O ronco está presente na maioria das noites de sono dos brasileiros. Cerca de 40% da população adulta sofre com o ronco, de acordo com a pesquisa realizada pela Associação Brasileira do Sono. Quem convive com esse ruído possui muitas dúvidas, sobre o porquê de ter, se está relacionado a problemas de saúde e outros motivos.
Mulher roncando (Foto: reprodução/UOL)
Esse ruído, o ronco, é causado pelo som da vibração dos músculos das vias aéreas, que são as estruturas responsáveis pelo caminho que o ar faz até chegar nos nossos pulmões. Durante o sono ocorre a situação em que a língua, o “sininho da garganta” e a parte de trás do céu da boca relaxam e se expandem, assim deixando as vias aéreas mais estreitas para a passagem do ar.
De acordo com a otorrinolaringologista do Instituto do Sono, Sandra Doria, “esses são músculos de uma região da garganta onde não temos estruturas capazes de manter a via aérea firme. Então, são estruturas que podem movimentar e se balançar”.
Pelo menos uma vez na vida, cada indivíduo da população ronca. Em algumas pessoas pode ser bastante frequente e em outras não tanto, porém serve como sinal para estar alerta a qualquer problema de saúde que possa ser desencadeado com os roncos frequentes.
De acordo com o professor de neurologia e medicina do sono da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), Alan Luiz Eckeli, “do ponto de vista clínico, o ronco é visto como uma obstrução parcial da via aérea, e isso nunca é considerado normal.”
Homem de 60 anos, dormindo de barriga para cima e roncando (Foto: Reprodução/CPAPS)
O ronco pode ser provocado por diversos fatores, dentre eles: estar acima do peso ou em obesidade; beber muito; dormir de barriga para cima; fumar; usar alguns medicamentos para dormir; ter desvio de septo; ter a mandíbula recuada; possuir amígdalas, língua ou palato mole grandes e ter mais de 60 anos. Se você encontra-se em uma dessas situações, busque um médico pela sua saúde e bem-estar.
Foto Destaque: Homem roncando ao lado da mulher. Reprodução/UOL