China para de contar todos os casos de Covid e alega dificuldades de diagnóstico

Edson Barbosa Por Edson Barbosa
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Funcionários do governo dizem que o controle da expansão da doença se dificultou após afrouxamento das regras.

Na quarta-feira, o governo falou que iria parar de relatar casos assintomáticos, pois eles se tornaram impossíveis de rastrear, os testes em massa não são mais necessários.
Mesmo que, oficialmente, a China não tenha notificado um caso de morte desde o dia 4 de dezembro. As mortes por Covid-19 tem crescido em Pequim, e que  há indícios de que o coronavírus tem feito mais vítimas de morte.

Atualmente a China vive um aumento de casos. O governo chines abandonou na semana algumas das medidas de contenção Covid-19. Na quarta-feira, o governo disse que pararia de relatar casos assintomáticos, pois eles se tornaram impossíveis de rastrear, já os testes em massa não são mais necessários.


Trabalhadores carregam corpo para dentro de caminhão em Pequim, em 16 de dezembro de 2022. (Foto: Reprodução/ Dake Kang/AP)


Com a interrupção nos relatórios fica mais difícil saber a velocidade com o qual o vírus está se espalhando. Porém algumas demonstrações e atividades ligadas ao novo coronavírus sugerem que o número de infecções é alto.

As autoridades de saúde chinesas dizem que somente aqueles que morreram diretamente de Covid-19, excluindo aqueles cujas condições subjacentes foram agravadas pelo vírus. Em muitos outros países, as diretrizes estipulam que qualquer morte em que o coronavírus seja um fator ou contribuinte seja contabilizada como uma morte relacionada ao Covid-19.

Especialistas revelam que essa forma de contar é uma prática de longa data na China, mas já surgiram dúvidas sobre uma possível tática das autoridades para minimizar os números.

Sobre a campanha para vacinar

Especialistas em saúde disseram que a China enfrentará um pico de infecções nos próximos meses. Há campanhas para convencer os idosos e as pessoas que não acreditam em vacina a serem vacinados.
Há uma crescente frustração com a política de “Covid zero“.

Essa política tem sido apontada como prejudicial à economia e causadora de um estresse social. A flexibilização começou em novembro e acelerou depois que Pequim e várias outras cidades viram protestos contra as restrições, que se transformaram em pedidos pela renúncia do presidente Xi Jinping e do Partido Comunista —um tipo de oposição pública que não era observado em décadas do país.

Não está claro o que motivou a mudança de política do governo. Os especialistas citam a pressão econômica, o descontentamento público e as dificuldades de conter a variante extremamente infecciosa do omicron.
A China não estava totalmente preparada para a abertura do ponto de vista da saúde pública, e a decisão foi motivada principalmente por fatores econômicos e sociais, disse Zeng Guang, especialista em saúde.

 

Foto destaque: Reprodução/NOEL CELIS /AFP

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