State Grid compra linha de transmissão Mantiqueira por R$ 7 bilhões

A estatal chinesa State Grid firmou a compra da linha de transmissão Mantiqueira, até então operada pela Quantum Participações – que é controlada pela empresa canadense Brookfield. A transação, avaliada em cerca de R$ 7 bilhões, reforça o crescimento da gigante chinesa no setor energético do Brasil.

A linha Mantiqueira, localizada em Minas Gerais, é responsável por operar 1.204 quilômetros de linhas de transmissão no estado, atravessando cerca de 50 municípios. Além disso, a linha conta com 18 subestações. A venda foi realizada entre a State Grid e a Quantum Participações – que detém a Pampa Transmissão e Energia e os projetos Sertaneja e Chimarrão -, estando alinhada à política global de reciclagem da Brookfield.

Expansão chinesa

A aquisição da Mantiqueira representa mais um passo importante da State Grid para consolidar sua presença no território brasileiro, em especial no mercado elétrico. A companhia veio para o Brasil em 2010 por meio da State Grid Brazil Holding S.A, e atualmente controla cerca de 24 concessionárias de transmissão, espalhadas por 14 estados.

As linhas sob seu controle representam 10% de toda a rede de transmissão elétrica em alta tensão no Brasil, com o grupo administrando 16 mil quilômetros de linhas brasileiras. De acordo com a State Grid, já foram investidos R$ 30 bilhões em projetos desde de sua chegada no país.

Leilão de transmissão no Brasil

Além da nova aquisição bilionária da State Grid, a gigante chinesa também foi responsável por adquirir o lote de leilão de linhas de transmissão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2023. Por meio da compra, a empresa obteve um lote de 1.468 quilômetros entre Maranhão e Goiás.


Leilão de linhas de transmissão de energia elétrica da Aneel em 2023 (Foto: reprodução/Agência Brasil/Rovena Rosa)


Mediante a aquisição, a State Grid anunciou no fim do ano passado um empreendimento que deve ligar Maranhão e Goiás, tendo previsão de investimentos de R$ 18 bilhões até 2030. Paralelamente, a empresa também mantém participação no Belo Monte Transmissora de Energia (BMTE), e também controla 83,7% da CPFL Energia – que conta com ativos de geração, transmissão e distribuição de energia.

Inep divulga gabarito oficial do 2º dia do Enem 2025

O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) divulgou nesta quarta-feira (19) o gabarito oficial do segundo dia de provas do Enem 2025. Anteriormente, a divulgação só seria realizada na quinta-feira (20), mas o instituto decidiu por antecipar a publicação das respostas após matéria do g1, que revelou que alunos tiveram acesso prévio a questões da prova.

Após o ocorrido, o Inep não só decidiu pela antecipação da divulgação, mas também pela anulação de três questões. O instituto analisou relatos de antecipação de perguntas aplicadas no exame para chegar na decisão de anulação das perguntas. De acordo com o instituto, a Polícia Federal foi acionada para apurar a situação e a eventual autoria da divulgação.

Live com questões

Questões foram divulgadas por meio de uma live de Edcley Teixeira – que se apresenta como estudante de medicina e vende serviços de consultoria -, sendo tratadas como perguntas que poderiam cair no Enem 2025. A live foi ao ar cinco dias antes do segundo domingo de aplicação da avaliação e pelo menos cinco questões eram quase iguais às cobradas no exame oficial.

A técnica usada por Edcley para adivinhar as questões foi memorizar perguntas do Prêmio CAPES Talento Universitário, uma prova opcional que é aplicada em concurso para alunos do 1º ano de graduação. Entretanto, o Inep nunca havia informado ou falado sobre a associação entre o exame usado por Edcley com o Enem.


Post do Inep sobre divulgação do gabarito (Mídia: reprodução/X/@inep_oficial)


Questões anuladas

Na terça-feira (18), o MEC anunciou que as três questões que continham similaridade com as apresentadas na live por Edcley seriam anuladas. De acordo com o Inep, as perguntas seriam anuladas após “analisar relatos de antecipação de itens semelhantes aos aplicados nas provas”.

As três questões anuladas são:

  • 1º questão: número 115 na prova cinza; 121 na prova amarela, 132 na prova verde; 123 na prova azul;
  • 2º questão: número 118 na prova cinza; 115 na amarela; 135 na verde; 132 na azul;
  • 3º questão: número 172 na prova cinza, 178 na amarela, 168 na verde; 174 na azul.

Os gabaritos oficiais estão disponíveis no portal oficial do Inep, na área destinada ao exame, onde os estudantes podem consultar as respostas corretas de todas as provas objetivas aplicadas no primeiro e no segundo dia.

Câmara aprova Projeto Antifacção após embates com versões anteriores

Nesta terça-feira (18) a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto Antifacção, que endurece consideravelmente as penas para crimes relacionados a organizações criminosas. A proposta, que tem como relator Guilherme Derrite (PP-SP), passou por divergências com o governo, principalmente nos trechos sobre a PF e a Lei Antiterrorismo.

Com placar de 370 a 110, a versão aprovada conta com penas mais duras, criação de novos crimes, ampliação de poderes investigativos e determinação de regras especiais para líderes de facções.

O responsável pela escolha do relator do projeto foi Hugo Motta, o presidente da Câmara; entretanto, a decisão não foi bem vista pelo governo, que se mostrou contra o fato de um projeto do governo ter sido entregue a Derrite, já que ele é secretário de segurança de São Paulo. O mesmo deixou o cargo somente para realizar a relatoria do projeto.

Projeto Antifacção

O texto aprovado pela Câmara, e reformulado pelo relator após embates, teve como alvo organizações criminosas, paramilitares e milícias privadas. As penas sugeridas no projeto são de 20 a 40 anos para crimes cometidos por facções ultraviolentas e os líderes das mesmas devem cumpri-las obrigatoriamente em presídios federais de máxima segurança.

Novas definições específicas para novo cangaço, domínio territorial e ataques com armas pesadas, explosivos e drones, também foram incluídas por Derrite. Além disso, é previsto medidas de apreensão mais amplas, que incluem bloqueio e alienação antecipada de bens, contas e criptoativos dos réus.

Poderá haver intervenção judicial em empresas usadas por organizações criminosas. Também será realizado monitoramento audiovisual de parlatórios, até mesmo em contato com advogados em situações excepcionais.

Com relação às progressões de penas, o projeto apresenta limites percentuais máximos. A depender do caso, a progressão pode ser de 70%, 75%, 80% ou 85%.


Guilherme Derrite em entrevista após aprovação do Projeto Antifacção (Vídeo: reprodução/YouTube/@camaradosdeputadosoficial)


Divergências entre os poderes

Um dos pontos que mais causou controvérsias com líderes governistas foi a redistribuição de recursos provenientes de apreensões das facções. De acordo com o g1, Derrite aceitou o pedido de reforçar o Fundo Nacional da Segurança Pública (FNSP), entretanto, o projeto dá continuidade a atual divisão de recursos quando há atuação conjunta de entidades federais e nacionais. Para o governo, isso reduz o repasse de verbas para áreas estratégicas, como o Fundo Nacional Antidrogas (Funad).

O PT apresentou um destaque que previa que a apreensão dos bens seria repassado para a União, aos Estados e ao Distrito Federal, para tentar reverter a decisão de volta ao texto original do governo. Contudo, o pedido foi rejeitado.

Paralelamente, outro embate foi acerca da equiparação que Derrite realizava de facções criminosas com grupos terroristas. O governo acreditava que essa igualdade dos dois termos tornaria o país suscetível e vulnerável a interferências exteriores.

Após a divergência, Derrite retirou o trecho em específico que alterava a definição de organizações criminosas, mas o governo teme que a bancada do PL tente retomar o mesmo com a proposta de uma votação.

Google anuncia investimento de US$ 40 bilhões para expansão de data centers no Texas

O Google anunciou um investimento de US$ 40 bilhões para ampliar sua infraestrutura de centro de dados no Texas, com a construção de três novos complexos. O projeto aumentará o número de data centers que a empresa já tem no estado norte-americano de dois para cinco, reforçando sua presença na corrida da inteligência artificial.

O investimento alto marca um momento estratégico para a gigante de tecnologia, que aposta no crescimento da demanda por IA. De acordo com a Bloomberg, o CEO do Google, Sundar Pichai afirmou que a construção dos data centers disponibilizará milhares de empregos, através de treinamentos.

Novos centros de dados

Os três novos data centers do Google serão distribuídos entre os condados de Armstrong e Haskell. Segundo a Bloomberg, um dos complexos em Haskell será alocado ao lado de uma nova usina solar com sistema de armazenamento de energia em baterias, que visa reduzir o impacto na rede elétrica do local e tornar o funcionamento mais sustentável.

Pichai reforçou que o investimento de US$ 40 bilhões não apenas irá alavancar a empresa na computação para IA, mas também irá fomentar a economia local por meio da criação de novos empregos e capacitação técnica. A empresa investirá em programas de treinamentos profissionais para estudantes de universidades e aprendizes de eletricista.


Data center do Google no Texas (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Ron Jenkins)


Por que o Texas?

O estado do Texas vem se tornando um polo atrativo para a criação de data centers, principalmente por sua combinação de disponibilidade de terrenos e custo de energia para uso industrial mais barato. Essas características tornam o estado do sul dos EUA especialmente competitivo entre as empresas de tecnologia, como o Google – que já mantém dois polos no local. Conforme a Bloomberg, o governador do Texas, Greg Abbott, afirmou que o estado pode se tornar o estado com o maior número de data centers do Google no mundo, se todos os projetos obterem sucesso.

Não somente o Google, mas também empresas como a OpenAI e Anthropic também tem anunciado grandes planos para erguer centros de dados no Texas. O centro de IA da OpenAI tem previsão para inaugurar em 2026, na cidade de Abilene; já a Anthropic anunciou um investimento de US$ 50 bilhões em data centers em estados norte-americanos, incluindo o Texas.

Brasil amplia regras e cria sistema para controlar operações de criptomoedas

A Receita Federal endureceu a regulação sobre criptomoedas com uma nova norma que obriga plataformas estrangeiras que atendem clientes brasileiros a reportarem informações ao Fisco, órgão responsável por fiscalizar assuntos acerca da legislação tributária.

A norma moderniza o envio de dados e amplia a fiscalização do Estado, cobrindo não apenas as exchanges nacionais, como anteriormente, mas também as internacionais que prestam serviço a brasileiros. Além disso, a iniciativa introduz o novo sistema DeCripto, que visa substituir o modelo atual a partir de 2026.

No dia 10 deste mês, o Banco Central anunciou a criação de um conjunto de regras responsáveis por regulamentar o mercado de ativos virtuais no Brasil. No mesmo, foram incluídas normas para autorização, prestação de serviços e atuação no mercado de câmbio. De acordo com o BC, as regras viabilizam a redução de golpes, fraudes e lavagem de dinheiro.

Novas regras

A instrução normativa nº 2.991 da Receita Federal foi publicada na última sexta-feira (14), atualizando as antigas regras para envio de informações acerca de operações com criptoativos – que estava em vigor desde 2019. Segundo a Receita, o novo pacote de normas não gera novos impostos, nem modifica a base atual de cálculo de tributos, tendo o único objetivo de modernizar os envios e aumentar o monitoramento do mercado.

A partir disso, o Brasil começará a usar o sistema Carf (Crypto-Asset Reporting Framework), para realizar a troca de informações de forma automática entre as entidades que são responsáveis pela regulação dos tributos.


Nova medida amplia fiscalização de investimentos (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Chesnot)


Sistema DeCripto

Para implementar as novas exigências, a Receita criou o sistema DeCripto. Hospedado na e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte), o novo sistema irá substituir o utilizado atualmente a partir de julho de 2026, com declaração sendo realizada mensalmente. A mudança também permitirá a integração com setores internacionais, pois o modelo Carf já é aplicado em outros 70 países.

Através do DeCripto tanto exchanges nacionais quanto pessoas físicas ou jurídicas que realizem operações sem a mediação de corretoras do país precisaram declarar os dados a cada mês. Anteriormente, o limite exigido pela Receita para que o usuário reportasse os dados era de R$ 30 mil, e com a implementação das novas regras, o valor aumenta para R$ 35 mil por mês.

Nova versão do texto antifacção exclui alterações na Lei Antiterrorismo e nas atribuições da PF

O deputado Guilherme Derrite, relator do projeto de lei antifacção na Câmara dos Deputados, apresentou a terceira versão do projeto nesta terça-feira (11). O texto foi reformulado após intensas críticas de governistas acerca de mudanças na definição de terrorismo e competências da PF.

O projeto de lei tem como objetivo reforçar o combate a organizações criminosas, entretanto, as duas últimas versões não foram bem aceitas por entidades do governo. Para eles, Derrite estava igualando as facções criminosas a grupos terroristas, e isso tornaria o país vulnerável a interferências externas. Além dessas queixas, também havia o desagrado com trechos propostos por Derrite, que sugeriam mudanças nas competências da Polícia Federal.

Trechos retirados pelo relator

O texto anterior apresentado nas últimas semanas pelo deputado sugeriam mudanças em dois quesitos: na Lei Antiterrorismo (Lei 13.260/2016) e nas atribuições da PF.

Na nova versão, Derrite afirma que a tipificação de terrorismo segue diferente da de organizações criminosas, e que unificar os dois conceitos poderia causar “insegurança jurídica” e questionamentos por parte do STF (Supremo Tribunal Federal). Portanto, não se foram alteradas definições, penas ou hipóteses da lei em vigência, e nem igualado os dois conceitos.

Já no que se referia a atuação da PF, o relator também retirou os trechos que causaram divergências na Câmara. Neles, eram tratados a “proteção da soberania nacional” e poderiam abrir possibilidades para que a Polícia Federal tivesse maior papel em investigações que hoje são atribuídas às polícias estaduais. O novo parecer não altera a divisão constitucional das forças e nem atribui ou reduz competências da PF.


Guilherme Derrite, relator do projeto, durante entrevista (Vídeo: reprodução/YouTube/@CNNbrasil)


Terceira versão do projeto

Na versão apresentada nesta semana, Derrite concentrou os esforços em medidas específicas para o enfrentamento de organizações criminosas.

O texto prevê novos tipos penais e penas mais duras, criando crimes como: domínio territorial por faccção, ataques a serviços públicos essenciais, sabotagem de infraestrutura, ações do “novo cangaço”, financiamento de facções e uso de armas de uso restrito ou explosivos. Além disso, os crimes passam a fazer parte da lista de crimes hediondos.

No quesito de progressão de pena, o texto limita percentuais de progressão, podendo ser entre 70% a 85% da pena, dependendo do caso. Também é sugerido o bloqueio de bens (físicos, digitais e financeiros) e cooperação financeira ampliada. Outra alteração é a intervenção de empresas usadas por facções; o texto prevê que o juíz poderá determinar afastamento de sócios, nomeação de interventor, auditoria de operações, suspensão de contratos suspeitos e posterior liquidação ou saneamento da empresa.

Após a prisão, o relator sugeriu a internação obrigatória de lideranças e núcleos de comandos das facções em presídio federal de máxima segurança, autorização de monitoramento por vídeo e áudio de encontros presenciais e virtuais de presos com relação a organizações criminosas, e a criação de um Banco Nacional e bancos estaduais que cadastram detentos que fazem parte ou são relacionados as facções.

ONU e Brasil apuram invasão de manifestantes durante a COP30

O governo brasileiro e a ONU (Organização das Nações Unidas) abriram uma investigação para apurar a invasão de manifestantes na COP30, em Belém, nesta terça-feira (11). O grupo de manifestantes portavam cassetetes na tentativa de invadir área restrita do evento e entraram em confronto físico com a equipe de segurança do local.

De acordo com um porta-voz da UNFCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) à CNN, o ocorrido está sendo investigado pelas autoridades brasileiras e da ONU, mas o local permanece seguro e as negociações da COP30 continuam em andamento.

Manifestação na Zona Azul

A tentativa de invasão do grupo de manifestantes ocorreu na Zona Azul, uma área fechada ao público e destinada exclusivamente a delegações oficiais, chefes de Estado, observadores e imprensa credenciada, sendo um espaço de negociação. O protesto ocorreu por volta das 19h20 e houve confronto físico entre os manifestantes e a segurança local.

Dois seguranças tiveram ferimentos leves e foram levados para a área médica da COP. A saída foi bloqueada para pessoas que estavam credenciadas para a Zona Azul e a estrutura do local foi levemente danificada durante a manifestação.


Vídeo mostra momento em que manifestantes tentam invadir a área restrita (Mídia: reprodução/Instagram/@portalg1)


Reação da ONU e do governo brasileiro

Segundo a UNFCC, “autoridades do governo brasileiro e da ONU estão investigando o incidente e o local está seguro e as negociações da COP continuam”. O porta-voz afirmou que foram tomadas medidas de proteção que buscam garantir a segurança do local, de acordo com os protocolos de segurança estabelecidos, após o ocorrido.

Já o secretário extraordinário da COP, Valter Correia, declarou que a organização do evento estava tomando as devidas providências acerca da manifestação, completando que a ONU tem todos os protocolos de seguranças.

A segurança da Zona Azul é realizada por agentes contratados pela própria ONU, que depois pediram reforços a agentes do Estado e bombeiros civis. Depois da confusão, o local foi evacuado, mas ainda não há informações acerca da identificação dos protestantes, nem sobre possíveis detenções que ocorreram no momento ou depois da tentativa de invasão.

Nova fase da inteligência artificial pode redefinir o futuro das empresas

Após o auge da IA e o fascínio do mundo acerca da nova ferramenta de tecnologia, uma nova fase surge para a computação. A inteligência artificial entra agora em uma fase mais madura, voltada para o impacto real nos negócios, podendo mudar estratégias. 

As empresas começaram a notar que o valor real da tecnologia está em sua capacidade de transformar dados em inteligência estratégica, como parte essencial das operações. A inteligência artificial agora está dentro do cotidiano, não somente mais como uma ferramenta de apoio. 

Tendência da IA para empresas

Durante anos desde a sua criação, a corrida da IA foi marcada por testes isolados e projetos comuns, como uma assistente produtiva para os seres humanos. Agora, a tendência é de que as empresas comecem a integrar a inteligência artificial em seus sistemas internos – como bancos de dados e plataformas de atendimento, permitindo que a tecnologia atue diretamente com um contexto previamente dado e atue de forma mais produtiva.

Segundo especialistas do mercado tecnológico, a chave para a nova fase da IA é a combinação da tecnologia com dados próprios da empresa, fazendo com que eles se conversem. Isso torna possível que as respostas sejam mais precisas e personalizadas para cada usuário, virando uma estratégia essencial para o crescimento das empresas.


Tendência é de que IA se torne uma estratégia para empresas (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Smith Collection/Gado)


Avanço no mercado

Empresas que adotam políticas de gestão de dados, como a Nike e a Amazon, vêm se destacando no mercado, com resultados eficientes e mais rápidos por meio dessa combinação de IA com dados. Esse movimento tem impulsionado o conceito de que a inteligência artificial não é só mais um complemento às empresas, e sim o centro de estratégias. 

A capacidade da IA permite que as empresas revolucionem o modo como tratam os dados que recebem em seus bancos, e assim avancem cada vez mais no mercado mundial. A tendência é que esse movimento se alastre e os negócios se transformem, redefinindo mercados internos. 

Gastos bilionários da OpenAI e o papel de Sam Altman por trás da decisões da empresa

O CEO da OpenAI, Sam Altman, firmou uma série de acordos bilionários com empresas de tecnologia – como Microsoft, Amazon, Nvidia e Oracle – prevendo investimentos em data centers pelos próximos anos. Mesmo com uma previsão de receita em US$ 20 bilhões para 2025, os acordos chegam a US$ 1,4 trilhão, mostrando uma discrepância no que se tem e no que se promete investir. 

O cenário de expansão acelerada da OpenAI reflete a crença de Sam Altman nas leis de escala, onde quanto mais recursos significam maior inteligência e desempenho nas inteligências artificiais. Entretanto, apesar dos valores altos investidos, o CEO não deve arcar pessoalmente com esses custos. 

Acordos entre as empresas

De acordo com estimativas, para cumprir os acordos em computação, a OpenAI precisaria gerar uma renda de US$ 577 bilhões até 2029 – um salto de 2.900% em relação às projeções para 2025. 

Uma das possibilidades da OpenAI para resolver essa questão financeira é a renegociação de contratos. Algo comum no mundo das datacenters, significa que a empresa pode escolher pagar e utilizar apenas uma parte da computação que contratou, causando assim a renegociação dos contratos feitos pelas companhias de tecnologia. 

Entretanto, o que mais pesa para o CEO da gigante é a possibilidade de não ter acesso a computação para treinar e operar modelos de IA quando chegar a hora certa. O mesmo afirmou que o risco mais significativo para a empresa é não ter poder computacional, invés de ter muito.


Sam Altman, CEO da OpenAI (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Justin Sullivan)


O papel de Altman na OpenAI

Uma das ambições do CEO é a chegada da AGI, uma inteligência artificial geral que é capaz de igualar ou ser superior às habilidades dos seres humanos. Isso se reflete na sua ideia de que o melhor cenário para a OpenAI é ter poder computacional, pois assim, sua empresa teria capacidade para essa tecnologia no momento certo. Para ele, velocidade é essencial; primeiro é necessário crescer para depois descobrir o que acontece.

Contudo, essa ousadia e busca por velocidade podem atrapalhar os planos financeiros da OpenAI, como acontece agora, onde o valor de acordos ultrapassa o valor de receita anual. 

De acordo com declarações feitas pelo próprio Altman, o executivo não mantém participação acionário na OpenAI, e que mesmo após a reestruturação da gigante como corporação de benefício público isso não deve mudar. Ou seja, caso a empresa não consiga cumprir suas metas de receita, Altman não é afetado diretamente, já que não possui participação financeira. No fim, não importa quantos acordos e seus valores a OpenAI fechar, Altman não será atingido de forma direta. Danos como a sua reputação caso esses acordos não ocorram positivamente podem ocorrer, mas no papel Altman está protegido. 

Governo do Distrito Federal solicita que Moraes avalie se Bolsonaro pode cumprir pena na Papuda

O governo do Distrito Federal enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um ofício solicitando que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja submetido a uma avaliação médica, com objetivo de determinar se está apto a cumprir sua eventual detenção no Complexo Penitenciário da Papuda.

O pedido foi encaminhado para o ministro Alexandre de Moraes, do STF, por meio da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seape) e assinado pelo secretário Wenderson Souza e Teles. No documento, é declarado que a avaliação médica seja realizada por uma equipe médica especializada, a fim de avaliar seu quadro clínico e compatibilidade com a assistência médica e nutricional do complexo penitenciário.

Justificativa da solicitação

A solicitação da Seape ocorreu devido à proximidade do julgamento dos recursos das defesas dos réus em relação às penas pela trama golpista, que deve ocorrer entre 7 e 14 de novembro, no plenário virtual. No julgamento, os recursos do ex-presidente e mais sete réus devem ser julgados pela primeira turma do STF, composta por Flávio Dino, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.


Ofício foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes (Foto: reprodução/Getty Images Embed/EVARISTO SA)


No ofício, o secretário reforça o quadro clínico de Bolsonaro, relembrando que o mesmo já passou por cirurgias abdominais durante os últimos meses. “Registra-se, ainda, que, em 16/09/2025, foi necessária a realização de escolta emergencial de Jair Messias Bolsonaro ao Hospital DF Star”, ressaltou o documento.

Condenação do ex-presidente

No dia 11 de setembro, a primeira turma do STF condenou Bolsonaro e outros sete réus pela trama golpista. O ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão, com início da detenção em regime fechado devido a pena superar 8 anos. Contudo, a prisão de Bolsonaro não ocorreu de forma imediata, pois sua defesa ainda poderia recorrer antes do início da pena.

Portanto, a definição da prisão onde Bolsonaro deve cumprir sua pena só será feita após o fim do julgamento dos recursos. Uma das possibilidades é de que o ex-presidente cumpra prisão na Papuda e por isso foi solicitado a avaliação médica ao STF.

Até o momento, Bolsonaro segue cumprindo prisão domiciliar desde agosto em Brasília, por conta de uma investigação que apura as ações de seu filho e deputado, Eduardo Bolsonaro, contra autoridades do Brasil nos Estados Unidos.

O Complexo Penitenciário da Papuda é o presídio de máxima segurança no Distrito Federal, composto por cinco unidades prisionais. Entre as unidades, há o Centro de Detenção Provisória (CDP) – onde ficam os internos que aguardam sentença -, e dentro do mesmo, existe uma ala feita especificamente para abrigar presos considerados vulneráveis por correrem maior risco dentro da prisão, como idosos, políticos, policiais e ex-policiais.