Diretora de “As Panteras” culpa marketing e mídia pelo fracasso do reboot

Isadora de Oliveira Silva Por Isadora de Oliveira Silva
3 min de leitura

Em uma entrevista exclusiva ao The New York Times, a cineasta Elizabeth Banks, revelou suas reflexões sobre o fracasso do reboot de “As Panteras”. Ela expressou sua frustração em relação à estratégia de marketing e à mídia, que enfatizaram uma abordagem feminista na produção, algo que não estava no centro de  prioridades do filme e, supostamente, afastou uma potencial audiência masculina.

Banks desabafou sobre a insistência dos meios de comunicação em enquadrar o filme como feminista, destacando que ela foi a primeira diretora mulher a comandar a franquia. Contudo, ela esclareceu que sua principal motivação era dirigir uma história que amava, sem se importar com o gênero dos personagens. A cineasta se sentiu desapontada por perder o controle da narrativa e perceber que a mídia poderia manipular a percepção do filme, mesmo que essa percepção estivesse indo contra suas intenções genuínas.

As perspectivas de Kristen Stewart

A atriz Kristen Stewart, membro do elenco principal, compartilhou suas próprias perspectivas sobre a situação, ressaltando que se sentia orgulhosa de participar de “As Panteras”, que só não se orgulharia se fisesse protagonizasse um filme que ficou ruim. No entanto, ela admitiu que a promoção do filme se mostrou desafiadora devido à suposta natureza feminista da trama. Ela ainda infatizou que em essência a equipe buscava se divertir com o projeto.


Trailer Oficial de “As Panteras” (Reprodução: @SonypicturesBrasil por Youtube)


Resultados insatisfatórios

O reboot de “As Panteras” enfrentou desafios significativos, com orçamento de cerca de US$ 50 milhões e arrecadando apenas US$ 73 milhões em bilheteria global. Além disso, a produção dividiu a opinião dos críticos, alcançando apenas 53% de aprovação no Rotten Tomatoes. A trama acompanha as intrépidas Panteras Sabina Wilson e Jane Kano, que, unindo forças com a nova Bosley e a cientista Elena Houghlin, embarcam em uma arriscada aventura internacional. Sua missão é impedir que um perigoso programa de energia ameace a humanidade, ao mesmo tempo em que buscam desvendar os responsáveis por esse maligno plano.

O resultado financeiro e a recepção crítica não foram os esperados. Enfrentando desafios no marketing, a abordagem feminista enfatizada pela mídia. No entanto, a produção conseguiu trazer à tona a representatividade, com Kristen Stewart, Naomi Scott e Ella Balinska nos papéis principais, se tornando um lembrete a produção da importância de equilibrar a mensagem do filme com a apreciação da narrativa cinematográfica.

Foto destaque: Elizabeth Banks. Reprodução: Axelle/Bauer-Griffin/FilmMagic

Deixe um comentário

Deixe um comentário