O julgamento do Caso Joaquim começa nesta segunda-feira (16). A mãe, Natália Ponte, e o padrasto, Guilherme Longo são os acusados do assassinato do menino Joaquim Ponte Marques, 3 anos, ocorrido em 2013. O crime teria sido motivado por ciúmes, já que o padrasto admitiu não gostar das ligações que o pai de Joaquim fazia para a mãe da criança, logo após terem descoberto que o menino tinha diabetes.
Entenda o caso
Natália é psicóloga e conheceu Guilherme Longo em uma clínica de reabilitação. Os dois rapidamente começaram um romance e foram morar juntos.
A acusação alega que Guilherme injetou uma alta dosagem de insulina na criança, que era diabético, o que teria provocado a morte. De acordo com a Procuradoria, após o crime, o padrasto teria jogado o corpo do menino em um córrego próximo à casa da família, em Ribeirão Preto (SP). Para a polícia, ele disse que é inocente, alegando que, após colocar Joaquim para dormir, saiu de casa para comprar drogas, porém, após não encontrar o traficante, voltou para casa e dormiu, alegando que Natália já estava dormindo quando ele chegou. “Ele [Joaquim] desapareceu de casa. Quando percebi, era no outro dia de manhã“, disse Guilherme.
A acusação contra Natália é pelo crime de omissão, por não ter feito nada para evitar o crime e proteger o filho. “Ela tinha o dever de garantir a integridade física e psíquica da criança. E não fez“, afirma o promotor Túlio Alves Nicolino.
Padrasto e mãe são acusados do assassinato de Joaquim. (Foto: reprodução/Terra)
Fuga e prisão
Após passar dois anos e três meses preso pelo crime, Guilherme Longo ganhou o direito de responder em liberdade, porém, fugiu para Barcelona, na Espanha. Em abril de 2017, após sete meses foragido usando nome falso, ele voltou para o Brasil e foi preso em Tremembé, município do interior de São Paulo.
A mãe de Joaquim ficou somente um mês presa e ganhou o direito de responder em liberdade. Ela aguarda o júri popular há dez anos, onde será acusada por assassinato.
Atualmente, Natália e Guilherme não estão mais juntos. Ela se casou novamente e teve gêmeos. Por conta dos bebês, a defesa pediu um Habeas Corpus preventivo para que, caso condenada, ela não seja presa, porém o pedido foi negado.
Foto destaque: Mãe e padrasto serão julgados pelo assassinato do menino Joaquim. Reprodução/G1