Patrícia Abravanel fala sobre estado de saúde de Silvio Santos

Patrícia Abravanel atualizou os fãs e admiradores sobre o estado de saúde de seu pai, o apresentador Silvio Santos, após nova internação. Durante a entrevista, Patrícia falou que seu pai já apresenta melhoras.

“Ele está melhor, está melhorando. Está até fazendo algumas brincadeiras”, disse Patrícia à CNN. Mesmo com a melhora de Silvio, ela não informou sobre previsão de alta, porém garantiu que seria em breve.

SBT se pronuncia

Por meio de uma nota enviada ao Hugo Gloss, durante o final de semana, a assessoria do SBT negou que Silvio estivesse  em estado crítico.

O SBT informa que ao contrário do que está sendo especulado na imprensa, o comunicador Silvio Santos não se encontra em estado crítico de saúde. Silvio Santos segue no hospital apenas para cuidados médicos necessários, sendo medicado para sua pronta recuperação”. Declarou a assessoria na nota enviada.

Os rumores aumentaram, após o jornalista do site Na Telinha Fabrício Falcheti, afirmar que o quadro do apresentador preocupava os médicos, segundo ele a direção do hospital estaria cuidando de tudo enquanto sua esposa Íris Abravanel centralizava tudo. De acordo com Fabrício, as redações e os jornalistas das principais emissoras do país já estariam de prontidão. Segundo ele, os canais já estavam até em busca de pessoas próximas para falarem sobre o dono SBT.



Os cuidados com Silvio

O hospital Albert Einstein, em São Paulo, teria armado um “esquema de blindagem”, para a proteção de Silvio, para que nenhuma informação acerca do estado de saúde até que ele fosse liberado pelos médicos. Essa medida seria uma forma complementar devido ao quadro de saúde dele.

Segundo informações do site Notícias da TV, afirmam que é rotina do hospital  manter os pacientes idosos em estado de observação, principalmente quando são casos de H1N1, como é o caso do comunicador, que retorna ao hospital novamente, após ter sido internado no mês passado por conta da mesma doença.

Vai fazer lipo? Saiba quais são os cuidados essenciais antes de submeter-se a uma cirurgia plástica

Antes de se submeter a uma cirurgia plástica, é fundamental adotar uma série de cuidados e preparações para assegurar o sucesso do procedimento e a segurança do paciente. A Drª Carolina Takahashi, renomada especialista em cirurgia plástica, detalha os principais pontos que devem ser considerados.

De acordo com a Drª Takahashi, o primeiro passo para quem pretende fazer uma cirurgia plástica é garantir que esteja em bom estado físico e emocional. “A cirurgia plástica visa melhorar a autoestima e a autoconfiança. Portanto, é essencial que o paciente esteja bem consigo mesmo e em condições de saúde adequadas para realizar o procedimento”, explica a especialista.

Um dos requisitos básicos é estar no peso ideal, conforme avaliado por um nutricionista ou nutrólogo. Além disso, é necessário passar por uma avaliação médica completa para confirmar que não há contraindicações para a cirurgia. A realização de exames pré-operatórios específicos é igualmente crucial. Para cada tipo de cirurgia, há exames recomendados; por exemplo, cirurgias mamárias exigem mamografias, ultrassons e, em alguns casos, ressonâncias. Cirurgias de contorno corporal, como a lipoaspiração, requerem ultrassonografias do abdome e da parede abdominal.

Outro ponto importante é a avaliação cardiológica. “A avaliação do cardiologista para ver se a paciente tem uma indicação, se tem condições para fazer a cirurgia plástica. Então é importante ela estar com um bom estado de saúde. Saúde geral,” explicou. Exames de sangue são igualmente indispensáveis, incluindo testes de coagulação e função renal.

Além dos exames, é vital interromper o uso de certos medicamentos antes da cirurgia. “Medicamentos como hormônios e substâncias para emagrecimento devem ser suspensos, com períodos de descontinuação que variam de acordo com o medicamento específico”, adverte a Drª Carolina Takahashi. Por exemplo, o uso de medicamentos para emagrecer, como o Ozempic, deve ser interrompido pelo menos 21 dias antes da cirurgia.

A preparação física também não deve ser negligenciada. Manter uma alimentação equilibrada e uma rotina de exercícios físicos contribui para uma recuperação mais rápida e eficaz após o procedimento.

Brasil não está mais na lista dos países com mais crianças sem imunização

Nesta segunda-feira (15), a OMS (Organização Mundial da Saúde) e o UNICEF (Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância) divulgaram um relatório, cujos dados comprovam que o Brasil deixou de fazer parte da lista dos 20 países com maior incidência de crianças não vacinadas.

A lacuna vacinal da DTP1 (protege contra difteria, tétano e coqueluche) passou de 687 mil em 2021 para 103 mil em 2023. A DTP3 reduziu de 846 mil em 2021 para 257 mil em 2023.


Brasil comemora resultado do avanço no processo vacinal (Reprodução/Instagram/@minsaude)


Ministério da Saúde vestiu a camisa da vacinação

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que o reconhecimento confirma que a retomada das coberturas vacinais destacou-se positivamente.

Nós revertemos esse cenário. Em fevereiro de 2023, logo que assumimos a gestão, demos largada no Movimento Nacional pela Vacinação, um grande pacto para a retomada das coberturas vacinais. O Zé Gotinha viajou pelo Brasil, levando a mensagem de que vacinas salvam vidas“.

Nísia Trindade

Ministra da Saúde fala sobre o avanço da imunização no Brasil (Reprodução/Instagram/@minsaude


A chefe de saúde da UNICEF no Brasil, Luciana Phebo, destacou que é fundamental continuar avançando, com o objetivo de encontrar e imunizar cada menina e menino, que ainda não recebeu as vacinas. Para isso, os esforços devem ultrapassar os muros das unidades básicas de saúde e alcançar escolas, CRAS e outros espaços, onde estejam essas crianças.

Nem todo país vacinou suas crianças

O panorama mundial não tem o mesmo motivo para comemorar. Em comparação com os níveis de 2019, antes da pandemia, a imunização infantil estagnou, deixando 2,7 milhões de crianças a mais não vacinadas ou com imunização incompleta.

Catherine Russell, Diretora Executiva do UNICEF, salientou que “fechar a lacuna de imunização requer um esforço global, com governos, parceiros e líderes locais investindo em cuidados primários de saúde e trabalhadores comunitários para garantir que todas as crianças sejam vacinadas e que a saúde geral seja fortalecida“.

Russell completou que há uma continuidade da tendência de muitos países em não vacinar um número excessivo de crianças.

Aplicativo do SUS começa a aceitar novas formas de autoidentificação

Pacientes do SUS poderão fazer sua autodeclaração pelo aplicativo “Meu SUS Digital” e na ficha de cadastro de qualquer Unidade Básica de Saúde (UBS) a partir desta segunda (8). As novas opções servem para um melhor mapeamento das condições de saúde dos diversos grupos atendidos pelo SUS. Dentre as opções de declaração estão: raça/cor, nome social, identidade de gênero e orientação sexual.

Um dos principais objetivos dessa novidade é dar uma maior autonomia para os usuários e aperfeiçoar a atenção a todos os cidadãos com equidade. Além disso, o novo cadastro vai permitir a viabilização de novas políticas públicas que atendam a todos os brasileiros. A medida vai garantir que as informações sejam integradas no Cadastro Nacional de Usuários do SUS (CadSUS) e elas vão ser espelhadas nos sistemas das UBS pelo país.

Como vai funcionar

Ao acessar o aplicativo “Meu SUS Digital”, o paciente vai ser convidado a preencher a autodeclaração. Uma mensagem vai aparecer explicando a importância desta e o campo de raça/etnia será de preenchimento obrigatório. O usuário poderá editar as informações através da aba “Meu Perfil” no aplicativo. 


As medidas buscam viabilizar políticas públicas que abrangem todos os brasileiros (Foto: Reprodução/Agência Gov)

O usuário só poderá fazer a autodeclaração se tiver uma conta no site GOV.BR com o selo de confiabilidade Prata ou Ouro. Se ele tiver nível Bronze o site vai dar informações de como subir de nível de segurança. 

Nas UBSs, os campos de sexualidade e identidade de gênero terão preenchimento opcional respeitando a autonomia do paciente. Sete orientações sexuais estarão inclusas, sendo heterossexual, gay, lésbica, bissexual, panssexual, assexual e outro. Nas identidades de gênero estão incluídas homem cisgênero, mulher cisgênero, homem trangênero, mulher transgênero, travesti, não-binário e outro.

O SUS e a população LGBT

O SUS vem implementando medidas que buscam acolher pessoas LGBT como uma forma de garantir o apoio a todos os brasileiros. Desde 2011, o SUS tem políticas voltadas exclusivamente a essa população como Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), processo transsexualizador e a disponibilização da Profilaxia Pré-Exposição (Prep). Além das faz rodas de debate sobre temas relacionados à comunidade, oferecidas pelo SUS.

Esposa de Bruce Willis sugere que ator não consegue mais falar

Nesta quarta-feira (3), a atriz e modelo anglo-americana Emma Frances Heming, casada há 15 anos com o ator estadunidense Bruce Willis, de 69 anos, veio a público mais uma vez, por meio das redes sociais, para comentar acerca do quadro de saúde do esposo, e como tem lidado com a situação delicada. Na publicação, Emma aborda como é o dia a dia de uma pessoa que possui o quadro clínico do ator, de demência, um aglomerado de doenças tipificadas pela perda progressiva de neurônios, que envolve especialmente os lobos frontal ou temporal.


Bruce Willis é diagnosticado com demência (Foto: reprodução/Instagram/@brucewillisbw)

No registro mais recente que a atriz realizou em suas redes pessoais, Heming, de 46 anos, escreveu que Bruce gostaria de ter feito certo comentário sobre um determinado assunto. E por essa razão, sua postagem proporcionou uma série de especulações sobre o artista ter perdido o desempenho de fala, após ser diagnosticado com demência frontotemporal, uma doença neurodegenerativa, que provoca a morte das células nervosas do lobo temporal e frontal do cérebro, a qual acaba alterando a personalidade, o comportamento, e também a linguagem do paciente que possui o diagnóstico.


Bruce e Emma estão casados há cerca de 15 anos (Foto: reprodução/Instagram/@emmahemingwillis)

Uma esposa dedicada e engajada com a causa

Recentemente a mulher do ator publicou acerca das condições de saúde de Bruce, e constantemente se empenha em trazer informações e sensibilizar os seus seguidores, acerca de pessoas que possuem o diagnóstico semelhante ao do marido.


Bruce Willis está recebendo apoio e cuidados da família após diagnóstico de doença (Foto: reprodução/Instagram/@brucewillisbw)

Em uma de suas postagens, Emma comentou sobre alguns indivíduos que estavam percorrendo um trajeto de bicicleta pelos EUA, como forma de estimular a modificação na forma de tratar a DFT (demência frontotemporal). No post, ela disse que Willis provavelmente aconselharia essas pessoas a beberem bastante água, a se manterem bem e saudáveis, e que lhes davam total apoio, assim como ela o também fazia.

O compartilhamento da atriz atraiu a solidariedade, respeito e apoio de diversos fãs para com Bruce, que está sendo acompanhado durante o tratamento por sua família.

Um amigo preocupado e presente

Em 2023, durante uma conversa com o jornal diário estadunidense, New York Post, o diretor, produtor, e escritor norte-americano Glenn Caron, de 70 anos, e um grande amigo de Bruce Willis, revelou que vê o ator constantemente, e que sempre está falando com os familiares de Willis para saber sobre o estado de saúde do companheiro de carreira.

Na mesma entrevista, Caron contou que o amigo está com a fala comprometida, porém, não disse que ele não fala mais nada. Glenn ainda afirmou que às vezes acha que Bruce o reconhece durante os momentos em que o visita, mas, logo se esquece. O produtor revelou que Willis não consegue desenvolver uma conversa normalmente, assim como também já não consegue mais ler, sendo que a leitura era uma de suas maiores paixões no passado.

Incêndios no Pantanal afetam saúde da população do Mato Grosso do Sul

Moradores de cidades em Mato Grosso do Sul, um dos estados onde está localizado o Pantanal vem a semanas sofrendo com a constante fumaça vindo de incêndios florestais na região. 

Moradores sofrem com fumaça

A temporada de queimadas no bioma começou mais cedo neste ano, fazendo que, desde então, muitos municípios fiquem completamentos encobertos pela fumaça, com cenas que simulam a situação de grandes metrópoles. 

A cidade de Corumbá, conhecida por muitos como uma porta de entrada para o Pantanal, foi uma das mais afetadas, sendo possível ver a linha de fogo consumindo a vegetação durante a noite e sua população reclamar de mal-estar e falta de ar nos últimos dias. 

Em hospitais próximos a região, os atendimentos por problemas respiratórios triplicaram nesse mês, a Secretaria de educação recomendou que os moradores suspense suas atividades físicas ao ar livres por enquanto e reforçar a hidratação. 


Fumaça em incêndios no Pantanal chega nas cidades (Foto: reprodução/Ângelo Rabelo)

“Já tem mais de 20 dias, 30 dias, que não abre uma janela. Não dá. Não tem como você circular o ar na casa. Você já sai do quarto de manhã cedo sentindo aquele cheiro de fumaça”. Revela a autônoma Silvana Villagra. 

A situação se agrava por conta da enorme seca na região, a última chuva ocorreu a mais de 50 dias, a população constantemente vê caindo do céu a fuligem que toma conta das casas, ruas e dos comércios locais.  

Situação de alerta

Os incêndios já fazem parte dos ciclos do Pantanal, porém para o pesquisador da Embrapa, Walfrido Thomaz, a intensidade e a frequência atual das queimadas podem prejudicar a capacidade de renovação do bioma, fazendo um sinal de alerta para a situação. 

‘’São as coisas que compõem o ecossistema, que pode estar sendo afetado por incêndios intensos em larga escala e principalmente repetitivos nas mesmas áreas. Aí sim o ecossistema começa a perder essa tal de resiliência que a gente chama”. Disse Thomaz. 


Alta quantidade de queimadas podem prejudicar renovação do bioma (Foto: reprodução/CPA-CBMMS / Mairinco de Pauda)

O fogo descontrolado continua na região, nos últimos dias, o pantanal obteve 508 focos de incêndio confirmados, com 409 deles sendo em Corumbá. 

Novas pistas genéticas podem auxiliar no tratamento da síndrome das pernas inquietas

A revista científica Nature Genetics publicou um novo estudo que pode ajudar no auxílio do rastreio de pistas genéricas associadas às causas da síndrome das pernas inquietas. As descobertas do artigo publicado no dia 5 de junho podem ajudar a identificar pessoas com maiores riscos no desenvolvimento da doença e também no tratamento. 

O que é a síndrome das pernas inquietas 

Descrita como um distúrbio de sono, a síndrome é relativamente comum e está relacionada aos movimentos da Classificação Internacional dos Distúrbios do Sono, os ICSD3. 

Os sintomas são comumente apresentados em pessoas idosas, afetando cerca de 1 a cada 10, sendo que 2 a 3% possuem agravamento.

Alguns fatores estão ligados ao surgimento da síndrome, entre eles, depressão, ansiedade, doenças cardiovasculares, hipertensão e diabetes. Estudos anteriores já identificaram 22 regiões do genoma que possuem alterações associadas ao risco de desenvolver a doença, ainda assim, existem biomarcadores, como características genéticas, que podem ser usados para o diagnóstico da síndrome. 

Pensando nisso, pesquisadores do Instituto Helmholtz de Neurogenômica de Munique, da Universidade Técnica de Munique (TUM) e também da Universidade de Cambridge, reuniram e catalogaram dados de três estudos de associação dos genomas. Nos estudos, o DNA de pacientes com a doença e pacientes saudáveis foram comparados, analisando se existiriam diferenças entre os dois. Os dados foram combinados, gerando um conjunto de informações de mais de 100 mil pacientes pela condição e mais de 1,5 milhão de pessoas saudáveis. 

“Este estudo é o maior do gênero sobre esta condição comum – mas pouco compreendida. Ao compreender a base genética da síndrome das pernas inquietas, esperamos encontrar melhores formas de a gerir e tratar, melhorando potencialmente a vida de muitos milhões de pessoas afetadas em todo o mundo”, disse o co-autor e pesquisador da Universidade de Cambridge, Steven Bell. 

Tratamento 

A análise e o cruzamento dos dados coletados na pesquisa também podem ser úteis para o desenvolvimento de tratamentos. 

Mais de 140 novos loci de risco genético foram identificados com a pesquisa, um aumento em 8x para os números anteriores, para 160, inclusive três loci do cromossomo X. Durante a pesquisa, nenhuma diferença genética foi encontrada entre homens e mulheres, mesmo com a síndrome sendo mais comum em mulheres, abrindo espaço para a possibilidade de uma interação entre a genética e os hormônios. 


Cromossomos xy (Foto: reprodução/Livro Didático SEED)

Entretanto, a pesquisa identificou duas diferenças genéricas que se relacionam diretamente com receptores de glutamato 1 e 4, ligados a funções nervosas e cerebrais. Conforme os cientistas, esses genes podem ser alvos de medicamentos existentes, como anticonvulsivantes ou usados como meio para o desenvolvimento de novos tratamentos para a doença em questão. 

Os pesquisadores acreditam na possibilidade do uso de informações básicas como idade, sexo e marcadores genéricos como método para classificar com precisão, em nove entre dez casos, às probabilidades pessoais de cada um no desenvolvimento da síndrome das pernas inquietas grave. 

Juliane Winkelmann, professora da TUM e umas das autoras principais do estudo, vibra pela possibilidade de, pela primeira vez, alcançar a capacidade de prever os riscos da síndrome das pernas inquietas.

Perigo: analgésicos sem supervisão médica podem levar à morte

Em meio ao crescente número de mortes por uso indevido de analgésicos como cetamina e morfina, é importante que as pessoas tenham consciência de que esses medicamentos só podem ser tomados sob vigilância profissional, é um ponto de destaque afirmado pelo toxicologista Álvaro Pulchinelli em entrevista à CNN Brasil, alegando que esse tipo de analgésico pode facilmente resultar em fatalidade se não for feito corretamente.

Automedicação e riscos à saúde

O uso indevido de analgésicos vendidos sem receita médica – como paracetamol, diclofenaco e ácido acetilsalicílico – representa ameaças adicionais. O paracetamol pode causar danos ao fígado que podem ser fatais em casos graves, o uso de ácido acetilsalicílico pode desencadear sangramento intestinal que causa anemia, enquanto o diclofenaco tem maior probabilidade, em comparação com outros, de resultar em ataques cardíacos.

Nos Estados Unidos, 16,5 mil pessoas morrem a cada ano devido ao uso inapropriado de medicamentos para dor e inflamação. O paracetamol, por exemplo, causa 80 mil hospitalizações a cada ano. Um estudo da Universidade de Edimburgo mostrou que mesmo pequenas doses podem causar danos graves ao fígado.

Ketamina e morfina: perigos do uso sem controle

A ketamina, originalmente usada para finalidade veterinária, tem efeitos alucinógenos que podem causar depressão do sistema nervoso central, levando à sonolência, apatia e, em alguns casos graves, coma.

Em algumas pessoas, há um potencial alucinógeno. Em doses excessivas, ela pode matar por depressão do músculo do coração, do miocárdio”, explica Pulchinelli.


Foto destaque: A ketamina é prescrita para tratamento contra a depressão em alguns casos (Reprodução/RJ Sangosti/MediaNews Group)

A morfina, por sua vez, é um analgésico muito potente, utilizado de forma abundante na medicina. Apesar do seu grande uso, também apresenta riscos. “Ela vai deprimindo os centros respiratórios, o que programa o nosso organismo a continuar respirando”, acrescenta o toxicologista. Além disso, a morfina pode causar inchaço agudo nos pulmões, dificultando a respiração.


Morfina, medicamento utilizado em tratamento de dores crônicas (Foto: reprodução/CNB Brasil)

Uso controlado e alternativas

A fim de evitar esses riscos, os analgésicos devem ser usados ​​sob orientação médica e nas doses recomendadas. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) regula com bastante rigor as vendas de substâncias controladas, como a ketamina e morfina, mas podem ocorrer desvios criminosos e falsificações.

Especialistas da área também recomendam outros métodos alternativos para o alívio da dor, como acupuntura e dieta rica em ômega-3, que podem ajudar no processo de redução da inflamação dos tecidos. Além disso, evitar exercícios físicos excessivos e manter uma prática regular e moderada podem fortalecer o corpo e ajudar na prevenção de lesões.

A automedicação pode levar à tolerância que pode exigir doses cada maiores para trazer alívio da mesma magnitude – e à dependência física ou psicológica em casos como os opioides. Por isso, quando a dor dura mais de dois ou três dias, é sempre fundamental consultar um médico para avaliação e tratamento adequado, caso seja necessário.

Os analgésicos ainda são ferramentas importantes no controle da dor, mas seu consumo precisa ser feito com cuidado e sob a supervisão de um médico. O uso inadequado pode levar a danos graves e permanentes, e a supervisão profissional pode garantir o uso seguro e otimizado desses medicamentos, de modo a preservar a saúde e a qualidade de vida dos pacientes.

Faustão utiliza equipamento portátil para hemodiálise após transplante renal

Mesmo depois de 3 meses da realização do transplante de rins, o apresentador Fausto Silva ainda precisa passar por hemodiálise. A cirurgia aconteceu no final do mês de abril no Hospital Israelita Albert Einsten, em São Paulo. Faustão precisou realizar também um transplante de coração 6 meses antes.

O colunista da Globo, Ancelmo Gois, apresentou o equipamento portátil para hemodiálise que permite o uso de sua realização em casa, sem a necessidade de internação em clínicas especializadas, por exemplo.

O nefrologista Pedro Túlio Rocha, coordenador do Programa de Transplante Renal do Hospital Adventista Silvestre, localizado no Rio de Janeiro, explica como funciona o aparelho: 

“A tecnologia é muito semelhante à da máquina convencional. Ela é miniaturizada, é menor, permitindo que a diálise seja feito em domicílio. Mas promove o tratamento com a mesma eficácia.”

O aparelho ainda é pouco usado, especialmente no Brasil, mas nos Estados Unidos e na Europa costuma ser mais utilizado e cresceu muito com a pandemia para dispensar a necessidade de pacientes se deslocarem até os centros especializados.



Entendendo sobre a hemodiálise

A hemodiálise é o procedimento através do qual uma máquina filtra e limpa o sangue, fazendo parte do trabalho que o rim doente não pode fazer. O procedimento retira do corpo os resíduos prejudicais à saúde, como o excesso de sal e líquidos. Também controla a pressão arterial e ajuda o organismo a manter o equilíbrio de substâncias como sódio, potássio, ureia e creatinina, de acordo com as informações da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) – Ministério da Saúde.

As sessões possuem uma duração de 3-4 horas e é recomendado no mínimo 3 vezes na semana, devendo seguir as orientações médicas. A diálise tem como objetivo substituir a função dos rins que estão com seu funcionamento prejudicados.

Em casos como o do apresentador, foi necessário dar início até o novo órgão começar a funcionar corretamente, pois o organismo estava rejeitando os novos rins transplantados.

A máquina utilizada por Faustão é a Nx Stage System One, a mais usada nos dias de hoje, foi a primeira a ser aprovada para diálise; pesa cerca de 30kg e pode facilmente ser carregada, sem a necessidade de internação do paciente.


Máquina portátil para hemodiálise – (Foto Reprodução: Medical Expo)

Porém, antes da utilização da máquina, é feito um treinamento com um profissional, paciente e cuidador. É ensinado a manusear o cartucho para a filtragem de sangue, acesso ao sangue, o que é feito por uma fístula arteriovenosa ou cateter -,  além de ensinar como verificar os sinais vitais, ministrar medicamentos e agir em situações de emergência.

Para usá-la, é necessário conectá-la na tomada, a sessão dura em média 2 horas e meia. O sangue é bombeado da pessoa para o aparelho, passa pelo dialisador que remove resíduos em excesso e indesejados e retorna ao paciente, sendo repetido todo o processo.

Homem recebe fígado de porco em transplante na China

Primeiro transplante de fígado de porco geneticamente modificado em uma pessoa viva é feito na China. A cirurgia foi realizada em maio no First Affiliated Hospital da Anhui Medical University na província de Anhui em um homem de 71 anos. O procedimento foi considerado inovador e a faculdade é pioneira no transplante de fígado de porcos para humanos. 

Em entrevista à revista científica Nature, o cirurgião líder do transplante, Sun Beicheng, disse que o paciente está muito bem após a realização da cirurgia. Beicheng também diz que a família do idoso demonstrou interesse no xenotransplante após exames mostrarem que só o fígado dele  não seria suficiente para permanecer vivo. O paciente inicialmente apresentava um grande tumor no lobo direito do seu fígado e por isso não era elegível para receber um órgão humano. Os exames indicavam que o fígado apresentava um funcionamento demasiadamente mal  e assim não teria um bom resultado pós cirúrgico. 

A retirada do lobo direito do fígado foi realizada em 17 de maio, sendo substituído por um órgão de porco de 514 gramas. O porco foi submetido a alterações genéticas pela própria equipe de cirurgia para que o corpo não rejeitasse o novo órgão. Para isso, foram desativados três genes que contribuem para a produção de açúcares na superfície da pele do porco que poderiam ser atacadas pelo sistema imunológico humano. Além disso, foram introduzidos sete genes que expressam proteínas humanas.

Os xenotransplantes

O xenotransplante é uma nova prática da ciência que consiste na troca de órgãos entre espécies diferentes. O transplante realizado na China foi o quinto xenoplanstante feito, logo depois de em março ter ocorrido um transplante de um rim de porco num paciente humano vivo. Atualmente essa é uma prática que está em ascensão e diversos centros de pesquisa no mundo estudam as possibilidades. No Brasil, a USP se destaca como uma faculdade que em abril inaugurou o primeiro biotério dedicado à criação de porcos para gerar órgãos geneticamente modificados.

Ainda assim, a prática apresenta desafios como a rejeição do órgão transplantado, o crescimento indevido do órgão e até mesmo a transmissão de doenças. Os xenotransplantes procuram diminuir o déficit de doadores de órgãos. No Brasil, por exemplo, a fila para transplantes de rim chegam a 34 mil pacientes segundo o relatório mais recente da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) e nos três primeiros meses de 2024 quase 670 pessoas morreram sem receber um rim, cerca de 7 inscritos por dia.

Por que porcos?


Porcos são usados em transplantes de órgãos (Reprodução/Unsplashed Imagens)

A ciência diz que os suínos seriam os melhores doadores para um xenotransplante por causa da anatomia dos órgãos ser a mais próxima a dos humanos e porque eles são criados e abatidos em grande escala para o consumo. Por isso, o uso de seus órgãos é mais aceito pela sociedade. Outra vantagem é a diferença de tamanho estre as raças de porcos, assim, poderia ser possível o transplante para diversas faixas etárias como por exemplo para crianças.

É necessário fazer modificações no porco antes da retirada do órgão. É preciso silenciar certos genes identificados como incompatíveis aos seres humanos. Ainda não há consenso em quantos genes precisam ser silenciados. Essas pesquisas só foram possíveis depois de experiências de clonagem com a ovelha Dolly no final dos anos 1990 e pelo sequenciamento genômico humano completo no início dos anos 2000.