Ainda Estou Aqui vence Prêmio Lihuen de Melhor Filme Ibero-americano no Chile

O filme Ainda Estou Aqui, do cineasta Walter Salles, foi condecorado neste sábado (27) com o Prêmio Lihuen de Melhor Filme Ibero-americano. Foi a primeira vez que a premiação foi concedida pela Academia de Artes Cinematográficas do Chile e marca o 66º troféu do longa-metragem brasileiro. 

Produção iluminada 

O Prêmio Lihuen de Melhor Filme Ibero-americano foi recebido pela produtora de Ainda Estou Aqui, Maria Carlota Bruno, que representou toda a equipe de sucesso. Em seu discurso, ela exaltou a celebração latino-americana do cinema falado em português e espanhol. A produtora completou sua fala refletindo sobre a descoberta do significado de “lihuen”: “luz”. Para Carlota, o filme busca, justamente, iluminar a história da família de Eunice Paiva, que representa tantas outras histórias de tempos ditatoriais. 


Postagem de anúncio do Prêmio Lihuen vencido por ‘Ainda Estou Aqui’
(Vídeo: reprodução/Instagram/@academiacinechile)


O diretor Walter Salles, ao falar da premiação, lembrou da ditadura do Chile, que começou em 1973 e foi até 1990. Ele exaltou a forma como o país lidou com os ditadores após a redemocratização, sem aplicação da Lei de Anistia e com a criação do Museu da Memória e dos Direitos Humanos. 

Recordistas 

Desde a sua estreia no Festival de Veneza de 2024, Ainda Estou Aqui acumula 66 troféus, sendo o maior vencedor da história do cinema brasileiro e desbancando grandes clássicos do cinema nacional, como Central do Brasil. Entre os principais prêmios estão: Oscar de Melhor Filme Internacional, Melhor Roteiro no Festival de Veneza, Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama para Fernanda Torres (Eunice Paiva) e Prêmio do Público no Festival Internacional de Vancouver. 


Walter Salles recebendo o prêmio de Melhor Filme do Ano pela Critica Internacional (Foto: reprodução/instagram/@fipresci)

Mais de 30 países e 8,3 milhões de pessoas assistiram à história do sequestro de Rubens Paiva e na luta de Eunice Paiva que, enquanto busca respostas sobre o desaparecimento de seu marido, tem que criar cinco filhos sozinhos. No Brasil, o filme ficou 21 semanas em exibição nos cinemas, com 5,8 milhões de espectadores. 

‘Ainda Estou Aqui’ recebe prêmio inédito de Melhor Filme do Ano pela crítica internacional 

O filme ‘Ainda Estou Aqui’ foi eleito o Melhor Filme do Ano pela crítica internacional nesta sexta-feira (19). A produção, representada pelo diretor Walter Salles, recebeu o prêmio Grand Prix FIPRESCI 2025, oferecido pela Federação Internacional de Imprensa Cinematográfica. A cerimônia aconteceu, com votação on-line de 739 críticos de cinema, na abertura do 73º Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, na Espanha. 

O filme dos ineditismos

Ainda Estou Aqui foi o primeiro longa-metragem brasileiro a ganhar o Grand Prix FIPRESCI em 25 anos de história. Em seu discurso de agradecimento, Walter Salles destacou a importância de ser premiado por uma associação internacional de críticos de cinema. Em janeiro deste ano, a produção já havia recebido, da FIPRESCI, o prêmio de Melhor Longa-Metragem Internacional, no Festival de Cinema de Palm Springs. Para o diretor, a pluralidade de cultura dos críticos foi essencial para que o filme fosse descoberto por novos públicos e continuasse nas salas de cinema. 


Walter Salles em seu discurso de agradecimento pelo Grand Prix FIPRESCI 2025
(Foto: reprodução/Instagram/@fipresci)

Salles ressaltou que receber a honraria em San Sebastián, no país de Marisa Paredes e Luis Buñel, ícones do cinema espanhol, tornou o momento ainda mais especial. Ele reconheceu a federação como aliada na luta contra o esquecimento e na defesa da democracia. 

Totalmente premiado

Lançado em novembro de 2024, Ainda Estou Aqui conta a história do casal Eunice e Rubens Paiva e de seus cinco filhos. Eunice luta para manter a família enquanto tenta descobrir a verdade sobre o desaparecimento de Rubens durante a Ditadura Civil-Militar. A produção do ‘Globoplay’ conquistou as salas de cinema do Brasil e do Mundo somando 65 premiações, entre as quais estão: Oscar de Melhor Filme Internacional, Melhor Roteiro no Festival de Veneza, Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama para Fernanda Torres (Eunice Paiva), Prêmio do Público no Festival Internacional de Vancouver, além de conquistar 13 categorias no Prêmio Grande Otelo. 

“Ainda Estou Aqui” faz história ao receber prêmio inédito da crítica internacional

O filme brasileiro, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, continua acumulando vitórias, e o prêmio mais recente foi concedido pela Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci), formada por 75 profissionais de todo o mundo.

O Grande Prêmio Fipresci será entregue em 19 de setembro na abertura do 73º Festival de San Sebastián, e Walter Salles receberá o prêmio pessoalmente.

Prêmios de “Ainda Estou Aqui”

Desde sua estreia em Veneza, o longa brasileiro conquistou 61 prêmios, nacionais e internacionais. Entre os mais importantes estão o inédito Oscar de Melhor Filme Internacional, o Globo de Ouro de Melhor Atriz para Fernanda Torres e o Prêmio de Melhor Filme Ibero-Americano. Walter Salles também foi premiado como Melhor Diretor, reafirmando sua importância no audiovisual brasileiro no cenário mundial.

No Brasil, o filme foi o grande vencedor da noite no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, incluindo as principais categorias. A história da família Paiva encantou o público em todo o mundo, consolidando o filme como um marco do cinema brasileiro.


Post de divulgação da página da premiação (Foto: reprodução/Instagram/@fipresci)



Filme brasileiro emocionou plateias internacionais

O longa brasileiro emocionou plateias globalmente e conquistou corações por onde passou. Desde Veneza, o filme dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello ganhou e continua vencendo prêmios e sendo reconhecido pela crítica, mostrando a força do nosso cinema.

A campanha internacional foi intensa, levando o filme a festivais e encontros pelo mundo. O público se identificou com a história de um período difícil no contexto da ditadura militar brasileira e da Guerra Fria no resto do mundo. A história da família Paiva cativou a plateia e consolidou o longa como um verdadeiro destaque do cinema brasileiro no cenário global.

Com todos esses reconhecimentos, “Ainda Estou Aqui” se confirma como um dos maiores sucessos do cinema brasileiro, emocionando plateias e conquistando espaço de destaque no cenário internacional.

Walter Salles comemora o 47° prêmio do filme “Ainda Estou Aqui”

O filme brasileiro “Ainda Estou Aqui” ganhou o seu 47° prêmio, ganhando na categoria Melhor Filme Ibero Americano no Prêmio Sur, premiação promovida pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas da Argentina nesta quarta-feira (23). 

Walter Salles, diretor do filme ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2025, não pôde comparecer à cerimônia, que aconteceu no Teatro del Libertador General San Martín, em Córdoba, na Argentina, porém compartilhou um vídeo nas redes sociais comemorando e agradecendo pelo prêmio. 

Agradecimento pelo prêmio

Em um vídeo compartilhado pela Conspiração Filmes, produtora de “Ainda Estou Aqui”, no Instagram, Walter Salles comemorou o novo prêmio do filme. A categoria em que o filme venceu foi a primeira a ser anunciada na cerimônia.

No vídeo, Salles comentou: “‘Ainda Estou Aqui’ trata da importância da memória e da resistência durante os obscuros anos da ditadura militar, esses dois territórios que o cinema argentino explorou e nos ensinou a abordar de maneira exemplar.” O diretor também citou Fernanda Torres e Fernanda Montenegro e a toda a equipe que participou do filme, destacando a importância deles para que o filme fosse realizado.


Walter Salles agradeceu aos fãs e aos seus colegas de trabalho pelo novo prêmio. (Vídeo: reprodução/Instagram/@primeiroplanocom)


Em seu agradecimento, Salles reforçou a importância da memória dos tempos de ditadura militar, não só no Brasil, mas na América Latina, em um momento em que ele destacou que a democracia está sendo atacada. “Vida longa ao cinema argentino e à democracia!”, disse o diretor ao finalizar o seu agradecimento em vídeo.

Sucesso de crítica e de público

O filme “Ainda Estou Aqui”, lançado em 2024, ficou 21 semanas em cartaz nos cinemas brasileiros e ao redor do mundo, em mais de 30 países, sendo um sucesso absoluto de crítica e de público. 

Além do prêmio conquistado na última quarta-feira, o longa faturou mais 46 prêmios, sendo eles o de Melhor Atriz no Globo de Ouro para Fernanda Torres, que interpreta Eunice Paiva, e o de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar de 2025, sendo o primeiro filme brasileiro a ganhar uma estatueta. 

Ele é uma adaptação do livro de mesmo nome, escrito por Marcelo Rubens Paiva, que relata a história da própria família no período da ditadura militar, onde o seu pai, o ex-deputado federal Rubens Paiva é levado para prestar depoimentos para os militares e desaparece, fazendo com que sua mãe, Eunice Paiva, lutasse por respostas pelo desaparecimento e tenta se reerguer sozinha.

Walter Salles será homenageado pelo Museu da Academia do Oscar

O cineasta brasileiro Walter Salles, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional deste ano, será homenageado no Academy Museum Gala 2025. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, conhecida como Academia do Oscar, organiza o evento, que acontecerá no dia 18 de outubro.

Desde 2019, o gala celebra grandes nomes da indústria do cinema internacional e, ao mesmo tempo, arrecada fundos para o Museu. Por isso, tornou-se um dos eventos mais relevantes do calendário cultural de Hollywood.

Temos a honra de homenagear Penélope Cruz, Walter Salles, Bruce Springsteen e Bowen Yang — contadores de histórias cuja influência comprovadamente ressoa no cinema e além dele”, disse Amy Homma, diretora e presidente do Museu da Academia.

Os homenageados

Walter Salles receberá o Prêmio Luminary, concedido àqueles cujas contribuições contribuíram na expansão criativa da produção cinematográfica. Enquanto isso, Penélope Cruz receberá o Prêmio Icon, que celebra artistas cujas carreiras tiveram um grande impacto cultural. 

Bruce Springsteen, que se apresentará ao vivo no evento, recebe o Prêmio Legacy — homenagem dedicada a artistas cujas obras inspiraram gerações de contadores de histórias e continuam a influenciar a cultura contemporânea. Já o ator e comediante Bowen Yang receberá o Prêmio Vantage, entregue a talentos emergentes que ajudam a desafiar narrativas convencionais no cinema.


Walter Salles recebeu o Oscar de Melhor Filme Internacional por “Ainda Estou Aqui” (Foto: reprodução/Scott Kirkland/Getty Images Embed)


Além disso, o comitê anfitrião do Museu da Academia também foi anunciado nesta quinta-feira (17) e contém nomes como Amy Adams, Demi Moore, Ben Stiller, Willem Dafoe, Colman Domingo, entre muitos outros. Consequentemente, o evento ganha ainda mais prestígio com a presença de líderes criativos da indústria. Por fim, o diretor de “Wicked” Jon M. Chu, é um dos co-presidentes deste ano. Ele dividirá a função com Common, Viola Davis, Julius Tennon, Robert Downey Jr., Susan Downey, Jennifer Hudson e o curador do Museu, Alejandro Ramírez Magaña.

Academy Museum Gala


O Museu da Academia do Oscar anuncia os homenageados deste ano (Foto: reprodução/Instagram/@academymuseum)


O Academy Museum Gala acontece todos os anos e celebra a arte e a ciência do cinema. O evento reconhece artistas que contribuem de forma significativa para a indústria cinematográfica global. Além disso, o evento visa arrecadar fundos para o próprio Museu. No entanto, sua importância vai além da celebração: os recursos obtidos são destinados ao apoio de exposições, iniciativas educacionais e à programação pública oferecida pelo museu.

Na edição do ano passado, o baile homenageou nomes como Paul Mescal, Rita Moreno e Quentin Tarantino. Como resultado, a noite arrecadou mais de US$ 11 milhões, valor que fortaleceu ainda mais os projetos e ações promovidos pela instituição. Assim, o evento se consolida como um dos mais relevantes do calendário cultural de Hollywood.

“Ainda Estou Aqui” chega ao streaming neste domingo (6)

A espera finalmente chegou ao fim e todos que não tiveram oportunidade de assistir “Ainda Estou Aqui”, nas telonas, terão oportunidade de assistir o longa em casa com uma pipoca caseira. O filme de Walter Salles chega exclusivamente à plataforma Globoplay, no próximo domingo (6). 

“Ainda estou aqui” conquistou 40 prêmios em festivais nacionais e internacionais, dentre eles, o Oscar de “Melhor Filme Internacional”.

Para o Globoplay é um novo momento de celebração ao trazermos com exclusividade o filme para nossos assinantes, ampliando o ciclo de vida da obra e potencializando seu alcance após uma passagem histórica pelos cinemas”

Manuel Belmar, diretor de produtos digitais da Globo.

“Ainda estou aqui” é sucesso de bilheteria com quase 6 milhões de espectadores nos cinemas brasileiros, foi coproduzido entre Brasil e França e tem no elenco, além de Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro, Marjorie Estiano, Antônio Saboia, Maeve Kinkings, Humberto Carrão e Dan Stulbach.

Enredo da obra

Baseado no livro biográfico de Marcelo Rubens Paiva, “Ainda estou aqui“, conta a história de sua mãe, Eunice Paiva, que sofreu as agruras do período ditatorial no país ao ver seu marido, o então vereador Rubens Paiva, nos anos 1970, desaparecer após ser levado por militares à paisana. Eunice, então, com 5 filhos, inicia uma busca pela verdade sobre o destino de seu marido.

A personagem de Eunice Paiva é interpretada por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro e Rubens Paiva, pelo ator Selton Mello. 


Trailer oficial de ‘Ainda estou aqui’ (Vídeo: reprodução/YouTube/Sony Pictures)

Oscar inédito

O prêmio merecido de “Melhor Filme Estrangeiro” para, “Ainda estou aqui” foi inédito, isto porque, antes dele, também de Walter Salles, concorreu à estatueta o longa “Central do Brasil”, de 1998, mas não levou o prêmio tão esperado. 


Walter Salles ao lado de pôster de Central do Brasil, durante premiação, em 1999 (Reprodução/Hector Mata/Getty images embed)


Protagonizado pela mãe de Fernanda Torres, Fernanda Montenegro, o filme também concorreu em 1999 ao Oscar nas categorias de “Melhor Filme Internacional” e de “Melhor Atriz” para Fernanda Montenegro, porém a academia premiou Gwyneth Paltrow, por “Shakespeare Apaixonado” e “A vida é bela” como “Melhor Filme Internacional”.

Prêmio Platino 2025: Brasil se destaca com 11 indicações a premiação

Mais um destaque foi adicionado a longa lista de indicações que o audiovisual brasileiro vem conquistando nos cenários de premiações internacionais. Agora 11 nomeações em uma das mais importantes premiações do cinema ibero-americano somam essa lista: estamos falando do Prêmio Platino 2025, que reconhece as maiores produções da América Latina, Espanha e Portugal. 

Esse ano, os destaques brasileiros já são conhecidos pelo público, como “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres. A produção foi a ganhadora do Oscar 2025 de Melhor Filme Internacional. Agora, o longa, que expõe os horrores da Ditadura Militar, concorre na categoria de Melhor Filme Ibero-Americano de Ficção e também coloca Salles na indicação de Melhor Direção e Fernanda Torres em Melhor Atriz. 

Minisséries também entram na premiação

Nas categorias de Melhor Minissérie ou Telessérie Ibero-Americano o Brasil também não fica de fora. Como representantes, o país conta com “Cidade de Deus: A Luta Não Para”, da MAX e “Senna”, da Netflix. Alexandre Rodrigues, que protagonizou Buscapé no filme lançado em 2002, retorna ao elenco e representa, ao lado de Gabriel Leone, o Brasil na categoria de Melhor Ator em Minissérie ou Telessérie. 


Gabriel Leone como Ayrton, na série “Senna”, da Netflix (Foto: reprodução/Instagram/@gabrielleone)

Além disso, Andreia Horta, que interpreta Jerusa em “Cidade de Deus: A Luta Não Para” também garante seu lugar na competição pelo prêmio de Melhor Atriz em Minissérie ou Telessérie. Também há representação na categoria de Melhor Ator Coadjuvante em Minissérie ou Telessérie que fica com Hugo Bonemer, por “Senna”.


Andréia Horta como Jerusa, em “Cidade de Deus: A Luta Não Para” (Foto: reprodução/Max)

A minissérie “Senna” ainda garantiu uma indicação na categoria de Melhor Criador de Minissérie ou Telessérie Cinematográfica.

Além de filmes, minisséries e direção, o Brasil ainda tem representante na categoria de Melhor Animação com “Arca de Noé”, dirigida por Sérgio Machado e Alois Di Leo. 

Indicados ao Prêmio Platino 2025

Confira a seguir uma lista com todas as indicações brasileiras à premiação. 

  • Melhor Filme Ibero-Americano de Ficção
  • “Ainda Estou Aqui”
  • Melhor Direção
  • Walter Salles, por “Ainda Estou Aqui”
  • Melhor Atriz
  • Fernanda Torres, por “Ainda Estou Aqui”
  • Melhor Animação
  • “Arca de Noé”, dirigido por Sérgio Machado e Alois Di Leo
  • Melhor Minissérie ou Telessérie Cinematográfica Ibero-Americana
  • “Cidade de Deus: A Luta Não Para”
  • “Senna”
  • Melhor Ator em Minissérie ou Telessérie
  • Alexandre Rodrigues, por “Cidade de Deus: A Luta Não Para”
  • Gabriel Leone, por “Senna”
  • Melhor Atriz em Minissérie ou Telessérie
  • Andreia Horta, por “Cidade de Deus: A Luta Não Para”
  • Melhor Ator Coadjuvante em Minissérie ou Telessérie Cinematográfica
  • Hugo Bonemer, por “Senna”
  • Melhor Criador de Minissérie ou Telessérie Cinematográfica
  • Vicente Amorim, Fernando Coimbra, Luiz Bolognesi, Patrícia Andrade, por “Senna”

A premiação está prevista para o dia 27 de abril, em Madri, na Espanha. 

“Velhos Bandidos” é o último trabalho de Fernanda Montenegro nos cinemas

Na noite da última quarta-feira (12), no Rio de Janeiro, a atriz Fernanda Montenegro anunciou a aposentadoria dos cinemas. Durante a pré-estreia de seu penúltimo filme, “Vitória”, a artista de 95 anos confirmou que o longa é seu último projeto de drama.

O último projeto de Fernanda nos cinemas, “Velhos Bandidos”, já foi gravado, mas ainda não tem data de lançamento. A comédia é dirigida pelo filho da atriz, Claudio Torres. Já “Vitória”, que estreia nas telonas nesta quinta-feira (13), é dirigido pelo genro Andrucha Waddington, marido de Fernanda Torres. “Quis o acaso que o último drama que eu faço e a última comédia que eu faço é com meu filho. Nessa altura de quase 100 anos que eu tenho, já está bom. Está assim, sublime”, disse Fernanda em entrevista ao Canal Brasil.

No entanto, a estrela da dramaturgia brasileira não pretende se aposentar de outros trabalhos. Nesta semana, Fernanda mostrou que continua em atividade nos palcos, após participar de um recital de autores da Academia Brasileira de Letras (ABL), onde ocupa a cadeira 17 desde março de 2022. 

“Vitória”


Fernanda Montenegro interpreta Dona Nina no filme “Vitória” (Foto: reprodução: Sony Pictures Brasil)

O filme que estreia nesta quinta-feira (13), nos cinemas, é uma produção original Globoplay e foi inspirado em uma história real, presente no livro “Dona Vitória Joana da Paz”, de Fábio Gusmão. Fernanda Montenegro interpreta uma senhora que passa a filmar, da janela do apartamento, a movimentação dos traficantes de drogas nas ruas da própria comunidade, com a intenção de cooperar com o trabalho da polícia. Ao passo que faz as gravações, a personagem conhece um jornalista que se junta a ela em sua missão. 

Trajetória de Fernanda Montenegro

Nascida como Arlette Pinheiro Esteves da Silva, a atriz iniciou sua carreira aos 15 anos, em locuções de novelas de rádio. No ano de 1950, fez sua estreia no teatro, na obra “Alegres Canções nas Montanhas”. Em 1951, ao ser a primeira contratada da TV Tupi (Rio de Janeiro), assumiu o nome artístico Fernanda Montenegro.

Além dos trabalhos na televisão e nos palcos, a artista dedicou grande parte da vida a projetos cinematográficos. Em 1999, foi indicada à categoria de “Melhor Atriz” no Oscar, pelo filme “Central do Brasil”, dirigido por Walter Salles. 

Fernanda Montenegro afirma que sua filha é um fenômeno

A atriz Fernanda Montenegro, de 95 anos, fez uma carta aberta nesta sexta-feira (07/03), para a sua filha e também atriz Fernanda Torres, de 59 anos, que fez história ao ser a segunda brasileira indicada ao Oscar e ter conquistado o Globo de Ouro em 2024 pelo longa de “Ainda estou aqui” do diretor Walter Salles.

A mãe orgulhosa só fez elogios a filha, deixando claro que para ela Torres é um fenômeno. Além de amigos e companheiros de trabalho que elogiaram a atriz.  


Carta aberta de Fernanda Montenegro para Fernanda Torres (Foto: reprodução/Instagram/@fernandamontenegrooficial)


Carreira de Fernando Torres

Vindo de um berço artístico, filha de dois ícones da televisão brasileira, além da mãe seu pai Fernando Torres que também era ator, produtor e diretor. Na carta Montenegro conta que Torres começou sua trajetória no Teatro Tablado aos 12 anos, com o total apoio dos pais que estavam na plateia para incentivá-la.

Mesmo tendo uma referência incomparável Torres trilhou seu próprio caminho no cinema e na televisão, tendo na carreira diversos papéis de destaque, na Globo estrelou Os normais e Tapas e Beijos que a fizeram conhecida pelo público, já no cinema brilhou com Terra Estrangeira (1994) e O Primeiro Dia (1996).

Trilhando um caminho com muitos sucessos, sua maior indicação veio com Eunice Paiva, o longa baseado na autobiografia de Marcelo Rubens Paiva, que conta a história de Rubens Paiva que foi levado por policiais durante a ditadura militar no Brasil.

Resultado do Oscar

Mesmo que a estatueta não tenha ficado com a atriz, Torres conseguiu o feito de ter um país inteiro para torcer por ela. A ganhadora, no entanto, foi a norte-americana Mikey Madison pela atuação em “Anora”, filme que também ganhou em outras quatro categorias. Contudo, Montenegro fez questão de enaltecer o trabalho da filha e sua trajetória de 50 anos na dramaturgia.

A premiação rendeu para o longa “Ainda estou aqui” o Oscar como Melhor Filme Internacional, fazendo com que o nome do cinema fosse marcado na maior premiação mundial.

Prefeitura do Rio de Janeiro anuncia criação da Casa do Cinema Brasileiro

O prefeito da cidade do Rio, Eduardo Paes, anunciou em suas redes sociais a criação do novo espaço cultural que abrirá em breve na cidade maravilhosa. O nome do projeto é “Casa do Cinema Brasileiro” e será construído na casa onde foi filmado o filme de Walter Salles indicado a três categorias do Oscar, “Ainda Estou Aqui“. A casa receberá o primeira estatueta do Oscar conquistada na premiação realizada no último domingo (2).

Homenagem à família Paiva

O lugar, segundo o Paes, será um espaço para conhecer melhor a história do país através do cinema nacional. A casa também fará homenagens a história de Eunice Paiva e sua família, além de celebrar o legado de Fernanda Torres e Fernanda Montenegro em suas trajetórias no cinema nacional.

Além de tudo isso, o espaço também será importante pois funcionará a nova sede da Rio Film Commission estimulando mais produções do cinema brasileiro e premiações internacionais.


Prefeito Eduardo Paes anuncia novo projeto cultural em suas redes sociais com fotos de Eunice Paiva e seus filhos (Foto: reprodução/Instagram/@eduardopaes)

“Ainda Estou Aqui” e o seu legado

O longa de Walter Salles conta a história de Eunice Paiva e o desaparecimento de seu marido e deputado, Marcelo Rubens Paiva que ocorreu durante a ditadura militar no brasil.

O filme ganhou ainda mais destaque após suas três indicações ao Oscar incluindo: Melhor Atriz, Melhor Filme e Melhor Filme Internacional. Após diversas salas de exibição nos Estados Unidos, o filme chegou na premiação como favorito conquistando atenção ao redor do mundo.

Após um longo período de divulgação em território nacional e internacional, a obra brasileira levou pra casa a estatueta de Melhor Filme Internacional, tornando-se o primeiro filme nacional a ganhar um Oscar depois de 100 anos de premiação, um momento histórico para o cinema nacional. A produção chega ao Globoplay no dia 6 de março.