Governo é incapacitado de proibir uso do Bolsa Família em sites de aposta, segundo AGU

Nesta sexta (13), o Governo Federal, através da Advocacia-Geral da União (AGU), recorreu à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de exigir que a câmara adote medidas, para impossibilitar o uso do dinheiro dado aos beneficiários em casas de apostas esportivas, conhecidas como “bets”. A justificativa dada é a de que, não seria possível ter um total controle sobre qual seria o destino final da renda.

A medida proposta pelo STF ao Governo Federal


Luiz Fux, atual ministro do STF (reprodução/Evaristo Sa/AFP/Getty Images Embed)


O ministro do STF, Luiz Fux, exigiu no mês de novembro, que o governo adotasse medidas preventivas contra o uso de programas destinados à assistência social, como o Bolsa Família, em todo e qualquer tipo de aposta online. A decisão se deu por conta de um estudo levantado pelo Banco Central, apontando que o povo brasileiro gasta em média R$ 20 bilhões no mercado de apostas online, evidenciando os riscos que os apostadores estão propensos ao jogarem, como endividamento, vício em jogo (conhecido por ludopatia) e até mesmo lavagem de dinheiro. – Fonte: g1.

Advocacia da União entra com recurso


Cartão do Bolsa Família (reprodução/Lyon Santos/MDS)

Contudo, a medida proposta foi questionada pelo governo, sob o argumento de que seria inviável um controle rigoroso sobre como o dinheiro recebido pelos beneficiários do programa é utilizado. Alegando também que a implementação de tal restrição poderia prejudicar famílias que não tenham qualquer tipo de envolvimento com às práticas, ao restringir parte dos beneficiários sem uma justificativa sólida.

Diante do recurso dado ao STF, a AGU divulgou, em nota:

Desse modo, conquanto louvável e necessária a preocupação com a situação econômica de indivíduos e famílias vulneráveis, a adoção de ‘medidas imediatas’ encontra barreiras de ordem prática de difícil superação, razão pela qual faz-se imprescindível o aclaramento do acórdão recorrido, relatou o órgão

Ainda não foi definido um prazo para que a medida entre em vigor oficialmente.

Jair Bolsonaro solicita novamente que Moraes seja afastado do caso de golpe de estado

Nesta segunda feira (2), novamente os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro, entraram com um pedido de impedimento, para que o ministro Alexandre de Moraes seja afastado do caso que envolve as investigações a cerca das acusações, envolvendo uma tentativa de golpe de estado, e também o caso de planejamento para tirar a vida de autoridades do Brasil.

Situação

Conforme a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, o ministro do STF estaria se colocando como vítima da situação, e consequentemente isso geraria uma possibilidade de que o magistrado poderia não ser imparcial neste caso. Ainda no pedido, os advogados do investigado ainda lembraram que Moraes se coloca em vários momentos como uma vítima da situação, alegando que existiam planos para matá-lo, colocando-o como um dos alvos desse planejamento.


Alexandre de Moraes no dia 15 de Agosto numa sessão no prédio do supremo federal em Brasília(Foto: reprodução/Ton Molina/Getty Images Embed)


Sobre o caso

No início deste ano de 2024, a defesa de Bolsonaro já havia enviado uma petição para Luís Roberto Barroso, solicitando que o Supremo Tribunal federal afasta-se o ministro Alexandre de Moraes, também alegando que o mesmo não teria capacidade de ser imparcial. O ministro do STF negou o pedido, não emitindo o afastamento de Moraes como solicitado, relatando que o magistrado não estaria descumprindo nenhuma regra no envolvimento da investigação.

Passaporte apreendido

A PF teria ido à casa de Bolsonaro que ele tem em Angra dos Reis–RJ, para apreender o passaporte dele, porém o documento não estava no local, então eles deram um prazo de um dia para que fosse entregue, durante a tarde, foi apreendido o passaporte. No dia seguinte também houve um vídeo apreendido aonde mostrava o ex-presidente relatando que tinha um acordo secreto acontecendo em que o tribunal superior estaria passando por cima da constituição.

As investigações a cerca do caso do golpe de estado e do possível plano de matar o presidente e o vice permanecem acontecendo.

Tramas golpistas: Bolsonaro pede anistia dos indiciados por golpe de estado

Jair Bolsonaro concedeu nesta quinta-feira (28), uma entrevista ao programa “Oeste sem Filtro” da revista Oeste. O ex-presidente pediu a anistia a investigados por tentativa de golpe de estado e defendeu que este seria um meio para “pacificar o país”.

Além disso, Bolsonaro admitiu ter debatido com militares as possibilidades de aplicação do artigo 142 da Constituição Federal, que, para os suspeitos, poderia dar suporte jurídico a um possível golpe militar.


Os comandantes das Forças falam que “Bolsonaro discutiu conosco hipóteses de (artigo) 142, estado de sítio, estado de defesa”. E eu discuti, sim. Não foi nenhuma discussão acalorada. (…) Golpe usando a Constituição? O que está dentro da Constituição você pode utilizar

Bolsonaro, em entrevista à revista Oeste

Ele já havia se posicionado favoravelmente à anistia aos participantes do ato golpista de 8 de janeiro de 2023, mas, desde seu indiciamento, a família de Bolsonaro tem defendido a anistia ainda mais ampla dos golpistas. O filho e senador Flávio Bolsonaro disse que Alexandre de Moraes, ministro do STF, “irá sofrer consequências por abusos”.

Jair Bolsonaro apelou a anistia citando diretamente o ministro do STF mas não esclareceu a que golpes específicos se referia.


Jair Bolsonaro e Flávio Bolsonaro (Foto: reprodução/Valter Campanato/Agência Brasil)

Apelo a STF e Lula

Bolsonaro também citou o presidente Lula como um dos que, segundo ele, deveria se pronunciar a favor da anistia:

Para nós pacificarmos o Brasil, alguém tem que ceder. Quem tem que ceder? O senhor Alexandre de Moraes. A anistia. Em 1979, eu não era deputado, foi anistiada gente que matou, que soltou bomba, que sequestrou, que roubou, que sequestrou avião, e ‘vamos pacificar, zera o jogo daqui para frente’. Agora, se tivesse uma palavra do Lula ou do Alexandre de Moraes no tocante à anistia, estava tudo resolvido. Não querem pacificar? Pacifica

Ex-presidente Bolsonaro à revista Oeste , sobre a anistia


Foto destaque: Bolsonaro em entrevista à revista Oeste (Foto: reprodução/ Revista Oeste)

Indiciamento de Bolsonaro

A Polícia Federal retirou, nesta terça-feira (26), o sigilo sobre um relatório que apontava Jair Bolsonaro como líder dos planejamentos golpistas para mantê-lo no poder após a derrota democrática nas eleições de 2022.

O principal líder da direita no Brasil, juntamente com outras 36 pessoas, foram indiciadas por tentativa de golpe de Estado, abolição do Estado democrático de direito e organização criminosa.

Nego Di ganha liberdade provisória do STJ, mas enfrenta restrições por estelionato

O influenciador Dilson Alves da Silva Neto, mais conhecido como Nego Di, ganhou a liberdade provisória nesta quarta-feira (27), após decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A medida foi tomada até o julgamento do habeas corpus solicitado pela defesa, mas o influenciador deverá cumprir diversas restrições, como a proibição de utilizar redes sociais e a necessidade de se apresentar periodicamente à Justiça. Nego Di está detido desde julho, sob acusação de estelionato e lavagem de dinheiro, relacionados a um esquema de vendas fraudulentas.

Liberação com restrições

O pedido de liberdade foi analisado e aceito pelo ministro Reynaldo Soares da Fonseca, relator do caso na 5ª Turma do STJ. Apesar da liberação, o influenciador não está livre de restrições. Além da proibição do uso das redes sociais, ele deve manter contato com a Justiça e justificar suas atividades. Caso desrespeite as condições, Nego Di poderá ser novamente preso.


Nego Di deixando o presídio (Vídeo: reprodução/Instagram/@alfinetei)


O influenciador foi detido após ser investigado por um esquema de vendas fraudulentas, no qual utilizava sua imagem para atrair consumidores para compras online com promessas de entrega de produtos a preços muito abaixo do mercado.


Nego Di durante participação no BBB 21 (Foto: reprodução/GloboPlay)

Esquema fraudulento

De acordo com a investigação da Polícia Civil, Nego Di e seu sócio, Anderson Boneti, são responsáveis por lesar mais de 300 pessoas com a venda de produtos como celulares, eletrodomésticos e outros itens por meio do site “Tadizuera”.

Os compradores pagaram pelos produtos, mas não receberam nenhum dos itens, enfrentando dificuldades para ter o dinheiro de volta. A investigação revelou que o prejuízo causado pelo esquema supera os R$ 5 milhões. Nego Di utilizava suas redes sociais para promover os produtos e garantir a confiança dos consumidores, mas, após a venda, os produtos nunca foram entregues.

Além disso, a apuração revelou que as vítimas não tinham como receber o dinheiro pago de volta. A acusação de lavagem de dinheiro também se baseia na movimentação financeira suspeita associada a Nego Di e seu sócio.

Matéria por Lucas Alves (Lorena – R7)

Bolsonaro participou ativamente de plano de golpe de Estado, afirma Polícia Federal

Alexandre de Moraes, ministro do STF, retirou nesta terça-feira (26) o sigilo do relatório da investigação da Polícia Federal de crimes contra o Estado Democrático de Direito, que podem ter ligação com membros do governo Bolsonaro, incluindo o ex-presidente. De acordo com o relatório, Jair Messias Bolsonaro participou de forma ativa e tinha plena consciência dos planos. Os envolvidos pretendiam, com uso de força, abolir o Estado Democrático de Direito e manter o governo liderado por Bolsonaro no poder, inclusive com planos para assassinar o presidente e vice-presidente eleitos em 2022.

Participação de Bolsonaro

De acordo com o relatório da Polícia Federal, Bolsonaro estaria desde 2019 replicando informações, que buscavam criar desconfiança da população sobre o sistema de voto eletrônico, o que criaria uma atmosfera que poderia justificar uma potencial permanência no poder.


Relatório da PF aponta que Bolsonaro tentou criar instabilidade, com fake news sobre as urnas eletrônicas (Foto: reprodução/ X/ @baudorio)

Dando prosseguimento à execução do plano criminoso, o grupo iniciou a prática de atos clandestinos com o escopo de promover a abolição do Estado Democrático de Direito, dos quais Jair Bolsonaro tinha plena consciência e participação ativa”.

Polícia Federal

De acordo com a PF, Bolsonaro replicava as informações falsas, utilizando as redes sociais e outros recursos, como lives. Ele também tinha uma rede de comunicação, utilizando aplicativo de mensagens, como Telegram. Os fatos apontados pela PF indicam uma participação central de Jair Bolsonaro e indica uma gravidade maior para os crimes apontados.

Gravidade

Bolsonaro também foi apontado por procurar apoio ou pressionar a participação de outros agentes no plano. Ele teve acesso a minuta redigida pelos outros indiciados, que detalhava as etapas para que o golpe fosse executado. Bolsonaro chegou a procurar as Forças Armadas com objetivo de ganhar apoio para a o plano.

De acordo com o relatório, o plano golpista não recebeu completo apoio das lideranças das Forças Armadas, no entanto há indícios de que havia apoio de Almir Garnier, comandante da Marinha. Um dos contatos da investigação, chamado de “Riva”, indicou que havia tanques prontos para apoiar o ex-presidente, caso o golpe fosse executado.

Alexandre de Moraes era o primeiro alvo do atentado “Punhal Verde e Amarelo”

A Polícia Federal desvendou um esquema que carrega o nome de “Punhal Verde e Amarelo”, que tinha como alvos, lideranças do governo brasileiro, incluindo o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, o presidente Lula e o atual vice dele, o ex-governador Geraldo Alckmin.


Debate sobre Alexandre de Moraes ser vítima e juiz do caso ao mesmo tempo (Vídeo: reprodução/ Youtube/ CNN Brasil)


“Punhal Verde e Amarelo”

O plano traçado era altamente detalhado, com levantamento de horários e itinerários de Moraes, e incluía sequestro e execução, em quatro equipes de seis integrantes e utilizava celulares descartáveis adquiridos com identidades de outras pessoas.

O grupo responsável por tudo isso, se comunicava por um aplicativo de mensagens em um chat chamado “Copa 2022”. A operação foi articulada pelo general da reserva Mario Fernandes, ex-integrante da secretaria-geral da Presidência, além do agente da Polícia Federal Wladimir Matos, acusado de espalhar informações sigilosas sobre a equipe de segurança de Lula e sua localização.

37 pessoas indiciadas e investigação da PF

Além dos dois citados, a PF indiciou 37 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-diretor da ABIN Alexandre Ramagem e o general Walter Braga Netto, que foi candidato a vice do ex-presidente, além de outras figuras políticas como Valdemar Costa Neto, presidente do PL, e Augusto Heleno.

A investigação da Polícia Federal identificou o uso de alguns recursos logísticos e financeiros sofisticados para a execução do plano, que representava uma ameaça direta à democracia brasileira, enquanto os suspeitos presos não foram encontrados para comentar o caso.

A ampla repercussão do caso também sinaliza uma oportunidade para fortalecer a cultura da democracia e a necessidade urgente de revisar políticas de segurança para prevenir futuras repetições deste caso, que reflete um cenário preocupante sobre o momento político atual no Brasil.

STF mantém decisão e forma maioria para negar liberdade a Robinho

Nesta sexta-feira (22), o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para negar os pedidos de habeas corpus apresentados pela defesa do ex-jogador Robinho, condenado a nove anos de prisão por estupro na Itália. A decisão, tomada em julgamento virtual, contesta a tentativa de revogar a homologação da sentença italiana pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), feita em março deste ano.

Até agora, seis ministros, incluindo Luiz Fux, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, votaram contra os pedidos de liberdade. O único voto favorável veio de Gilmar Mendes. O prazo para que os ministros registrem seus votos termina no dia 26 de novembro, mas a decisão já conta com apoio da maioria da Corte.

Julgamento virtual e argumentos da defesa

Os dois pedidos de habeas corpus apresentados pela defesa de Robinho estão sendo julgados de forma virtual, com os votos dos ministros depositados em uma plataforma eletrônica. A defesa argumentou que o STJ extrapolou sua competência ao determinar a prisão imediata do ex-jogador após homologar a decisão da Justiça Italiana. Além disso, os advogados questionaram a aplicação retroativa de artigos da Lei de Migração, de 2017, ao caso de Robinho, que remonta a 2013.


Robinho em audiência de custódia (Foto: reprodução/ TV Globo)

Gilmar Mendes, único ministro a votar pela concessão do habeas corpus, sustentou que a legislação de 2017 não poderia ser aplicada para punir o réu e defendeu que ele deveria permanecer em liberdade até o trânsito em julgado da sentença homologatória. No entanto, a maioria dos ministros discordou, reforçando o entendimento de que a decisão do STJ respeitou os acordos de cooperação internacional e os requisitos legais.

Relembre o caso e os próximos passos

Robinho foi condenado pela Justiça Italiana em 2017 por participação em um estupro coletivo ocorrido em 2013. A pena de nove anos de prisão foi homologada no Brasil em março de 2024, permitindo que fosse cumprida em território nacional. Desde então, o ex-jogador está preso na Penitenciária de Tremembé, interior de São Paulo, onde segue uma rotina de exercícios físicos e partidas de futebol no campo de terra do presídio.


Robinho ao entrar no sistema prisional (Foto: reprodução/Folha de S. Paulo)

Com o julgamento do STF ainda em andamento, a decisão final será consolidada ao término do prazo, em 26 de novembro. Caso os votos atuais sejam mantidos, Robinho permanecerá preso, e a defesa terá poucas alternativas para reverter o resultado. Ainda assim, seus advogados podem buscar novos recursos em instâncias internacionais, embora as chances de sucesso sejam reduzidas.

A decisão do STF reforça a aplicação de acordos de cooperação jurídica internacional e marca um momento significativo na responsabilização de crimes cometidos fora do Brasil. Para Robinho, a manutenção da pena sinaliza que a Justiça brasileira está alinhada com os compromissos assumidos em tratados internacionais.

Grupo pretendia usar arsenal de guerra em plano golpista no Brasil

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (19), a operação “Contragolpe”, que prendeu 5 acusados de participarem de um plano que tinha como objetivo evitar a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Os alvos eram o próprio Lula, Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. De acordo com o plano, seriam usados equipamentos capazes de derrubar paredes e até mesmo destruir blindados.

Detalhes do armamento

A operação era chamada pelos envolvidos de “Punhal verde e amarelo”. A lista de equipamentos incluía metralhadoras, fuzis, pistolas, lança-granadas e até mesmo bazucas. A apuração da Polícia Federal cita que o planejamento ocorreu em uma reunião na residência do então candidato à vice-presidência da República na chapa de Jair Bolsonaro, General Braga Netto.

Chama atenção, sobretudo, o armamento coletivo previsto, sendo: 1 metralhadora M249 –MAG – MINIMI (7,62 mm ou 5,56 mm), 1 lança Granada 40 mm e 1 lança-rojão AT4. São armamentos de guerra comumente utilizados por grupos de combate.”

– Polícia Federal

Também seriam utilizadas quatro pistolas 9mm ou .40 e quatro fuzis 5,56 mm, 7,62 mm ou .338. O lança-rojão, o equipamento mais pesado, serve como lançador de foguetes antitanque, podendo auxiliar em combate contra blindados. Os armamentos poderiam criar aberturas ou derrubar paredes, permitindo a penetração no espaço para uma ação furtiva.


Armamento pesado seria empregado em possível golpe de Estado no Brasil (Foto: reprodução/ X/ @IvanValente)

Operação da Polícia Federal

A operação ‘Contragolpe’ se tornou pública nesta terça-feira (19) e, até o momento, resultou em 5 prisões. Entre os presos, estão militares que integravam um grupo com treinamento para missões sigilosas, os “kids pretos”, e um agente da Polícia Federal.

A operação revela um plano de sequestrar e matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes, uma ação que foi apelidada pelos integrantes de “Punhal verde e amarelo”. Dentre as informações reveladas, está o plano de sequestrar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que foi abortado de última hora.

Homem que explodiu em frente ao STF, teria utilizado extintor de incêndio no atentado

Na última quarta-feira (13), Francisco Wanderley Cruz tentou atentar contra o STF, explodindo bombas na Praça dos Três Poderes. De acordo com imagens divulgadas de filmagens feitas pelas câmeras de segurança do Supremo, ele teria utilizado um extintor cheio de gasolina e um pano para tentar causar um incêndio na Estátua da Justiça .

Laudo

Conforme o laudo pericial divulgado, ao tentar o ataque, Francisco teria sofrido traumatismo cranioencefálico, e ainda foi acometido com queimaduras graves no rosto, por conta da explosão da bomba que ele carregava. Sua mão, devido ao impacto ocorrido no momento da explosão, também ficou destruída. Especialistas informaram a existência de características pirotécnicas no artefato utilizado por ele. Tinha semelhanças com rojões.

Imagens

Além de terem identificado os objetos utilizados por Francisco, no momento em que estava tentando explodir a Estátua da Justiça; as câmeras também identificaram um casal tentando fugir no momento da explosão. Pelo que foi mostrado nas imagens, uma moça estava correndo e logo atrás vinha um homem que recuou ao chegar próximo do carro. A testemunha Laiane Costa relatou que o autor do atentado acendeu a bomba, olhando para as pessoas que estavam ao seu redor.


Polícia vigia a Praça dos Três Poderes, após homem atentar contra o STF, no dia 13 de novembro (Foto: reprodução/Evaristo SA/Getty Images embed)


Testemunhas

Ainda de acordo com Laiane Costa, Francisco teria passado pelas pessoas e dado joinha, como se ele estivesse avisando o que iria acontecer a seguir. Uma das moças que estavam presentes no local, também lamentou, dizendo que ao olhar para aquele corpo no chão, se sentiu triste em não poder ter ajudado. Crime ocorreu na última quarta-feira (13), na Praça dos Três Poderes .

O STF está investigando, para descobrir qual eram os planos de Francisco naquele dia para poder entender de fato o que aconteceu.

Autor do atentado em Brasília tenta ato “simbólico” ao jogar pano com gasolina na Estátua da Justiça

Francisco Wanderley Luiz foi responsável por um atentado contra o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (13), ao tentar ingressar na sede da instituição portando artefatos explosivos. A tentativa foi frustrada quando um dos explosivos detonou na Praça dos Três Poderes, resultando na morte de Francisco. Fontes que acompanham a investigação sugerem que o ato poderia ter sido uma ação “simbólica”, já que ele carregava um extintor com combustível e jogou um pano embebido em gasolina na estátua da Justiça..

Objetivo

As investigações indicam que Francisco Wanderley Luiz pretendia incendiar a estátua da Justiça utilizando um lança-chamas improvisado. Antes de lançar o primeiro artefato explosivo em direção ao Supremo Tribunal Federal (STF), ele jogou um pano com gasolina na estátua.

Francisco morava em uma casa alugada em Ceilândia, uma das regiões administrativas do Distrito Federal, onde foi encontrado um espelho com mensagens ameaçadoras ao patrimônio. Uma delas dizia:

“Débora Rodrigues. Por favor, não desperdice batom!!! Isso é para deixar as mulheres bonitas!!! Estátua de m*rda se usa TNT!”

Débora Rodrigues, mencionada na mensagem, foi uma das ativistas que vandalizou a estátua da Justiça em Brasília em 8 de janeiro de 2023, escrevendo “Perdeu, mané” com batom. Ela está presa desde março de 2023.

O que se sabe sobre o caso

A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar o caso, e a investigação foi encaminhada ao ministro do STF Alexandre de Moraes.


Francisco Wanderley Luiz fez publicações em suas redes sociais antes do atentado (Foto: reprodução/ X/ @Como_Tanka)

Antes do atentado, Francisco publicou em suas redes sociais postagens confusas direcionadas a políticos, além de mencionar a data em que o ato ocorreu, sugerindo que haveria uma “revolução”.

Após o atentado

As investigações estão sendo conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal em colaboração com a Polícia Federal. Na madrugada de quinta-feira (14), o prédio do STF passou por uma vistoria e varredura, com o apoio do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE). A corte e a Praça dos Três Poderes foram cercadas por gradis, barreiras de proteção usadas para conter o avanço de pessoas em um espaço.