Gilberto, mais conhecido como Gil do Vigor, ganhou o coração dos brasileiros com sua participação no BBB21. Embora não tenha vencido o reality, o economista foi um dos favoritos do público. Gil deu uma entrevista para a revista Quem/Globo, na qual deu detalhes de sua vida nos Estados Unidos, e como está sua volta para casa nesse período de férias.
Em menos de 6 meses após sua saída do reality, Gil já faturou R$ 15 milhões, de acordo com a Forbes.
Gil também desabafou sobre sua vida amorosa, e como os americanos são diferentes dos brasileiros, nessa questão de se aproximar da pessoa com quem tem interesse.
“O povo não pede para namorar comigo. Na Farofa da Gkay, você acha que vinham conversar comigo? Que nada. Vinham pedir foto. Até me pedem selfie, mas não pedem um beijinho (risos)”, afirmou Gil, que também já contou que o homens nos EUA ficaram sem graça ao seu lado.
Gil foi questionado sobre a sensação de ter um programa só dele, “Gil na Califórnia” que estreou há uma semana, e já é um sucesso.
“De fato, é interessante ver nossa história retratada. Diferentemente do BBB, em que a gente só tem acesso a uma especificidades de coisas para fazer (prova do líder, prova do anjo, formação do paredão, eliminação), aqui você não está limitado a alguns mil metros quadrados. No BBB, nem sempre consegui me abrir. Tinha medo que as pessoas me vissem como vítima. Eu tenho muito o lema de “eu posso, eu quero, eu consigo”, mas no doc vocês poderão ver que eu me quebro um pouquinho. Estou em um país novo, numa realidade nova, com amigos diferentes. Também é possível conhecer um pouco mais da família que tanto falei no Big Brother. Pude realizar sonhos, e falar é diferente de ver. Realizei sonhos com o Brasil inteiro. Na Califórnia, pude me abrir a novas coisas”.
“Tenho um amigo que antes do BBB, me falava: “Gil, você tem que registrar o que fala”. E agora a Globoplay me possibilitou que eu tivesse esse momento da vida registrado de maneira linda e bela. É possível ver um Gil diferente. Afinal, pude me deparar com situações que nunca imaginei que iria me deparar”.
Gil do Vigor cursa PhD em economia na Califórnia (Foto:Caíque Borges/Globo)
Gil também falou um pouquinho de como foi sua adaptação, e como foi recebido por lá.
“O americano tem uma autoconfiança, né? Eles gostam de mandar, de impor. Eles são os regozijados com tudo. Quando chega um rapaz estrangeiro, latino, que fala que vai pagar tudo porque quer viver no regozijo, que anda com câmeras pra lá e pra cá, que tem milhões de seguidores no Instagram… Vem aquele olhar de “quem é você, estrangeiro?”. Houve um choque mas fui muito bem acolhido pelos meus roommates e por alguns colegas do meu phD. Não foram todos. Teve, sim, quem me recebesse com certa repulsa. Só um ou outro, mas teve.
“Como criou-se essa repulsa, houve a dificuldade para que eu me aproximasse de todos da minha turma. Existiu a resistência e precisei quebrar a barreira… É todo mundo igual, quando morre é tudo igual. Para quem já veio do lixo não vai perder para basculho, né? Essa é uma frase que eu levo para tudo. Sempre deixei claro para todos os meus amigos que sou igual a todos, independentemente de estar no regozijo ou não.”
“Aos poucos, me adaptei e descobri que é só pagar a cachaça, viu? Não adianta pagar a faxina ou comprar comida, tem que pagar a cachaça. Pagar a faxina não os faz gostar de você. Mas se você pagar cerveja, minha amiga… Aí, sim, você vira o melhor amigo, mas só fui descobrir isso no fim deste primeiro período. Quando voltar das férias no Brasil, já vou chegar falando: Gente, tenho cachaça. Aí, fica todo mundo alegrinho, no regozijo”, diz Gil.
Atualmente, Gil está com 30 anos, e morando na Califórnia desde julho para o PhD, porém está no Brasil para suas merecidas férias.
Gil também falou se pudesse mandar um recado para o Gil de alguns anos atrás seria. “Calma, tudo vai valer a pena, vai dar tudo certo, não adianta se estressar’. No ano passado, estava perdendo um pouco da esperança, que é o que me move. Aliás, boa parte do Brasil é movida por ela. O Brasil tem um povo esperançoso. O brasileiro se ama, se adora, faz cachorrada, dá um jeitinho aqui e ali… Ao Gil de 2020, eu diria: ‘Calma, tudo vai se ajeitar. Não tenha medo de ser quem você é porque as pessoas irão te amar do seu jeitinho. Alguns não vão gostar, não, mas siga com quem te ama.”
E comentou um pouquinho da importância da experiência de ter feito parte de um reality tão grandioso. “O BBB vai fazer parte da minha vida para sempre. Não falava que precisava do dinheiro, dizia que queria me fazer o PhD. Nunca fui ganancioso. No BBB, me sentia o homem mais feliz do mundo. Deus me deu muito mais do que eu pedi. Graças a Deus, consegui mudar a vida da minha família. Às vezes, nem parece que é real. Tudo o que idealizei está acontecendo. Tenho medo até de ser como aquele filme em que a pessoa está dormindo, vive coisas maravilhosas, acorda e vê que era sonho? Às vezes, me sinto assim”, finaliza nosso economista.
Foto Destaque: Reprodução/GloboPlay (Gil em seu documentário).