O membro do grupo técnico que faz a transição do tema para o governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ex-ministro da Saúde Arthur Chioro, foi entrevistado pela CNN neste domingo (4). Ele identificou que há uma necessidade de aumentar o orçamento da Saúde em R$ 22,8 bilhões.
“Ele nos pediu em primeiro lugar, qual é o rombo do orçamento de 2023 mandado por Jair Bolsonaro para o Congresso Nacional. E nós identificamos que foram cortados R$ 10,4 bilhões de ações como: tratamento do câncer, farmácia popular, saúde indígena, vacinas e bolsas de residência”, explicou Chioro
Ex-ministro da Saúde, Arthur Chioro (Foto: Reprodução/Agência Brasil)
De acordo com Arthur Chioro, a equipe de transição, formada também pelos médicos e ex-ministros da Saúde Humberto Costa, hoje senador, José Gomes Temporão e Alexandre Padilha, também deputado federal, com base no planejamento de plano de governo, tem como prioridades: a vacinação em massa, organização para enfrentar essa etapa da pandemia de Covid que não acabou, encarar as filas, reforçar a farmácia popular e assistência farmacêutica no SUS e o programa de saúde da mulher.
Na reunião que aconteceu no dia 25 de novembro, o GT fez um apelo para que seja aprovada uma abertura no Orçamento para o próximo ano. Este apelo foi feito com a disponibilização de recursos para o pagamento do Bolsa Família no valor de R$ 600, para solucionar o “caos na saúde” deixado pelo governo Bolsonaro.
O grupo de transição que estuda a situação da Saúde no gabinete de transição identificou que, dos recursos previstos para o Ministério da Saúde em 2023, R$ 10 bilhões estão destinados para o orçamento secreto. Outro ponto que o GT de Saúde pode encontrar é que o país apresente um cenário de insuficiência de vacinas para a covid-19, falta de medicamentos básicos, queda nos índices de vacinação, filas para cirurgias e procedimentos e apagão de dados.
Foto Destaque: Ex-ministro da Saúde, Arthur Chioro. (Reprodução/Agência Brasil)