Pilotos da Fórmula 1 sentem o efeito do calor extremo do Catar

Felipe Pirovani Por Felipe Pirovani
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A 17° corrida da Fórmula 1 deste ano, teve uma dificuldade fora da pista, o calor extremo, fazendo com que a Federação Internacional do Automobilismo (FIA), colocasse novas regras para amenizar as dificuldades que os pilotos enfrentariam. Porém, mesmo com as novas regras, vários pilotos passaram mal durante o circuito.

Esteban Ocon da Alpine, chegou a vomitar no próprio capacete. George Russell da Mercedes disse que quase desmaiou no carro. Além do caso de desidratação severa e vistas embaçadas relatadas por outros competidores

As mudanças

A corrida do Catar já começou com uma nova regra. Normalmente, os pilotos são obrigados a fazer apenas uma parada para que se troque o tipo de pneu ao menos uma vez durante todo o circuito. Mas, em Lusail foi diferente. As zebras do circuito estavam causando separação e microfissuras no interior do pneu, fazendo com que a FIA juntamente com a Pirelli, fornecedora dos pneus, tomassem a decisão de aumentar para três pit-stops obrigatórios.

Foram raros os pilotos que não reclamaram das dificuldades durante a corrida. Logan Sargeant, da Williams, teve que abandonar a corrida por conta de desidratação. Logan Sargeant, da Aston Martin, e Alex Albon, companheiro de equipe de Sargeant, demonstraram extrema dificuldade para sair do carro, após o final do GP.


Pilotos relatam dificuldades e aparentam exaustos ao fim de corrida. (Vídeo: Reprodução/youtube/esportenaband.)


Mais quente da história?

Apesar da temperatura ter marcado 31 graus no momento da corrida, o cockpit, as roupas à prova de fogo, os capacetes, aumentam muito a temperatura para os pilotos. A corrida passou longe de estar entre as mais quentes. A categoria principal do automobilismo já registrou cinco corridas em que as temperaturas externas eram de 40 graus ou mais.

Das oito corridas mais quentes da história, a divisão entre séculos é igual com quatro para cada lado. No Grande Prêmio da Austrália em 2008, o termômetro marcou 38,2 graus durante a corrida, temperatura que já havia sido registrada no Brasil em 2007. No ano passado, na corrida de Barcelona, 39,9 graus foram marcados durante a disputa. E quatro corridas já obtiveram 40 graus no momento da corrida: Argentina em 1955; França em 1959; e uma dobradinha estadunidense em 1984 e 1985.

A marca de corrida mais quente da história da Fórmula 1 fica com o circuito do Bahrein em 2005, na ocasião o termômetro marcou 42,6 graus. Este GP foi vencido por Fernando Alonso, que ainda está no grid atual e reclamou que o assento estava quente na corrida do Catar.

 

Foto destaque: “Foi a corrida mais desafiadora em que eu já competi.”, afirma George Russell. Reprodução/instagram/@f1sutton.

Estudante de jornalismo na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), atualmente cursando o 4° período.
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