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Nesta segunda-feira (2), as negociações entre Rússia e Ucrânia chegaram a um acordo pela troca de prisioneiros. Segundo o Ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, que mediou o diálogo, a reunião durou menos de uma hora.
No acordo firmado em Istambul, os dois países concordaram em realizar uma nova troca de prisioneiros de guerra e devolver os corpos de 12.000 soldados. Apesar das expectativas, as negociações realizadas hoje (2) chegaram ao fim sem qualquer avanço em direção a um cessar-fogo.
Além disso, em comunicado ao final da reunião, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Turquia, Öncü Keçel, classificou o encontro de líderes como “de extrema importância para o mundo, e sem resultados negativos”. Por fim, ele acrescentou que “ambas as partes farão suas declarações”.
Rusya ile Ukrayna arasındaki müzakerelerin ikinci turuna ev sahipliği yaptık.
Yapıcı bir atmosferde cereyan eden görüşmelerde taraflar, ilk toplantıda üzerinde mutabık kaldıkları hususları bir adım ileriye taşıdılar. İnsani takas başlığında, yeni kategorilerde ve daha yüksek… pic.twitter.com/RkvPiF9DMB
O Ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, confirma acordo entre os dois países (Foto: reprodução/X/@HakanFidan)
Troca inclui jovens soldados e corpos de combatentes
Os dois países chegaram a um acordo para a troca de prisioneiros gravemente feridos e doentes, além da repatriação de seis mil corpos de soldados mortos em combate. Entretanto, o acordo firmado também inclui jovens soldados entre 18 e 25 anos. Portanto, estes ganharão liberdade, seguindo o princípio de “todos por todos“.
Para manter o diálogo em andamento, a Ucrânia propôs uma nova reunião com Moscou entre 20 e 30 de junho. Enquanto isso, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, demonstrou interesse em ampliar a mediação. Ele sugeriu uma cúpula com Vladimir Putin, Volodymyr Zelensky e Donald Trump, para, finalmente chegar a um acordo de paz definitivo.
Rússia sugere cessar-fogo parcial, Ucrânia exige trégua total
Em contrapartida, o primeiro vice-ministro ucraniano das Relações Exteriores, Sergei Kyslytsia, declarou que “a Rússia continuou a rejeitar a proposta de cessar-fogo incondicional”. Já o principal negociador russo, Vladimir Medinsky, afirmou que seu país sugeriu uma trégua parcial, limitada a algumas áreas do front por dois ou três dias.
Além disso, o presidente russo,Vladimir Putin, apresentou um memorando com exigências para um cessar-fogo definitivo, incluindo a anexação de 20% do território ucraniano e a retirada completa das tropas de Kiev dessas regiões. A Ucrânia, por sua vez, insiste em um cessar-fogo total e incondicional, além da devolução de prisioneiros e crianças ucranianas levadas para a Rússia.
Os líderes da Alemanha e Ucrânia se encontraram nesta quarta-feira (28) e anunciaram que pretendem desenvolver em conjunto uma produção industrial de míssil de longo alcance, com o objetivo de proteger dos avanços militares da Rússia. O anúncio foi dado pelo atual chanceler alemão, Friedrich Merz.
O assunto foi debatido em uma visita do atual presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Berlim. O encontro é resultado de uma aproximação maior da Ucrânia com países europeus da União Europeia, após as discussões infrutíferas e as tensões de Zelensky com o presidente dos EUA, Donald Trump.
🇩🇪🇺🇦 Zelensky: Held a meeting with German President Steinmeier. Thanked for Germany's European leadership in defense support for Ukraine.
Discussed our cooperation at the state and regional levels. The patronage of the German President over the Chernihiv region is important. pic.twitter.com/k4W8RtXVtM
Reunião de lideranças alemãs e ucranianas (vídeo: reprodução/X/UkrReview)
Europa ocidental mais próxima
“Queremos viabilizar armas de longo alcance, também queremos viabilizar a produção conjunta e não falaremos sobre os detalhes publicamente, mas intensificamos a cooperação”, disse Friedrich Merz.
O acordo bélico permitiria uma cooperação alemã-ucraniana para a armar o exército da Ucrânia contra a ofensiva russa. A negociação também está prevista para a fabricação de drones, a conversa inclui a implementação das instalações de fabricação.
A Ucrânia vive um de seus momentos mais delicados desde a invasão por tropas russas ao país do Leste Europeu no ano de 2022. Desde as crises da tomada da Criméia pela Rússia em 2014, os conflitos entre ambos os países foram intensificados no decorrer dos anos e, a retirada do apoio estadunidense para as forças ucranianas foi um duro golpe em Zelensky.
A paz distante
As conversas para encerrar o conflito ainda não resultaram em um acordo de cessar-fogo, e neste final de semana, a Rússia realizou três noites consecutivas de ataques aéreos intensos contra a Ucrânia. Além disso, Moscou mobilizou cerca de 50 mil soldados na área próxima à região de Sumy, no norte da Ucrânia, conforme informou Zelensky aos jornalistas.
O líder da Rússia, Vladmir Putin, ainda fez acusações contra a Ucrânia de realizar ataques de drones em solo russo. Os ataques estariam sendo feitos através das armas que o Ocidente forneceria para o exército ucraniano.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (27) que o líder russo, Vladimir Putin, está “brincando com fogo” em relação ao conflito na Ucrânia. Em uma publicação em rede social, Trump alertou que, se não fosse por sua intervenção, “coisas realmente ruins” já teriam acontecido à Rússia. Horas depois, o ex-presidente russo Dmitry Medvedev, atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, respondeu mencionando o risco de uma Terceira Guerra Mundial, afirmando que esse seria o único desastre verdadeiramente grave.
As declarações ocorrem após a Rússia realizar, entre domingo (25) e segunda-feira (26), os maiores ataques aéreos desde o início da guerra, com centenas de drones e mísseis lançados contra a Ucrânia. Trump já havia chamado Putin de “louco” no fim de semana, sugerindo que o líder russo mudou de comportamento.
Discurso de Trump se torna mais agressivo contra Putin
Nos últimos dias, Trump tem endurecido seu tom em relação a Putin. Além de chamá-lo de “louco“, o presidente americano já havia feito uma cobrança direta em abril, dizendo: “Vladimir, PARE!“. Suas declarações mais recentes mostram um distanciamento em relação às ações do Kremlin, apesar de, durante sua campanha eleitoral, Trump ter prometido encerrar a guerra “em 24 horas” — algo que ainda não se concretizou.
A escalada retórica coincide com o aumento da violência no conflito. No domingo, a Rússia lançou 367 drones e mísseis, enquanto na segunda-feira foram 355 ataques apenas com drones, marcando uma intensificação sem precedentes nos bombardeios.
Rússia culpa Ucrânia por provocar escalada e envolver Europa no conflito
Nesta terça, Putin acusou a Ucrânia de intensificar os ataques em território russo, classificando-os como “provocativos“. Segundo o porta-voz presidencial Dmitry Peskov, os bombardeios ucranianos não contribuem para as negociações de paz e representam uma tentativa de envolver a Europa diretamente no conflito.
Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy pede novas sanções internacionais (Vídeo: reprodução/Instagram/@zelenskiy_ooficial)
Peskov afirmou que o fornecimento de armas por países europeus à Ucrânia configura uma “participação indireta” na guerra. Na segunda-feira, aliados da Ucrânia autorizaram o uso de mísseis de longo alcance contra alvos dentro da Rússia, medida que já havia recebido aval dos EUA e do Reino Unido no final de 2024.
A troca de acusações e ameaças entre os líderes reforça a tensão global em torno do conflito, com temores de uma escalada ainda maior. Enquanto Trump alerta para consequências graves, a Rússia responde com ameaças de um conflito global, aumentando a preocupação internacional.
Na manhã desta quinta-feira (15), horário local, o governo russo confirmou que o presidente Vladimir Putin não comparecerá à reunião sobre o cessar-fogo referente à guerra Rússia/Ucrânia. Prevista para hoje à tarde, em Istambul, na Turquia, a Rússia será representada por ministros e outras autoridades russas.
De acordo com informações do Kremlin, Putin nomeou seu assessor presidencial Vladimir Medinsky, o vice-ministro das Relações Exteriores Mikhail Galuzin, o general das Forças Armadas russas Igor Kostyukov e o vice-ministro da Defesa Alexandre Fomin, para representá-lo neste encontro.
A decisão sobre o comparecimento da delegação russa em Istambul foi tomada na noite de ontem, quarta-feira (14), horário local, em reunião a portas fechadas entre o presidente russo e diversas autoridades do país.
⚡️ Russia's President Vladimir #Putin signed an instruction appointing the Russian delegation for the talks with Ukraine
The delegation includes:
• Vladimir Medinsky • Mikhail Galuzin • Igor Kostyukov • Alexander Fomin
Publicação sobre a nomeação da delegação russa para negociações de Paz com a Ucrânia (Foto: reprodução/X/@mfa_russia)
Apesar da ausência de Vladimir Putin, em nota, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse que a Rússia está pronta para trabalhar seriamente com o governo ucraniano.
Lula pede a ida de Putin
Conforme declaração do Palácio do Planalto, na última quarta-feira (14), em conversa por telefone com o líder russo Vladimir Putin, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, encorajou Putin a comparecer ao encontro.
Apesar de entender que o envio de uma delegação é lícito, Lula declarou que o comparecimento da autoridade máxima da Rússia nesta reunião demonstraria não só boa vontade como, também, seria um gesto sinalizando que o governo russo está aberto ao diálogo.
Presidente Lula e presidente Vladimir Putin, Moscou, Rússia (Foto: reprodução/Ricardo Stuckert/Arquivo Oficial da Presidência)
O presidente brasileiro reforçou, ainda, a existência de uma declaração conjunta entre Brasil e China em apoio ao cessar-fogo na Ucrânia. Denominada de “Grupo de Amigos da Paz”, formada por países do Sul Global, a declaração reforça a preocupação destes países com o conflito Rússia/Ucrânia e a esperança de que haja empenho para solucioná-lo quanto antes.
Presença de Donald Trump
Em visita ao Oriente Médio, o presidente americano Donald Trump declarou que talvez possa comparecer à reunião entre Rússia/Ucrânia, se isso ajudasse a alcançar um cessar-fogo entre os dois países mais rapidamente.
“Não sei se ele (Putin) iria se eu não estivesse lá. (…) Sei que ele gostaria que eu estivesse lá, e é uma possibilidade. Se pudéssemos acabar com a guerra, eu consideraria.” Donald Trump
Trump, que estará nos Emirados Árabes Unidos nesta quinta-feira (15), disse que haveria a possibilidade de ir a Istambul, Turquia, se “isso” fosse para salvar muitas vidas.” De qualquer forma, o secretário de Estado, Marco Rubio, estará na cidade turca na próxima sexta-feira (16).
Zelensky na Turquia
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky chegou à Ancara, capital da Turquia, nesta manhã de quinta-feira (15), horário local, para se reunir com o presidente turco Recep Tayyip Erdoğan.
Em postagem em suas redes sociais, Zelensky informou que a delegação da Ucrânia estará representada pelo mais alto nível em busca de soluções que levem à Paz. Informou, ainda, que a reunião inicial será com Erdoğan, agradecendo o líder turco por mediar esta reunião com a Rússia.
Передусім хочу подякувати Президенту Реджепу Таїпу Ердогану за організацію можливості прямих перемовин – саме такі були сигнали. Українська сторона підтвердила їх, і сьогодні – саме тут, у столиці, в Анкарі.
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) May 15, 2025
Publicação da chegada de Volodymyr Zelensky, presidente ucraniano, à Ancara, Turquia (Foto: reprodução/X/@ZelenskyyUa)
Volodymyr Zelensky informa que os próximos passos referentes ao acordo de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, serão decididos após conversas com a delegação turca. Uma vez que não sabe qual o poder de decisão dado por Vladimir Putin a seus representantes russos.
A reunião entre Rússia e Ucrânia, marcada para esta tarde de quinta-feira (15), horário local, em Istambul, na Turquia, continua em aberto sobre quem de fato serão os participantes presentes e se, decisões concretas serão tomadas para pôr fim ao conflito no leste Europeu em curso há mais de três anos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que ligou para o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e pediu para que ele acabasse com a guerra na Ucrânia. A declaração foi feita em Pequim, nesta terça-feira (13).
Eu tive a petulância de um dia ligar para o presidente Putin e dizer: pare com essa guerra e volte para a política, porque a política tá precisando muito de mudar o debate pelo crescimento da extrema-direita radicalizada nazista no mundo inteiro”, disse o presidente brasileiro.
De acordo com Lula, a ligação com Putin foi feita antes de sua viagem na última semana para Moscou (Foto: reprodução/Ricardo Stuckert/PR)
Lula ainda revelou estar feliz com o desenrolar das negociações de paz e com resultado de sua viagem. O presidente contou que viu com muito otimismo a proposta de Putin e sua aceitação pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que concordou em se juntar ao russo em Istambul para uma conversa. Lula menciona também a nota que divulgou junto ao presidente chinês, Xi Jinping, em que parabenizam a postura dos dois líderes.
Lula e o presidente chinês Xi Jinping (Foto: reprodução/Ricardo Stuckert/PR)
Ao invés de trocar tiros, trocar palavras”, disse.
Vladimir Putin propôs conversar diretamente com o presidente ucraniano na quinta-feira (15). O encontro será em Istambul, capital turca. Os dois debaterão um possível cessar-fogo entre os dois países.
A proposta de Putin acontece diante da pressão de líderes da Europa e Estados Unidos. Eles desejam que o russo concorde com um cessar-fogo de 30 dias para encontrar caminhos que levem ao encerramento do conflito que já dura três anos.
Proposta russa
O presidente russo expressou o desejo de conversar sobre “as raízes” da guerra com a Ucrânia, com o objetivo de chegar à “uma paz sólida e duradoura”. Putin propôs a Ucrânia a realização de “conversas sérias”. Kiev aceitou discutir.
Em raro pronunciamento televisionado, transmitido no sábado diretamente do Kremlim, Putin afirmou que a Rússia está disposta a dar continuidade as negociações diretas com as autoridades da Ucrânia.
Esse seria o primeiro passo rumo a uma paz firme e sustentável, e não apenas o prelúdio para novas hostilidades armadas após o reabastecimento do Exército ucraniano com armas e pessoal, e a intensa escavação de trincheiras”, disse.
Reação ucraniana
Horas depois, a Ucrânia aceitou a proposta, com a condição de que as hostilidades acabem a partir do dia 12 de maio.
“É um sinal positivo que os russos finalmente comecem a considerar o fim da guerra”, declarou Volodymyr Zelensky. O presidente ainda acrescentou que está pronto para se reunir com Putin.
Nesta terça-feira (13), foi emitida uma declaração conjunta, entre os governos do Brasil e da China. Isso ocorreu após uma reunião entre o presidente Lula e Xi Jinping, presidente chinês, em Pequim, com o objetivo de discutir sobre a proposta de Putin sobre manter uma comunicação mais direta com Kiev. Os dois países concordaram com a proposta do governo russo.
A reunião entre Brasil e China
O governo do Brasil, juntamente com o governo da China, emitiram um documento com uma declaração onde eles se posicionam sobre uma declaração do presidente da Rússia, Vladimir Putin, em relação à Guerra da Ucrânia, nesta terça-feira(13). Putin disse que queria manter uma comunicação mais transparente e direta com Kiev.
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente da China, Xi Jinping, se reuniram em Pequim, para discutir sobre as palavras de Putin, as quais ambos os políticos concordam. Além de emitir a declaração, os presidentes fizeram depoimentos sobre o assunto.
Lula e Xi Jinping se cumprimentando durante cerimônia de assinatura (Foto: reprodução/Tingshu Wang – Pool/Getty Images Embed)
Superar a insensatez dos conflitos armados também é pré-condição para o desenvolvimento. Os ‘Entendimentos Comuns entre o Brasil e a China para uma Resolução Política para a Crise na Ucrânia’ oferecem base para um diálogo abrangente que permita o retorno da paz à Europa”, declarou Lula, que também citou uma proposta do Brasil e China, divulgada no ano passado.
Os presidentes afirmaram que desejam que a situação se resolva o mais rápido possível e que se tenha uma boa resposta e cooperação da Ucrânia e de Volodymyr Zelensky.
A declaração conjunta Brasil-China
A declaração foi divulgada nesta terça-feira (13), e possui 5 pontos chave sobre a visão do Brasil e da China, sobre o comunicado de Putin.
Lula e Xi Jinping sendo recebidos por apoiadores (Foto: reprodução/TINGSHU WANG/POOL/AFP/Getty Images Embed)
Esses pontos são:
O Brasil e a China acolhem a proposta feita pelo presidente Vladimir Putin no dia 10 de maio de abrir negociações para a paz, bem como a manifestação positiva de Volodymyr Zelensky no mesmo sentido.
Os governos do Brasil e da China esperam que se inicie, no menor prazo possível, um diálogo direto entre as partes, única forma de pôr fim ao conflito.
O Brasil e a China avaliam positivamente os recentes sinais de disposição ao diálogo e manifestam sua expectativa de que as partes possam alcançar um entendimento que viabilize o início de negociações frutíferas, que contemplem as preocupações legítimas de todas as partes. Eles consideram necessário encontrar uma solução política para a crise na Ucrânia em suas raízes com vistas a um acordo de paz duradouro e justo, que seja vinculante para todas as partes no final.
Comprometidos com esse objetivo, em maio de 2024 o Brasil e a China conclamaram todas as partes a criar condições para a retomada do diálogo e, em setembro, lançaram nas Nações Unidas o Grupo de Amigos da Paz, que congrega países do Sul Global.
O Brasil e a China seguem à disposição, junto com o Sul Global, para continuar apoiando os esforços para pôr fim ao conflito.
Esses pontos expõem a visam das duas nações sobre a declaração de Putin e visam auxiliar nesta possível resolução do conflito.
Líderes europeus se reuniram neste sábado (10) em Kiev para demonstrar apoio firme à Ucrânia e enviar uma mensagem direta ao Kremlin: ou a Rússia aceita um cessar-fogo imediato, ou enfrentará novas e duras sanções internacionais. A visita contou com a presença de figuras políticas importantes, como o primeiro-ministro britânico Kier Starmer, o presidente da França Emmanuel Macron, o recém-empossado chanceler alemão Friedrich Merz, o premiê polonês Donald Tusk e, naturalmente, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.
Imagens de um ataque a Kiev (Foto: reprodução/x/@hror_angy)
O dia foi intenso. Logo pela manhã, os líderes prestaram homenagens aos soldados e civis ucranianos mortos desde o início da guerra, que já ultrapassa três anos. Em seguida, participaram de uma videoconferência com outras autoridades internacionais, como a primeira-ministra da Itália, o novo premiê do Canadá, a presidente da Comissão Europeia e o secretário-geral da Otan. O grupo ainda teve uma conversa por telefone com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, figura ainda influente no cenário político internacional.
Ponto central da pressão
O ponto central do encontro foi a definição de um ultimato dirigido ao presidente russo, Vladimir Putin. Segundo o acordo entre os aliados, se até segunda-feira (12) o Kremlin não aceitar a proposta americana de um cessar-fogo incondicional por 30 dias, a Rússia será alvo de sanções econômicas ainda mais rigorosas. Além disso, os países europeus prometeram aumentar o investimento em ajuda militar e humanitária à Ucrânia, reforçando sua capacidade de defesa contra as tropas russas.
Zelensky classificou o encontro como importante
Zelensky classificou o encontro como um avanço importante e afirmou que está pronto para implementar a trégua de imediato. No entanto, ele também demonstrou ceticismo, lembrando que outras tentativas de cessar-fogo no passado foram ignoradas por Moscou.
Do lado russo, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, acusou os europeus de adotar um discurso contraditório e afirmou que tentar impor decisões à Rússia não levará a resultados positivos. Mais tarde, o próprio Putin declarou que Moscou tem feito propostas de cessar-fogo, mas que Kiev não tem respondido. Ele sugeriu que novas negociações ocorram em Istambul, na Turquia, dentro de cinco dias.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, utilizou suas redes sociais na data de ontem, quinta-feira (01), para comemorar o acordo firmado entre a Ucrânia e o governo de Donald Trump. O pacto celebrado envolve a exploração de “Terras Raras”, ajuda financeira e apoio militar.
Zelensky informou que o acordo está à espera de ratificação por parte do parlamento ucraniano, Verkhovna Rada, composto por 450 deputados e, garantirá que não haja atrasos para entrar em vigor o quanto antes.
O mandatário ainda informa que, durante o processo de negociações, iniciado em fevereiro deste ano (2025), as cláusulas vigentes mudaram significativamente. Conforme o presidente ucraniano, “este é um acordo verdadeiramente igualitário que cria uma oportunidade para investimentos na Ucrânia”.
Em seu discurso, Zelensky comemora que o Fundo Financeiro de Recuperação será realizado sem pendência de dívidas. E que tanto a Ucrânia quanto os EUA tendem a ganhar com esta parceria.
Pronunciamento do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky sobre o acordo firmado com os EUA (Vídeo: reprodução/Instagram/@zelenskyy_official)
Volodymyr Zelensky aproveitou a oportunidade para agradecer aos representantes ucranianos pelo empenho empregado para que o acordo fosse aceito.
Reunião no Vaticano
A reunião que pôs fim a meses de espera para assinatura do acordo entre EUA e Ucrânia, ocorreu durante o funeral do Papa Francisco, em 26 de abril (2025). Segundo Zelensky, o encontro com o presidente Donald Trump no Vaticano foi fundamental para que as negociações avançassem.
Good meeting. We discussed a lot one on one. Hoping for results on everything we covered. Protecting lives of our people. Full and unconditional ceasefire. Reliable and lasting peace that will prevent another war from breaking out. Very symbolic meeting that has potential to… pic.twitter.com/q4ZhVXCjw0
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) April 26, 2025
Reunião entre Volodymyr Zelensky e Donald Trump, Vaticano, Roma (Foto: reprodução/X/@@ZelenskyyUa)
Ainda, conforme Zelensky, a assinatura do acordo para exploração de “Terras Raras” tornou-se viável naquele momento, classificado como “histórico” e que outros resultados, decorrentes deste encontro, estão em andamento.
Sanções à Rússia
Algumas das regiões denominadas como “Terras Raras” ucranianas, encontram-se em áreas sob controle da Rússia. Frutos da atuação russa na guerra contra a Ucrânia em curso desde 2022. Estima-se que, atualmente, o governo de Vladimir Putin detém 18% do leste da Ucrânia.
Cidades fronteiriças com a Rússia, como Donetsk, Zaporíjia, Kherson, Luhansk, Mariupol, além da Crimeia, são dominadas pelo exército de Putin e possuem minerais raros a serem explorados.
Mina de grafite, Zavallya, Ucrânia (Foto: reprodução/Olena Koloda/Getty Images Embed)
Com o acordo firmado entre EUA e Ucrânia na data de ontem, quinta-feira (01), essas áreas serão disputadas entre os países envolvidos. Algumas já estão sob sanções econômicas internacionais e novas sanções serão postas em prática.
Após a assinatura do acordo com os EUA, Volodymyr Zelensky anunciou novas sanções as empresas sediadas nestes territórios. Em sua fala, o presidente ucraniano informa que tais sanções serão contra a Rússia, em decorrência da guerra e que, serão sincronizadas com as sanções mundiais já em curso.
A lista de sanções inclui: 36 empresas, produtora de titânio, que atendem à produção militar russa; 106 entidades localizadas na Crimeia, Donetsk e Luhansk, envolvidas na ocupação russa e mais dezenas de civis, alguns ucranianos que, segundo Zelensky são propagadores de informações prejudiciais à Ucrânia.
Até o momento, não houve manifestação por parte do governo de Vladimir Putin, presidente russo, sob quais providências serão tomadas referente aos últimos acontecimentos.
Representantes dos EUA e da Ucrânia assinaram na data de ontem, quarta-feira (30), um acordo de parceria bilateral referente à exploração de “Terras Raras” ucranianas. Com duração de dez anos, o pacto visa a reconstrução do país do leste europeu, prejudicado pela guerra contra a Rússia, em curso desde 2022.
A assinatura do ato era uma condição exigida pelo presidente americano Donald Trump ao presidente ucraniano Volodymyr Zelenski, desde fevereiro deste ano (2025), em troca de apoio financeiro-militar. Na ocasião, o encontro realizado no salão oval da Casa Branca foi encerrado devido a conflito de interesses entre as partes.
Segundo autoridades ucranianas, o acordo pode ser assinado após passar por consideráveis ajustes, uma vez que, o acordo inicial era visto como unilateral, favorecendo principalmente os EUA. Desta vez, segundo o primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmyhal, o pacto firmado favorece ambas as partes.
Repercussão
Desde sua assinatura, o acordo está sendo amplamente divulgado. Nas redes sociais, tanto o governo de Donald Trump quanto de Volodymyr Zelensky comentaram sobre o assunto.
A Ministra da Economia ucraniana, Yulia Svyrydenko, em uma sequência de postagens, detalhou os termos do acordo firmado, declarando que a parceria não tira o controle das “Terras Raras” da Ucrânia.
Thanks to the leadership and agreements between President Volodymyr Zelenskyy and President Donald Trump, Secretary of the Treasury Scott Bessent and I signed the agreement between Ukraine and the United States to establish the United States–Ukraine Reconstruction Investment… pic.twitter.com/7yf2iqypxL
Publicação inicial sobre o acordo entre EUA e Ucrânia feita por Yulia Svyrydenko (Foto: reprodução/X/2@Svyrydenko_Y|)
Pelo lado americano, o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, analisou a parceria como histórica e essencial para acelerar a recuperação econômica ucraniana.
Publicação do Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, relacionada ao acordo firmado (Foto: reprodução/X/@BessentSco42680)
Além das autoridades diretamente envolvidas na assinatura do ato, diversos integrantes dos governos americano e ucraniano celebraram a assinatura do acordo, que, segundo o Departamento do Tesouro dos EUA, “sinaliza o comprometimento do governo Trump com uma Ucrânia livre, soberana e próspera”.
Termos do acordo
O principal pacto firmado pelo acordo é a criação de um Fundo de Investimento entre os dois países, o qual atrai investimentos multilaterais para a Ucrânia. Fortalecendo a economia, alavancando a criação de empregos e a cadeia de suprimentos.
O fundo está na média de 50/50, será gerido pelos dois países igualitariamente e ambos determinarão onde investir e como investir, sem voto dominante.
Um segundo ponto muito comentado é sobre o controle referente às “Terras Raras”. De acordo com Yulia Svyrydenko, a soberania ucraniana não será afetada, uma vez que todos os recursos territoriais continuarão sob o domínio do país.
Referente ao que e onde extrair, Svyrydenko enfatiza que será determinado exclusivamente pela Ucrânia e está “claramente estabelecido” no pacto.
Dois outros pontos, não menos importantes estabelecidos, referem-se às empresas estatais ucranianas, que permanecerão sob domínio e supervisão do governo do país, e a adesão da Ucrânia à União Europeia, que não foi contemplada no acordo. Deixando a cargo ucraniano aderir ou não à organização
Scott Bessen, Secretário do Tesouro dos EUA e Yulia Svyrydenko, Ministra da Economia da Ucrânia, assinando o acordo firmado entre os dois países. (Foto: reprodução/X/@USTreasury)
A divulgação dos termos do acordo é, em tese, importante para tranquilizar autoridades mundiais, organizações multilaterais, mercado financeiro e instituições públicas e privadas. Uma vez que, entendia que ao firmar um pacto com os EUA sobre suas “Terras Raras”, a Ucrânia perderia o controle de uma parte considerável de seu território.
Terras raras
As “Terras Raras” ucranianas são áreas produtoras de elementos utilizados nas produção de computadores e smartphones, além de equipamentos médicos. São denominadas de “Terras raras”, pois os elementos encontrados nessas áreas são difíceis de serem encontrados na natureza, em geral.
A Ucrânia possui 5% de toda a reserva de materiais raros existentes no mundo, classificados pela União Europeia. Dos 30 elementos classificados como raros, os ucranianos possuem 21 deles.
Entre os minerais encontrados nas “Terras Raras” estão o ítrio, utilizados na produção de displays de televisores, supercondutores e ligas metálicas. O samário, componente importante na produção de motores elétricos e dispositivos eletrônicos. O disprósio, utilizado para produzir componentes de reatores nucleares. O túlio, voltado para produtos médicos. O lutécio, aumentando a resistência e a durabilidade de ligas metálicas.
Além dos minerais mencionados acima, as “Terras Raras” também possuem lítio, utilizado na produção de dispositivos eletrônicos e veículos elétricos. E, segundo o governo de Volodymyr Zelenski, a Ucrânia possui por volta de 450 mil toneladas desse mineral.
O titânio, outro mineral raro, utilizado na área mecânica, na construção de motores de aeronaves e foguetes, também é altamente cobiçado pelas grandes potências mundiais.
De acordo com estudos realizados pelo ISW (Instituto de Estudo da Guerra) os territórios ucranianos onde estão concentrados a maioria dos minerais raros, estão sob domínio ou invasão russa.
Na imagem abaixo, são as áreas sinalizadas em vermelho.
Áreas de cidades ucranianas sob controle russo – 30 de abril de 2025 (Foto: reprodução/ISW)
O acordo firmado entre EUA e Ucrânia, para exploração desses territórios por parte do governo americano, em partes, retira a dependência dos EUA de países asiáticos, uma vez que a guerra comercial entre EUA e China não tem previsão de término momentânea.
Os próximos passos e desdobramentos da assinatura deste acordo e como a Rússia se portará diante dele, serão conhecidos nos próximos dias, fazendo com que as atenções mundiais se voltem a esta questão.
Nesta segunda-feira (28), o governo russo anunciou que haverá um cessar-fogo durante três dias na Ucrânia. Conforme o informado pelo Kremlin, este momento, que ocorrerá em maio deste ano, seria por conta de “razões humanitárias”, e também devido à data comemorativa do dia da vitória, que foi quando os russos e aliados derrotaram a Alemanha nazista na Segunda Guerra Mundial. Ainda comunicaram a respeito do fato, caso a Ucrânia violasse o cessar-fogo, o país presidido por Vladimir Putin iria dar uma resposta adequada e eficaz.
Ucrânia
Apesar da Ucrânia não ter se manifestado sobre essa questão ainda, o país quer que tenha um cessar-fogo imediato, conforme o ministro de relações exteriores informou. A trégua começou a ocorrer após o encontro do presidente Donald Trump com Zelensky ter ocorrido durante o funeral do papa Francisco. Eles se reaproximaram após ter havido um bate-boca em fevereiro deste ano, quando o presidente norte-americano estava próximo à Rússia. Ambos estiveram na despedida de Jorge Mario Bergoglio.
Volodymyr estaria calmo
Conforme o líder americano informou, Volodymyr está mais calmo, afirmando que o país dos ucranianos está enfrentando uma força maior, e ainda relatou que Putindeveria parar com os bombardeios e assinar um cessar-fogo definitivo quanto a esta guerra. Essa é a segunda vez que Putin faz um cessar-fogo, pois havia feito na Páscoa uma trégua, com 30 horas de duração, em que a Ucrânia acabou por acusar Moscou da violação do acordo.
Trump e Zelensky conversam no funeral do Papa Francisco no dia 26 de abril de 2025 (Foto: reprodução/Office of the Presidente of Ukraine/Getty Images Embed)
Discordâncias
Um ponto de discordância que existe entre os países da Rússia e Ucrânia é a respeito do que será feito com as regiões da Ucrânia que estão dominadas pelo país da Rússia. No momento, existem 20% por cento de ocupação feita pelos russos em territórios da Ucrânia.