Metanol: riscos, diferenças químicas e impactos à saúde

O metanol é um tipo de álcool semelhante ao etanol, presente nas bebidas alcoólicas comuns, mas com estrutura química distinta e efeitos devastadores. Enquanto o etanol possui dois átomos de carbono, o metanol tem apenas um, o que altera completamente a forma como o corpo humano o metaboliza. Esse detalhe torna a substância extremamente tóxica e insegura para consumo humano, ainda que seja incolor, inflamável e com odor parecido ao do álcool etílico.

Casos recentes de intoxicação

No Brasil, episódios recentes de envenenamento por metanol chamaram a atenção, resultando em mortes e sequelas graves. Situações semelhantes foram registradas em outros países, como no Laos, onde turistas australianas e europeus perderam a vida após consumir bebidas adulteradas. Esses casos reforçam a gravidade do risco, já que pequenas quantidades podem causar danos irreversíveis. O envenenamento não é tão raro e está frequentemente ligado à adulteração deliberada de bebidas.

O etanol, ao ser metabolizado, gera acetato, substância utilizada pelo corpo para produzir energia. Já o metanol se transforma primeiro em formaldeído e depois em ácido fórmico, altamente nocivo. Esse ácido envenena as mitocôndrias, responsáveis pela energia das células, levando a complicações como acidose metabólica. Entre os sintomas estão náuseas, dor abdominal, perda de consciência e até falência respiratória. A retina, altamente sensível, pode ser afetada, resultando em cegueira permanente.

Apesar da gravidade, a morte não é inevitável quando a ingestão é pequena e o atendimento é rápido. O tratamento inclui suporte intensivo, como ventilação mecânica, e pode envolver medicamentos como o fomepizol, que bloqueia a formação do ácido tóxico. Em casos mais severos, a diálise é empregada para remover o metanol e seus metabólitos do organismo. No entanto, mesmo com intervenção médica, sequelas visuais graves ainda podem ocorrer.


Casos de intoxicação por Metanol (Vídeo: reprodução/YouTube/@uol)


Presença em bebidas adulteradas

O metanol pode estar presente em bebidas destiladas ou fermentadas de maneira inadequada. Em alguns casos, é adicionado ilegalmente para aumentar o teor alcoólico, tornando-se ainda mais perigoso. Métodos tradicionais de produção de cervejas e vinhos de frutas também podem gerar quantidades tóxicas, dependendo dos ingredientes e processos. Autoridades de saúde recomendam cautela ao consumir bebidas artesanais em regiões onde a fiscalização é frágil.

Para reduzir riscos, especialistas sugerem consumir apenas bebidas de estabelecimentos confiáveis e evitar produtos de origem caseira ou duvidosa. O governo australiano, por exemplo, alerta turistas a preferirem marcas conhecidas e a manterem cuidado especial com coquetéis preparados em locais não licenciados. A prática de experimentar bebidas locais pode parecer atraente, mas envolve riscos reais quando há possibilidade de contaminação com metanol.


Recomendação do Ministério da Justiça busca minimizar os casos (Vídeo: reprodução/YouTube/@cnnbrasil)


Os casos de intoxicação revelam um problema global que ultrapassa fronteiras. De tragédias no sudeste asiático a episódios recentes no Brasil, o consumo acidental de metanol continua a representar ameaça significativa. O desafio está tanto na fiscalização da produção quanto na conscientização dos consumidores. Mais do que nunca, a informação é essencial para prevenir novas vítimas e reforçar que, ao contrário do etanol, o metanol não deve jamais ser ingerido.

Senado autoriza venda de medicamentos em supermercados

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou nesta quarta-feira (17) o projeto de lei que autoriza a instalação de farmácias em supermercados. De autoria do senador Humberto Costa (PT-PE), o projeto foi aprovado em caráter terminativo, ou seja, não precisa passar pelo plenário do Senado, a menos que haja recurso de, no mínimo, nove senadores para que isso ocorra. Caso não haja esse pedido, o texto segue diretamente para a Câmara dos Deputados.

A proposta foi apresentada como substitutivo ao Projeto de Lei 2.158/2023, do senador Efraim Filho (União-PB), e modifica pontos importantes da legislação atual sobre o comércio de medicamentos.

O que muda com o projeto?

O texto altera a Lei nº 5.991/1973, que trata do controle sanitário de medicamentos e outros produtos farmacêuticos. A versão original previa que medicamentos isentos de prescrição médica poderiam ser comercializados diretamente nas prateleiras dos supermercados, com acompanhamento de farmacêuticos. No entanto, após três audiências públicas, o relator Humberto Costa reformulou o texto.


Prateleiras com medicamentos (Foto: reprodução/ Bloomberg /getty images embed)


Agora, a proposta permite a instalação de drogarias completas dentro de supermercados, em espaços separados, respeitando todas as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A mudança foi considerada mais segura e tecnicamente adequada pelo relator, pois busca equilibrar o aumento do acesso da população aos medicamentos com a proteção à saúde pública.

Embora a proposta amplie a conveniência para o consumidor, é importante lembrar que a automedicação pode causar intoxicações e agravar quadros clínicos, mesmo com o uso de medicamentos comuns, como analgésicos e anti-inflamatórios, alertou Costa.

Como funcionará a medida na prática?

O texto aprovado determina que:

  • A farmácia instalada dentro do supermercado deve ser fisicamente separada das demais áreas do estabelecimento.
  • Deve haver presença de um farmacêutico durante todo o horário de funcionamento da drogaria.
  • A venda de medicamentos será restrita à área da farmácia, sendo proibida a exposição de remédios em gôndolas ou bancadas fora desse espaço.
  • Medicamentos sob controle especial deverão ser pagos antes da entrega ou transportados em embalagens lacradas até o caixa.
  • O uso de canais digitais (como aplicativos e sites) será permitido apenas para entrega, desde que respeitadas as normas sanitárias.

Emendas rejeitadas

Durante a análise do projeto, algumas emendas foram rejeitadas. Entre elas, a proposta do senador Eduardo Girão (Novo-CE), que previa a possibilidade de venda de medicamentos sem a presença de um farmacêutico, e a do senador Marcos Pontes (PL-SP), que buscava proibir a comercialização de medicamentos com marcas próprias. Segundo o relator, essa última questão já é regulamentada pela Anvisa e deve ser debatida em um projeto específico.

Internação de Bolsonaro reacende debate sobre pré-síncope

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi novamente internado nesta terça-feira (16), no Hospital DF Star, em Brasília. A hospitalização ocorre menos de 48 horas depois de ter recebido alta do mesmo local, no qual realizou exames de rotina. Desta vez, o quadro que o levou de volta à unidade de saúde foi uma crise de soluços e vômitos, além de um episódio de pré-síncope, como descreveu a equipe médica.

A condição, embora não represente um desmaio completo, gerou preocupação e trouxe à tona a discussão sobre o que exatamente é a pré-síncope e os fatores que a desencadeiam. Também conhecida como quase síncope, a pré-síncope é a sensação iminente de que se vai desmaiar, mas sem a perda total da consciência. É um estado que pode durar de alguns segundos a poucos minutos e que traz consigo uma série de sintomas desconfortáveis e alarmantes.

Sinais e causas da pré-síncope

Entre os sinais mais comuns da pré-síncope, destacam-se a fraqueza repentina, suor frio, náusea ou sensação de estômago embrulhado, e palpitações cardíacas. O paciente também pode relatar dores abdominais e alterações na visão, como o embaçamento ou a percepção de pontos pretos. Tais sintomas, embora variem de intensidade, são indicativos de que algo está afetando o fluxo sanguíneo para o cérebro.


Matéria sobre internamento de Bolsonaro por pré-síncope (Vídeo: reprodução/YouTube/ O POVO)

A principal causa da pré-síncope é a diminuição do fluxo de sangue para o cérebro, um problema frequentemente associado a uma queda abrupta da pressão arterial. As razões para essa queda podem ser diversas, e incluem desde fatores emocionais — como ansiedade ou medo extremo — até condições físicas. A desidratação é uma causa comum, assim como o uso de certos medicamentos para pressão alta. Em alguns casos, problemas cardíacos subjacentes também podem ser a origem do problema.

Grupos de risco e o caso Bolsonaro

É importante notar que existem grupos com maior predisposição para esses episódios. Os principais fatores de risco para a pré-síncope incluem ter pressão alta ou diabetes. Histórico de tabagismo e a ocorrência prévia de episódios semelhantes também aumentam a probabilidade.

A condição é mais comum em mulheres do que em homens, embora possa afetar qualquer pessoa. A internação de Bolsonaro para monitoramento e exames aprofundados é um procedimento padrão, visto que a pré-síncope pode ser um alerta para condições de saúde que exigem atenção médica.

Bolsonaro retira lesões na pele e recebe novos diagnósticos

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi submetido neste domingo (14) a um procedimento no Hospital DF Star, em Brasília, para a retirada de oito lesões na pele, localizadas no tronco e no braço direito. O procedimento contou com anestesia local e sedação e, segundo boletim divulgado, ocorreu sem complicações. As amostras coletadas foram enviadas para análise anatomopatológica, que deve confirmar se alguma das lesões apresenta risco maior para a saúde.

Diagnósticos identificados

Durante a passagem pelo hospital, Bolsonaro também foi submetido a uma série de exames clínicos e laboratoriais. Os resultados apontaram um quadro de anemia por deficiência de ferro, condição que pode provocar fadiga, queda de imunidade e maior vulnerabilidade a infecções. Para corrigir o problema, os médicos optaram pela aplicação de ferro de forma intravenosa, considerada mais eficaz em situações de carência significativa.


Bolsonaro enfrenta problemas de saúde (Foto: reprodução/Arthur Menescal/Getty Images Embed)

Outro ponto de atenção foi identificado nos exames de imagem, que revelaram uma pneumonia residual ligada a um episódio recente de broncoaspiração, quando alimentos ou líquidos entram nas vias respiratórias de forma acidental. Embora a inflamação esteja em fase de recuperação, o caso ainda requer monitoramento para evitar complicações, como infecções pulmonares mais graves. Os especialistas reforçaram a necessidade de cuidados adicionais durante a reabilitação, combinando acompanhamento médico frequente, disciplina no tratamento e atenção a sintomas que possam indicar agravamento.

O boletim médico destacou ainda que o ex-presidente seguirá monitorado quanto a problemas crônicos que já enfrenta, como hipertensão e refluxo gastroesofágico. Todos esses fatores exigem acompanhamento regular e disciplina no tratamento.

Recuperação e próximos passos

Após a intervenção, Bolsonaro recebeu alta no mesmo dia e retornou à prisão domiciliar, onde cumpre decisão judicial desde agosto. O comunicado da equipe médica ressaltou que ele deve manter os cuidados estabelecidos e seguir o tratamento para os diferentes diagnósticos em andamento.

A avaliação definitiva sobre as lesões retiradas depende da análise laboratorial, que irá indicar se há necessidade de novas intervenções. Enquanto isso, o foco permanece na recuperação pós-procedimento e no controle das condições já diagnosticadas, garantindo estabilidade clínica no curto prazo.

Anemia por deficiência de ferro: conheça condição identificada em Jair Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou o hospital neste domingo (14) após passar por um procedimento cirúrgico para retirada de lesões cutâneas. No entanto, o boletim médico também revelou que ele foi diagnosticado com anemia por deficiência de ferro, condição que pode comprometer a saúde e a qualidade de vida se não tratada adequadamente.

O que é a anemia por deficiência de ferro?

A anemia ferropriva é o tipo mais comum de anemia em todo o mundo. Ela ocorre quando o corpo não possui ferro suficiente para produzir glóbulos vermelhos em quantidade e qualidade adequadas. Essas células sanguíneas têm como função principal transportar oxigênio para todas as células do organismo.


Bolsonaro deixando o hospital neste domingo (14) e retornando para a prisão domiciliar (Vídeo: Reprodução/X/@JovemPanNews)

Sem ferro, a produção de hemoglobina — proteína presente nos glóbulos vermelhos que carrega o oxigênio — fica reduzida. Como consequência, o corpo apresenta menor capacidade de oxigenação, o que resulta em sintomas como cansaço extremo, fraqueza e dificuldade de concentração.

Sintomas e sinais de alerta

De acordo com especialistas, os principais sintomas da anemia ferropriva incluem:

  • cansaço excessivo e falta de energia;
  • irritabilidade e desânimo;
  • sensação de coração acelerado ao realizar esforços;
  • pele pálida, principalmente visível nos lábios e nas palmas das mãos;
  • queda de rendimento cognitivo.

A doença pode surgir de forma silenciosa, sendo muitas vezes descoberta apenas em exames de sangue. Quando não tratada, pode comprometer atividades do dia a dia e afetar diretamente a qualidade de vida.

Causas, tratamento e prevenção

A principal causa da anemia ferropriva está ligada a uma alimentação com baixa ingestão de ferro, comum na dieta moderna com alto consumo de alimentos ultraprocessados e pouca diversidade nutricional. Além disso, perdas de sangue, como em úlceras ou menstruação intensa, também podem contribuir para o quadro.

O tratamento geralmente envolve a reposição de ferro, seja por meio de suplementação ou pela adoção de uma dieta rica em alimentos como carnes vermelhas, feijão, lentilha, espinafre e outros vegetais verde-escuros.

A boa notícia é que a condição tem cura completa e após o tratamento, a melhora na disposição e no bem-estar é notável. Especialistas recomendam procurar um médico caso os sintomas persistam, para evitar complicações e garantir a recuperação plena.

Casos de Covid aumentam em alguns estados do Brasil

O levantamento mais recente do InfoGripe, da Fiocruz, registrou crescimento nos diagnósticos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) associados à Covid-19 em quatro estados do país: Rio de Janeiro, Ceará, Amazonas e Paraíba.

Apesar da oscilação, o relatório ressalta que os índices gerais permanecem reduzidos e que o avanço ainda não se refletiu de forma significativa nas internações. Mesmo assim, a publicação reforça a necessidade de que pessoas pertencentes a grupos vulneráveis mantenham o calendário vacinal atualizado.

Síndromes respiratórias aumentaram

Idosos e pessoas com baixa imunidade devem receber a vacina contra a Covid-19 a cada semestre, enquanto os demais grupos considerados vulneráveis, como aqueles com doenças crônicas, precisam atualizar a proteção anualmente. A orientação é destacada por Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Processamento de Dados Científicos da Fiocruz e integrante do Boletim InfoGripe.


Boletim informativo divulgado pela Fiocruz (Vídeo: reprodução/YouTube/Fiocruz)

No Brasil, em 2025, já foram contabilizados 163.956 registros de síndrome respiratória aguda grave. Desse total, 87.741 (53,5%) tiveram confirmação laboratorial para algum vírus respiratório. Entre os resultados, 24,6% correspondem à influenza A, 1,1% à influenza B, 45,1% ao vírus sincicial respiratório (VSR), reconhecido como o principal agente da bronquiolite em crianças, 25,2% ao rinovírus, responsável por resfriados, e 7% ao Sars-CoV-2, causador da Covid-19.

Nas quatro semanas mais recentes, entretanto, a presença do rinovírus avançou para 44,8% dos casos, enquanto a do coronavírus aumentou para 11,5%.

Vacinas contra a Covid

Desde 2024, a imunização contra a Covid-19 passou a integrar o calendário oficial para gestantes, idosos e crianças. Nesses casos, há regras específicas: uma dose em cada gestação, aplicação semestral para pessoas com 60 anos ou mais e esquema primário para crianças de 6 meses a 5 anos, variando conforme o fabricante da vacina.

Grupos considerados prioritários, como indígenas, ribeirinhos, quilombolas, pessoas com doenças crônicas, imunocomprometidos, profissionais de saúde, detentos e população em situação de rua, continuam recebendo reforços: semestrais para os imunossuprimidos e anuais para os demais.

Fora dessas categorias, não há indicação de novas doses para a população em geral.

Faustão recebe alta hospitalar e passa a ter cuidados domiciliares

O apresentador Fausto Silva, recebeu alta do Hospital Albert Einstein em São Paulo, nesta quinta-feira (28), após quase três meses internado. Aos 75 anos, o apresentador passou por dois transplantes no início de agosto e agora continuará a recuperação em casa. Segundo boletim médico divulgado à imprensa, Faustão apresenta bom estado clínico e os órgãos transplantados estão funcionando normalmente. Ele seguirá com uso de imunossupressores e acompanhamento médico frequente.

Quadro de Fausto Silva havia se complicado no inicio do ano

O comunicador estava hospitalizado desde 21 de maio, por conta de uma infecção bacteriana que evoluiu para sepse. Nesse período, foi submetido a tratamentos para controle da infecção, além de reabilitação clínica e nutricional. No dia 13 de agosto, deixou a UTI e passou a se recuperar em um apartamento do hospital. Os transplantes aconteceram em sequência: o fígado foi recebido no dia 6 de agosto, e no dia seguinte foi realizado o transplante do rim, ambos de um doador compatível.

Faustão tem enfrentado sérios problemas de saúde ligados ao coração e aos rins, o que o levou a passar por diferentes transplantes nos últimos anos. Em 2023, o apresentador recebeu um novo coração e, desde então, segue em tratamento contínuo para manter a estabilidade do quadro. Situações como a dele, que envolvem múltiplos transplantes, são raras e bastante delicadas, mas cada melhora é vista como uma conquista importante tanto pelos médicos quanto pela família.

Luciana Cardoso, esposa de Faustão, publicou boletim médico e agradeceu o apoio dos fãs (Foto: Reprodução/X/@JovemPanBH)

Familiares de Faustão se pronunciaram nas redes sociais em apoio

Nesse período de recuperação, o filho de Faustão, João, também comentou sobre os boatos e informações distorcidas que circulam na imprensa e nas redes sociais. Ele se mostrou especialmente incomodado com opiniões de profissionais da saúde que falam sobre o estado do pai sem conhecer de fato o histórico médico. “Compreendo que portais e perfis acabem reproduzindo conteúdos, mas o que me entristece é ver médicos opinando sem base. Isso pode aumentar o sofrimento da família”, afirmou.

Além de João, a esposa do apresentador, Luciana Cardoso, também se pronunciou recentemente. Em suas redes sociais, ela tranquilizou os fãs ao dizer que a recuperação de Faustão segue dentro do esperado. Luciana aproveitou ainda para agradecer o carinho e as mensagens de apoio que o casal vem recebendo, e ressaltou a importância de combater às fake news que surgiram sobre a saúde dele.

Vacina contra herpes-zóster pode reduzir risco de infarto e AVC, aponta estudo internacional

A vacinação contra o herpes-zóster pode oferecer benefícios além da prevenção da doença. A princípio, um estudo apresentado no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia de 2025, em Madri, mostrou que pessoas vacinadas tiveram menor risco de eventos cardiovasculares graves, como ataque cardíaco e acidente vascular cerebral.

Os pesquisadores analisaram 19 estudos e um ensaio clínico. A meta-análise indicou que a vacina recombinante (RZV) reduziu o risco em 18% para adultos a partir de 18 anos. Já a vacina viva atenuada (ZVL) apresentou queda de 16% em pessoas com 50 anos ou mais.

Impacto sobre doenças do coração

De acordo com Charles Williams, diretor médico da GlaxoSmithKline (GSK), os resultados sugerem um papel importante da imunização contra o herpes-zóster. No entanto, ele reforçou que são necessários mais estudos para confirmar se a redução está ligada diretamente à vacina.

Nesse ínterim, o infectologista Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, destacou que mesmo reduções aparentemente pequenas podem salvar muitas vidas. Além disso, Kfouri afirmou que menos casos de infarto e AVC significam queda na mortalidade e menos internações.


Como identificar e agir diante de um infarto (Vídeo: reprodução/YouTube/Qualicorp)

Vacinas e proteção cardiovascular

Ainda assim, essa não é a primeira vez que uma vacina mostra impacto sobre doenças do coração. A Sociedade Europeia de Cardiologia já recomenda a imunização contra a gripe, que reduz em até 60% as infecções respiratórias e em 30% os eventos cardíacos graves.

Kfouri lembra que vírus como o da gripe e o herpes-zóster provocam inflamações generalizadas. Em pessoas com predisposição, isso pode funcionar como gatilho para complicações cardíacas. Por isso, as vacinas podem ser aliadas no mesmo nível que o controle da hipertensão e do colesterol.

Pesquisas ampliam benefícios do imunizante

Outros trabalhos também indicam vantagens da vacinação contra o herpes-zóster além da proteção direta. Em 2024, um estudo publicado na Nature Medicine mostrou que a vacina Shingrix reduziu o risco de demência em até 27% quando comparada a outras vacinas.


Drauzio Varela explica sobre herpes-zóster (Vídeo: reprodução/YouTube/Drauzio Varella)

Segundo Kfouri, as vacinas já mudaram a história da saúde pública ao reduzir a mortalidade infantil e ampliar a expectativa de vida. Agora, também podem reforçar o bem-estar e a longevidade da população mais velha.

O herpes-zóster é causado pela reativação do vírus varicela-zóster, o mesmo da catapora. Estima-se que um em cada três indivíduos desenvolverá a doença ao longo da vida, e suas complicações podem afetar até os vasos sanguíneos, aumentando riscos de derrame.

Damares Alves anuncia diagnóstico de câncer de mama

A senadora Damares Alves, uma figura pública e ex-ministra do governo anterior, revelou recentemente que recebeu um diagnóstico de câncer de mama. A notícia, que ela manteve privada por cerca de um mês, foi compartilhada em um momento significativo: durante a instalação da subcomissão do Câncer na Comissão de Saúde do Senado. Sua decisão de tornar a informação pública reflete um desejo de legitimar sua participação no debate e de usar sua própria experiência para destacar a urgência do tema.

Diagnóstico precoce e coragem pública

Durante a reunião, a senadora destacou a importância de sua jornada pessoal. Ela afirmou:

“Há um mês eu fui diagnosticada com câncer. Eu estou num enfrentamento à doença e estou tendo a coragem de fazer esse anúncio público”.

Ao compartilhar sua vulnerabilidade, Damares não apenas se posiciona como uma integrante “legítima” da comissão, mas também inspira outras pessoas a buscar o diagnóstico precoce, um ponto que ela enfatizou como crucial para sua própria recuperação.

O relato da senadora sobre o impacto do diagnóstico e do tratamento é um testemunho da resiliência. Ela compartilhou que, graças à detecção em um estágio inicial, conseguiu realizar a cirurgia rapidamente e retornar ao trabalho no Senado em apenas cinco dias.

Apesar do desconforto físico, a rápida recuperação e o retorno às suas atividades mostram o impacto positivo do diagnóstico precoce. O diagnóstico precoce foi o fundamental para eu estar como estou, declarou ela.


Damares compartilhou com seus seguidores o diagnóstico de câncer de mama. (Foto: reprodução/Instagram/@damaresalvesoficial)


Damares transforma sua luta contra o câncer em um chamado à ação pela saúde pública

No entanto, o enfrentamento da doença não é isento de desafios. A senadora mencionou que o tratamento e o desgaste físico a levaram a adiar a leitura de informes e denúncias em outra comissão que ela preside, a de Direitos Humanos. Sua sinceridade ao admitir que está no limite físico neste momento humaniza sua experiência e mostra a realidade do tratamento do câncer, que exige cuidados e tempo de recuperação.

O gesto de Damares Alves em compartilhar sua batalha pessoal transcende a esfera política. Ele serve como um lembrete poderoso de que o câncer é uma realidade que afeta milhões de pessoas, independentemente de sua posição social ou profissional.

Ao dar visibilidade a sua própria luta, ela contribui para a conscientização sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do apoio a pacientes em tratamento. Sua história se torna um farol de esperança e um chamado à ação para a saúde pública no Brasil, incentivando a discussão e a implementação de políticas mais eficazes para o combate ao câncer.

Maira Cardi é internada durante gravidez após complicações odontológicas

A influenciadora Maira Cardi usou as redes sociais nesta quarta-feira (21) para compartilhar detalhes sobre sua saúde. Ela contou que está internada após passar por uma cirurgia e relatou os sintomas que a levaram ao hospital.

Segundo Maira, as últimas duas semanas foram intensas, marcadas pela dedicação integral à filha Sophia e pela falta de sono. Essa rotina teria provocado queda de imunidade, deixando-a gripada. A influenciadora explicou ainda que enfrentava uma tosse persistente, falta de ar e baixa saturação de oxigênio, oscilando entre 92 e 94. Com a recomendação dos médicos, procurou o pronto-socorro e iniciou uma série de exames.

O motivo da internação, no entanto, foi mais complexo. Maira revelou que, por escovar os dentes e usar fio dental com frequência, acabou machucando a gengiva, o que resultou em uma lesão com acúmulo de sangue. A situação a levou a buscar atendimento odontológico especializado.

Ela contou que o problema remonta a um episódio ocorrido há cerca de dois anos, quando trincou um dente ao morder um milho de pipoca. Na época, o tratamento realizado não teria sido o mais adequado, já que o dente deveria ter sido extraído. Como a fratura atingiu a parte superior, a estrutura permaneceu comprometida, servindo de foco para bactérias e fungos. Apesar de não causar dor ao longo do tempo, a situação é considerada grave, especialmente durante a gestação.

Riscos para a gestação e complicações cardíacas

Maira destacou que infecções dentárias em gestantes podem provocar parto prematuro, além de representar risco ao coração da mãe. Ela reforçou que esse tipo de quadro pode, em casos extremos, levar até à morte. No seu caso, a infecção exige cuidado redobrado porque está no terceiro trimestre da gravidez, período em que procedimentos odontológicos invasivos são desaconselhados.

Outro agravante é o uso de medicação para trombofilia, que precisaria ser suspensa para a realização de uma cirurgia. Isso, segundo Maira, aumentaria os riscos para ela e para o bebê.


Grávida, Maira Cardi está internada após passar mal (Vídeo: reprodução/Instagram/@lorenamagazine)


Expectativa por decisão médica

No momento, a influenciadora aguarda a definição da equipe médica para saber qual será a melhor conduta. Maira está grávida de sua primeira filha com Thiago Nigro. Ela já é mãe de Sophia e Lucas Cardi, enquanto Thiago será pai pela primeira vez.

A internação, segundo ela, tem sido marcada pela cautela e pelo acompanhamento de diferentes especialistas. O objetivo é preservar a saúde da mãe e garantir a segurança do bebê diante da infecção.