O jovem cientista brasileiro Lucas Paulo de Lima Camillo, de 23 anos, foi o responsável pela criação de um relógio epigenético que é capaz de associar o envelhecimento celular ao surgimento de doenças. Esse equipamento consegue determinar a idade biológica da pessoa com mais precisão e consegue medir com qualquer substância, seja sangue, saliva ou amostra de tecido.
Esse aparelho pode mostrar que uma pessoa com 60 anos pode estar bem fisicamente e ter uma idade biológica inferior à sua idade cronológica. Na ciência, há uma corrida para que se explore os limites da longevidade, que vem mobilizando bilhões de dólares e suscitando grandes debates sobre tentar estender a longevidade da existência humana.
AltumAge é capaz de medir a idade biológica do ser humano com mais precisão que os demais ja inventados (Foto:Reprodução/UOL)
O aparelho batizado de AltumAge, ajuda a ciência a desenvolver tratamentos que intervenham na biologia do envelhecimento, em nível celular, é o que diz Lucas Paulo. O criador do aparelho ainda detalha que “Sabemos o risco de doenças como câncer, diabetes, demência e problemas cardiovasculares está associado a idade. A criação de biomarcadores, que chamamos de relógios epigenéticos, é um avanço neste sentido, porque não precisamos acompanhar indivíduos da juventude à velhice para avaliar como o organismo vai se deteriorando”.
No ano de 2013, o professor de Berkley, Steve Horvath, criou um modelo matemático capaz de prever a idade biológica do ser humano, com margem de erro de 3 anos, além de já existirem empresas que tentam medir o relógio biológico. Isso faz com que a AltumAge se torne algo tão especial, isso porque ela conseguiu baixar a margem de erro para 2,2 anos, para conseguir chegar a esse resultado é necessário medir o processo de metilação (processo químico que que transfere um átomo de carbono e três átomos de hidrogênio e ocorre em todos os tecidos e células) do DNA no nosso organismo.
Foto destaque: Lucas Camillo é o inventor do relógio biológico AltumAge Reprodução/Terra.Pt