacto de cooperação mútua de longo prazo, que inclui coordenação político-militar, apoio em fóruns internacionais e possíveis pactos de defesa mútua, segundo alguns analistas. 

O acordo não deixa claro se o Kremlin deve fornecer armamento ou contribuir na produção bélica iraniana. No entanto, caso o conflito no Oriente Médio se amplie, é possível que a Rússia ajude o governo do Irã. 

Rússia x Ucrânia

Putin lidera a invasão das tropas russas na Ucrânia em uma guerra que já dura três anos.

Devido aos atritos com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), composta por países da União Europeia, Estados Unidos e Reino Unido, existe o receio de que a guerra atinja mais regiões além das fronteiras ucranianas. 

O czar russo ameaçou novamente a Ucrânia e sinalizou que existe a possibilidade de tomar novos territórios, como a cidade de Sumy, ao nordeste do país. Putin declarou que os povos russo e ucraniano são um só e que “não busca a rendição do rival”, mas o reconhecimento de 20% do território ucraniano que as tropas da Rússia agora ocupam. 

A Ucrânia é nossa.

Vladimir Putin

O presidente russo justificou a invasão da Ucrânia como uma resposta aos constantes bombardeios ucranianos nas áreas de fronteira, por acreditar que os ucranianos representam uma ameaça para a Rússia. 

Em 2021, o chefe do Kremlin publicou um ensaio em que defende a inexistência da Ucrânia como um país soberano. Contudo, Putin disse nesta sexta que nunca questionou o direito do povo ucraniano a soberania da Ucrânia. Em contrapartida, pontuou que, quando o país declarou sua independência em 1991, era um “Estado neutro”

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky rejeita a ideia de que russos e ucranianos são um só povo. Kiev, com o apoio de aliados do Ocidente, classifica como ilegal a pretensão de Moscou sobre a Crimeia e outras quatro regiões do território ucraniano.

Após acordo com a Rússia, Ucrânia consegue recuperar mais de 1.200 corpos de soldados

Nesta quarta-feira (11), órgão oficial ucraniano informou que ocorreu troca de prisioneiros de guerra com a Rússia. A informação é de que a Ucrânia levou para o país os corpos de 1.212 militares na guerra com a Rússia. Por meio de mensagens no aplicativo Telegram, a coordenação da troca de prisioneiros informou que foram repatriados os corpos de 1.212 mortos da Defensoria Pública, para a Ucrânia.

De acordo com o assessor do Kremlin e, Moscou, Vladimir Medinsky, a Ucrânia reconduziu, por sua vez, 27 corpos de soldados russos.


Apesar da troca de corpos entre Ucrânia e Rússia, a guerra continua entre os dois países (Foto: reprodução/Instagram/@cnnpolitica)


Procedimento para a troca de corpos

Ainda que a entrega dos corpos tenha ocorrido em um local não revelado, fotos foram divulgadas pela organização de funcionários do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). Utilizaram-se vários caminhões refrigerados para transportar os corpos. Feita a transferência, cabe agora aos peritos forenses identificarem cada um deles.

Na semana passada, firmou-se um acordo entre Kiev e Moscou em sua última rodada de negociações para que houvesse uma troca de corpos em larga escala.


Presidente russo, Vladimir Putin sobe o tom e ameaça Ucrânia apesar de troca recente por corpos de militares envolvidos na guerra (Foto: reprodução/Instagram/@portalg1)


A guerra continua

Apesar de ter ocorrido a troca de corpos entre os dois países, a guerra continua. em uma ofensiva que teve a utilização de 17 drones, tendo durado nove minutos, a Rússia atacou a cidade de Kharkiv. No ataque, segundo o prefeito, morreram duas pessoas e constam 57 feridos. Entre os feridos há 7 crianças. O ataque ocorreu nesta quarta-feira (11). 15 apartamentos de um prédio residencial foi atingido devido ao ataque maciço dos drones, fazendo com que ocorressem incêndios.

De acordo com o Exército ucraniano, a Rússia utilizou um total de 85 drones. O ataque ocorreu na madrugada, tendo como alvo diversas regiões do país. Ainda segundo o Exército ucraniano, foram abatidos 50 drones russos.

Rússia causa o maior ataque de drones à Ucrânia

Na madrugada desta terça-feira (10), a Rússia lançou o maior ataque de drones, até então, à Ucrânia. Foram utilizados ao todo 315 drones no bombardeio da capital Kiev. Os ataques danificaram vários prédios e estruturas, especialmente uma maternidade. O presidente Volodymyr Zelensky afirmou que esse foi o maior ataque à Ucrânia e que a força militar russa supera qualquer esforço para acabar com a guerra.

O ataque russo

A Rússia lançou, na madrugada desta terça-feira (10), um ataque de drones à capital da Ucrânia, Kiev, que foi considerado o maior até o momento. Foram usados 315 drones no ataque que destruiu vários edifícios e estabelecimentos da capital. Segundo o chefe da administração militar de Kiev, Tymur Tkachenko, sete distritos da cidade foram afetados, sendo que vários prédios, casas, armazéns e carros foram explodidos e incendiados. Ele afirmou que foi uma noite difícil para o povo ucraniano.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez posts em seu X (antigo Twitter), relatando os ataques russos que incidiram sobre Kiev. Ele afirmou como os esforços para resolver a guerra e manter a paz são ínfimas, perto da intensidade da opressão russa.


Post de Volodymyr Zelensky sobre os ataque de drones russos (Foto: reprodução/X/@ZelenskyyUa)

Na cidade de Odessa, os ataques foram bastante intensos. De acordo com o Ministério Público da região, pelo menos dois homens morreram e outros nove ficaram feridos. O ataque à cidade causou destruição em vários locais, como uma maternidade.

Relatos do ataque

O bombardeio à Ucrânia gerou relatos de vítimas que estavam presentes na região. Uma mulher, que se identificou apenas como Violeta, que é uma moradora de Odessa, relatou como a noite que passou foi terrível.

Minha garagem com meu carro está destruída… Passamos por momentos terríveis. Graças a Deus não me machuquei. Ouvi a sirene a tempo e corri para o corredor para me esconder. Foi bem a tempo, porque o teto do meu apartamento desabou. Ouvi outras explosões em Odessa, mas nada se compara a esta, é tão perto. Meu vizinho, um menino, ficou ferido, teve o ombro cortado por estilhaços de vidro, e ontem à noite o levaram para receber pontos.”, declarou Violeta.


Prédio ucraniano devastado após ataque da Rússia (Foto: reprodução/Ukrinform/NurPhoto/Getty Images Embed)


Outra mulher, chamada Lyudmila contou como foi a situação, tudo que viu e ouviu. Ela descreveu como foram assustadores os barulhos e os drones passando por toda a região. Ela declarou, também, que essa é a primeira vez em quatro anos que foram atingidos.

Zelensky espera retomada da troca de prisioneiros, enquanto Rússia acusa Ucrânia de atrasos

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse em um vídeo neste domingo (8), que espera que a troca de prisioneiros com a Rússia continue. A troca tinha parado devido a acusações de ataques dos dois lados.

Falas do presidente ucraniano

“Conversei hoje e ontem com o ministro da Defesa Umerov, com o chefe da HUR Budanov, com o chefe do SBU Maliuk, e a Ucrânia continua a fazer tudo o que for possível para que a libertação de nossos prisioneiros de guerra e a repatriação dos corpos dos nossos soldados caídos ocorram”, afirmou o presidente ucraniano.

Zelensky disse que as listas completas da Rússia, acordadas em Istambul, ainda não foram entregues à Ucrânia. Segundo ele, o lado russo, como de costume, está tentando fazer jogos políticos e espalhar desinformação, mesmo em questões tão sensíveis como essa.

O líder da Ucrânia afirmou que acredita na continuidade das trocas de prisioneiros e pediu que a população fique atenta aos alertas de ataques aéreos nos próximos dias, reforçando a importância de se manterem em segurança.


Matéria sobre a Turquia organizar encontro com líderes da Rússia e Ucrânia (Vídeo: reprodução/X/@CNNBrasil)

Rússia diz que troca está parada

O assessor do governo russo, Vladimir Medinsky, disse que a Ucrânia adiou de surpresa a troca de prisioneiros e a devolução dos corpos dos soldados mortos, sem dizer por quanto tempo. A Ucrânia, por sua vez, pediu que a Rússia volte a agir de forma séria.

O Ministério da Defesa da Rússia explicou que espera que as autoridades ucranianas logo tomem as decisões necessárias para a troca de prisioneiros e a devolução dos corpos dos soldados mortos.

O ministério disse que, até agora, Kiev não autorizou as ações humanitárias. Os representantes da Ucrânia não foram ao local da reunião, e o motivo do atraso ainda é desconhecido.

Ucrânia e Rússia se encontraram em Istambul na segunda-feira (2), para a segunda rodada de negociações de paz. Na reunião, decidiram trocar mais prisioneiros, dando prioridade aos mais jovens e feridos graves, e devolver os corpos dos soldados mortos.

“Não haverá paz imediata”, diz Trump após telefonema com Putin

Nesta quarta-feira (4), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou que conversou por telefone com Vladimir Putin sobre os ataques ucranianos contra bases russas. Em postagem na Truth Social, o presidente americano afirmou que ambos mantiveram um diálogo diplomático, mas “não uma conversa que levará à paz imediata na Ucrânia”.

Segundo Trump, a ligação durou 15 minutos e o líder russo está decidido a reagir aos ataques que destruíram pelo menos 40 aviões russos. Ainda durante a conversa, ele demonstrou preocupação com o armamento nuclear do Irã e pressionou Putin para que interceda pelo fim do enriquecimento de urânio.

O presidente Putin disse, e muito fortemente, que terá que responder ao recente ataque aos aeródromos. Também discutimos o Irã e o fato de que o tempo está se esgotando na decisão do Irã sobre armas nucleares, que deve ser tomada rapidamente! Declarei ao presidente Putin que o Irã não pode ter uma arma nuclear e, sobre isso, acredito que estávamos em acordo”, escreveu Trump em sua rede social.


Donald Trump fala sobre a conversa com Vladimir Putin (Foto: reprodução/X/@Geopoliticabra2)

Putin endurece discurso

Vladimir Putin afirmou também nesta quarta-feira (4) que a Ucrânia realizou ataques contra pontes nas regiões de Bryansk e Kursk durante o fim de semana, e classificou as ofensivas como atos de terrorismo. As explosões derrubaram as estruturas, mataram sete pessoas e deixaram 115 feridos.

Segundo ele, os ataques atingiram civis e tinham o objetivo de prejudicar as negociações de paz. O Kremlin reforçou que responderá à ofensiva ucraniana e acusou Kiev de intensificar as hostilidades. Além disso, o presidente russo afirmou que os ucranianos pediram uma reunião de cúpula entre líderes. Entretanto, questionou como esse encontro poderia ocorrer diante das atuais circunstâncias de terro


Encontro de representantes da Rússia e Ucrânia, em Istambul, Turquia (Foto: reprodução/X/@HakanFidan)

Acordo de troca de prisioneiros

Anteriormente, em reunião realizada na Turquia, as partes chegaram a um acordo para a troca de todos os prisioneiros com até 25 anos, além dos doentes e gravemente feridos. O trato também prevê a devolução dos corpos de soldados mantidos por ambos os lados.

Enquanto isso, a Rússia apresentou sua proposta de paz, que exige a anexação definitiva de 20% do território ucraniano, incluindo as regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson, Zaporíjia e a Península da Crimeia ao território russo. A retirada imediata das tropas desses territórios. Além da remoção das sanções impostas à Rússia pelo Ocidente e descongelamento de ativos russos bloqueados no exterior.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, classificou a proposta como um “ultimato com condições inviáveis” e sugeriu um cessar-fogo temporário, até que se encontre uma solução definitiva para o conflito.