Nesta terça-feira (12), foi anunciado dois transplantes de dois corações de porcos geneticamente modificados em cadáveres humanos. Esses transplantes fazem parte de um estudo científico de pesquisadores da NYU Langone Health nos Estados Unidos.
Esse estudo tem como objetivo identificar se órgãos de animais não humanos podem ser modificados e usados com sucesso em pessoas que precisam de transplante.
o primeiro transplante foi em Lawrence Kelly, de 72 anos, em junho. O segundo foi feito no início de julho em Alva Capuano, de 64 anos.
Ambos tiveram morte cerebral declarada e a família doou o corpo para a ciência.
Os transplantes foram realizados após um procedimento feito em janeiro de um coração de porco em um ser humano vivo.
O médico Robert Montgomery, diretor do Instituto de Transplantes da NYU disse que assim, conseguem realizar um monitoramento mais frequente e realmente entender a biologia, assim preenchendo todas as incógnitas
Materiais de cirugia (Foto: Reprodução/Divulgação)
Após o transplante, os pesquisadores realizaram testes durante três dias a fim de monitorar a aceitação do coração. Enquanto isso, o corpo do receptor foi mantido vivo usando maquinas, incluindo a ventilação.
De acordo com os pesquisadores, nenhum sinal de rejeição precoce foi observado e o coração funcionou normalmente. Além disso, nenhum sinal de infecção foi encontrado.
Apesar de ser um grande passo, ainda a muita pesquisa a ser feita antes que esse método seja disponibilizado além do ambiente de pesquisa. Afinal, o estudo consegue ser testado apenas durante 72 horas após o transplante.
Também podem existir diferenças nas respostas de humanos vivos, logo mais pesquisas serão necessárias a fim de entender como os receptores se sairiam a longo prazo.
Questões éticas também são levantadas, como por exemplo se o os benefícios de usar um coração de porco modificado superam os riscos que um paciente enfrentaria se apenas esperasse um coração humano ficasse disponível.
Para Montgomery, a pesquisa tem um lado bem pessoal. O próprio foi receptor de um transplante de coração e afirma que a dificuldade em o conseguir motiva seu atual trabalho.
A demanda por transplantes é bem maior do que a lista de órgãos disponíveis, por isso, é extremamente difícil e concorrido a espera de um órgão. Além de fatores como riscos de aceitação e se o órgão é compatível
Foto destaque: Cirurgia. Reprodução/Divulgação