Depois da reação do mercado após a fala de Luiz Inácio Lula da Silva, presidente eleito do Brasil, aliados do presidente e petistas começam a exaltar a importância do setor econômico no governo que virá nos próximos quatro anos de mandato de Lula. A ideia é que a área econômica tenha quadros distintos em seus postos de maior destaque.
Ainda nesta semana, alguns petistas defenderam que Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT), esteja à frente de alguma das principais cadeiras da economia brasileira, como da Fazenda ou do Planejamento. No entanto, também há o entendimento de que existe uma parceria com um dos economistas do nome real, alguém que esteja mais por dentro da área e do tema.
Fernando Haddad (Foto: Reprodução/Carl de Souza/AFP)
O tema da economia está sendo tão debatido para o novo governo que, nesta mesma semana, Lula teve uma reunião com Luiz Gonzaga Belluzzo, seu principal conselheiro econômico. Apesar disso, apoiadores de Lula esperam que ele escute outros nomes antes de decidir o futuro da Economia. Dentre os principais nomes para serem ouvidos estão Arminio Fraga e Luiz Trabuco.
Para um assessor de Lula, a escolha mais lógica para o PT seria Haddad, pois o partido já pensa de forma futura, com olhos no que virá a acontecer em 2026. Apesar do grande número de apoiadores, muitos deles são de outros partidos. Por tanto, a escolha de Fernando Haddad como figura de maior destaque para esse governo seria fundamental para o Partido dos Trabalhadores.
“Ninguém fala abertamente porque o novo governo mal começou mas tudo envolve sucessão de 2026. House of Cards até na montagem ministerial”, fala o assessor.
Muita coisa pode ser decidida na viagem de Lula e Fernando Haddad para a COP 27, onde não deverá existir interferência interna ou externa na eventual decisão. Os dois estarão viajando no mesmo avião.
No entanto, vale ressaltar que, para o Congresso e setores do mercado, a melhor escolha seria por um liberal como Ministro da Fazenda.
Foto destaque: Lula e Haddad. Reprodução/Instagram
