Putin diz que rebelião do Grupo Wagner seria derrotada de qualquer forma

Joana Tchian Por Joana Tchian
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Nesta segunda-feira (26), Vladmir Putin, presidente da Rússia, afirmou que o motim dos mercenários do Grupo Wagner, que se rebelou contra o governo do país, seria destruído de qualquer forma. Putin fez um primeiro pronunciamento após a ameaça do grupo.

Yevgeny Prigozhin, líder do Grupo Wagner, que é formado por mais de 25 mil mercenários apoiadores da Rússia na guerra com a Ucrânia, iniciou uma marcha do grupo até Moscou e ameaçou atacar o Ministério da Defesa do país. Segundo Prigozhin, o exército russo teria atacado um acampamento dos paramilitares no front da guerra com os ucranianos.

No entanto, o chefe do Wagner e o governo russo fizeram um acordo, antes do líder chegar na capital da Rússia, e a operação foi abortada.

Em seu pronunciamento, Putin diz que “eles queriam que os russos lutassem uns contra os outros, eles sonharam em se vingar pelos próprios fracassos no front, durante a chamada contraofensiva, mas eles calcularam mal”.

Ainda em discurso, o presidente afirma: “Nenhuma chantagem vai ter resultados. Toda a sociedade russa, todos estávamos unidos pela responsabilidade e pelo destino da nossa terra mãe. Desde o começo houve esforços para neutralizar a ameaça do motim armado”.


Yevgeny Prigozhin, líder do Grupo Wagner (Foto: Reprodução/Brasil de Fato)


Putin também aproveitou para homenagear os pilotos que foram mortos durante o motim, confirmando o boato de que a milícia Wagner abateu vários aviões russos. O presidente agradeceu os soldados e os comandantes do próprio Grupo Wagner que não fizeram parte da rebelião, evitando o “derramamento de sangue”.

Segundo ele, a maior parte dos mercenários do Grupo Wagner é patriota, e que eles têm três opções no momento:

Largar as armas e “retomar para suas famílias e entes queridos”;

Fazer um contrato com o Ministério da Defesa da Rússia para seguir nos combates;

Irem para a Belarus.

Em nenhum momento Putin mencionou o líder dos paramilitares, Yevgeny Prigozhin, em seu discurso.

Dmitry Peskov, porta-voz do governo russo, afirmou que Putin esteve em reunião com os chefes das forças de segurança, inclusive com o principal inimigo de Prigozhin, o ministro da Defesa.

O líder do Wagner disse que a marcha em direção à capital não tinha o objetivo de derrubar o governo, afirmando que seus adversários eram aqueles que comandam o Ministério da Defesa.

Foto destaque: Vladmir Putin, presidente da Rússia. Reprodução/G1

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