Terremoto em Lima, no Peru, deixa morto, feridos e causa danos em hospitais e escolas

No domingo, um terremoto de 6,1 de magnitude atingiu o Peru na região de Lima. Uma pessoa morreu, 36 ficaram feridas e houve deslizamentos de terra. Também houve danos em hospitais e escolas, segundo o Centro de Operações de Emergência Nacional (COEN).

Quando começou o terremoto?

O tremor começou às 11h35 no horário local (13h35 em Brasília) e teve seu epicentro a cerca de 30 km a sudoeste de Callao, cidade próxima a Lima, segundo o Centro Sismológico Nacional. A Polícia Nacional confirmou que a queda de um muro esmagou um homem de 36 anos dentro do carro onde ele estava, no distrito de Independência, em Lima. O COEN também registrou 36 pessoas feridas na cidade.

A presidente Dina Boluarte pediu calma à população e afirmou que não há alerta de tsunami para a costa do país. O terremoto interrompeu temporariamente o jogo de futebol entre Sporting Cristal e Deportivo Garcilaso, pelo torneio Abertura.

O Peru, com 34 milhões de habitantes, fica no chamado Cinturão de Fogo do Pacífico, uma região com muita atividade sísmica que vai da costa oeste das Américas até o leste da Ásia.

Nessas áreas, acontece a maior atividade sísmica do mundo. No Peru, a população sente pelo menos cem terremotos a cada ano. O último terremoto forte foi na região do Amazonas, em novembro de 2021, com magnitude 7,5. Deixou 12 pessoas feridas e destruiu mais de 70 casas. Em 1970, o Peru sofreu um dos terremotos mais mortais dos últimos 100 anos, que matou 67 mil pessoas na região de Áncash, no centro-norte do país.


Terremoto durante a partida entre Sporting Cristal e Deportivo Garcilaso (Vídeo: reprodução/X/@pasefiltradodope)

Como acontece um terremoto?

Um terremoto acontece quando há um movimento repentino nas placas tectônicas da Terra. Essas placas são grandes blocos de rocha que formam a crosta terrestre e estão em constante movimento. Às vezes, elas ficam presas entre si por causa do atrito. Quando a pressão acumulada é muito grande, elas se soltam de repente, liberando uma enorme quantidade de energia. Essa energia se espalha pelo solo em forma de ondas sísmicas, fazendo o chão tremer.

A Escala Richter, criada em 1935 pelo sismólogo Charles Richter, é usada para medir a força de um terremoto. Essa escala mede a magnitude do tremor, ou seja, a quantidade de energia liberada. Ela é logarítmica, o que significa que, a cada número inteiro a mais, o terremoto é cerca de 10 vezes mais forte em amplitude das ondas sísmicas.

Tremores com magnitude menor que 3,0 geralmente não são sentidos. Já os entre 3,0 e 4,0 podem ser percebidos, mas quase nunca causam danos. De 4,0 a 5,0, já podem balançar objetos e assustar pessoas. De 5,0 a 6,0, causam danos leves a moderados, especialmente em construções mais frágeis.

Brasileira comenta sobre terror após terremoto na Turquia

Uma brasileira relatou nesta quarta-feira, (23) a sensação de um terremoto na cidade de Istambul, na Turquia. A publicitária Mayara Luiz Lyra, moradora de Natal, na capital do Rio Grande do Norte, relatou que presenciou um terremoto de magnitude 6,2 que chacoalhou prédios em Istambul.

Mayara, que veio ao país eurasiático a trabalho e aproveitar um momento para turismo, percebeu ao redor que os prédios do local começaram a se movimentar. Ressaltou também que aquelas construções e móveis mais antigos começaram a desabar e ruíram.

Terremoto causa pânico em Istambul, na Turquia. (vídeo: reprodução/X/Reuters)

Relato local

A brasileira comentou:

Nós saímos para fazer um tour aqui pela cidade, viemos aqui nas ruas coloridas e quando a gente estava naquela na escadaria colorida, a gente sentiu a terra tremer e literalmente os prédios balançarem e ruírem. Alguns prédios mais antigos chegaram a ruir. Foi rápido. A gente desceu correndo aqui e procurou um parque, que é um lugar aberto”.

O terremoto que teve uma magnitude de 6,2 ocorreu a profundidade 10 km abaixo do solo. A cidade de Istambul está a 6 horas a frente do fuso horário brasileiro, sendo 15:14 na cidade turca e 9:14 no Brasil.

Histórico de sismos

A Turquia já possui um longo histórico de problemas com abalos sísmicos em boa parte das regiões do país. Em 2023, o país que fica localizado na península da Anatólia registrou um dos terremotos mais mortíferos em toda a sua história, com 50 783 mortos e 107 204 feridos no sul da Turquia e no norte da Síria.

As placas tectônicas na qual a Turquia está localizada, correspondem a ficar situadas entre a placa eurasiática e a placa africana, é através do movimento destas placas que é gerado os abalos no território turco. Além disso, existem problemas geográficos que potencializam determinados abalos, como a Falha Oriental da Anatólia, uma área que vai do noroeste até o sudeste da Turquia.

Terremotos pegam de surpresa cidades no Afeganistão, Paquistão e Índia

Segundo o Centro Sismológico Europeu-Mediterrâneo (EMSC), um terremoto de magnitude 5,6 atingiu a a região de Hindu Kush, no Afeganistão, no início da manhã desta quarta-feira (16), no horário local.

A princípio, o EMSC havia medido a magnitude do tremor em 6,4 na Escala Richter, mas posteriormente revisou a medição. 

Outras regiões afetadas

Além do Afeganistão, o terremoto foi sentido ao longo da manhã em Islamabade, partes ao norte do Paquistão e ao norte da Índia, incluindo Déli, com magnitude de 5,9, de acordo com o Departamento Meteorológico do Paquistão (PMD). 


Os tremores foram sentidos em regiões do Afeganistão e da Índia (Reprodução/X/@Shubash_LiveS)

De acordo com dados coletados pelo EMSC, o tremor aconteceu a uma profundidade de 121 km e o epicentro foi a 164 km a leste de Baghlan, ao norte do Afeganistão, com uma população de aproximadamente 108 mil habitantes. 

Segundo a The Indian Express, o terremoto seguiu uma série de tremores nos últimos dias, no Centro-Sul da Ásia, que causam preocupação por causa de movimentos tectônicos na região, incluindo um terremoto de magnitude 5,6 no sul das Filipinas, também nesta quarta-feira (16), sem relatos imediatos de danos e vítimas fatais.

Uma série recente de três tremores aconteceu no Tajiquistão em um período de dois dias. No último domingo (13), a região há havia sofrido dois terremotos, o primeiro com 6,1 de magnitude e o segundo, com 3,9. Os tremores de domingo ocorreram a 10 km de profundidade. 

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) informou que o tremor nas Filipinas ocorreu próximo à costa da ilha Mindanao, a uma profundidade de 30 km. O Instituto Filipino de Vulcanologia e Sismologia identificou que o epicentro ficou a aproximadamente 43 km a sudoeste de Maitum, que é uma região remota, montanhosa e pouco povoada. 

No Paquistão, a área mais afetada foi a região montanhosa de Hanai. A ausência de estradas pavimentadas e o corte de energia dificultam os resgates. 

Impacto no Afeganistão

De acordo com o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (UNOCHA), o Afeganistão continua altamente suscetível a desastres naturais, que incluem enchentes sazonais, deslizamentos de terra e terremotos.

Esses terremotos frequentes causam prejuízo às comunidades mais vulneráveis, que já estão lidando com décadas de conflito e subdesenvolvimento e há pouca resiliência para lidar com os múltiplos choques simultâneos. O país tem uma história de terremotos potentes, e a cadeia montanhosa de Hindu Kush é uma área geologicamente ativa onde os tremores acontecem todo ano, segundo a Cruz Vermelha. 

O Afeganistão está assentado sobre inúmeras falhas geológicas entre as placas tectônicas Eurasiana e da Ìndia, com uma falha que também percorre todo o trecho ao longo de Herat, a terceira cidade mais populosa do país. 


Agência de notícias WION divulga as primeiras informações do terremoto (Reprodução/YouTube/WION)

De acordo com a agência de notícias WION, há registro de, pelo menos, 20 mortos e mais de 200 feridos até o momento, considerando os primeiros registros oficiais no Afeganistão e Paquistão. Uma mulher e seis crianças encontram-se entre as vítimas fatais. 

Não há registros de fatalidades na Índia até o momento. 

Terremoto de magnitude 7,7 em Mianmar causa mais de mil mortes

O terremoto que atingiu Mianmar na sexta-feira, 28 de março, deixou um rastro de destruição e dor. Com mais de mil mortos e milhares de feridos, famílias inteiras viram suas vidas mudarem em questão de segundos. Muitos ainda procuram por parentes desaparecidos, enquanto equipes de resgate trabalham incansavelmente em meio aos escombros.

Alcance dos tremores

O tremor foi tão forte que chegou a ser sentido em cidades distantes, como Yunnan e Ruili, na China, onde também houve danos e feridos. Em Mianmar, o impacto foi brutal: prédios desabaram, ruas foram bloqueadas e muitos perderam suas casas. O acesso a água, eletricidade e comunicação ficou comprometido, tornando a situação ainda mais difícil para os sobreviventes..


Templo destruído após terremoto em Mianmar (Foto: reprodução/x/@g1)

O governo de Mianmar mobilizou rapidamente equipes de resgate para atuar na tragédia. O corpo de bombeiros local enviou 21 caminhões e 96 equipes de resgate para as áreas afetadas.

Além disso, 285 policiais e 47 viaturas foram deslocados para garantir a segurança e prestar assistência às vítimas. O departamento de transporte também mobilizou 250 funcionários para trabalhar na liberação das estradas e garantir que os suprimentos de emergência cheguem às regiões atingidas.

A retomada dos serviços

Os serviços essenciais, como energia elétrica, abastecimento de água e telecomunicações, estão sendo gradualmente restabelecidos. No entanto, muitas comunidades ainda enfrentam dificuldades devido ao colapso de prédios e infraestrutura danificada.

Escolas, hospitais e comércios foram destruídos, deixando um vazio difícil de preencher. Mesmo com os serviços essenciais sendo restabelecidos aos poucos, a população ainda enfrenta dias de dificuldades e medo.

Mas, em meio à tragédia, a solidariedade brilha. Países ao redor do mundo enviaram ajuda humanitária, trazendo alimentos, suprimentos médicos e equipes especializadas em resgates. A esperança agora se encontra nos esforços coletivos para reconstruir o que foi perdido.

Enquanto os dias passam, famílias tentam se reerguer. Entre a dor da perda e a força para continuar, o povo de Mianmar enfrenta esse momento com resiliência, contando com a ajuda de todos para transformar a destruição em um novo começo.

Número de mortos em Mianmar pode passar de 10 mil

Nesta sexta-feira (28), o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) estimou que o número de mortos em Mianmar deve ultrapassar 10 mil, após o terremoto de magnitude 7,7 que atingiu o centro do país. O tremor foi considerado o desastre natural mais letal dos últimos anos no país empobrecido e destruído pela guerra. 

Até o ínício deste sábado (29), o governo militar confirmou mais de 1.000 mortes. No entanto, ainda há muitos escombros a serem removidos e os números devem subir à medida que as equipes de resgate recuperem os corpos presos nos destroços. 

Perdas humanas e materiais

O terremoto teve mais impacto destrutivo na segunda maior cidade do país, Mandalay, onde vivem mais de um milhão de pessoas. O município já foi a capital real do país e hoje é um importante centro budista. 

Sobreviventes em Mandalay, na ausência de equipes de socorro e maquinário mais pesado, começaram a cavar as ruínas com as próprias mãos, sem nenhum equipamento de proteção, na tentativa desesperada de salvar sobreviventes ainda presos debaixo do concreto. 

No dia seguinte, o chefe da Junta de Mianmar, general Min Aung Hlaing, viajou até a parte mais afetada de Mandalay, perto do epicentro do terremento, que colapsou construções e provocou incêndios em algumas áreas. 

Danos contabilizados

O terremoto desta sexta-feira está entre os maiores registrados a atingir o país do sudeste asiático no útlimo século. O abalo causou danos a aeroportos, pontes e rodovias em meio a uma guerra civil que arrasou a economia e deslocou milhões de pessoas. A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que os danos foram significativos.

A torre de controle no aeroporto internacional em Naypyitaw colapsou e se tornou inoperante, segundo fontes informaram à Reuters. 

Em uma primeira avaliação feita pela oposição em Mianmar, o Governo de Unidade Nacional (NUG) afirmou que pelo menos 2.900 prédios, 30 estradas e sete pontes foram danificadas pelo tremor. 

O NGU é um grupo remanescente de legisladores eleitos e membros do parlamento eleitos pelo governo civil deposto pelo golpe de estado no país em 2021, que deu início à guerra civil. 

Devido a danos significativos, os aeroportos internacionais Naypyitaw e Mandalay estão temporariamente fechados.

Governo de Unidade Nacional da República da União de Mianmar

Ajuda humanitária internacional

Hlaing fez um telefonema raro pedindo ajuda internacional. De acordo com a agência de notícias Reuters, as autoridades militares de Mianmar recebem neste sábado (29) centenas de equipes de resgate estrangeiras para auxiliar no resgate de mortos e feridos, assim como na busca de desaparecidos. 


Equipes de resgate buscam por sobreviventes em Mianmar (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Uma equipe chinesa chegou ao aeroporto na capital comercial de Yangon, a centenas de quilômetros de distância de Mandalay e Naypyitaw. O grupo fará uma viagem de ônibus até o local, segundo informações nas mídias do governo. Suprimentos de emergência vindos da Índia em aeronaves militares também pousaram em Yangon. 

Rússia, Malásia e Singapura também estão enviando aviões lotados de suprimentos e pessoal para ajudar neste momento. A Coréia do Sul disse que daria uma ajuda inicial de dois milhões de dólares em ajuda humanitária para Mianmar por meio de organizações internacionais.


Equipes de resgate russas se preparam embarcam para socorrer Mianmar (Foto: reprodução/X/@sputinik_brasil)

Os Estados Unidos, que mantém uma relação áspera com os militares de Mianmar e impôs sanções às autoridades locais, incluindo o general Min Aung Hlaing, disse que também ofereceria algum tipo de ajuda. 

O presidente Xi Jinping falou ao telefone com o chefe da junta, segundo informações da embaixada chinesa em Mianmar. O governo chinês se comprometeu em ajudar com recursos para o socorro, enviando tendas, cobertores e kits médicos de emergência equivalentes ao valor de 13,77 milhões de dólares. 

A Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), bloco de 10 países que inclui Mianmar, reconhece a necessidade urgente de ajuda humanitária. “A ASEAN está pronta para dar apoio à ajuda humanitária e aos esforços de recuperação”, disse o grupo em uma declaração. 

O país vizinho, Tailândia, também sofreu com o terremoto que chacoalhou prédios e trouxe abaixo um arranha-céu de 33 andares em construção na capital Bangkok. Pelo menos, nove pessoas morreram neste desabamento. As equipes de resgate continuam as operações de resgate no local desde então e buscam 47 pessoas desaparecidas debaixo dos destroços, dentre elas trabalhadores de Mianmar. 

Terremoto de alta magnitude atinge Mianmar, no sudeste asiático

Um terremoto de alta magnitude atingiu Mianmar, um país localizado no sudeste asiático, nesta sexta-feira (28). O tremor também foi intensamente sentido na China.

De acordo com a TV estatal de Mianmar, em nota disparada via Telegram, pelo menos 144 pessoas morreram e 732 ficaram feridas em decorrência do terremoto.

Na Tailândia, um prédio em construção caiu em decorrência dos tremores. Até o momento, foram confirmadas 5 mortes, mas as equipes de resgate ainda procuram 117 desaparecidos sob os escombros.


Prédio desaba por conta de terremoto em Mianmar (Vídeo: reprodução/X/@reporterenato)


Abalo sísmico

Na escala Richter, que mede a força dos tremores de um terremoto, este teve magnitude 7,7, considerado na escala como “muito forte”.

Para efeito de comparação, o maior terremoto já registrado na história foi de 9,5, que ocorreu no Chile em 1960.

O que se sabe até agora

O tremor ocorreu na tarde de sexta-feira (madrugada pelo horário de Brasília) e teve seu epicentro localizado a 16 quilômetros a noroeste da cidade de Mandalay, na região central de Mianmar.

Especialistas apontam que a pouca profundidade do epicentro agravou a força do tremor, visto que isso fez com que ele fosse sentido mais fortemente.

Acerca dos danos no país, a Organização das Nações Unidas (ONU) não deu muitos detalhes, além de dizer que “os danos foram significativos” na região central do país. Além disso, a Myanmar National Airlines, companhia aérea de Mianmar, cancelou voos.

Outra instituição que se pronunciou sobre as destruições foi a Cruz Vermelha:

A infraestrutura pública foi danificada, incluindo estradas, pontes e prédios públicos. Atualmente, temos preocupações com represas de grande porte”

Disse Marie Manrique, coordenadora de programas da Federação Internacional da organização.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, está em viagem a Hanói, no Vietnã, outro país do sudeste asiático. No entanto, não há registros de dano no país.

Terremoto acima de 5 na Escala Richter atinge norte do Chile

Um terremoto de magnitude 5,6 na escala Richter abalou nesta terça-feira (25) a região de Tarapacá, no Chile, segundo informações do Centro Sismológico Euro-Mediterrânico (EMSC). O epicentro aconteceu a 131 quilômetros de profundidade, o que suavizou o tremor. Até o momento, não há nenhum registro de mortos ou feridos. 

Segundo o site chileno de notícias T13, um abalo sísmico de magnitude 5,5 aconteceu a 22 quilômetros ao norte de Pica, na mesma região. Em minutos antes, outro tremor foi registrado em Calama. 


O Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres mantém a população informada sobre os riscos (Foto: reprodução/X/@Senapred)

O site destaca que o Serviço Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres (Senapred) analisou os índices que mostravam as mesmas características necessárias para causar um tsunami na costa do Chile. Entretanto, descartou o perigo de tsunami para toda a região.

Segundo a Volcano Discovery, a princípio, um terremoto de 5,9 aconteceu às 19h55 na hora local, a 73 quilômetros de Pozo Almonte, no Chile, de acordo com o EMSC. O tremor atingiu a profundidade de 90 km abaixo do epicentro próximo a Pozo Almonte, Província del Tamarugal, em Tarapacá, no início da noite desta terça-feira (25). 

A magnitude exata, epicentro e profundidade do tremor são sempre revisados por sismólogos, refinando dados e cálculos, à medida que outras agências também publicam seus relatórios. Baseados em dados sísmicos preliminares, o tremor foi provavelmente sentido na área do epicentro, sem expectativa de maiores danos. 

Em Mamiña, localizada a 25 km do epicentro, Pica, a 36 km, Pozo Almonte, a 73 km de distância, e Huara, a 77 km, o terremoto deve ter sido sentido como um leve tremor. 

Em atualizações posteriores, a Volcano Discovery afirmou que o terremoto teve magnitude 5,4 e aconteceu a 101 km de Alto Hospicio, Iquique, Tarapacá, no Chile, às 19h55 (horário de Santiago). O tremor alcançou a profundidade de 99 km e foi amplamente sentido em toda a região. 


Na segunda-feira (24), outro tremor de terra já havia atingido o local (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

Abalos sísmicos e terremotos

De acordo com o Centro Sismológico Nacional (CSN), diferente de um sismo, um tremor ou terremoto é um processo de geração de ondas elásticas e sua propagação no interior da terra. Ao chegar na superfície do planeta, as ondas provocam movimento e vibração do solo.

O termo “terremoto” é utilizado para se referir a um sismo que causa danos estruturais. É fácil se confundir, já que os dois conceitos estão relacionados, porém magnitude e intensidade não são termos equivalentes.

A magnitude é a medida do tamanho de um tremor que tem relação com a quantidade de energia liberada em forma de ondas elásticas, sendo um valor único para cada evento sísmico. Por outro lado, a intensidade mede os efeitos de um determinado evento em pessoas, animais, estruturas e terrenos. 

No mesmo dia, o site de monitoramento Earthquake List registrou 11 tremores entre 2,7 e 5,4 de magnitude na região. 

Tremores de magnitude até 5,4 na escala Richter causam danos menores, como o risco de danos estruturais em prédios e outras construções. 

Frequência de terremotos na região

O Chile é um país que sofre constantes ocorrências de terremotos. Em 1960, o país registrou o maior terremoto, na cidade de Valdívia, um tremor de magnitude 9,5 na Escala Richter, cujo valor máximo é 10. Em abril de 2014, um novo terremoto atingiu a cidade de Iquique, ao norte do território chileno.

De acordo com o site Earthquake List, um total de 10.226 terremotos com magnitude de 4 pontos na escala Richter, ou acima, atingiram cerca de 300 km do território chileno nos últimos 10 anos. Estes números levam a uma média de 1.022 terremotos por ano, ou 85 por mês. Aproximadamente, um terremoto atingirá regiões próximas ao Chile a cada oito horas. 

Um número relativamente alto de terremotos ocorreram no Chile em 2015. Um total de 1.851 terremotos com magnitude acima de 4 foram detectados dentro de um raio de 300 km próximo ao Chile naquele ano. O mais forte atingiu 8,3. 

Segundo o site Brasil Escola, o Chile situa-se em uma zona de encontro entre duas placas tectônicas, a de Nazca e a Sul-Americana. As placas estão em movimentos opostos e se chocam e, por essa razão, provocam os terremotos, ondas de vulcanismos e a formação de toda a cadeia montanhosa na costa oeste da América do Sul. 

Os pontos de encontro entre as duas placas liberam energia e elas se reacomodam e propiciam a ocorrência de abalos sísmicos. A Placa Sul-Americana, que é mais leve, desliza sobre a Nazca, que é mais pesada. Por causa da resistência das rochas, o movimento trava e a energia produzida se acumula nessa zona de travamento até o ponto das rochas não conseguirem mais contê-la, quando então a energia é liberada na forma de terremotos. 

Quanto maior a força de movimentação das placas e quanto maior o tempo de tensão, maior a quantidade de energia acumulada e, por isso, mais intensos os terremotos.

Tremor de magnitude 4,8 em Portugal relembra pior terremoto do país

Nesta segunda-feira, dia 17 de fevereiro, um terremoto de magnitude 4,8 atingiu a cidade de Caparica, em Portugal. Toda a costa da cidade sentiu o tremor, que também foi percebido na capital, Lisboa, localizada a apenas 18 quilômetros de distância.

O terremoto teve uma profundidade de apenas 10 quilômetros, o que amplificou sua intensidade. Os dados foram coletados pelo Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS), embora o monitoramento na região seja responsabilidade do Centro Sismológico Euro-Mediterrâneo. Segundo este órgão, não há risco de tsunami associado ao tremor.

Não há notícia de vítimas

Até o momento, não há informações sobre vítimas ou danos materiais significativos causados pelo terremoto. Autoridades locais seguem monitorando a situação e aguardam relatos de possíveis impactos. Moradores da região relataram sentir um forte abalo seguido de pequenas réplicas, mas sem grandes consequências. Especialistas afirmam que novos tremores secundários podem ocorrer nas próximas horas.

Portugal tem um histórico de atividade sísmica. Em agosto de 2024, um terremoto de magnitude 5,4 abalou Lisboa, sendo um dos mais fortes registrados na última década. No entanto, o maior terremoto da história do país ocorreu no século XVIII, quando um tremor de magnitude 9 devastou a capital portuguesa.


Bandeira de Portugal (Foto: reprodução/Image by Ramesh Thadani/Getty Images Embed)


Terremoto do século XVIII

O terremoto de 1755 foi catastrófico. Além dos danos estruturais causados pelo abalo sísmico, a cidade enfrentou tsunamis e incêndios que agravaram a destruição. O desastre durou cerca de seis dias e resultou na morte de mais de 90 mil pessoas. Esse evento foi um marco mundial e levou Portugal a uma extensa reconstrução da capital, praticamente refazendo Lisboa do zero.

Diante dos recentes tremores, especialistas recomendam que a população esteja sempre preparada para emergências. As autoridades reforçam a importância de medidas preventivas e planos de evacuação, especialmente em áreas de maior risco sísmico. O monitoramento contínuo é essencial para minimizar impactos e garantir a segurança dos moradores. O governo português estuda aprimorar sistemas de alerta e reforçar construções para aumentar a resistência a futuros abalos sísmicos.

Moradores do Rio de Janeiro e de São Paulo recebem falso alerta de terremoto

Durante a madrugada desta sexta-feira (14), moradores de São Paulo e do Rio de Janeiro receberam uma notificação de terremoto enviada pelo Google. Embora nenhum tremor tenha sido registrado na região, a notícia gerou preocupação e se tornou um dos assuntos mais buscados na internet.Durante a madrugada desta sexta-feira (14), moradores de São Paulo e do Rio de Janeiro receberam uma notificação de terremoto enviada pelo Google. Embora nenhum tremor tenha sido registrado na região, a notícia gerou preocupação e se tornou um dos assuntos mais buscados na internet.

Alerta falso

A notificação mostrava supostos tremores de magnitudes 5,5 e 4,4 na região de Ubatuba, litoral de São Paulo. Contudo, o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) afirmou que não foi registrada nenhuma atividade sísmica no local.

A Defesa Civil de São Paulo confirmou que não emitiu nenhum alerta e que não foram registradas ocorrências relacionadas ao possível terremoto.

Já a Defesa Civil do Rio de Janeiro também se manifestou e disse que não emitiu nenhum alerta de terremoto para o estado. “Segundo o Centro Estadual de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (CEMADEN-RJ), não há registro de abalo sísmico no estado do RJ”, informou a declaração.


Notificação falsa de terremoto (Foto: reprodução/CBN)

Funcionamento do sistema de alerta do Android

O Google possui um sistema global de detecção de abalos sísmicos baseado em sensores de smartphones. A tecnologia usa acelerômetros para detectar vibrações que podem sinalizar um terremoto.

Ao captar sinais semelhantes em regiões próximas, o sistema envia um alerta para informar e prevenir os usuários.

Essa função faz parte do Serviço de Localização de Emergência do Android (ELS), cuja finalidade é diminuir o tempo de resposta a emergências e fornecer as informações necessárias sobre eventos sísmicos.

Entretanto, a falha desta sexta-feira repercutiu e gerou dúvidas sobre a eficácia e confiabilidade do sistema, já que situações como essa podem causar preocupação entre os indivíduos.

Pronunciamento do Google

Segundo a empresa, o sistema não foi desenvolvido para substituir alertas oficiais. Ainda acrescentaram que, por algum motivo, o sistema identificou sinais de celulares em localização próxima ao litoral de São Paulo e enviou a notificação.

O Google pediu desculpas aos usuários que receberam as mensagens e informou que o episódio já está sendo investigado. Também disseram que o sistema de alerta foi desativado no país.

Terremoto entre Tibete e Nepal causa destruição e deixa mais de 100 mortos

Um terremoto de grandes proporções atingiu a região autônoma da China, no Tibete, nesta terça-feira (07) e deixou, ao menos, 126 pessoas mortas e 188 feridas. Segundo a rede de comunicação chinesa, CCTVV, mais de mil casas foram destruídas e, aproximadamente, 50 tremores secundários foram sentidos nas três horas que sucederam ao terremoto.

Conforme o Serviço Geológicos dos Estados Unidos (USGS), a magnitude do fenômeno foi de 7,1. Já a China registrou 6,8 de magnitude. Os dois países atingidos afirmaram que o epicentro do desastre ocorreu em Tingri, no planalto tibetano, próximo à fronteira do Himalaia com o Nepal.

O presidente da China, Xi Jinping, afirmou que todos os esforços seriam realizados para socorrer as vítimas e diminuir os estragos. Além da Força Aérea Chinesa, mais de 1.500 bombeiros foram enviados para as regiões mais vulneráveis.

Dalai Lama falou sobre o desastre

O líder espiritual da região do Tibete, Dalai Lama, expressou a sua tristeza com o terremoto ocorrido na região.

“Estou profundamente triste ao saber do terremoto. Ofereço minhas orações por aqueles que perderam suas vidas e estendo meus desejos de uma rápida recuperação a todos os feridos”, disse o líder religioso.

Tenzin Gyatso é considerado a 14ª reencarnação de Dalai Lama pelos budistas, e, atualmente, vive na Índia, após a China anexar o Tibete em 1959.


Carro destruído após terremoto na região de Tibete (Reprodução/X/@sputnik_brasil)

Terremotos frequentes

A região do Monte Everest, localizada entre o Nepal e o Tibete, é um local conhecido pelos frequentes terremotos. Situado na área de convergência de placas tectônicas, os tremores já se tornaram comuns na região.

Em 2015, um terremoto de magnitude 7,8 atingiu a região do Nepal, o que acarretou o deslocamento do Monte Everest. Mais de 8 mil pessoas morreram na ocasião do desastre.

Um dos piores terremotos registrados na Índia ocorreu no Nepal em 1934. O tremor de magnitude 8,0 deixou 18 mil pessoas mortas.