Nos dias 15 e 16 de novembro, acontecerá a 17° reunião de Cúpula dos G20, na ilha de Bali, na Indonésia. Reunião proposta pela União Europeia e organizada pelo governo estadunidense com o objetivo de trazer à tona uma concordância sobre políticas econômica mundial nos anos seguintes, para evitar crises financeiras e endividamento de países. O grupo é composto por Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, República da Coreia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos.
Devido ao cenário de guerra que está sendo presenciado na Ucrânia, protagonizado pela Rússia, alguns países ocidentais pressionaram os líderes da Indonésia para remover a Rússia do grupo do G20. Os líderes da Indonésia afirmaram que não possuem poder para tal decisão sem que ela passe pelo conselho.
No entanto, devido às recentes derrotas russas em solo ucraniano, somado de evitar contato com os líderes ocidentais que tentam boicotar os russos, o Kremlim decidiu que o Putin não viajará para Bali, para evitar o constrangimento, ele participará da reunião por vídeo conferência.
“Posso confirmar que Sergei Lavrov (o ministro das Relações Exteriores) vai liderar a delegação ao G20. O programa do presidente Putin ainda está sendo trabalhado, ele pode participar virtualmente“, disse a chefe do protocolo da embaixada Yulia Tomskaya.
Presidente estadunidense Joe Biden (Foto: Reprodução/ Joe Biden/ EPA/OLIVER CONTRERAS)
Um dos principais líderes ocidentais, Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, classificou o presidente russo como “criminoso de guerra” e disse que não esperava mesmo encontrá-lo em Bali, já que evitaram contato desde o início da guerra. Já o Presidente Francês, Emmanuel Macron, alertou contra o isolamento e, em conversas com o Kremlim, conseguiu permissão para que uma agência nuclear da ONU visite a usina de Zaporizhia, no solo ucrâniano anexado pelos russos.
Mesmo com pressões e represálias contra a Rússia, o presidente da Indonésia, Joko Widodo, garantiu neutralidade e disse que a reunião se trata de tema financeiro e não político. Joko ainda convidou Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, para participar da reunião, mesmo a Ucrânia não fazendo parte do grupo. O presidente ucraniano disse que se Putin estivesse na reunião, ele não aceitaria o convite.
Foto Destaque: presidente Russo Vladimir Putin. Reprodução/ jovempam.com.br