X, Telegram, Tiktok e outras redes sociais então sendo processados

Recentemente, o X foi proibido no Brasil por descumprir uma ordem judicial, enquanto Pavel Durov, fundador do Telegram, foi detido na França por não impedir o uso indevido da plataforma. Nos EUA, o Google perdeu um processo relacionado a práticas desleais, e o TikTok pode ser proibido já no ano que vem. Na Europa, as grandes empresas de tecnologia enfrentarão um aumento significativo das supervisões devido a novas regulamentações.

Nuria López, cofundadora da Technoethics, afirma que o aumento da responsabilização das grandes empresas de tecnologia é um processo contínuo que exige um equilíbrio entre governança e tecnologia. Ela observa que o Brasil enfrenta desafios parecidos aos dos EUA e da França. Segundo Nuria, as inovações tecnológicas progridem mais rapidamente do que as legislações, o que justifica a longa ausência de pressão judicial sobre as big techs.

Elon Musk e o aplicativo X

Após intensificar sua resistência ao Supremo Tribunal Federal, Elon Musk sinaliza que cumprirá as determinações da Justiça brasileira, contratando um escritório de advocacia, reativando contas suspensas e nomeando um representante legal no Brasil. Simultaneamente, Pavel Durov, fundador do Telegram, foi preso na França por permitir o uso criminoso da plataforma, mas libertado sob fiança de € 5,5 milhões, com restrições de deslocamento e obrigação de se apresentar à polícia.


Elon musk dono do X (foto: reprodução/Instagram/@elonmuskoficia)

A prisão de Pavel Durov, baseada em uma lei promulgada há pouco mais de um ano, prevê a responsabilização criminal de plataformas que não coíbem o uso criminoso de seus serviços. Tanto Durov quanto Elon Musk defendem uma liberdade de expressão irrestrita, o que resultou em menores padrões de segurança no X e em pouca moderação de conteúdo no Telegram.

Processo do tiktok

O TikTok está sendo processado nos EUA pela morte de uma menina de 10 anos que participou do “desafio do apagão”, com um Tribunal de Apelações decidindo que o caso pode prosseguir. Essa decisão é significativa, já que a legislação americana geralmente protege plataformas de responsabilização por conteúdo postado, mas o juiz argumentou que o TikTok pode ser responsabilizado por suas escolhas na promoção desses vídeos.

Simultaneamente, uma nova lei exige que o TikTok corte laços com a China ou venda suas operações nos EUA, sob pena de banimento em janeiro, com a empresa já contestando essa legislação na Justiça. Vicente Bagnoli, professor de Direito, analisa que esses casos—envolvendo TikTok, X, Telegram e Meta—revelam uma crescente preocupação com o poder das big techs. Ele destaca que o caso Cambridge Analytica, em 2018, foi um marco, pois evidenciou como plataformas como o Facebook podem manipular dados pessoais e influenciar processos democráticos, levando a uma maior conscientização sobre a necessidade de regulamentação e responsabilização.

X determina representante oficial no Brasil

A rede social X designou, nesta sexta-feira (20), a advogada Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição como sua representante legal no país. A decisão veio após uma ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Isso ocorre em meio à pressão sobre a empresa, que atualmente está proibida de ser acessada no território brasileiro.

Rachel já trabalho com o X

Rachel, que anteriormente já havia trabalhado como representante legal da rede no país, volta ao cargo em meio à suspensão da rede, que não deve ser revertida de forma imediata, sendo esperada apenas para a próxima semana.

Ainda assim, ao ser procurado, o STF não confirmou se o X indicou oficialmente um representante, sendo que a rede tinha até as 21h29 para fazê-lo, sob o risco de ter seu banimento, em vigor desde 31 de agosto, estendido. O banimento foi decretado justamente pela ausência de um representante em território nacional, como previsto em lei.

Prazo de 24 horas

Nesta última quinta-feira (19), Alexandre de Moraes deu um prazo de 24 horas para que a rede social comprovasse a existência de uma representação legal no Brasil. A decisão veio após o X indicar que o STF havia contratado os advogados André Zonaro Giacchetta e Sérgio Rosenthal, de São Paulo, para representarem a rede social em processos perante a Corte.


Ministro do STF Alexandre de Moraes (Foto: reprodução/Bloomberg/Bloomberg/Getty Images Embed)


De acordo com Moraes, o X não forneceu ‘nenhuma comprovação do retorno das atividades’ da empresa – ‘nem tampouco da regularidade da constituição de seus novos representantes legais ou mesmo de seus novos advogados’.

Isso ocorreu em um momento em que a empresa tentou burlar o bloqueio do site, ao mesmo tempo em que indicava que começaria a cumprir as ordens impostas pelo STF. O maior destaque foi a migração dos servidores para um novo IP, permitindo que os usuários acessassem o site sem o uso de VPN. Como resultado, Moraes estipulou uma multa de R$ 5 milhões caso a rede social continuasse a contornar o bloqueio.

STF estipula prazo de 24 horas para X comprovar representação legal no Brasil

Nesta quinta-feira(19), Alexandre de Moraes estipulou 24 horas para que a empresa do bilionário Elon Musk esclarecesse ao Tribunal se já nomeou um representante legal para o “X” no Brasil. Após o antigo Twitter indicar contrato com os advogados André Zonaro Giaccheta e Sérgio Rosenthal, de São Paulo, tendo como o objetivo representar a rede social em processos na corte, o magistrado decidiu efetuar a solicitação dando este prazo. Conforme o jurista, não foi fornecido comprovação indicando atividades da empresa, e muito menos regularidade da constituição dos seus representantes legais.

Multa de 5 milhões

Em determinação do ministro, a plataforma teria que pagar um valor de cinco milhões por terem descumprindo uma ordem judicial, isso inclui também a Starlink, a qual sofrera cobrança caso não se cumpra o pagamento. Mediante o edital de intimação publicado, a taxa passou a valer a partir do dia 19 de setembro de 2024. O dinheiro a ser pago é calculado diariamente.


Elon Musk na sessão “Explorando as novas fronteiras da inovação” (reprodução/Marc Piasecki/Getty Images embed)


Bloqueio de acesso

Houve também, uma ordenação para Anatel(Agência Nacional de telecomunicações) o cumprimento de bloquear o acesso da plataforma, impedindo o acesso por servidores como CDN Cloudflare, Fastly e EdgeUNO, a companhia já havia comunicado em relação a tentativas de uso indevido burlando a ordem na última quarta-feira. Segundo a mesma, isso teria ocorrido pelo fato de ter havido uma migração, da mídia trocando o IP, facilitando o drible do bloqueio definido pelas operadoras no Brasil.

Motivações

De acordo com Alexandre de Moraes, o fato de não haver bloqueio nas contas aonde se divulgou mensagens criminosas ou até mesmo antidemocráticas, a não aplicação de multas para os usuários em questão, e ainda o fechamento do escritório no Brasil e deixando consequentemente de ter um representante legal no país para lidar com as situações relacionadas ao STF, foram os motivos da decisão tomada por ele.

A plataforma X continua suspensa no Brasil.

Alexandre de Moraes multa plataforma X em R$ 5 milhões

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes multou a rede social X em R$ 5 milhões em razão de uma “manobra” que fez o site voltar a funcionar para os usuários brasileiros.

A punição está valendo desde hoje(19), mas o tribunal ainda vai calcular quantos dias de multa serão aplicados pelo tempo que a irregularidade se mantiver.

A decisão foi entregue por edital de intimação já que o X não tem representantes legais no Brasil. Neste documento, Moraes pede o X no Brasil para que suspenda os acessos através dos servidores Cloudfare, Fastly, Edgeuno e CDN e outros semelhantes criados para burlar a decisão do STF sob pena de multa de R$ 5 milhões. A multa também é aplicada a Starlink.

Anatel vê intenção deliberada na ação

A Anatel na manhã desta quinta-feira(19) confirmou em nota ter identificado acessos de usuários do X no Brasil.

Para a agência, a atitude demonstra ação deliberada para descumprimento da sentença do STF e ainda de acordo com a agência caso se repitam tentativas de desrespeitar o bloqueio, a agência tomará providências cabíveis.


Ministro Alexandre de Moraes (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

O bloqueio começou na virada de sexta(30) para sábado(31) do mês de agosto e deixou cerca de 40 milhões de usuários sem acesso à plataforma. Na decisão judicial, a plataforma só será liberada quando forem pagas as multas e um representante legal no Brasil for nomeado pela empresa comprada pelo bilionário Elon Musk.

“Drible” ao bloqueio se deu por mudança de servidor

O acesso mesmo que sem imagens e vídeos se deu através de uma mudança de servidores dificultando o bloqueio das operadoras de telefonia e internet. Com isso, algumas pessoas conseguiram ter acesso à plataforma.

De acordo com a empresa, a mudança foi porque a estrutura de acesso em toda a América Latina foi comprometida com o bloqueio no Brasil, sendo necessária a troca de servidor. Ainda de acordo com a empresa, essa ação resultou em uma liberação acidental e temporária da plataforma no Brasil.     

Matéria por Matheus Furtado (Lorena – R7)

Após usuários relatarem a volta do X STF se pronuncia e afirma que houve erro

Na manhã desta quarta-feira (18), alguns usuários do X (antigo Twitter) tiveram acesso à rede social, sobretudo através do aplicativo, pela rede wi-fi. A plataforma, que era sucesso no Brasil, está suspensa desde o dia 30 de agosto, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

De acordo com as últimas informações da internet, o acesso ao aplicativo foi restaurado tanto para IOS quanto para o Android. Contudo, ao tentar acessar a plataforma através de navegadores como o Google Chrome e Safari, os usuários relatam dificuldades.


Reações dos usuários do aplicativo X após aplicativo voltar a funcionar (Foto: Reprodução/X)

Ainda não existe uma confirmação oficial quanto à liberação do serviço pela Justiça, uma vez que o funcionamento está bastante irregular. No entanto, o possível retorno gerou diversas reações nas redes sociais. Os internautas compartilharam memes a respeito da situação, descrevendo a possibilidade de voltar a ser “malucos na rede” ou a “morrer de saudade” das postagens na rede social.

Nota divulgada

Em comunicado enviado ao portal O TEMPO, o Supremo Tribunal Federal informou que uma instabilidade permitiu o acesso a algumas contas.

“O Supremo Tribunal Federal (STF) está checando a informação sobre o acesso ao X por parte de alguns usuários. Aparentemente é apenas uma instabilidade no bloqueio de algumas redes”, diz comunicado oficial.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que controla o bloqueio, também afirma que não recebeu nenhuma ordem para liberar o X no Brasil e, em nota, informa que o caso desta quarta-feira (18) está sendo avaliado tecnicamente.

Relembre a suspensão

A rede social “X”, mais conhecida como Twitter foi bloqueada em todo o país no dia 30 de agosto de 2024, após um desentendimento entre o ministro Alexandre de Moraes e o dono da plataforma, Elon Musk.

O ministro determinou que Musk cumprisse algumas ordens judiciais, pagasse as multas e apresentasse um representante legal da rede no Brasil, o que não foi cumprido dentro do prazo estipulado e resultou no bloqueio da rede social no país.

PGR aciona a Polícia Federal para analisar perfis de investigados no X

Na última quinta-feira (5), o chefe do Ministério Público Federal, Paulo Gonet, ordenou a Polícia Federal que investigue como perfis de investigados no Supremo Tribunal Federal conseguiram fazer uso do X e ainda publicar na plataforma.


Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, discursando em evento internacional. (Foto: reprodução/Evaristo Sa/AFP/Getty Images embed)


Procuradoria Geral da República investiga usuários do X

Mesmo a rede social alegando falha técnica no sistema, a PGR pediu a PF que continue com suas investigações. Em abril desse ano, a polícia federal comunicou ao STF que a plataforma de Musk autorizou esses perfis a fazerem publicações no X.

O relatório da polícia foi anexado à um inquérito aberto no Supremo, para investigar Elon Musk e um suposto caso de obstrução de justiça. Os investigadores disseram os usuários estariam usando o chamado “Spaces”, um recurso que segundo eles “permiti que usuários brasileiros da plataforma possam interagir com pessoas que tiveram seus perfis bloqueados por decisão judicial”.

Ainda em abril, os representantes do X no Brasil afirmaram que os investigados pela justiça estavam tentando “contornar” os bloqueios do Supremo Tribunal Federal usando as configurações, recursos e opções da própria rede social. E, seguindo as determinações da justiça brasileira bloqueou a função Spaces para brasileiros que a tentassem usar. Os advogados da plataforma do bilionário falaram que logo que souberam o uso das funcionalidades, impediram e bloquearam esse recurso no Brasil.

Investigações contra Musk

Elon Musk segue sendo alvo do Ministro Alexandre de Moraes e do STF, pois, na época, ele havia sido incluído no inquérito das Milícias digitais. Além disso, há outro inquérito que o investiga por suspeitas de tentar obstruir a investigação do judiciário brasileiro, organização criminosa e incitação ao crime.

As decisões foram tomadas por Moraes após ameaças de não cumprimento de ordens judiciais em território Nacional. A rede social X segue suspensa no Brasil por descumprimentos de ordens da Suprema corte.

Ex-funcionário do X Brasil diz que fechamento do escritório no país foi inesperado

Um ex-funcionário informou ao portal do G1 que no dia 15 de agosto, uma quinta-feira, houve uma reunião virtual da equipe de cerca de 35 pessoas do X Brasil com a diretora-executiva da empresa, Linda Yaccarino, e outros funcionários.


Redes sociais incluindo o X (Foto: reprodução/Matt Cardy/Getty Images Embed)


“Na chamada, eles mencionaram preocupações com o cenário da operação brasileira do X e deram a entender que haveria mudanças. Mas, em nenhum momento, falaram em fechar o escritório.”

A equipe foi convocada para uma reunião adicional com Yaccarino no sábado, às 10h. “Eu estranhei, porque esse tipo de compromisso no final de semana não era comum no X. Mas, como era com a CEO, imaginei que seria algo importante”, então ele e o restante da equipe foram informados do fechamento do escritório no Brasil e da perda de emprego.

Ele afirma que um e-mail foi enviado pelos recursos humanos logo depois e que todas as verbas rescisórias, exceto a multa do FGTS – um direito de todo funcionário que trabalha em regime CLT e é dispensado sem justa causa – foram pagas nos dias seguintes.

O RH do X Brasil foi gerenciado por uma empresa terceirizada, segundo o ex-funcionário. Ele relata que na última sexta-feira (30), a empresa informou seus ex-funcionários que não havia previsão para depositar esses valores devido ao bloqueio das contas da Starlink, empresa de Elon Musk que opera no Brasil.

Starlink

O empresário Elon Musk teve uma nova resposta quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes bloqueou contas da empresa Starlink Holding, que também é propriedade do bilionário Musk, devido à falta de um representante legal da rede social X no Brasil.

Na semana passada, Moraes considerou a existência de um “grupo econômico de fato” liderado por Musk e, em 18 de agosto, ordenou o bloqueio de todos os ativos financeiros desse grupo no Brasil para garantir que a rede X pudesse pagar as multas impostas pela Justiça brasileira.

A Starlink é a outra empresa de Elon Musk no país além do X, segundo assessores do gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Ela opera no Brasil na venda de serviços de internet por satélite, principalmente na região Norte. A Starlink declarou em um post no X que as decisões de Moraes contra o X eram “inconstitucionais” e afirmou que planeja entrar em ação legal.

No dia 24 de agosto, o ministro tomou a decisão, e no dia 27 a Starlink foi informada. O prazo de cinco dias para apresentar um recurso terminou nesta segunda-feira (2). A secretaria judicial do STF já formalizou a perda do tempo para contestar a decisão.

Bluesky 

Na segunda-feira (2), a rede social Bluesky, rival do Threads e uma das opções para os usuários do X no Brasil, anunciou que apenas na última semana adicionou 2 milhões de novos usuários. Em sua página, a própria empresa confirmou as informações.

STF decide manter X suspenso no Brasil por unanimidade

Em votação realizada pela primeira turma do STF, com cinco ministros (Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Alexandre de Moraes), resultando em vitória unânime da continuação da suspensão do X, mantendo a rede social suspensa no Brasil, até cumprimento de decisões estabelecidas pelo Supremo Tribunal Federal. Além disso, foi decidido que haverá uma multa de R$ 50 mil para usuários de artifícios para utilizar o aplicativo, como o VPN, considerado um “subterfúgio tecnológico”.


Explicação da situação entre Elon Musk e Alexandre de Moraes (Vídeo: Reprodução/YouTube/SBT News)

Votação do Supremo Tribunal Federal

Em votação realizada nesta segunda-feira (2), no Supremo Tribunal Federal, os cinco ministros da primeira turma, votaram de forma unânime na continuidade da suspensão do aplicativo no Brasil. Os votantes foram Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Luiz Fux e o autor do despacho, Alexandre de Moraes.

O aplicativo continuará suspenso, até que sejam cumpridos os seguintes requisitos, colocados como condição pelo órgão: bloquear perfis com conteúdo antidemocrático ou criminoso, pague multas por descumprimento de ordens judiciais — mais de R$ 18 milhões — e indique um representante legal no país.

Além disso, Alexandre de Moraes determinou que o uso de VPN ou de outros artifícios do tipo para ser possível o uso do X, serão multados em R$ 50 mil. Esta decisão chegou a ser questionada em recurso da OAB, mas ainda não foi analisado.

O julgamento, feito em forma de plenário virtual, tem duração até 23h59, com os votos podendo ser alterados, algo muito raro de ocorrer em situações deste tipo.

Suspensão do X

Com seu escritório tendo sido fechado no Brasil dia 17 de agosto, por alegar que Alexandre de Moraes ameaçou a representante legal do aplicativo no Brasil de prisão, o aplicativo saiu do ar nos últimos dias.

O STF alega que Elon Musk descumpriu, desde abril, várias ordens do ministro Moraes, que ordenou o bloqueio de contas com comportamentos antidemocráticos, além de multas não pagas pelo bilionário, dono da plataforma.

Ministros afirmam que Elon Musk está contrariando o STF para criar narrativa de perseguição

Após o bloqueio do X no Brasil, foi comentado sobre possível estratégia de Elon Musk para criar uma imagem de perseguição, do STF com ele. Segundo alguns ministros, o bilionário estaria contrariando algumas decisões do órgão para que esta narrativa seja vista como realidade, afirmando que Musk utiliza o X como instrumento político e montou propositalmente este embate, justamente para esta situação citada.


Análise sobre a situação entre Elon Musk e Alexandre de Moraes (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Bloqueio do X no Brasil

Medida tomada pelo ministro Alexandre de Moraes, traz o bloqueio do aplicativo X, antigo twitter, no Brasil, até que se cumpra as ordens determinadas pelo próprio, no Supremo Tribunal Federal.

Alguns ministros pensam que existe um peso diferente nas mãos de Moraes, em diferentes casos, algo que causa uma turbulência e um desgaste na imagem do Judiciário, colocando pressão em toda a Corte. Além disso, para alguns ministros do STF, a lei deveria ser atualizada para permitir uma maior responsabilização das plataformas.

Sobre o desfecho desta história e todas as negociações envolvidas, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, falou para o jornal Folha de S. Paulo que as fake news e milícias digitais que estão sendo investigadas, devem ter uma resolução em breve.

Situação de momento

Os ministros do STF colocaram a atitude de Elon Musk, como uma estratégia para criar uma narrativa de perseguição em relação ao órgão, responsável pela decisão de alguns bloqueios de seus recursos, o principal deles, o X.

No presente caso, como reconhecido pelas próprias impetrantes, a decisão monocrática é ‘impugnável, em tese, por agravo interno

Cristiano Zanin, ministro do STF, sobre caso envolvendo Elon Musk

Para os magistrados, o bilionário está usando o aplicativo como instrumento político, criando este confronto com o STF de maneira proposital, para que esta possível imagem fosse buscada por ele.

BlueSky atinge mais de 1 milhão de usuários após bloqueio do X no Brasil

Após a suspensão da rede social X no Brasil, muitos usuários foram para outras plataformas parecidas com a rede social, alguns usuários passaram a usar o Threads, rede pertencente ao Meta, e rival do X, e uma grande parte criou sua conta no BlueSky, rede criada pelo mesmo criador do Jack Dorsey, em 2019. Dessa forma a BlueSky atinge hoje cerca de 1 milhão de usuários.

Popularidade de BlueSky

A BlueSky, criada em 2019, tornou-se independente em 2021 e se tornou popular após Elon Musk que adquiriu o X (Antigo Twitter), limitar o número de tuítes diários para usuários não verificados, e criar a assinatura para se tornar verificado e obter mais suporte.

A plataforma, assim como o início do Orkut, exigia um convite para ingressar, contudo a restrição foi removida em fevereiro de 2024, facilitando assim a adesão de novos usuários. Atualmente a plataforma segue no comando de Jay Graber, e pela “equipe BlueSky”. Na rede pode fazer publicações com até 300 caracteres. E é possivel republicar postagens e compartilhar fotos e textos.


Elon Musk (Reprodução/Blommberg/Getty Images Embed)


Suspensão do X no Brasil

O X foi suspenso no Brasil, após descumprimento das ordens exigidas por Moraes. O Ministro do STF, solicitou que Musk, indicasse um representante legal no Brasil para a empresa no prazo de 24 horas. O empresário não cumpriu a ordem, dizendo que enfrentaria o bloqueio no território brasileiro. Com o prazo limite sendo atingido, Moraes determina o bloqueio no país, até que sejam cumpridas todas as ordens judiciais, e as multas devidamente pagas e seja indicado, uma pessoa física ou jurídica como representante em território nacional.

Moraes, afirma que as redes sociais não são uma terra sem lei, criticando as postagens de Musk que segundo o ministro do STF, fazem parte de uma “campanha de desinformação”, estimulando a desobediência e obstrução à justiça.

Vale lembrar que o X encerrou as atividades e escritórios no Brasil, após alegarem que Moraes ameaçou prender a representante legal da empresa no Brasil. Desde esse momento o X tem ignorado as ordens judiciais para remover conteúdos considerados golpistas ou que atacam as instituições.