Ex-Ministro dos Transportes Russo é encontrado morto logo após deixar governo

Roman Starovoit foi encontrado morto dentro de seu carro nesta manhã de segunda-feira (07/07) apenas algumas horas após ser demitido do Ministério por Vladimir Putin. De acordo com a apuração do jornal russo “Izvestiya”, o ex-ministro teria tirado a própria vida com uma arma de fogo. Um decreto presidencial foi publicado noticiando a exoneração do caro, sem, contudo, explicitar maiores justificativas. Starovoit estava à frente do Ministério desde maio de 2024 e enfrentava investigações por corrupção em sua antiga gestão, enquanto governador da região de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia.

Hipótese de suicídio

Segundo a agência de notícias Reuters, o Comitê Investigativo da Rússia, responsável pela investigação de crimes graves, trabalha para que haja uma conclusão precisa sobre o momento em que ocorreu a morte, pois, por ora, há muitos relatos conflitantes, não obstante, Roman Starovoit tenha sido encontrado, dentro de seu carro, já sem vida, com um ferimento de bala e, ao lado de seu corpo, segundo apontam vários meios de comunicação russo, uma pistola pertencente a ele mesmo, o que leva à suspeita de suicídio.

O suposto ato teria sido cometido algumas horas após o ex-ministro ter sido desligado de seu cargo no Ministério dos Transportes, sem maiores justificativas, pelo atual Presidente Russo, Vladimir Putin, cargo que Starovoit ocupava desde maio de 2024.


Vladimir Putin e Roman Starovoit (Foto: reprodução/X/@bosunatiklama)


Antes de ser nomeado Ministro, Roman governou a região de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia. Seu sucessor, Alexei Smirnov, foi acusado, em abril deste ano, por desvio de dinheiro público destinado à defesa, o que teria deixado a região mais vulnerável aos ataques ucranianos, na guerra em vigor há 4 anos.

Muito pressionado para justificar os motivos que levaram à exoneração do ex-Ministro, o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov apenas se limitou a dizer que caso Putin tivesse perdido a confiança em Starovoit, isso estaria expressamente mencionado no comunicado oficial, o que não ocorreu.

Antes de ser nomeado Ministro, Roman governou a região de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia. Seu sucessor, Alexei Smirnov, foi acusado, em abril deste ano, por desvio de dinheiro público destinado à defesa, o que teria deixado a região mais vulnerável aos ataques ucranianos, na guerra em vigor há 4 anos.

Crise na Rússia

Em virtude da guerra travada com a Ucrânia, a Rússia enfrenta uma crise nos meios de transporte e é nesse clima que ocorre a demissão de Starovoit. O setor de aviação, por exemplo, está com falta de peças de reposição e a Russian Railways, a estatal ferroviária russa, responsável pelo transporte de cargas e passageiros, uma das maiores do mundo, enfrenta crise provocada pelas altas taxas de juros, necessárias para conter a inflação.

Nomeação de Andrei Nikitin

Para ocupar o cargo anteriormente sob a responsabilidade de Starovoit, Putin nomeou Andrei Nikitin como Ministro Interino dos Transportes, ele que foi governador da região de Novgorod. Ao ser questionado sobre a rápida nomeação de Nikitin, o porta-voz do Kremlin, Peskov, disse:

“No momento, na opinião do presidente, as qualidades profissionais e a experiência de Andrei Nikitin contribuirão melhor para garantir que esta agência, que o presidente descreveu como extremamente importante, cumpra suas tarefas e funções.”


Nomeação de Andrei Nikitin como Ministro Interino dos Transportes Russo

O recém-nomeado Ministro não fez nenhum comentário sobre seu encontro com Putin, exceto sobre a enorme tarefa para reduzir os gargalos de carga e garantir fluxos transfronteiriços de mercadorias mais tranquilos.

Putin ordena o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde inicio da guerra

Durante a noite de quinta-feira e a madrugada de sexta, a Rússia realizou o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde o começo da guerra, segundo autoridades ucranianas. A ofensiva envolveu 539 drones e 11 mísseis lançados de forma coordenada.

O bombardeio aconteceu pouco antes de uma conversa programada entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. O ataque também veio um dia após Trump ter falado com o presidente da Rússia, Vladimir Putin — ligação que, segundo Trump, terminou sem avanços concretos.


Charge sobre conversa dos presidentes Putin e Trump (Foto: Reprodução/X/@AgenciaEll69700)


Na noite de quinta-feira e na madrugada de sexta, a Rússia fez seu maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde o início da guerra. Segundo autoridades ucranianas, foram lançados 539 drones e 11 mísseis de forma coordenada. Esse bombardeio aconteceu poucas horas antes de uma conversa entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky — e um dia após Trump falar com o presidente russo, Vladimir Putin, sem chegar a nenhum acordo.

A Força Aérea da Ucrânia classificou a ofensiva como a mais intensa já registrada em número de projéteis. Zelensky informou, em uma publicação na rede X, que 270 dispositivos foram abatidos, sendo 208 por guerra eletrônica. Pelo menos 23 pessoas ficaram feridas. Segundo ele, os alertas de ataque começaram quase ao mesmo tempo que as notícias sobre a ligação entre Trump e Putin. “Foi uma noite brutal e sem sono”, declarou.

Cidades atingidas

Kiev foi o principal alvo, mas outras regiões como Dnipro, Sumy, Kharkiv e Chernihiv também foram atacadas. Ferimentos ocorreram não só pelas explosões, mas também por destroços que caíram dos projéteis interceptados.

A Rússia tem aumentado a frequência de seus ataques recentemente. Segundo a agência AFP, junho teve número recorde de mísseis e drones lançados. Mesmo com o ataque, Putin disse estar aberto a negociações com a Ucrânia, mas reforçou que seus objetivos militares continuam. Trump, por sua vez, expressou frustração com o tom da conversa com o líder russo.

EUA cancela envio de armas

Enquanto isso, os EUA anunciaram que vão suspender o envio de armas específicas à Ucrânia, alegando motivos de segurança nacional. Autoridades ucranianas pedem mais apoio internacional e novas sanções à Rússia, reforçando que a pressão econômica é essencial para frear a guerra.

A guerra entre Ucrânia e Rússia se estende há muitos anos, desde a disputa da Criméia em 2014. Mas esse conflito se intensivou desde a invasão de grande escala russa no território ucraniano em fevereiro de 2022.

Ataque russo danifica hospital na Ucrânia

Após investida russa que danificou prédio hospitalar na Ucrânia, o número de feridos chega a nove pessoas, na cidade de Kherson, no sul da Ucrânia. Segundo autoridades, o ataque ocorreu na noite de terça-feira (1).

O ataque de artilharia russo, ao danificar seriamente um prédio hospitalar, feriu cinco pacientes, um médico e três enfermeiros. As informações foram transmitidas pelo governador regional, Oleksandr Prokudin.


Ataque, domingo (29), da Rússia em cidades da Ucrânia com mísseis e drones, ocasionando morte de civis (Foto: reprodução/Instagram/@cnnbrasil)


Controle russo

As tropas russas controlam a margem oposta do rio Dnipro, Kherkson – é a maior cidade ucraniana no alcance da artilharia russa e de drones de combate. Por conta disso, a cidade recebeu o título de mais perigosa da Ucrânia.

Moscou vem intensificando seus ataques nas últimas semanas pelo ar nas cidades da Ucrânia com o lançamento de mísseis e centenas de drones de forma simultânea durante as noites, o que vem causando danos generalizados, o que faz ocorrer o aumento no número de vítimas civis.


Diante de ataques russos, Kiev está preocupada diante da suspensão dos EUA de envio de alguns mísseis por conta de seu baixo estoque (Foto: reprodução/Instagram/@zelenskyy_official)


Resumo da guerra

Rússia e Ucrânia estão em guerra desde 2022. Na ocasião, a Rússia invadiu o território ucraniano em larga escala. Os conflitos prosseguem sem que haja uma previsão de término, ainda que rodadas de negociações venham ocorrendo. Em junho, houve troca de corpos de militares mortos nos conflitos. Contudo, a guerra segue com violência e mortes de civis de ambos os lados.

Em meio aos constantes ataques da Rússia à Ucrânia, EUA decidem cessar o envio de alguns mísseis e armamentos para a Ucrânia por motivo de baixo estoque em seu arsenal. Tal decisão causa preocupação em Kiev. Para Moscou, tal decisão pode acelerar o fim da guerra. Porém, os ucranianos acreditam que essa pausa possa “incentivar” os russos.

Coreia do Norte pode enviar forças militares na Ucrânia em apoio a Rússia, dizem autoridades da Coréia do Sul

A Coreia do Norte estaria sendo acusado por autoridades sul-coreanos de considerar enviar tropas militares em direção a Rússia, para ajudar em uma invasão de larga escala na Ucrânia. As informações foram veiculadas por autoridades parlamentares de Seul, incluindo também relatos de que militares norte-coreanos estariam dando suporte bélico para o ataque russo.

Denúncia sul-coreana

Segundo Lee Seong-kweun, o NIS (Serviço Nacional de Inteligência) acredita que forças russas estariam planejando realizar um ataque em larga escala contra o território ucraniano. A guerra da Ucrânia tem se alastrado desde o ano de 2021, sendo um dos maiores conflitos em solo europeu pós-segunda guerra mundial e consequentemente o maior deste século atual.


Coreia do Norte considera envio de tropas na Ucrânia (Foto: reprodução/X/wartransleted)

Com pretensão de obter apoio para o lançamento de satélites e também assessoria técnica para o lançamento de mais misseis do programa militar norte-coreano, Pyongyang ainda estaria enviando munição e artilharia balística para a manutenção da guerra para o lado russo. A Coreia do Norte ainda não havia se pronunciado oficialmente após a as acusações da Coreia do Sul, mostrando os fatos reais ainda neste mês de junho.

Pacto Militar

Depois de meses de silêncio, a Coreia do Norte e a Rússia confirmaram o envio de soldados norte-coreanos e seu envolvimento na ofensiva de Moscou contra a Ucrânia para reconquistar a área de Kursk. As duas nações declararam que a colaboração se fundamenta no acordo assinado pelos seus líderes em junho do ano anterior, o qual contempla um tratado de defesa conjunta.

As animosidades das duas nações do leste europeu, estariam indo além da fronteiras russo-ucranianas. Kim Jong-un, líder supremo da Coreia do Norte estreitou seu laços com o presidente russo, Vladmir Putin. O chefe de Estado norte-coreano, deixou claro ainda recentemente que apoiara a aliada Rússia frente a todos os conflitos que o pais euroasiático tem enfrentado desde sua decisão de invasão a vizinha Ucrânia.

Putin está apreensivo com panorama que pode desencadear 3ª Guerra Mundial

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu estar preocupado com a escalada dos conflitos no Oriente Médio, que podem apontar para a 3ª Guerra Mundial. Putin fez a declaração durante o Fórum Econômico Internacional de São Petesburgo (SPIEF), nesta sexta-feira (20). 

Durante o evento, o líder russo falou sobre a guerra com a Ucrânia, desde fevereiro de 2022, e sobre o conflito do momento entre Israel e Irã, que é aliado da Rússia na guerra contra a Ucrânia. 


Fala do presidente russo expõe preocupações com a escalada do conflito entre Israel e Irã (Vídeo: reprodução/X/@sputinik_brasil)

O governante russo teceu comentários sobre os ataques em torno das instalações nucleares iranianas, onde especialistas da Rússia estão construindo dois novos reatores para Teerã. 

É preocupante. Estou falando sem ironia, sem brincadeira.

Vladimir Putin

O líder ressaltou que há um “grande e crescente potencial de conflito” no Oriente Médio, que pode escalar ainda mais no cenário internacional, diante dos olhos de todo o mundo. “E isso exige, é claro, não apenas nossa atenção cuidadosa aos eventos que estão ocorrendo, mas também a busca de soluções, de preferência por meios pacíficos, em todas as direções”, afirmou o russo. 

Putin mediador

O presidente russo se ofereceu para servir de mediador no conflito entre Israel e Irã, o que não causa surpresa. A oferta incomodou o presidente norte-americano Donald Trump.


Líderes mundiais pedem por uma mediação para que a situação entre Israel e Irã não se agrave (Vídeo: reprodução/YouTube/Record News)

Em 2025, Rússia e Irã assinaram um pacto de cooperação mútua de longo prazo, que inclui coordenação político-militar, apoio em fóruns internacionais e possíveis pactos de defesa mútua, segundo alguns analistas. 

O acordo não deixa claro se o Kremlin deve fornecer armamento ou contribuir na produção bélica iraniana. No entanto, caso o conflito no Oriente Médio se amplie, é possível que a Rússia ajude o governo do Irã. 

Rússia x Ucrânia

Putin lidera a invasão das tropas russas na Ucrânia em uma guerra que já dura três anos.

Devido aos atritos com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), composta por países da União Europeia, Estados Unidos e Reino Unido, existe o receio de que a guerra atinja mais regiões além das fronteiras ucranianas. 

O czar russo ameaçou novamente a Ucrânia e sinalizou que existe a possibilidade de tomar novos territórios, como a cidade de Sumy, ao nordeste do país. Putin declarou que os povos russo e ucraniano são um só e que “não busca a rendição do rival”, mas o reconhecimento de 20% do território ucraniano que as tropas da Rússia agora ocupam. 

A Ucrânia é nossa.

Vladimir Putin

O presidente russo justificou a invasão da Ucrânia como uma resposta aos constantes bombardeios ucranianos nas áreas de fronteira, por acreditar que os ucranianos representam uma ameaça para a Rússia. 

Em 2021, o chefe do Kremlin publicou um ensaio em que defende a inexistência da Ucrânia como um país soberano. Contudo, Putin disse nesta sexta que nunca questionou o direito do povo ucraniano a soberania da Ucrânia. Em contrapartida, pontuou que, quando o país declarou sua independência em 1991, era um “Estado neutro”

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky rejeita a ideia de que russos e ucranianos são um só povo. Kiev, com o apoio de aliados do Ocidente, classifica como ilegal a pretensão de Moscou sobre a Crimeia e outras quatro regiões do território ucraniano.

Após acordo com a Rússia, Ucrânia consegue recuperar mais de 1.200 corpos de soldados

Nesta quarta-feira (11), órgão oficial ucraniano informou que ocorreu troca de prisioneiros de guerra com a Rússia. A informação é de que a Ucrânia levou para o país os corpos de 1.212 militares na guerra com a Rússia. Por meio de mensagens no aplicativo Telegram, a coordenação da troca de prisioneiros informou que foram repatriados os corpos de 1.212 mortos da Defensoria Pública, para a Ucrânia.

De acordo com o assessor do Kremlin e, Moscou, Vladimir Medinsky, a Ucrânia reconduziu, por sua vez, 27 corpos de soldados russos.


Apesar da troca de corpos entre Ucrânia e Rússia, a guerra continua entre os dois países (Foto: reprodução/Instagram/@cnnpolitica)


Procedimento para a troca de corpos

Ainda que a entrega dos corpos tenha ocorrido em um local não revelado, fotos foram divulgadas pela organização de funcionários do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). Utilizaram-se vários caminhões refrigerados para transportar os corpos. Feita a transferência, cabe agora aos peritos forenses identificarem cada um deles.

Na semana passada, firmou-se um acordo entre Kiev e Moscou em sua última rodada de negociações para que houvesse uma troca de corpos em larga escala.


Presidente russo, Vladimir Putin sobe o tom e ameaça Ucrânia apesar de troca recente por corpos de militares envolvidos na guerra (Foto: reprodução/Instagram/@portalg1)


A guerra continua

Apesar de ter ocorrido a troca de corpos entre os dois países, a guerra continua. em uma ofensiva que teve a utilização de 17 drones, tendo durado nove minutos, a Rússia atacou a cidade de Kharkiv. No ataque, segundo o prefeito, morreram duas pessoas e constam 57 feridos. Entre os feridos há 7 crianças. O ataque ocorreu nesta quarta-feira (11). 15 apartamentos de um prédio residencial foi atingido devido ao ataque maciço dos drones, fazendo com que ocorressem incêndios.

De acordo com o Exército ucraniano, a Rússia utilizou um total de 85 drones. O ataque ocorreu na madrugada, tendo como alvo diversas regiões do país. Ainda segundo o Exército ucraniano, foram abatidos 50 drones russos.

Rússia causa o maior ataque de drones à Ucrânia

Na madrugada desta terça-feira (10), a Rússia lançou o maior ataque de drones, até então, à Ucrânia. Foram utilizados ao todo 315 drones no bombardeio da capital Kiev. Os ataques danificaram vários prédios e estruturas, especialmente uma maternidade. O presidente Volodymyr Zelensky afirmou que esse foi o maior ataque à Ucrânia e que a força militar russa supera qualquer esforço para acabar com a guerra.

O ataque russo

A Rússia lançou, na madrugada desta terça-feira (10), um ataque de drones à capital da Ucrânia, Kiev, que foi considerado o maior até o momento. Foram usados 315 drones no ataque que destruiu vários edifícios e estabelecimentos da capital. Segundo o chefe da administração militar de Kiev, Tymur Tkachenko, sete distritos da cidade foram afetados, sendo que vários prédios, casas, armazéns e carros foram explodidos e incendiados. Ele afirmou que foi uma noite difícil para o povo ucraniano.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, fez posts em seu X (antigo Twitter), relatando os ataques russos que incidiram sobre Kiev. Ele afirmou como os esforços para resolver a guerra e manter a paz são ínfimas, perto da intensidade da opressão russa.


Post de Volodymyr Zelensky sobre os ataque de drones russos (Foto: reprodução/X/@ZelenskyyUa)

Na cidade de Odessa, os ataques foram bastante intensos. De acordo com o Ministério Público da região, pelo menos dois homens morreram e outros nove ficaram feridos. O ataque à cidade causou destruição em vários locais, como uma maternidade.

Relatos do ataque

O bombardeio à Ucrânia gerou relatos de vítimas que estavam presentes na região. Uma mulher, que se identificou apenas como Violeta, que é uma moradora de Odessa, relatou como a noite que passou foi terrível.

Minha garagem com meu carro está destruída… Passamos por momentos terríveis. Graças a Deus não me machuquei. Ouvi a sirene a tempo e corri para o corredor para me esconder. Foi bem a tempo, porque o teto do meu apartamento desabou. Ouvi outras explosões em Odessa, mas nada se compara a esta, é tão perto. Meu vizinho, um menino, ficou ferido, teve o ombro cortado por estilhaços de vidro, e ontem à noite o levaram para receber pontos.”, declarou Violeta.


Prédio ucraniano devastado após ataque da Rússia (Foto: reprodução/Ukrinform/NurPhoto/Getty Images Embed)


Outra mulher, chamada Lyudmila contou como foi a situação, tudo que viu e ouviu. Ela descreveu como foram assustadores os barulhos e os drones passando por toda a região. Ela declarou, também, que essa é a primeira vez em quatro anos que foram atingidos.

Zelensky espera retomada da troca de prisioneiros, enquanto Rússia acusa Ucrânia de atrasos

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse em um vídeo neste domingo (8), que espera que a troca de prisioneiros com a Rússia continue. A troca tinha parado devido a acusações de ataques dos dois lados.

Falas do presidente ucraniano

“Conversei hoje e ontem com o ministro da Defesa Umerov, com o chefe da HUR Budanov, com o chefe do SBU Maliuk, e a Ucrânia continua a fazer tudo o que for possível para que a libertação de nossos prisioneiros de guerra e a repatriação dos corpos dos nossos soldados caídos ocorram”, afirmou o presidente ucraniano.

Zelensky disse que as listas completas da Rússia, acordadas em Istambul, ainda não foram entregues à Ucrânia. Segundo ele, o lado russo, como de costume, está tentando fazer jogos políticos e espalhar desinformação, mesmo em questões tão sensíveis como essa.

O líder da Ucrânia afirmou que acredita na continuidade das trocas de prisioneiros e pediu que a população fique atenta aos alertas de ataques aéreos nos próximos dias, reforçando a importância de se manterem em segurança.


Matéria sobre a Turquia organizar encontro com líderes da Rússia e Ucrânia (Vídeo: reprodução/X/@CNNBrasil)

Rússia diz que troca está parada

O assessor do governo russo, Vladimir Medinsky, disse que a Ucrânia adiou de surpresa a troca de prisioneiros e a devolução dos corpos dos soldados mortos, sem dizer por quanto tempo. A Ucrânia, por sua vez, pediu que a Rússia volte a agir de forma séria.

O Ministério da Defesa da Rússia explicou que espera que as autoridades ucranianas logo tomem as decisões necessárias para a troca de prisioneiros e a devolução dos corpos dos soldados mortos.

O ministério disse que, até agora, Kiev não autorizou as ações humanitárias. Os representantes da Ucrânia não foram ao local da reunião, e o motivo do atraso ainda é desconhecido.

Ucrânia e Rússia se encontraram em Istambul na segunda-feira (2), para a segunda rodada de negociações de paz. Na reunião, decidiram trocar mais prisioneiros, dando prioridade aos mais jovens e feridos graves, e devolver os corpos dos soldados mortos.

Busca de Ucrânia e Rússia por solução para o fim da guerra fica cada vez mais distante

Os presidentes da Ucrânia e da Rússia, respectivamente Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin, não conseguem chegar a um acordo de paz entre as duas nações. Zelensky não aceita a proposta de paz feita pela Rússia, a qual alega ser um “ultimato”, inviabilizando um acordo. Putin, por sua vez, acusa a Ucrânia de não querer a paz, mantendo o terror, se referido aos ataques ocorridos recentemente em solo russo.

A guerra entre Ucrânia e Rússia completou três anos em fevereiro. A Rússia propôs, em memorando à delegação ucraniana na última segunda-feira, anexar as regiões já ocupadas pelas tropas russas. Essa ocupação já soma 20% do território ucraniano, e não é a primeira vez que Moscou sinaliza com tais condições, e as mesmas não foram aceitas anteriormente.

Zelensky, ao participar de uma coletiva de imprensa durante evento da OTAN nesta quarta-feira (4), sugeriu um cessar-fogo completo, até que possa ser agendada uma reunião entre os dois presidentes. Para Zelensky, este encontro pode ser marcado para a qualquer momento, e entende que o ideal seria os dois negociarem de forma direta em possíveis novos encontros.

Por seu turno, em evento na Rússia, também nesta quarta-feira, Vladimir Putin denunciou o fato de a Ucrânia não desejar a paz e de não acreditar no sucesso das negociações, pelo fato dos ucranianos terem atacado a Rússia nos últimos dias.

Tal afirmação acontece após a Ucrânia articular três ataques surpresas, fazendo uso de drones contra aviões de guerra, bombardeando linhas ferroviárias em Kursk, e ainda explodiu parte da ponte da Crimeia. Para as autoridades russas, os dois primeiros ataques podem ser chamados de “ataques terroristas”.


Sem acordo entre Rússia e Ucrânia, guerra continua (Foto: reprodução/Instagram/@portalg1)


Exigências russas, troca de prisioneiros e novas negociações

Para que haja uma homologação de acordo de paz, a Rússia fez algumas exigências. Dentre as quais:

  • Limitação do Exército ucraniano, tanto na quantidade de tropas quanto de armas;
  • Proibição da Ucrânia de ter armas nucleares e de abrigar esses armamentos em seu território;
  • Realização de eleição na Ucrânia.

O aceite das exigências russas pela Ucrânia trará a extinção de todas as sanções econômicas entre os dois países, além das restaurações de fornecimento de gás e relações econômicas.

Ainda que a Ucrânia tenha feito três ataques contra os russos, as duas nações concordaram com uma nova troca de prisioneiros de guerra, que visa a liberdade de todos os capturados com até 25 anos, gravemente feridos ou doentes, podendo ocorrer também a devolução de 6 mil corpos de cada lado.

Já no que diz respeito às negociações, segundo o ministro da defesa ucraniano Rustem Umbrov, uma terceira rodada pode ocorrer no fim de junho. Seria a terceira rodada de negociações entre os dois países.


Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky não aceita proposta de Moscou para pôr fim a guerra (Foto: reprodução/Instagram/@zelenskyy_official)

Embate entre Ucrânia e Rússia

A Ucrânia está pleiteando “um cessar-fogo completo e incondicional”, além de desejar “o retorno dos prisioneiros”, assim como, também, deseja o retorno de crianças ucranianas, que, de acordo com Kiev, Moscou levou para o seu território. Porém, Moscou já sinalizou não aceitar o “cessar-fogo incondicional”, que vem sendo exigido por Kiev e os aliados ocidentais.

Rússia entrega proposta de cessar-fogo à Ucrânia

Nesta segunda-feira (2), em Istambul, Turquia, negociadores da Rússia entregaram um documento detalhado à delegação ucraniana com os termos propostos por Moscou para um possível cessar-fogo total. A informação foi divulgada por Vladimir Medinsky, assessor do Kremlin e chefe da delegação russa nas negociações de paz.

Declaração de Medinsky

Segundo Medinsky, além do plano principal de cessar-fogo, a Rússia propôs uma pausa temporária nos combates, sugerindo um cessar-fogo localizado com duração de dois a três dias em determinadas regiões. A agência de notícias russa RIA informou que foram apresentadas duas alternativas principais: a primeira exige que a Ucrânia retire completamente suas tropas de quatro regiões que a Rússia considera como parte de seu território; a segunda proposta envolve um acordo mais amplo, que incluiria um pacote de condições para avançar com o cessar-fogo.

A Ucrânia afirmou que ainda está analisando o conteúdo do documento. O principal negociador ucraniano, Rustem Umerov, explicou que a delegação só teve acesso ao memorando russo durante a reunião desta segunda-feira e que a análise deve levar cerca de uma semana. Umerov também criticou o fato de que a Rússia segue rejeitando um cessar-fogo incondicional, o que, segundo ele, dificulta avanços mais significativos nas negociações.

Sobre a reunião

As conversas em Istambul começaram com quase duas horas de atraso, sem que houvesse explicação oficial, e duraram apenas cerca de uma hora, de acordo com autoridades turcas. Apesar da breve duração do encontro, houve um avanço humanitário: Rússia e Ucrânia concordaram com uma nova rodada de troca de prisioneiros, priorizando aqueles que estão gravemente feridos ou que têm menos de 25 anos. Também foi acordada a repatriação dos corpos de soldados mortos em combate. Medinsky afirmou que a Rússia pretende devolver cerca de 6 mil corpos à Ucrânia.


Foto da reunião em Istambul (Foto: reprodução/x@Margth9)

Rustem Umerov destacou ainda que os temas mais importantes só poderão ser resolvidos em um encontro direto entre os presidentes dos dois países. Por isso, propôs que uma reunião entre os líderes ocorra entre os dias 20 e 30 de junho. Ele sugeriu também que outros líderes internacionais, como o presidente dos Estados Unidos, participem do encontro.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, reforçou essa ideia e afirmou que trabalhará para organizar uma reunião entre Vladimir Putin, Volodymyr Zelensky e Donald Trump, possivelmente em Istambul ou Ancara, com o objetivo de destravar o processo de paz.