Medicamento renova esperança na luta contra o câncer colorretal

Edson Barbosa Por Edson Barbosa
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Já aprovado pela Anvisa, um medicamento surpreendeu a comunidade científica quando fez desaparecer o câncer colorretal em 100% dos pacientes submetidos ao tratamento. O teste que validou a surpreendente pesquisa saiu de um pequeno grupo de 12 pacientes com câncer retal.

Os pesquisadores aplicaram neles, localmente, um anticorpo monoclonal chamado dostarlimab, que levou ao desfecho animador, o que foi sustentado por mais de um ano.

Os pacientes tomaram o medicamento por meio intravenoso a cada três semanas por seis meses. “Durante o período médio de acompanhamento de 12 meses, nenhum paciente recebeu quimiorradioterapia e nenhum paciente foi submetido à ressecção cirúrgica”, diz trecho do estudo.


Medicamento “dostarlimab” é aprovado no Brasil. (Foto: Reprodução/Reuters/Andrey Rudakov)


Esse estudo foi publicado no periódico New England Journal of Medicine no domingo (05). Além de notoriedade assim que foi publicado, no New England Journal of Medicine. Ele foi debatido por oncologistas durante o evento anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco, na sigla em inglês), que se encerrou na terça-feira (07). Depois do tratamento, exames como ressonância magnética, avaliação endoscópica, toque retal ou biópsia não apontaram evidências da presença de tumor.

Numa entrevista para o The New York Times, o oncologista Luiz Diaz Jr., um dos autores do trabalho, disse que a taxa de sucesso da pesquisa norte-americana não é comum, e talvez seja a primeira vez que algo do gênero é registrado em toda a história de estudos contra o câncer.

O dostarlimab é aprovado no Brasil para tratar câncer de endométrio, e ainda não tinha sido testado contra outros tipos de tumores. Além disso, é importante ressaltar que quaisquer sintomas parecidos não devem ser tratados com automedicação. A maneira correta de identificar é indo a uma unidade de saúde imediatamente para realizar os exames necessários.

 

Foto destaque: Pesquisador trabalhando em laboratório. Reprodução/Pixabay.

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