Argentina ultrapassa países como Líbano e Venezuela e apresenta maior inflação do mundo

Letícia Guedes Por Letícia Guedes
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Foto Destaque: ilustração da moeda argentina atual (Reprodução/Pablo Echazarreta/Istockphotos.com)

Segundo a agência de notícias Reuters, a Argentina agora lidera o ranking de maior inflação econômica do mundo. Além disso, no dia 11 de janeiro, o Instituto de Estatística e Censos local divulgou que a hiperinflação do país havia encerrado 2023 com uma porcentagem total de 211,4%.

Anteriormente, países como o Líbano e a Venezuela ocupavam as primeiras posições no ranking anual. Vale lembrar que a Argentina vem passado por uma crise econômica intensa e que está sendo planejada uma reestruturação pelo então presidente, Javier Milei.

Resultados das inflações dos demais países

Como citado anteriormente, Líbano e Venezuela eram países recorrentes nas listas das grandes inflações globais. De acordo com o banco Credit Libanais, o país do Oriente Médio apresentou em 2023 um IPC (Índice de Preços do Consumidor) de 192,3%, que representa 20 pontos percentuais a menos do que a Argentina atualmente. A libra libanesa, que está em uma desvalorização acentuada assim como o peso argentino, causa o aumento desenfreado nos preços dos produtos.  

Já a Venezuela, que possuía um nível de inflação considerado fora da curva da América Latina nos últimos tempos, terminou o ano com um percentual de 189,8%. Conforme dados do Banco Central Venezuelano, a desaceleração da inflação do país vem ocorrendo desde 2020. Salienta-se que naquele ano, em decorrência da pandemia acima de tudo, a inflação local registrou uma taxa de 2.959,8%.

Como está a situação econômica da Argentina atual


A grande inflação da Argentina
Com a alta inflação, o preço dos alimentos cresceram absurdamente (Foto: reprodução/ Agustin Marcarian/Reuters/G1)

O povo argentino enfrenta uma das piores crises desde a década de 90, que também se sucedeu decorrente de uma alta desvalorização da moeda local. Atualmente, o pequeno apreço do peso argentino ocasiona instabilidades nas taxas cambiais do país e um crescimento constante do preço dos alimentos e outros recursos utilizados pela população.

Ao assumir o poder em novembro do ano passado, o populista Javier Milei implementou um plano de política financeira intitulado “Plano Motosserra”, na qual apresenta emendas um tanto polêmicas e radicais a fim de uma melhora na economia. Entre estas medidas, é possível destacar mudanças como, volumosos cortes em gastos públicos, redução de ministérios e secretarias durante seu governo e privatizações de empresas estatais.

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