Conheça Dominique Mambert, Cardeal que anunciará novo Papa

Começou nesta quarta-feira (7), o conclave para escolha do novo líder da Igreja Católica, que será anunciado pelo cardeal francês, Dominique Mamberti. E, após a primeira votação, por volta das 21h, horário local (16h, horário de Brasília), a fumaça escura apareceu. Isso indica que não houve consenso entre os cardeais, e haverá outra votação amanhã, adiando o anúncio.

Quando um cardeal receber dois terços dos votos, ou seja, 89 votos, o passo seguinte é o anúncio oficial, chamado de “Habemus Papam”, que significa “temos um papa”. E neste conclave, o francês Dominique Mamberti, atual protodiácono, é o responsável por fazer o anúncio oficial do novo Papa.

O anúncio do novo papa é feito tradicionalmente pelo protodiácono do Colégio dos Cardeais, diretamente da loggia da Basílica de São Pedro. Assim, ele proclama, em latim, o nome de nascimento do pontífice eleito e o título que ele escolheu adotar como papa.

Dominique Mamberti é o mais antigo entre os votantes

Além de confidente do Papa Francisco, será a voz que anunciará ao mundo o nome do novo papa. Dominique tem 73 anos e é o mais antigo entre os votantes.

Nascido em Marrakech em março de 1952, atuou como sacerdote na França em 1981, ainda jovem. Com formação em estudos políticos e direito público, ele ingressou no serviço diplomático da Santa Sé em 1986. Ao longo de sua trajetória, atuou em missões na Argélia, Chile, ONU e Líbano. Além disso, serviu no Vaticano como assessor da Secretaria de Estado para relações internacionais.


Dominique Mamberti, de 73 anos, é quem anunciará oficialmente ao mundo o nome do novo papa (Foto: reprodução/Instagram/@cardialmamberti)


Mamberti foi ministro das Relações Exteriores do Vaticano

Entretanto, desde 2002, Dominique atuou como núncio apostólico no Sudão, Eritreia e Somália. Graças à sua experiência diplomática, Bento XVI o nomeou, em 2006, ministro das Relações Exteriores do Vaticano. E a propósito, em novembro de 2014, Francisco o designou como prefeito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, um dos cargos mais altos da hierarquia papal. Posteriormente, o pontífice argentino o elevou ao posto de cardeal.

O “Habemus Papam”

Com o conclave finalizado, o rito segue com duas perguntas de Dominique ao cardeal eleito: ‘Aceita sua eleição como Sumo Pontífice?’ e ‘Qual nome deseja usar?’. Ao aceitar, ele se torna oficialmente papa e bispo de Roma. Em seguida, os cardeais prestam respeito e obediência ao novo pontífice. Por fim, o Papa aparece diante dos fiéis e concede a tradicional bênção ‘à cidade e ao mundo’.

Conheça quais as tecnologias serão utilizadas no conclave para evitar vazamentos dos dados

A votação para eleger um novo pontífice para o lugar do Papa Francisco começou nesta quarta-feira (07) no Vaticano, onde 133 cardeais irão participar da eleição. Para a realização do evento, será utilizado um grande sistema para prevenção de vazamentos e interferências durante o período de votação. Os participantes terão que se manter em isolamento e serão instalados bloqueadores de celular para evitar comunicação com pessoas de fora do Vaticano.

As tecnologias utilizadas

O escritório do governador da cidade do Vaticano enviou nesta segunda-feira (05) uma nota informando a todos que as torres de comunicação de telemóveis seriam desativadas às 15h desta quarta-feira no horário de Roma (10h no horário de Brasília). A medida foi instaurada e seguirá em vigor até o momento da eleição do novo Papa.

Bloqueadores de sinal de celular foram instalados para proporcionar uma plataforma até o altar da Capela Sistina e possivelmente também próximo às janelas superiores da capela (cerca de 20 metros de altura). Além das medidas tecnológicas, sistemas de segurança foram instalados. Um exemplo foi a instalação de películas nas janelas para bloquear o acesso de câmeras em drones.


Na manhã desta quarta-feira (07) a internet foi cortada na região do Vaticano para a eleição do novo Papa. (Vídeo: Reprodução/X/@CNNBrasil)

Acordo de sigilo e penalidades em caso de descumprimento

Um grupo de participantes auxiliares (Padres, cozinheiros, faxineiros e motoristas) foram instruídos a realizar uma espécie de juramento de ‘sigilo absoluto e perpétuo’ com relação a tudo que virem ou ouvirem durante o período de conclave.

Os cardeais participantes, caso decidam caminhar pelo jardim ou qualquer acesso com a parte externa da capela, não poderão se aproximar de ninguém, além de não possuírem acesso a jornais e revistas no período de reclusão. Aqueles que quebrarem o sigilo sofrerão excomunhão automática da igreja.

Decano intercede por cardeais e suplica por papa que una a Igreja

O cardeal decano Giovanni Battista Re rogou durante a missa Pro Eligendo Pontifice por iluminação para os cardeais que escolherão o novo papa. A homilia que faz parte do processo da sucessão papal aconteceu nesta quarta-feira (7), a partir das 10h pelo horário local (5h no horário de Brasília). A missa acontece tradicionalmente antes da reclusão total dos cardeais no primeiro dia de conclave.  

“Estamos aqui para invocar a ajuda do Espírito Santo, para implorar a sua luz e a sua força, a fim de que seja eleito o papa que a Igreja e a humanidade precisam neste momento tão difícil e complexo da história”, disse o decano.


O cardeal decano destacou a importância de um retorno a Deus em uma sociedade moderna (Reprodução/X/@vaticannews_pt)

O decano declarou que a “unidade da Igreja é desejada por Cristo, uma unidade que não significa uniformidade, mas comunhão sólida e profunda na diversidade, desde que se permaneça plenamente fiel ao Evangelho”. A busca por esta unidade da Igreja Católica é uma das tarefas do novo papa. 


A Santa Missa para a eleição do Romano Pontífice aconteceu na Basílica de São Pedro (Reprodução/YouTube/Vatican News – Português)

Battista reforçou que a missão do novo pontífice inclui promover o crescimento da comunhão de todos os cristãos com Cristo, da comunhão dos bispos com o papa e dos bispos entre si. Uma comunhão entre pessoas, povos e culturas, em que a Igreja é a ‘casa e escola de comunhão’. 

Ritual pós-missa

Após o rito protocolar da missa, os cardeais seguem em procissão até a Capela Sistina, entoando o hino Veni Creator, em uma invocação ao Espírito Santo. Lá chegando, um por um, todos os cardeais prestam o juramento de sigilo absoluto sobre o conclave. 

Então o mestre de cerimônias declara o Extra omnes, momento em que todos que não vão participar da votação saem do local, que é fechado. Daí surge o termo conclave, derivado do latim cum clavis, que significa “fechado à chave”. 

A partir desse momento, os cardeais não têm mais contato com o mundo exterior. 


Os cardeais que farão parte do conclave participaram da Santa Missa na Basílica São Pedro. (Reprodução/Instagram/@vaticannewspl)

No recinto permanecem apenas os 133 cardeais com menos de 80 anos que escolherão o novo papa, dentre eles sete brasileiros. A expectativa de duração deste conclave é de dois a três dias. 

Roteiro do conclave

No ínicio, um sorteio de nove cardeais define quem assumirá três funções:

  • Coleta dos votos de quem está enfermo (infirmarii)
  • Contagem dos votos (escrutinadores)
  • Revisão do resultado (revisores)

Em sequência, cada um dos cardeais preenche uma cédula de votação com o nome do cardeal escolhido para ser o novo papa, dobra o papel e o deposita em uma urna. No fim, o escrutinador lê cada voto em voz alta, que é registrado em uma tabela, furado e amarrado a um fio. 

As cédulas são queimadas após o fim da contagem e a fumaça que sai pela chaminé instalada na Capela Sistina indica para o mundo se há um novo papa ou não. No caso de fumaça branca, um novo papa foi eleito; se for fumaça preta, acontecerá uma nova votação.

O mínimo de 89 votos (dois terços) é necessário para eleger o novo papa. O conclave não se encerra até que este total seja atingido. 

Agenda dos primeiros dias

Neste primeiro dia de conclave, haverá apenas uma votação no período da tarde. Caso o número necessário de votos para a eleição não seja atingido, quatro novas rodadas de votação poderão acontecer na quinta-feira (8), duas pela manhã e duas à tarde. 

Segundo informações disponibilizadas pelo Vaticano, este é o cronograma do conclave para hoje e amanhã: 

  • Quarta-feira (7) às 14h (horário de Brasília): primeira e única votação do dia. É provável que a fumaça seja preta, representando indefinição.
  • Quinta-feira (8) por volta das 5h30 (horário de Brasília): primeira votação do segundo dia. Caso o novo papa seja eleito, fumaça branca sairá da chaminé. Caso contrário, nada acontecerá.
  • Quinta-feira (8) por volta das 7h (horário de Brasília): segunda rodada de votação do dia. Caso o novo papo seja escolhido, haverá fumaça branca. Se não houver definição, fumaça preta. 
  • Quinta-feira (8) por volta das 12h30 (horário de Brasília): terceira rodada de votação do dia. Fumaça branca sairá da chaminé se o novo papa tiver sido eleito. Caso contrário, nada acontecerá.
  • Quinta-feira (8) por volta das 14h: quarta rodada de votação do dia. Mais uma vez, se houver definição do novo papa, fumaça branca sairá da chaminé; caso contrário, sairá fumaça preta. 

Se o novo pontífice não for escolhido nos primeiros três dias de votação, o conclave será pausado por 24h e os cardeais seguirão para orações. Se a votação não definir o novo papa em mais sete rodadas de votação após as orações, o conclave sofrerá outra pausa. 

Se não houver nenhum nome eleito após 34 votações, apenas os dois nomes mais votados permanecerão na disputa.

Habemus Papam

Assim que o papa é eleito, o conclave pergunta se ele aceita o cargo e, caso positivo, qual o nome que deseja adotar. Então, ele é levado para a Sala das Lágrimas, onde veste os trajes papais. 

O ato seguinte e final do conclave é o anúncio e apresentação pública do novo pontífice do Vaticano na sacada da Basílica de São Pedro.

Vaticano sela entradas do Palácio Apostólico antes do Conclave

As entradas do Palácio Apostólico foram seladas na tarde desta terça-feira (6), no Vaticano, como parte dos preparativos para o Conclave que começa nesta quarta-feira (7). A cerimônia simbólica foi realizada para garantir o isolamento dos cardeais que se reunirão na Capela Sistina visando eleger o novo papa, após a morte do papa Francisco. O fechamento foi conduzido por autoridades do Vaticano, incluindo membros da Guarda Suíça e da Polícia Vaticana, sob a coordenação do monsenhor Edgar Peña Parra, Substituto para os Assuntos Gerais da Secretaria de Estado.

A medida reforça o compromisso da Igreja Católica com a tradição e o sigilo absoluto do processo de escolha do novo pontífice. Segundo comunicado oficial da Santa Sé, o selo fixado nas entradas traz os dizeres “Conclave” e “2025”, indicando que o local está restrito até o fim das votações.

Capela Sistina se torna centro da eleição papal

O Conclave será iniciado na Capela Sistina, situada dentro do Palácio Apostólico, local conhecido mundialmente pelos afrescos de Michelangelo. A partir de agora, os cardeais eleitores entrarão em regime de isolamento, sem qualquer contato com o mundo exterior. A Missa Pro Eligendo Pontifice será celebrada antes da primeira votação.


Capela Sistina, o centro da eleição papal (Foto: reprodução/Instagram/@vaticannnews)


Ao todo, 133 cardeais com menos de 80 anos participam do processo. Durante os dias do Conclave, sessões de votação ocorrerão pela manhã e à tarde. As cédulas usadas no voto são queimadas após cada escrutínio, com fumaça branca indicando a eleição de um novo papa e preta em caso de indefinição.

Palácio Apostólico guarda tesouros históricos e espirituais

O Palácio Apostólico é mais do que a residência oficial do papa. O espaço abriga também os Museus Vaticanos, os Apartamentos Papais e as salas de Rafael, que contam com obras icônicas como “A Escola de Atenas”. É um símbolo da fé católica e da herança cultural do Vaticano.


Basílica de São Pedro um dia antes do conclave (Foto: reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed)


A selagem das entradas do Palácio reafirma a importância da tradição no Conclave do Vaticano. Todo o processo é envolvido por um forte simbolismo, além de ser regido por regras rígidas que garantem a confidencialidade e a legitimidade da escolha do novo líder da Igreja.

Vaticano mostra Capela Sistina pronta para eleger novo papa

O Vaticano divulgou nesta terça-feira (6), as primeiras imagens da Capela Sistina preparada para o conclave. Sob os icônicos afrescos de Michelangelo, as mesas foram meticulosamente organizadas e identificadas com os nomes dos 133 cardeais com menos de 80 anos, aptos a votar. É nesse cenário solene e simbólico que os religiosos se reunirão, em completo sigilo, para escolher o novo líder da Igreja Católica.

O Vaticano prepara o espaço com rigor, unindo tradição, espiritualidade e praticidade. A capela foi adaptada para acomodar confortavelmente todos os votantes, já que as sessões podem durar várias horas — ou até dias, se não houver consenso imediato sobre o sucessor do Papa Francisco.

Cardeais se isolam e iniciam o processo de escolha

Os cardeais começaram a se hospedar, ainda hoje, em dois hotéis dentro do Vaticano. Desde então, estão completamente isolados do mundo exterior, sem acesso a celulares, internet ou qualquer forma de comunicação externa. O isolamento garante que os cardeais decidam com total liberdade, livres de qualquer influência externa.


Capela Sistina pronta para a eleição do novo papa (Vídeo: reprodução/YouTube/TerraBrasil)


Esse isolamento é fundamental para preservar a liberdade de escolha e para que o resultado do conclave reflita exclusivamente a vontade dos cardeais. Especialistas e membros do clero afirmam que, até o momento, não há consenso sobre o futuro líder da Igreja Católica, o que aumenta ainda mais a expectativa.

Sala das Lágrimas espera pelo pontífice eleito

Ao lado da capela, a Sala das Lágrimas já está cuidadosamente preparada para o momento histórico em que o novo papa vestirá suas vestes papais. O Vaticano organizou o espaço com atenção aos detalhes, disponibilizando batinas em diversos tamanhos, aguardando com expectativa a chegada do escolhido.

Esse gesto simbólico vai além de uma tradição que atravessa os séculos — ele traduz o silêncio solene com que a Igreja recebe seu novo líder espiritual. A escolha do papa não representa apenas uma sucessão; ela encerra uma etapa e abre outra, cheia de expectativas, dilemas contemporâneos e responsabilidades imensas diante de milhões de fiéis ao redor do mundo.

Vaticano anuncia horários do fim das votações que definem o novo papa

Nesta terça-feira (6), a Santa Sé divulgou os horários em que devem terminar as votações do conclave, que começa nesta quarta-feira (7) na Capela Sistina. A partir das 7h e das 14h (horário de Brasília), fiéis do mundo inteiro, especialmente os brasileiros, poderão ver a famosa fumaça subir, indicando se o novo papa foi escolhido.

A Igreja Católica prevê quatro votações diárias, duas pela manhã e duas à tarde. No entanto, a fumaça branca — sinal de que um novo pontífice foi eleito — só aparecerá nos horários de 5h30 e 12h30 caso a escolha aconteça nessas rodadas. Caso contrário, os fiéis verão a fumaça preta às 7h e às 14h, indicando que o processo continua.

Cardeais entram na Capela Sistina para definir o novo papa

Os 133 cardeais com direito a voto devem entrar na Capela Sistina por volta das 11h30 (horário de Roma). Como o cardeal decano Giovanni Battista Re está afastado por conta da idade, o cardeal Pietro Parolin assumirá a presidência do conclave.


Eleição para novo Papa será nesta semana e votação deve durar de dois a três dias (Vídeo: reprodução/Youtube/Rádio Band News FM)

A votação ocorre de forma secreta e continua até que um dos candidatos alcance dois terços dos votos. A média de duração dos últimos dez conclaves foi de pouco mais de três dias, com os dois mais recentes — em 2005 e 2013 — finalizados em apenas dois dias.

Ou seja, os olhos do mundo poderão ver a fumaça branca mais cedo do que imaginam.

Fumaça branca indica o início de uma nova era

À medida que os cardeais votam, a expectativa cresce entre os fiéis. A fumaça branca, símbolo do consenso, representa mais que o anúncio de um novo líder. Ela marca o início de um novo capítulo para a Igreja Católica e reafirma o elo profundo entre fé, tradição e expectativa dos fiéis.

Enquanto o mundo aguarda, muitos especulam quais nomes estão mais próximos de ocupar o trono de São Pedro. Alguns cardeais, considerados “papáveis”, são apontados como favoritos há anos. Mas, como mostram conclaves passados, o resultado pode surpreender.

Agora, tudo está pronto para que a Capela Sistina volte a ser palco de um dos momentos mais emblemáticos da Igreja. A qualquer momento, o céu de Roma pode se encher de fumaça branca — e com ela, a esperança renovada de milhões de fiéis.

Conclave inicia nesta quarta-feira sem consenso sobre novo papa

Cardeais do mundo inteiro estão reunidos no Vaticano em prol da escolha de um sucessor para o Papa Francisco. Em entrevista, a maioria diz ainda não saber em quem irá votar e que os discursos ajudam muito no processo de escolha e decisão deles, onde tudo pode mudar, como aconteceu no último conclave. Papa Francisco não era cotado como favorito por nenhum veículo de informação, mas seu discurso fez com que os cardeais votantes optassem por ele, em 2013.

Os 133 cardeais votantes estão aproveitando o tempo antes do início do conclave para discutir acerca da Igreja Católica e suas realidades. Em seguida ficarão reclusos na Casa Santa Marta, sem contato com o mundo exterior para o início do conclave.

De olho nos discursos

Alguns nomes encabeçam as listas de favoritos à sucessão, entre eles estão o cardeal italiano Pietro Parolin e o filipino Luis Antonio Tagle. Entretanto, muitos clérigos ressaltam não saberem ainda em quem irão votar, outros até mesmo chegaram a mudar de ideia desde que chegaram ao Vaticano.

Em entrevistas a diversos veículos, clérigos ressaltaram a importância dos discursos realizados nas congregações gerais, e como eles podem mudar o rumo das votações. Ajudam a formar opiniões e entenderem melhor quem são os cardeais que melhor se encaixam nesta função, no atual contexto mundial vivenciado.

Como funciona o processo do conclave?

Foram previstas duas sessões pré-conclave, uma na última segunda-feira e a outra está prevista para hoje, véspera do início do conclave. Na manhã de quarta, com uma missa realizada na Basílica de São Pedro, será o marco inicial do conclave 2025.

Na parte da tarde, os cardeais irão entrar oficialmente na Capela Sistina para começar a votação do sucessor de Francisco. É esperado que neste mesmo dia seja realizada a primeira votação. Já no dia seguinte, duas votações serão realizadas, uma no turno da manhã, outra a tarde.

Para que haja um novo papa eleito, é necessário que uma maioria de dois terços votem no mesmo cardeal. Caso não consiga este feito após os primeiros três dias, será feita uma “pausa de oração”, com a duração de um dia, antes que uma nova votação seja iniciada.


Fumaça solta após a decisão do Conclave (Foto: reprodução/AFP/Getty Images Embed)


Anúncio do resultado da votação para o mundo

O sinal dado ao mundo exterior acerca do andamento do conclave vem através de uma chaminé instalada acima da Capela Sistina. Existem dois tipo de anúncio; a fumaça preta que sinaliza a votação inconclusiva e a fumaça branca quando um novo papa estiver sido escolhido. Essas fumaças são geradas com a junção de um produto químico e as cédulas dos cardeais que são queimadas.

Anotações e trocas importantes durante o jantar

A expectativa dos cardeais é que a votação não seja concluída nas duas primeiras votações, que os primeiros votos são apenas para orientações e ajustes. O cardeal Filoni destaca a importância de todos os cardeais ficarem isolados do mundo e hospedados juntos na casa de hóspedes Santa Marta, já que depois do jantar eles se reúnem e comparam anotações após as votações.

Entenda as medidas de segurança que serão implementadas para o Conclave

As autoridades italianas anunciaram um novo reforço nas medidas de segurança em torno do Vaticano a partir das 7h da manhã desta quarta-feira (7), quando terá início o Conclave que elegerá o novo papa. O esquema foi detalhado pela agência de notícias Ansa e envolve um aparato robusto coordenado pelo Departamento de Polícia de Roma, sob a supervisão do comissário Roberto Massucci.


Imagem que ilustra a votação dos cardeais para Papa (Foto: reprodução/X/@indus_a)

O plano retoma estratégias de segurança já aplicadas anteriormente, como durante o funeral do papa Francisco, realizado no fim de abril. A Praça São Pedro, onde milhares de fieis devem se reunir à espera do anúncio do novo pontífice, será um dos principais focos da operação.

O acesso à praça contará com postos de controle equipados com detectores de metais, além de vigilância contínua por agentes de segurança. Também será ativado novamente o sistema de defesa antidrone, como parte das precauções contra ameaças aéreas.

Locais onde haverá maior atenção

O perímetro de segurança se estende por áreas estratégicas que cercam o Vaticano, incluindo a Via della Conciliazione, a Via di Porta Angelica e a praça del Sant’Ufficio. Nesses pontos, serão montadas barreiras de inspeção que incluem revistas duplas, uma nas entradas principais e outra já dentro da Praça São Pedro, entre as colunas que cercam a Basílica de São Pedro.

A operação se estende ainda para outras três basílicas papais: São João de Latrão, São Paulo Fora dos Muros e Santa Maria Maior. Esta última, em especial, receberá atenção redobrada devido ao aumento expressivo no número de visitantes, atraídos pelo túmulo do papa Francisco.

Número de agente que participarão do evento

Mais de 4 mil policiais estarão mobilizados em turnos ao longo dos dias, reforçados por 1.500 militares, muitos dos quais equipados com bazucas antidrone, utilizadas como sistema de defesa aérea. Também atuarão cerca de mil especialistas em Inteligência, que trabalharão no monitoramento de possíveis ameaças, além de 3 mil voluntários da Proteção Civil e 2 mil guardas municipais.

De acordo com Massucci, o plano de segurança permanecerá ativo por tempo indeterminado, sendo encerrado apenas após a realização da primeira celebração oficial conduzida pelo novo papa.

Cenário de indefinição marca conclave que irá definir o sucessor de Francisco; conheça alguns dos nomes cotados

De acordo com um cardeal que irá participar do conclave para definição de quem irá suceder Francisco como papa, o cenário atual é de completa indefinição, pois até o momento, os participantes desconhecem os colegas que estarão presentes e participarão do evento. 

Os possíveis nomes

Em meio ao desconhecimento por parte dos cardeais participantes, um nome que vem ganhando força para assumir o lugar de pontífice é do ex-secretário de estado do Vaticano Pietro Parolin. Parolin, por sua vez, tem a seu favor a sua vasta carreira na diplomacia. O colegiado de cardeais entende que o italiano não tem o mesmo carisma que Francisco.

Outros nomes vêm sendo especulados por diferentes nações. Os cardeais italianos tentam viabilizar a candidatura de Pierbattista Pizzaballa, Patriarca latino de Jerusalém com atuação em áreas de conflito. Já representantes franceses e de outros países da Europa fortalecem o nome de Jean-Marc Aveline, cardeal de Marselha. 


– Bombeiros realizam a instalação da chaminé para anúncio do novo Papa (Foto: Reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)


Recentemente, o nome de Robert Francis Prevost surge como um dos possíveis sucessores de Francisco. Prevost era prefeito do dicastério para os bispos. Um fator que pesa contra o Prevost é o fato de ser norte-americano, já que muitos cardeais resistem à ideia de um pontífice oriundo dos Estados Unidos. Um cardeal comentou sobre suas expectativas para o conclave.

Tudo está em aberto. O que vai definir o conclave será o primeiro escrutínio, quando os nomes papáveis estarão mais explicitados.

Quando acontece a votação?

O conclave que irá definir o futuro Papa acontece nesta quarta-feira (07) na Capela Sistina, localizada no Vaticano. O primeiro dia pode incluir uma votação, e os dias seguintes podem ter várias votações, dependendo da rapidez com que se chega a um consenso. Medidas de segurança foram reforçadas para garantir a segurança durante a votação.

Vaticano instala chaminé que anunciará eleição do novo papa

Com a instalação da tradicional chaminé na Capela Sistina, o Vaticano deu início nesta sexta-feira (2) aos eventos que antecedem a escolha do novo papa. O gesto simbólico sinaliza a preparação para o conclave, marcado para começar na próxima quarta-feira (7). O procedimento indica o começo dos preparativos para a escolha do sucessor do Papa Francisco, que faleceu no dia 21 de abril.

Preparativos para o conclave

Desde o falecimento do Papa Francisco, a Capela Sistina foi fechada à visitação para que as adaptações necessárias fossem feitas.

O conclave reunirá 133 cardeais com direito a voto, que deverão chegar a um consenso sobre o novo pontífice da Igreja Católica.

A chaminé instalada no teto da Capela Sistina constitui um dos símbolos mais emblemáticos do conclave.

Por meio dela, é comunicada ao mundo a evolução do processo eleitoral: a fumaça preta indica que nenhum dos candidatos atingiu a maioria necessária; já a fumaça branca anuncia que um novo pontífice foi escolhido.


Bombeiros instalam chaminé na Capela Sistina (Foto: reprodução/AFP)

O voto de cada cardeal é registrado em uma cédula e, ao final de cada rodada, os papéis são queimados.

Para que um nome seja escolhido, é preciso atingir pelo menos dois terços dos votos. Até que isso ocorra, sucessivas rodadas de votação acontecem.

Nos dois últimos conclaves, realizados em 2005 e 2013, o consenso foi alcançado ao fim do segundo dia. No entanto, a Igreja já registrou processos que se estenderam por semanas.

Cardeais se reúnem em Roma

Enquanto isso, os cardeais seguem reunidos em encontros preparatórios. Além de avaliar os rumos da Igreja, as reuniões servem para debater como dar continuidade às reformas iniciadas pelo Papa Francisco.

As últimas sessões evidenciaram preocupações relativas à situação fiscal do Vaticano. Documentos apresentados indicam fragilidade nas finanças, agravada pelas crises institucionais que marcaram os momentos finais do pontificado de Francisco.

A estabilidade econômica do Vaticano é considerada essencial para assegurar a viabilidade das reformas em curso e preservar a credibilidade da instituição diante dos fiéis e da comunidade internacional.