O estudo “Violência e Democracia: panorama brasileiro pré-eleições de 2022″ indica que 67,5% dos brasileiros têm medo de ser agredido fisicamente em razão de sua escolha política ou partidária. A pesquisa partiu de uma amostra de 2.100 pessoas em todo o país entre 3 e 13 de agosto.
No quesito vitimização, 3,2% dizem ter sido vítimas de ameaças por motivos políticos, apenas no mês de realização da pesquisa e 0,8% foi agredido fisicamente por sua escolha política ou partidária. Apenas 37,3% afirmam não temer ameaças. Os dados foram recolhidos pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em parceria com a Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (Raps).
Independente de quem for empossado em 1º de janeiro de 2023 como Presidente da República, 88,1% dos entrevistados afirmam que vão reconhecer o resultado das urnas. Grande parte das pessoas também apoia a participação popular nos processos democráticos: 88,5% concordam que “O povo ter voz ativa e participar nas principais decisões governamentais é essencial para a democracia”.
Por meio do Índice de Propensão à Democracia, desenvolvido de maneira inédita na pesquisa, buscou-se identificar o quanto as pessoas estão propensas a apoiar valores democráticos, como respeito às instituições e leis instituídas, separação dos poderes, processo eleitoral, liberdade individual e direitos humanos.
Itens usados como base para a construção do Índice de Propensão à Democracia. (Foto: Quadro retirado da pesquisa “Violência e democracia: panorama brasileiro pré-eleições 2022”)
O resultado atingiu 7,25 na escala – o que é considerada uma pontuação alta, uma vez que mais da metade dos respondentes registraram número igual ou superior a 7 pontos na escala de 0 (rejeição máxima à democracia) a 10,0 (propensão máxima).
O Indicador de Propensão à Democracia também foi relacionado ao perfil dos respondentes: sexo, idade, renda, classe socioeconômica, escolaridade, raça/cor, religião, região, natureza do município ou porte do município. A pesquisa completa está disponível no site do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Foto destaque: Clarke Hill/Getty Images