Diretora de escola particular investigada por crimes de tortura, é considerada foragida da Justiça

Camila Rodrigues Por Camila Rodrigues
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Roberta Regina Rossi Serme, de 40 anos, diretora da escola infantil particular Colmeia Mágica, localizada na Zona Leste de São Paulo passou a ser considerada foragida da Justiça após a decretação da sua prisão temporária, na última terça-feira (22). A escola está sendo investigada por maus-tratos a crianças, crimes de tortura, periclitação de vida, que significa colocar a saúde das crianças em risco, e submissão delas a vexame ou constrangimento.

Vídeos que circulam nas redes sociais há três semanas, mostram crianças chorando e com os braços amarrados por panos. Os alunos também aparecem recebendo alimentação em um banheiro.

Além das filmagens e depoimentos das professoras e funcionárias, mães contaram aos policiais que seus filhos chegavam em casa com ferimentos pelo corpo. Um deles chegou a ser internado por dois dias com falta de ar em 2021. As fotos das lesões e internação da criança foram encaminhadas à polícia para análise.

Professoras da escola, afirmaram à polícia que Roberta orientava que os bebês fossem amarrados no banheiro, de forma que não fosse possível ouvir o choro deles.


Crianças ficavam amarradas no banheiro embaixo da pia e ao lado do vaso sanitário. (Reprodução/Portal Viu)


A Polícia Civil seguiu nessa terça-feira (22) a três endereços de Roberta na Vila Formosa, na zona leste da capital, para cumprir o mandado de prisão, no entanto ela ainda não foi encontrada.

No pedido de prisão preventiva, o promotor de Justiça Filipe de Melo Euzébio afirmou que o relatório de investigação já indicava que Roberta poderia fugir. Ele ressaltou que a proprietária do berçário tem forte influência sobre os funcionários e retirou bens da escola.

“Também resta evidente, pelos relatos das professoras e funcionárias da escola, que Roberta possui posição de ascendência sobre todos os funcionários da escola, valendo-se dessa prerrogativa para determinar o cometimento de crimes por alguns deles”, escreveu Euzébio.

O advogado da diretora, André Dias, negou à imprensa que a diretora tenha amarrado ou mandado amarrar os bebês. Alegou ainda que alguém de dentro da escola, forjou a cena para prejudicar a direção.

 

Foto destaque: Frente da escola Colméia Mágica é pichada em forma de protesto. Reprodução/Revista Forum.

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